16 resultados para Centrolobium tomentosum
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
O estudo foi realizado em um fragmento de mata ciliar (42 ha) onde a espécie arbórea, secundária inicial e decídua Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth. é dominante no estrato superior da floresta estacional semidecidual. A espécie apresentou grande produção de serapilheira (4,2 kg.ind-1) com um comportamento bimodal de deposição (janeiro/fevereiro _ 25,1% e julho/agosto _ 52,3%), e grande capacidade de transferência de nutrientes para o solo (g.ind-1.ano-1): 74,7 N; 6,1 P; 29,0 K; 73,9 Ca; 25,8 Mg e 14,1 S. A decomposição da fração foliar da serapilheira apresentou padrão sazonal, resultando em cerca de 19,5 meses para seu desaparecimento. A qualidade e quantidade da serapilheira produzida por C. tomentosum indicam um alto potencial de utilização dessa espécie em programas de reabilitação funcional e estrutural das matas ciliares no Estado de São Paulo.
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O parque da ESALQ, implantado no início do século pelo arquiteto paisagista Arsênio Puttemans, tem hoje grande valor científico e histórico, além de se constituir na principal área verde da cidade de Piracicaba. Visando o conhecimento detalhado da vegetação arbustivo-arbórea. Foram plaqueados, mapeados, medidos (altura e DAP) e identificados todos os indivíduos com DAP maior ou igual a 5 cm. Os dados foram analisados em computador, usando o programa FITOPAC, de autoria de Shepherd, G.J. (UNICAMP). Neste trabalho estão apresentados os resultados de três canteiros. O primeiro, ocupando uma área de 382 m², teve amostradas 24 espécies distribuídas por 13 famílias, num total de 88 indivíduos. O valor do índice de diversidade H' foi de 2,53, sendo que a espécie de maior destaque no IVC foi Aspidosperma ramiflorum Mull.Arg.. O segundo canteiro, ocupando uma área de 2694 m², teve amostradas 21 famílias representadas por 33 espécies, num total de 212 indivíduos. O valor do índice de diversidade H' foi de 2,68 e destacaram-se duas espécies na ordenação do IVC: Esenbeckia leiocarpa Engl, e Tipuana tipu (Benth.) O.Kuntze. O terceiro canteiro, ocupando 3786 m², teve amostradas 28 famílias, representadas por 66 espécies e 419 indivíduos. O índice H' obtido foi de 3,50. Neste canteiro as espécies com destaque na ordenação do IVC foram: Aspidosperma cylindrocarpum Mull.Arg. , Machaerium villosum Vog., Centrolobium tomentosum Guill. e Myrcia laurotteana Camb.
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Objetivando caracterizar os eixos embrionários de sementes de espécies de Fabaceae e fornecer subsídios para trabalhos de sistemática e filogenia desta família, foram estudados aspectos morfológicos e anatômicos dos embriões, especialmente dos eixos embrionários, de 15 espécies arbóreas nativas, buscando correlações entre sua estrutura e a afinidade entre os diferentes gêneros e destes nas tribos. Observaram-se cotilédones foliáceos nas espécies de Caesalpinioideae, carnosos nas Faboideae e dos dois tipos nas Mimosoideae. Os eixos embrionários variaram de curtos a longos, sendo sempre retos nas espécies de Caesalpinioideae e Mimosoideae; nas Faboideae, encontraram-se eixos embrionários curvos ou inclinados. A plúmula variou de indiferenciada a diferenciada, o primeiro tipo ocorrendo em espécies sem epicótilo e o último disposto sobre epicótilo alongado. Anatomicamente, a protoderme se mostrou indiferenciada na maioria das espécies, podendo ocorrer tricomas em diferenciação (Caesalpinia leiostachya, Centrolobium tomentosum e Anadenanthera macrocarpa), papilas (Platypodium elegans) e tricomas tectores e glandulares diferenciados (Inga urugüensis). O procâmbio se manteve indiferenciado. O meristema fundamental mostrou acúmulo de amido em todas as espécies, ocorrendo drusas em Peltophorum dubium e cristais poliédricos isolados em Inga urugüensis e em Lonchocarpus muehlbergianus. Esta última espécie apresentou, ainda, estruturas secretoras na região do nó cotiledonar.
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O presente trabalho objetivou avaliar as relações hídricas em função da demanda evaporativa e da densidade da madeira em Swietenia macrophylla King, Joannesia princeps Vell., Inga edulis Mart., Licania tomentosa (Benth.) Fritsch e Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth. O potencial hídrico foi determinado com uma câmara de pressão e a condutância estomática, com porômetro de difusão na estação chuvosa, na estação seca e nas situações transicionais. J. princeps foi a espécie que apresentou maiores valores de potencial hídrico no "predawn" (psiPD > - 0,25 Mpa), e I. edulis os menores valores (psiPD = - 1,5 MPa). J. princeps apresentou maiores valores de potencial hídrico durante o dia (psiMD > - 1,5 MPa), e os menores valores foram observados em S. macrophylla e I. edulis (psiMD < - 3,0 MPa). As amplitudes diárias do potencial hídrico (Dy = psiMD - psiPD) foram relacionadas positivamente com o déficit de pressão de vapor (DPV) e os maiores valores foram observados em S. macrophylla e I. edulis. Geralmente a condutância diminuiu no início da tarde e I. edulis apresentou menor restrição à transpiração. Os maiores valores de condutância foram observados em um dia nublado na estação chuvosa, com baixo DPV. Uma regressão quadrática (r² = 0,635, p < 0,01) sugere que, não necessariamente, as espécies com maior densidade apresentam maior Dy, uma vez que pode ocorrer uma grande restrição à perda d'água como verificado em L. tomentosa, a espécie com madeira mais densa.
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O presente estudo teve como objetivos caracterizar a composição da regeneração natural e da chuva de sementes presentes sob a copa de três espécies de início de sucessão - Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth. (Fabaceae), Cordia myxa L. (Boraginaceae) e Melia azedarach L. (Meliaceae) em um plantio misto de 15 anos. Para tanto, 15 indivíduos de cada espécie foram marcados e sob suas copas foram instalados dois coletores de sementes (1 m² cada), de onde se coletou propágulos mensalmente, por um ano. A regeneração foi avaliada em parcelas circulares (17,6 m²) sob as copas das árvores, onde foram amostrados os indivíduos arbustivo-arbóreos de 0,3 a 2,0 m de altura. A chuva de sementes sob M. azedarach apresentou maior densidade média e sob C. myxa maior riqueza. Quanto à regeneração natural, as comunidades diferenciaram-se em relação à diversidade de espécies (maior sob M. azedarach) e à estrutura (indivíduos maiores sob C. myxa) entre as espécies do dossel. A maioria dos indivíduos e espécies amostradas pertence aos estádios iniciais da sucessão e muitas, dentre as mais abundantes, são exóticas. Discute-se a formação de nichos de regeneração sob elas e a influência dessas na estrutura e composição dessas comunidades.
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The objective of this work was to isolate and characterize rhizobia from nodules of Centrolobium paraense and to evaluate their symbiotic efficiency. Soil samples collected from four sites of the Roraima Cerrado, Brazil, were used to cultivate C. paraense in order to obtain nodules. Isolates (178) were obtained from 334 nodules after cultivation on medium 79. Twenty-five isolates belonging to six morphological groups were authenticated using Vigna unguiculata and they were characterized by 16S rRNA. Isolates identified as Bradyrhizobium were further characterized using rpoB gene sequencing. A greenhouse experiment was carried out with C. paraense to test the 18 authenticated isolates. Approximately 90% of the isolates grew slowly in medium 79. The 16S rRNA analysis showed that 14 authenticated isolates belong to the genus Bradyrhizobium, and rpoB indicated they constitute different groups compared to previously described species. Only four of the 11 fast-growing isolates nodulated V. unguiculata, two of which belong to Rhizobium, and two to Pleomorphomonas, which was not previously reported as a nodulating genus. The Bradyrhizobium isolates ERR 326, ERR 399, and ERR 435 had the highest symbiotic efficiency on C. paraense and showed a contribution similar to the nitrogen treatment. Centrolobium paraense is able to nodulate with different rhizobium species, some of which have not yet been described.
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No presente trabalho, foram analisados os macronutrientes: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio e os micronutrientes: cobre, ferro, zinco e manganês em folhas das espécies Araribá rosa (Centrolobium robustum), Guarantã (Esenbeckia leiocarpa), Ipê roxo (Tabebum heptaphylla), Genipapo (Genipa americana) e Joazeiro (Zizyphus joazeiro). Nas condições do presente trabalho, os resultados encontrados permitem afirmar que: a) foram variáveis as concentrações dos macro e micronutrientes entre as espécies estudadas; b) as concentrações de macro e micronutrientes nas folhas variaram entre as posições no ramo em função das espécies.
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In a previous work we demonstrated that diarylheptanoids extracted from Centrolobium sclerophyllum are very active against Leishmania amazonensis promastigotes. In order to continue our studies with these class of compounds, we decided to evaluate the activity of several diarylheptanoids derived from curcumin (diferuloyl methane) against the extracellular form (promastigotes) of L. amazonensis. Furthermore, an experiment against the intracellular form of the parasite (amastigotes) was carried out, comparing the most active compound among the curcumin derivatives (the methylcurcumin) with des-O-methylcentrolobine, the most active diarylheptanoid derived from C. sclerophyllum.
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O objetivo deste trabalho foi relacionar o acúmulo de serapilheira com sua composição química e desta com as características físicas e químicas do solo, em plantios puros e misto de espécies florestais nativas. O trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, Brasil, no período de agosto de 1994 a novembro de 1996, em plantios, com 22 anos de idade, de pau-roxo (Peltogyne angustiflora), putumuju (Centrolobium robustum), arapati (Arapatiella psilophylla), arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum), claraíba (Cordia trichotoma) e óleo-comumbá (Macrolobium latifolium ). Foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira, de 40 anos de idade. O solo na camada de 0-5 cm estava mais bem estruturado no plantio misto do que sob as outras coberturas vegetais. A estruturação dessa camada foi positivamente relacionada com o acúmulo de C orgânico no solo e de serapilheira sobre este. O nível de fertilidade do solo (0-10 cm) sob as espécies implantadas nos sistemas puros e misto foi superior ao da capoeira e da floresta natural. A fitomassa e a qualidade nutricional da serapilheira revelaram a capacidade diferenciada das coberturas florestais para absorver e reciclar nutrientes; o plantio misto representou uma situação intermediária em relação ao sistema de plantios puros. A quantidade de serapilheira acumulada dependeu da sua composição química. Segundo resultados deste trabalho, a estruturação e o nível de fertilidade do solo distinguiram-se de acordo com as coberturas florestais, em razão da quantidade, da composição química e da taxa de decomposição da serapilheira. As espécies claraíba, arapaçu e pau-roxo revelaram-se promissoras em melhorar a fertilidade do solo. Contudo, o plantio misto mostrou ser o sistema florestal mais adequado, por proporcionar simultaneamente melhor estruturação, maior quantidade de C orgânico, maiores níveis de nutrientes do solo e, conseqüentemente, maior eficiência da ciclagem de nutrientes.
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As taxas de decomposição e os fluxos de nutrientes do folhedo de espécies florestais são distintos em plantios puros e mistos, porque são regulados não apenas pela qualidade do substrato, mas também pela qualidade do microambiente de acordo com o tipo de sistema de produção florestal. O objetivo deste trabalho foi estimar as taxas de decomposição e a liberação de N e P do folhedo de espécies florestais em dois sistemas de plantio. Este trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, em plantios puros e mistos, com 22 anos de idade, de pau-roxo, Peltogyne angustiflora; putumuju, Centrolobium robustum; arapati, Arapatiella psilophylla; arapaçu, Sclerolobium chrysophyllum; claraíba, Cordia trichotoma, e óleo-comumbá, Macrolobium latifolium. Também foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira, de 40 anos de idade. A decomposição de folhedo, colocado em sacos de malha de 1 mm, foi seguida durante um ano. O modelo que proporcionou melhor ajuste foi exponencial de 1ª ordem. No plantio misto, as taxas de decomposição do folhedo do pau-roxo e óleo-comumbá foram significativamente superiores àquelas dessas espécies em seus plantios puros, ao contrário do observado para o arapati. No entanto, as taxas de decomposição do folhedo do putumuju, arapaçu e claraíba não foram alteradas significativamente. O P, e não o N, seria o nutriente mais limitante para a decomposição do folhedo dessas espécies. A liberação de N e P do folhedo de cada espécie variou de acordo com o microambiente. Dentre os ecossistemas heterogêneos, a taxa de decomposição do folhedo do plantio misto diferiu significativamente apenas da floresta natural. A maior liberação do N ocorreu no plantio misto; já para o P, a capoeira foi o ecossistema que apresentou significativamente a menor liberação. Conclui-se que o plantio misto proporciona maior capacidade em reciclar matéria orgânica e nutriente, o que indica serem os processos de decomposição e mineralização influenciados não apenas pela qualidade do substrato, mas também pela qualidade do microambiente. Assim, a extrapolação de resultados desses processos obtidos em cultivos monoespecíficos para sistemas florestais heterogêneos não seria apropriada.
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The objective of this paper is to study selected components of the nutrient cycle of pure and mixed stands of native forest species of Atlantic Forest in southeastern Brazil. Tree diameter, height, above-ground biomass, and nutrient content were determined in 22-year-old stands. Litterfall, litter decomposition, and nutrient concentration were evaluated from August 1994 to July 1995. The following species were studied: Peltogyne angustiflora, Centrolobium robustum, Arapatiella psilophylla, Sclerolobium chrysophyllum, Cordia trichotoma, Macrolobium latifolium. The litter of a natural forest and a 40-year-old naturally regenerated second-growth forest was sampled as well. The mixed-species outmatched pure stands in height, stem volume and total biomass (29.4 % more). The greatest amount of forest litter was observed in the natural forest (9.3 Mg ha-1), followed by the mixed-species stand (7.6 Mg ha-1) and secondary forest (7.3 Mg ha-1), and least litterfall was measured in the pure C. robustum stand (5.5 Mg ha-1). Litterfall seasonality varied among species in pure stands (CV from 44.7 to 91.4 %), unlike litterfall in the mixed-tree stand, where the variation was lower (CV 31.2 %). In the natural and second-growth forest, litterfall varied by 57.8 and 34.0 %, respectively. The annual rate of nutrient return via litterfall varied widely among forest ecosystems. Differences were detected between forest ecosystems in both the litter accumulation and quantity of litterlayer nutrients. The highest mean nutrient accumulation in above-ground biomass was observed in mixed-species stands. The total nutrient accumulation (N + P + K+ Ca + Mg) ranged from 0.97 to 1.93 kg tree-1 in pure stands, and from 1.21 to 2.63 kg tree-1 in mixed-species stands. Soil fertility under mixed-species stands (0-10 cm) was intermediate between the primary forest and pure-stand systems. The litterfall rate of native forest species in a mixed-species system is more constant, resulting in a more continuous decomposition rate. Consequently, both nutrient availability and quantity of organic matter in the soil are higher and the production system ecologically more sustainable.
Resumo:
A manutenção da produção florestal depende da quantidade e do fluxo de nutrientes no ecossistema, os quais são afetados pelas técnicas de manejo utilizadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar diferenças na ciclagem e no balanço de C e nutrientes, em plantio puro e misto de espécies florestais nativas, bem como em fragmentos florestais de Mata Atlântica. O trabalho foi desenvolvido em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia, Brasil, no período de agosto de 1994 a julho de 1995, em plantios, com 22 anos de idade, de pau-roxo, Peltogyne angustiflora; putumuju, Centrolobium robustum; arapati, Arapatiella psilophylla; arapaçu, Sclerolobium chrysophyllum; claraíba, Cordia trichotoma; e óleo-comumbá, Macrolobium latifolium. Como referências, foram utilizadas uma floresta secundária, praticamente em estado clímax, e uma capoeira de 40 anos de idade. As quantidades totais de carbono e nutrientes no sistema (solo + parte aérea + serapilheira) variou marcadamente entre as espécies florestais. O plantio misto apresentou maior acúmulo desses elementos do que os plantios puros. O plantio misto apresentou maior intensidade de ciclagem bioquímica para todos os nutrientes do que a média dos plantios puros. Resultado similar ocorreu para a ciclagem biogeoquímica, à exceção de Ca. O balanço de C, P e K foi negativo em todas as coberturas florestais; entretanto, para N o balanço foi positivo. O balanço de Ca foi positivo apenas para o arapaçu, enquanto o de Mg foi negativo somente no putumuju e óleo-comumbá. O balanço mais negativo foi de P, seguido de K e Ca. O plantio misto apresentou balanço próximo à média dos plantios puros. Desse modo, o plantio misto mostrou-se mais adequado, por proporcionar, simultaneamente, maior eficiência da ciclagem bioquímica e biogeoquímica e balanços mais equilibrados de carbono e nutrientes.
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A bacia do rio Paraná (GO e TO), com 5.940.382 ha, tem alta diversidade de fitofisionomias, com sua flora pouco conhecida. As atividades de extração de madeira e implantação de pastagem contribuíram decisivamente para a remoção da vegetação. Este estudo foi conduzido em uma floresta estacional decídua sobre afloramento calcário (aproximadamente 13º41'16"S e 46º44'20"W e 462 m de altitude) - fazenda Canadá (São Domingos-GO). Foram demarcadas cinco linhas paralelas, a intervalos de 100 m, onde foram distribuídas aleatoriamente 25 parcelas de 20 x 20 m (total de 1 ha). Em cada parcela foram amostradas todas as árvores com diâmetro do caule a 1,3 m de altura do solo (DAP) > 5 cm, nos quais foi medido o DAP, estimada a altura máxima e identificada a espécie. Foram amostrados 924 indivíduos de 48 espécies, 38 gêneros e 24 famílias e obtidos o índice de Shannon-Wienner de 2,99 nats/ind. e a equabilidade de 0,77. As espécies que apresentaram maior valor de importância (VI) foram Myracrodruon urundeuva (36,09), Pseudobombax tomentosum (34,75), Dilodendron bipinnatum (26,61), Combretum duarteanum (22,19), Jacaranda brasiliana (21,57), Commiphora leptophloeos (19,18), Astronium fraxinifolium (13,84), Tabebuia impetiginosa (13,79), Pseudobombax longiflorum (11,64) e Machaerium scleroxylon (10,00), que juntas somaram 69,9% do VI total. A diversidade foi próxima à encontrada em outros trabalhos em floresta estacional decídua sobre solo e afloramento na região.
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A bacia do rio Paraná, localizada entre os Estados de Goiás e Tocantins, com 5.940.382 ha, apresenta alta diversidade de fitofisionomias, incluindo a floresta estacional decidual sobre afloramento calcário, que ainda não foi estudada nesta região. Este trabalho teve como objetivo o levantamento quantitativo em uma floresta estacional decidual sobre afloramento calcário (13º31'11" S e 46º29'48" W; 530 m de altitude) na fazenda São Vicente, São Domingos-GO. Para o levantamento foram demarcadas cinco linhas, a intervalos de 100 m, onde foram distribuídas, aleatoriamente, 25 parcelas de 20 x 20 m. Em cada parcela foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou maior que 5 cm, onde foram medidos o DAP e a altura e anotado o nome da espécie. Foram amostrados 896 indivíduos, sendo 860 vivos e 36 mortos, em 51 espécies, 41 gêneros e 25 famílias, com índice de diversidade de Shannon-Wienner de 3,18 e equabilidade de 0,81. As principais espécies em valor de importância (VI), não incluindo a categoria de indivíduos mortos, foram Pseudobombax tomentosum (36,39), Dilodendron bipinnatum (31,55), Tabebuia impetiginosa (26,66), Combretum duarteanum (18,38), Luehea divaricata (12,76), Cavanillesia arborea (12,52), Myracrodruon urundeuva (12,23), Chorisia pubiflora (12,21) e Acacia glomerosa (10,11), que juntas somaram 57,60% do VI total. A diversidade foi maior que a encontrada em outras áreas de afloramento na região.
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As formações florestais sobre tabuleiros terciários ocorrem hoje na forma de pequenos fragmentos desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. No norte fluminense, a Mata do Carvão (1.053 ha) é o maior remanescente. Este trabalho descreve a estrutura e a composição florística desta mata, tendo por objetivo compará-la com outras matas da região. Foram estabelecidas quatro parcelas de 50 m x 50 m em uma área selecionada, sem vestígios de corte e de fogo. Todas as árvores com DAP > ou = 10 cm foram amostradas e plaqueadas. Árvores mortas foram medidas mas não plaqueadas. Um total de 564 árvores foram amostradas. Foram encontradas 34 famílias, sendo as de maior número de espécies Leguminosae (18), Myrtaceae (8) e Euphorbiaceae (6). As famílias mais abundantes foram Rutaceae (189), Leguminosae (97) e Euphorbiaceae (47). As espécies com maior índice de valor de cobertura (IVC) foram Metrodorea brevifolia, Paratecoma peroba e Pseudopiptadenia contorta. Embora a Mata do Carvão tenha uma diversidade (H = 3,21 nats) menor que outras matas estacionais semidecíduas (ex. mata de tabuleiro de Linhares), ela possui uma alta similaridade de espécies arbóreas com as matas de tabuleiro do sul da Bahia e do norte do Espírito Santo. Na Mata do Carvão foi observada a ocorrência de espécies raras típicas de mata de tabuleiro, como Paratecoma peroba, Centrolobium sclerophyllum e Polygala pulcherrima (novas ocorrências para a flora fluminense).