188 resultados para Belterra (PA) Condições sociais

em Scielo Saúde Pública - SP


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FUNDAMENTO: Duas perspectivas, a econmica (doena causando empobrecimento) e a social (pobreza causando adoecimento), tm disputado internacionalmente a justificao de polticas pblicas de sade. OBJETIVO: Investigar a relao entre mortalidade precoce por doenas cardiovasculares (DCV) e condições socioeconmicas (SE) em Porto Alegre (PA), e discutir fundamentos e estratgias para a preveno das DCV. MTODOS: Anlise ecolgica da associao entre mortalidade por DCV aos 45-64 anos e condições SE de 73 bairros de PA. Estimou-se o risco relativo (RR) e a frao do risco atribuvel (FRA) s desigualdades entre bairros agrupados em 4 estratos SE. RESULTADOS: A mortalidade precoce por DCV foi 2,6 vezes maior nos bairros classificados no pior comparado ao melhor de 4 estratos SE. Entre bairros extremos, o RR chegou a 3,3 para as DCV e 3,9 para as doenas cerebrovasculares. Comparada mortalidade no melhor estrato, 62% dos bitos precoces do pior estrato e 45% dos da cidade como um todo seriam atribuveis desigualdade socioeconmica. CONCLUSO: Quase a metade da mortalidade por DCV antes do 65 anos pode ser atribuda pobreza. A doena, por sua vez, contribui para a pobreza e reduz a competitividade do pas. preciso reduzir o adoecimento e recuperar a sade dos mais pobres com investimentos que resultem em desenvolvimento econmico-nacional e melhoria das condições sociais da populao.

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OBJETIVO: Conhecer os fatores de risco para a alta severidade de crie dentria em crianas de 12 anos de idade. MTODOS: Partindo-se dos resultados obtidos no levantamento epidemiolgico em sade bucal, realizado em Florianpolis, em 1995, comparou-se algumas condições sociais e de comportamento entre dois grupos com severidades distintas da crie dentria: um com alto/muito alto (n=50) e outro com muito baixos nveis da doena (n=50), atravs da anlise de regresso logstica multivariada. RESULTADOS/CONCLUSES: Os fatores de risco para alta severidade de crie foram a freqncia de consumo de doces e a renda familiar. Crianas que consumiram produtos cariognicos duas a trs vezes ao dia, todos os dias, apresentaram 4,41 vezes mais chances de ter alta severidade de crie quando comparadas com as que consumiram esses produtos no mximo uma vez ao dia -- IC95% (OR) = [1,18; 16,43]. A renda familiar foi o fator socioeconmico de maior importncia. Crianas cuja renda familiar foi menor que 5 salrios-mnimos tiveram 4,18 vezes mais chances de apresentar alta severidade de crie quando comparadas com as que apresentaram renda familiar superior a 5 salrios-mnimos -- IC95% (OR) = [1,16; 15,03]. Novos estudos acerca dos determinantes gerais da crie dentria, como os diferentes aspectos da vida dos indivduos, deveriam ser desenvolvidos, a fim de contribuir para implantar medidas amplas de promoo de sade bucal.

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OBJETIVO: A relao entre renda e mortalidade por violncia vem sendo estudada nos ltimos anos. A Sntese de Indicadores Sociais 2002, lanada pelo IBGE, refere que o trao mais marcante da sociedade brasileira a desigualdade. O propsito do estudo testar a associao entre as taxas de homicdios e alguns indicadores de sade e socioeconmicos. MTODOS: Estudo ecolgico, de corte transversal. Foram analisados dados do Municpio de So Paulo, ano 2000, quanto a coeficientes de homicdios e cinco indicadores: taxa de mortalidade infantil, renda mdia do chefe de famlia, percentual de adolescentes de 15 a 17 anos que no freqentavam a escola, percentual de adolescentes grvidas de 14 a 17 anos e densidade demogrfica. Para testar essas associaes foram utilizados o coeficiente de correlao de Pearson e a regresso linear mltipla. RESULTADOS: O coeficiente de homicdios foi 57,3/100.000. A correlao entre taxas de homicdios e renda mdia foi negativa e forte (r=-0,65). Maiores coeficientes foram encontrados nos distritos com menor renda e menores naqueles com maiores rendas. Para o percentual de adolescentes que no freqentavam a escola (r=0,68) e para o percentual de adolescentes grvidas (r=0,67) a associao encontrada foi positiva e forte. Para a taxa de mortalidade infantil a correlao encontrada foi r=0,24 (para todos p<0,05). A densidade demogrfica no apresentou correlao significativa com o coeficiente de homicdios. Na anlise de regresso linear mltipla foram significativas somente as variveis renda mdia (negativa), trabalhada com o seu logaritmo e percentual de adolescentes que no freqentavam a escola (positiva) (para ambos indicadores: p<0,01). CONCLUSES: Os achados apontam para o problema dos homicdios e sua relao com as disparidades socioeconmicas do Municpio de So Paulo. O desenvolvimento econmico e a reduo das iniqidades podem ter impacto nas taxas de mortalidade violenta.

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OBJETIVO: Descrever um ndice para reconhecimento das desigualdades de condições de vida e sade e sua relao com o planejamento em sade. MTODOS: Foram selecionadas variveis e indicadores que refletissem os processos demogrficos, econmicos, ambientais e de educao, bem como oferta e produo de servios de sade. Esses indicadores foram utilizados no escalonamento adimensional dos indicadores e agrupamento dos 5.507 municpios brasileiros. As fontes de dados foram o censo de 2000 e os sistemas de informaes do Ministrio da Sade. Para anlise dos dados foram aplicados os testes z-score e cluster analysis. Com base nesses testes foram definidos quatro grupos de municpios segundo condições de vida. RESULTADOS: Existe uma polarizao entre o grupo de melhores condições de vida e sade (grupo 1) e o de piores condições (grupo 4). O grupo 1 caracterizado pelos municpios de maior porte populacional e no grupo 4 esto principalmente os menores municpios. Quanto macrorregio do Pas, os municpios do grupo 1 concentram-se no Sul e Sudeste e no grupo 4 esto os municpios do Nordeste. CONCLUSES: Por incorporar dimenses da realidade como habitao, meio ambiente e sade, o ndice de condições de vida e sade permitiu identificar municpios mais vulnerveis, embasando a definio de prioridades, critrios para financiamento e repasse de recursos de forma mais eqitativa.

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OBJETIVO: Analisar as desigualdades sociais de jovens moradores em rea urbana pelo mapeamento de dados sociodemogrficos e econmicos. MTODOS: Utilizando-se dados do Censo Demogrfico 2000, 57 variveis sociodemogrficas e econmicas de jovens de 15 a 24 anos do municpio de Santo Andr, SP, foram distribudas por 43 regies de dados estatsticos que correspondem a um recorte do territrio em distritos menores. Os dados foram coletados no Departamento de Indicadores Sociais e Econmicos da Prefeitura Municipal de Santo Andr, referentes ao ano 2000. Por meio de anlise fatorial, 13 variveis foram agrupadas em dois fatores - condições de trabalho e condições de vida, que discriminaram estatisticamente regies semelhantes entre si. Foi realizada anlise por agrupamento das regies, resultando em quatro grupos sociais. RESULTADOS: O espao que concentrava os jovens com mais acesso riqueza foi classificado como central e aqueles com menos acesso, como perifrico. Duas gradaes intermedirias puderam ser identificadas, uma mais prxima ao extremo do acesso ("quase central") e outra mais prxima privao ("quase perifrica"). As variveis discriminantes estavam relacionadas ao trabalho, migrao, escolaridade, fecundidade, posio do jovem no domiclio, presena de cnjuge ou companheiro, condio de moradia e posse de bens. CONCLUSES: As diferenas entre os grupos sociais expressaram desigualdades importantes entre os jovens que vivem, estudam e/ou trabalham na cidade, o que contribuir para o planejamento de polticas sociais pblicas dirigidas a esses grupos.

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OBJETIVO: Descrever condições de vida e sociabilidade de portadores de transtornos mentais graves moradores de cortios. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo com moradores adultos de cortios da regio central de Santos, SP, realizado em 2004-2006. Foram realizadas observaes etnogrficas em quatro cortios e entrevistas semi-estruturadas em profundidade com oito mulheres que conviviam com portadores de transtornos psicticos. A forma de anlise empregada foi a qualitativa fundamentada na Antropologia. ANLISE DOS RESULTADOS: Os cortios apresentaram caractersticas especficas quanto sociabilidade. As dificuldades com os pacientes psicticos decorriam da quebra mnima das regras mnimas. Em um dos cortios, uma moradora agia como cuidadora dos pacientes e mantinha contato prximo com o servio de sade. Apesar do convvio cotidiano com os portadores, as participantes no possuam informaes sobre o transtorno e os consideravam loucos, nervosos ou mentalmente fracos. Acreditavam que deveriam morar em outro local que no o cortio. CONCLUSES: A populao moradora de cortios no trata os portadores de transtorno psictico de forma diferente da populao geral, devido a desconhecimento, discriminao e estigma. As condições de vida so precrias para todos e no so diferentes para os moradores portadores de transtorno psictico, exceto para aqueles que residiam na moradia coletiva com maior nmero de pacientes, organizada em funo deles e dependente economicamente de seus benefcios.

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Para verificar como o peso ao nascer se relaciona s condições maternas de trabalho, pr-natal, nutricionais (altura, peso inicial, final e ganho na gestao) e scio-econmico-demogrficas (idade, situao conjugal, escolaridade, renda familiar), o presente estudo foi realizado na rea de abrangncia do Hospital Universitrio da Universidade de So Paulo e a amostra foi constituda por 101 crianas. A ocorrncia de baixo peso ao nascer (BPN) foi de 5,1% e no se associou com o trabalho materno, nem com o pr-natal, porm mostrou associao significativa com as seguintes variveis maternas: ganho de peso na gestao inferior a 7 kg, idade menor que 20 anos e no ter companheiro. Apesar da baixa ocorrncia de BPN, os resultados evidenciaram a importncia do pr-natal para reduzir a ocorrncia de BPN, especialmente por meio do controle do ganho de peso na gestao, controle da gestao na adolescncia e tambm priorizando a ateno das mulheres sem companheiro.

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Estudo transversal realizado em nove escolas estaduais de Campinas e So Jos do Rio Pardo, com 258 professores com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemogrfico, estilos de vida, condições de sade e de trabalho. A amostra foi composta por mulheres (81,8%) e homens (18,2%), sendo casados (60,8%), com mdia de idade de 41,4 anos (DP 9,2), que realizavam atividade fsica (56,6%), lazer (93,4%) e tarefas domsticas (88,4%). Quanto sade, 20,9% no dormiam bem noite; 82,1% possuam doena com diagnstico mdico: msculo-esqueltica e respiratria (27,1%); acidentes e doenas digestivas (22,1%) e transtornos mentais (20,9%). Tais doenas estavam relacionadas aos riscos relatados: movimentos repetitivos, presena de poeira de giz, trabalho estressante, longas jornadas, atividade em mais de uma escola e baixa remunerao. Concluiu-se que os professores eram expostos a riscos nas escolas e que medidas de promoo sade e preveno deveriam ser tomadas pelos governantes.

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A formao e o exerccio profissional no podem seguir linhas paralelas no desenvolvimento de sistemas de sade, eles precisam de relaes orgnicas. A formao gera servios, condições de provimento e/ou fixao de profissionais, possibilidades de equipe, desenvolvimento e avaliao de tecnologias do cuidado e da assistncia, capacidade de compreenso crtica e sensibilidades. A rede de sistemas e servios de sade gera campos de prticas, cenrios de interveno, demandas locais, retaguarda cientfica e tecnolgica, incluso social e oportunidades de entendimento da vida. A partir desse encontro, pode-se falar em compromisso com o enfrentamento das desigualdades regionais e sociais, isto , podem se estabelecer condições de enfrentamento dos danos da pobreza e das iniqidades sociais, produzindo conhecimento com mrito cientfico e relevncia social e formao de profissionais de acordo com as necessidades em sade.

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Buscou-se caracterizar os diferentes nveis de determinao da anemia carencial, enquanto fenmeno de sade pblica, a partir de algumas das relaes biolgicas e sociais definidoras desse processo sade-doena. Articulando a anlise dos processos especficos de determinada populao de gestantes aos processos gerais prprios da metrpole paulistana, pde-se observar como as condições para a ocorrncia da anemia ferropriva esto atreladas s condições sociais e econmicas, de classe, seja pelas deficincias qualitativas e quantitativas da dieta, seja pela precariedade de saneamento ambiental, condições essas tpicas das reas habitadas pelas camadas sociais mais baixas. Focalizando um outro nvel hierrquico das determinaes, a anlise dessas carncias foi remetida, tendo em vista os processos biolgicos singulares, ao conceito de vulnerabilidade orgnica tomado como articulador das caractersticas definidoras de grupos biolgicos especficos frente aos riscos diferenciais de adoecer e morrer por "causas" ou processos mrbidos particulares, riscos esses atrelados s prprias condições de classe. Caracterizando os determinantes ltimos dessa carncia em funo do baixo nvel de consumo do que se convencionou chamar de "bens fundamentais", a anlise buscou apreender elementos da realidade paulistana capazes de fornecer subsdios para o estabelecimento de possveis "nveis crticos de consumo", isto , determinada condio de vida abaixo da qual os indivduos, (no caso as gestantes adscritas a grupos sociais especficos) estariam inscritos em situaes particulares, simultaneamente de naturezas orgnica e social, "determinantes" dos nveis de risco doena carencial. Focalizou-se a trajetria existente entre as condições de normalidade e de anemia, em termos de processo cuja fase intermediria entre a doena e o estado de normalidade foi representada pela deficincia de ferro sem anemia, entendida como fase subclnica. Nesta, esses trs momentos do processo foram analisados em funo das condições scio-econmicas do grupo considerado. Articulando categorias de renda consideradas, em funo do processo de anlise, como incompatveis com as possibilidades objetivas de aquisio dos "bens fundamentais" definidos como mnimos, pde-se caracterizar determinada condio social e econmica a partir da qual a anemia ferropriva teria, por hiptese, maior probabilidade de incidncia, considerados os vrios processos em jogo, quer de natureza social, quer de natureza biolgica.

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Atravs de um estudo tipo caso-controle, foi comparada uma amostra de bitos ps-neonatais por pneumonia ocorridos na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil (1986-1987) e controles sadios, moradores na vizinhana. Os fatores de risco investigados foram variveis relacionadas histria gestacional da me e ao nascimento da criana, s condições sociais da famlia e utilizao de servios de sade. Na primeira etapa de anlise, atravs de um modelo de regresso logstica univariada, foram estimados os coeficientes de cada varivel independente, o risco relativo e seus limites de confiana. O peso ao nascer e a idade do desmame mostraram-se das mais fortemente associadas com a varivel dependente. Na segunda etapa, foi feito o ajuste pelo modelo de regresso logstica mltipla e somente 4 variveis permaneceram estatisticamente associadas com a mortalidade: idade do desmame, peso ao nascer, nmero de moradores da casa e aplicao da vacina BCG. Conclui-se que a mortalidade por pneumonia em menores de um ano est fortemente associada s condições sociais da famlia, em particular da me.

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Investigou-se a relao entre o estado nutricional de mes (n = 6.289) e sobrepeso nas crianas brasileiras menores de 10 anos (n = 14.914), considerando-se a influncia de condições sociais num inqurito nutricional da populao brasileira realizado em 1989, a Pesquisa Nacional sobre Sade e Nutrio. O estado nutricional materno, segundo o ndice de massa corporal (IMC, kg/m), foi classificado em: baixo peso (BP; IMC < 20); peso adequado (20 <FONT FACE=Symbol>&pound;</FONT> IMC < 25) e sobrepeso (SP; IMC <FONT FACE=Symbol>&sup3;</FONT> 25). Para sobrepeso nas crianas, utilizou-se o indicador peso para estatura (P/E) <FONT FACE=Symbol>&sup3;</FONT> + 2 desvios-padro da curva de crescimento da populao americana. A prevalncia de SP nas crianas foi de 4,8% e nas mes houve 15,3% de BP e 35,9% de SP. Tomando-se as mes com baixo peso como referncia, as crianas com sobrepeso tiveram maior chance de ter mes tambm com sobrepeso (odds ratio; OR = 3,19; 95% intervalo de confiana (IC = 2,24-4,53), sendo o OR = 2,46 (IC = 1,73-3,50) para as mes com estado nutricional adequado. Sobrepeso nas crianas foi influenciado diretamente pela escolaridade materna (OR = 2,89; IC = 1,74-4,80 para mes com <FONT FACE=Symbol>&sup3;</FONT> 12 sries cursadas em referncia s mes analfabetas); pela renda domiciliar per capita (OR = 3,82; IC = 2,79-5,22 nas mes no quarto quartil em comparao ao primeiro quartil) e pelas condições de moradia (OR = 2,69; IC = 2,05-3,54 nas mes de domiclios de boas condições em relao quelas de piores condições de moradia). Os resultados sugerem haver relao direta entre o estado nutricional materno e sobrepeso nas crianas brasileiras.

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OBJETIVO: Descrever a evoluo temporal da epidemia de Aids, no nvel individual, sob a perspectiva de variveis sociodemogrficas e comportamentais, com nfase na escolaridade. MTODOS: Foram analisados os casos de Aids de 20 a 69 anos de idade, notificados ao Sistema de Informao de Agravos de Notificao do Ministrio da Sade e diagnosticados entre 1989 e 1997, com diferena maior que sete dias entre as datas de bito e de diagnstico. Foram considerados trs graus de escolaridade: "grau I" (com at 8 anos de estudo), "grau II" (com mais de 8 anos de estudo) e "ignorado". Para cada sexo, foi analisada a evoluo temporal da distribuio dos casos por grau de escolaridade, regio, tamanho populacional do municpio e categoria de exposio. Foi utilizado um modelo logstico multivariado para avaliar o efeito conjunto dessas variveis. RESULTADOS: O grau de escolaridade foi "ignorado" em 22% dos casos. Entre os casos com escolaridade informada, percentuais mais elevados de "grau I" foram observados no sexo feminino, nas regies Sudeste e Sul, nos municpios com menos de 500 mil habitantes e nas categorias de exposio "heterossexual" e "uso de drogas injetveis". Observou-se uma reduo gradativa do percentual de casos com maior escolaridade ao longo dos anos analisados para ambos os sexos e em todas as variveis analisadas, menos pronunciado na categoria de exposio "homo/bissexual". CONCLUSES: A epidemia de Aids no Brasil teve incio nos estratos sociais de maior escolaridade e depois se expandiu entre as populaes com menor escolaridade, principalmente do sexo feminino, residentes em municpios de menor populao e por meio das exposies heterossexuais e do uso de drogas injetveis.

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OBJETIVO: A ocorrncia de dor orofacial e dor crnica tema freqente nos estudos da atualidade; porm, a dor de origem dental pouco estudada no Brasil. O estudo tem como objetivo conhecer a prevalncia de dor de dente como motivo de consulta odontolgica e os fatores associados em indivduos adultos. MTODOS: Realizou-se um estudo transversal com 860 funcionrios de uma cooperativa localizada no Estado de Santa Catarina, com idade entre 18 e 58 anos, em 1999. Exames clnicos e entrevistas foram realizados por uma cirurgi-dentista previamente treinada. Analisou-se a queixa de dor de origem dental como motivo da ltima consulta odontolgica como varivel dependente em relao s condições socioeconmicas, demogrficas, acesso ao servio odontolgico, turno de trabalho e ataque de crie por meio do ndice CPO-D como variveis independentes. Foi utilizada a anlise de regresso logstica mltipla no-condicional. RESULTADOS: A prevalncia de dor de origem dental foi de 18,7% (IC 95%[15,9-20,1]) e o CPO-D mdio 20,2 dentes (IC 95%[19,7-20,7]), com 54% representados pelo componente perdido. Foram associados independentes para a presena de dor de origem dental a escolaridade menor ou igual a oito anos de estudo (OR=1,9[1,1-3,1], a perda por crie de quatro a 15 dentes (OR=2,6[1,4-4,9]) e de 16 a 32 dentes (OR=2,5[1,1-5,8]) e no ter freqentado o servio odontolgico da empresa (OR=2,8[1,6-5,1]). CONCLUSES: A dor de origem dental reflete a gravidade da crie dentria, expressa pelo componente perdido do CPO-D e o no uso de servios odontolgicos da empresa. Esses fatores so determinados pelas condições sociais, representadas pela escolaridade.

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OBJETIVO: Investigar o efeito das desigualdades sociais nas taxas de cesariana em primparas, com gravidez nica e parto hospitalar. MTODOS: Estudo realizado no Estado do Rio Grande do Sul em 1996, 1998 e 2000. Foram utilizados dados do Sistema de Informao de Nascidos Vivos no clculo das taxas anuais e das razes de chance de cesariana (RC) brutas e ajustadas para condições sociais (escolaridade e idade maternas, etnia/cor da pele e macro-regional de sade), durao da gestao e nmero de consultas pr-natal. RESULTADOS: A taxa de cesarianas foi de 45%, e acima de 37% para todas as macro-regionais. As taxas aumentaram entre: mulheres de etnia indgena e negra, mulheres com mais de 30 anos, residentes nas macro-regies Metropolitana, Vales e Serra, e com mais de seis consultas no pr-natal. Razes brutas e ajustadas indicaram taxas negativamente associadas para todas as categorias de etnia/cor, quando comparadas cor branca da pele do recm-nascido, em especial para etnia indgena (RCaj=0,43; IC 95%: 0,31-0,59), positivamente associadas escolaridade (RCaj=3,52; IC 95%: 3,11-3,99) e idade maternas mais elevadas (RCaj=6,87; IC 95%: 5,90-8,00), e maior nmero de consultas pr-natal (RCaj=2,16; IC 95%: 1,99-2,35). Os efeitos de idade e escolaridade mostraram estar parcialmente mediados pelo maior nmero de consultas pr-natal nas mulheres com idade e escolaridade mais elevadas. As taxas variaram entre as macro-regionais, sendo maiores na regio da Serra, economicamente mais rica. CONCLUSES: Altas taxas de cesariana no sul do Brasil constituem problema de sade pblica e esto associadas a fatores sociais, econmicos e culturais, os quais podem levar ao mau-uso da tecnologia mdica na ateno ao parto.