106 resultados para Arte História
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Busca-se neste artigo, em primeiro lugar, examinar a originalidade do conceito de interessante na obra Sobre o estudo da poesia antiga, do jovem Friedrich Schlegel, tendo em vista a singularidade da anlise e do mtodo empregados pelo autor para fundamentar a crtica de arte. Em segundo lugar, o texto procura ressaltar como, ao diferenciar a poesia grega da moderna, Schlegel constitui uma singular interpretao da poesia em geral, em dilogo aberto com Winckelmann e Schiller. E, finalmente, avaliar se, ao articular um discurso que aproxima história da arte e filosofia da arte, Schlegel logra superar definitivamente a "querela entre antigos e modernos".
Resumo:
Quatro diferentes grupos indgenas vivem na bacia do rio Ua e margem do rio Oiapoque, Estado do Amap, fronteira com a Guiana Francesa. Estes ndios de origem tnica e cultural heterogneas definem-se como "misturados". Por outro lado, compartilham muitos traos, referindo-se a essa herana comum como o "nosso sistema". Estes ndios esto em contato contnuo com a sociedade envolvente, mas mantm um sentimento forte de identidade prpria. Este artigo, escrito em 1997, analisa os diferentes contextos em que dois desenhos geomtricos, recorrentes, so aplicados em objetos cotidianos e rituais e como esses expressam, intelectual e emocionalmente, esses princpios opostos e complementares. Trato ainda, retrospectivamente, de avaliar o quanto devemos obra de Lvi-Strauss na compreenso do que a arte significa para os povos indgenas e de como podemos melhor refletir sobre as relaes entre arte e sociedade.
Resumo:
O objetivo do estudo foi realizar um balano do estado da arte da rea temtica Poltica, Planejamento e Gesto em Sade entre 1974 e 2005. Foram recuperadas informaes apresentadas em trabalhos anteriores, atualizando-as para os ltimos cinco anos, considerando a produo registrada na base de dados bibliogrficos LILACS. Descreveu-se a emergncia de estudos e investigaes em subtemas nessa rea temtica, procurando relacion-los aos desdobramentos das conjunturas polticas, particularmente o processo de Reforma Sanitria, a construo do Sistema nico de Sade e a reorientao das prticas de sade. Discutiu-se a especificidade da produo no campo e conclui-se reiterando a necessidade de um trabalho histrico e epistemolgico sobre a rea no Brasil. Os desafios da prtica impem aos sujeitos, individuais e coletivos, no s percia tnico-cientfica, mas sobretudo militncia sociopoltica.
Resumo:
Este artigo analisa e compara a reflexo de Hegel e de W. Benjamin sobre a crise da arte na poca moderna, a partir de semelhanas e diferenas entre a tese do fim da arte, defendida pelo primeiro, e a concepo da perda da aura na arte, afirmada pelo segundo. Ao contrrio de W Benjamin, que se detm na mudana do conceito de arte promovida pelos meios tcnicos, Hegel pensa a transformao da arte a partir de um ponto de vista histrico amplo, que envolve toda a história da arte, desde os tempos antigos at a poca moderna.
Resumo:
A ideia do "fim da história", subentendida no captulo final da Fenomenologia do esprito, serviu de base para o incio de uma discusso, feita a partir das posies assumidas por Alexandre Kojve nos seus cursos sobre Hegel em Paris, na dcada de 1930, e em sua publicao no final dos anos 1940 (com reedio em 1968), voltou baila com o artigo de Francis Fukuyama, de 1989, sobre o "fim da história", no qual ele comemorava o fim do "socialismo real" e a hegemonia mundial completa dos Estados Unidos da Amrica. Passada a euforia sobre a "nova ordem mundial", inclusive em virtude de sucessivas crises econmicas, interessante recolocar a questo sobre as condies sob as quais so aceitveis conceitos associados a esse tema, especialmente o substantivo "ps-história" e o adjetivo "ps-histrico". A tese a ser defendida nesse artigo a de que o campo da esttica um mbito em que esses conceitos so defensveis. Como exemplos de reflexes estticas frutferas que deles se valem, so consideradas a noo de "arte ps-histrica", de Arthur Danto, e os desdobramentos estticos do conceito de "ps-história", tal como sustentado por Vilm Flusser.
Resumo:
Existem achados na literatura de limiares elevados em altas freqncias em crianas com história de otite mdia secretora. OBJETIVO: Caracterizar os limiares de audibilidade nas altas freqncias em crianas normo-ouvintes com história de mltiplos episdios de otite mdia secretora bilateral. MATERIAL E MTODO: Constituiu-se uma amostra de 31 crianas de ambos os sexos, sendo 14 com at 3 episdios de otite mdia secretora bilateral (Grupo 1) e 17 com quatro ou mais episdios (Grupo 2). Foi realizada a audiometria tonal por via area para as freqncias de 9.000 a 18.000Hz. FORMA DE ESTUDO: Transversal prospectivo. RESULTADOS: No houve diferena entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas dos indivduos de ambos os grupos para todas as freqncias, porm, houve entre os limiares de audibilidade das orelhas direitas e esquerdas do Grupo 2 em relao ao Grupo 1 para todas as freqncias avaliadas. CONCLUSES: 1- Houve uma elevao dos limiares de audibilidade com o aumento das freqncias apresentadas. 2- A audiometria de altas freqncias mostrou-se capaz de separar, em grupos, indivduos com história de otite mdia secretora denotando que quatro episdios de otite mdia j so suficientes para determinar diferenas estatisticamente significantes nos limiares de audibilidade das altas freqncias.
Resumo:
OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi estudar a associao entre o padro de respirao e o tamanho da tonsila farngea em 122 crianas (60 infectadas pelo HIV e 62 sem infeco). MATERIAL E MTODO: As crianas foram analisadas quanto ao padro de respirao, fluxo nasal e ocupao da tonsila farngea em radiografias cefalomtricas de perfil, atravs de uma anlise computadorizada. RESULTADOS: O padro de respirao de maior ocorrncia nos dois grupos foi o tipo misto. A maioria das crianas apresentou tipo de respirao bucal ou mista, no havendo associao entre o tipo de respirao e presena do HIV (p=0,091). O fluxo nasal mostrou predomnio do fluxo mdio nos dois grupos. As crianas sem história de infeco pelo HIV apresentaram fluxo nasal de mdio a grande e a maioria das crianas infectadas pelo HIV apresentou de pouco a mdio fluxo nasal de ar, havendo uma associao positiva entre o fluxo nasal e a infeco pelo HIV (p<0,0001). A porcentagem mdia de ocupao da tonsila farngea foi alta nos dois grupos, no havendo diferena estatisticamente significante entre eles. As crianas dos dois grupos apresentaram aumento moderado ou acentuado do tamanho da tonsila farngea, no havendo associao entre o tamanho da tonsila farngea e presena do HIV (p=0,201).
Resumo:
O nariz, a garganta e o ouvido intrigam a humanidade desde os perodos mais remotos. Tratamentos laringolgicos, rinolgicos e otolgicos, alm de cirurgias, j eram praticados por mdicos gregos, hindus e bizantinos. No sculo XX inovaes clnicas e cirrgicas foram incorporadas graas s novas tcnicas anestsicas, aos antibiticos, radiologia e s novas tecnologias. OBJETIVO E MTODO: Mostrar a evoluo desta cincia ao longo dos tempos, reconhecendo figuras importantes da otologia, rinologia e laringologia por reviso em literatura. RESULTADO E CONCLUSO: O conhecimento das evolues em anatomia, fisiologia, tratamentos clnicos e cirrgicos, alm das personalidades que conduziram a estes avanos de grande importncia para que a cincia mdica evolua cada vez mais. A Otorrinolaringologia tem história muito rica, com importantes colaboradores e figuras de renome para a história da medicina. A especialidade foi uma das primeiras a utilizar anestesia local para realizao de procedimentos, pioneira em tratamentos com prteses que recuperavam a audio e teve a primazia na utilizao de microscpios em cirurgias. Poucas especialidades mdicas sofreram tantas mudanas e desenvolvimentos cientficos nestas ltimas dcadas quanto a Otorrinolaringologia que teve a vantagem de incorporar tecnologias na endoscopia, radiologia, microcirurgia e uso da informtica.
Resumo:
O reconhecimento dos distrbios respiratrios do sono tem aumentado a cada ano. Manifestaes, como o ronco, consideradas meros incmodos vm adquirindo importncia no que diz respeito qualidade de vida e seu impacto social. OBJETIVO: Comparar a história clnica com os resultados da polissonografia (PSG), na Sndrome da Apnia/Hipopnia Obstrutiva do Sono (SAHOS), o principal objetivo deste trabalho. MATERIAL E MTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo, com 125 pacientes, atravs da anlise de questionrios especficos, IMC e Escala de Epworth. RESULTADOS: Dentre os pacientes, 75 eram do sexo masculino e 50 do feminino. O principal sintoma foi a roncopatia. 46% apresentaram PSG normais, 30% SAHOS leve, 15% moderada e 9% severa, no se evidenciando correlao estatstica entre a clnica e a PSG. Dentre as queixas, somente a insnia foi relevante, em anlise univariada e em pacientes normais e com SAHOS leve (p<0,05), comparada aos pacientes com SAHOS moderada e severa, perdendo sua importncia quando analisada na presena de outros fatores. CONCLUSO: A história clnica, por si s, no suficiente para a definio do diagnstico ou do grau de severidade dos casos de SAHOS.
Resumo:
Os primeiros dois anos de vida so crticos para a aquisio e desenvolvimento de habilidades auditivas e linguagem. OBJETIVO: Verificar o desempenho de lactentes com fissura labiopalatina (FLP) com e sem indicadores de risco audio (IRA) no teste de reconhecimento verbal (TRV). Estudo prospectivo. MATERIAL E MTODOS: Pais de 100 lactentes (9 a 18 meses) com FLP foram entrevistados para verificar a presena de IRA e constituio dos grupos em estudo. Todos os lactentes foram submetidos ao TRV. Resultados: Doenas otolgicas, no-amamentao natural, tabagismo dos pais, insuficincia das vias areas superiores, permanncia na incubadora e antecedentes com surdez foram os IRA mais freqentes. 85 lactentes apresentaram IRA e 40% deles TRV alterado. 15 no apresentaram IRA e 73% apresentaram desempenho no TRV esperado para a sua idade. No foi encontrada significncia (p=0,326) entre os grupos. 54 lactentes apresentaram história de otite mdia (OM) e 31% deles tiveram alterao no TRV. 46 no apresentaram OM e apresentaram desempenho no TRV esperado para a sua idade. Encontrada diferena significativa (p=0,000). CONCLUSO: Identificou-se a presena de outros IRA alm FLP. O desempenho dos lactentes com e sem histrico de IRA no diferiu no TRV. A presena de doenas otolgicas interferiu significativamente no TRV.
Resumo:
Perdas auditivas e zumbidos so dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, que sofrem suas conseqncias no apenas no ambiente de trabalho, mas tambm em contextos extralaborais. OBJETIVO: Verificar existncia de relao dose-resposta entre perdas auditivas e zumbidos, ou seja, se o aumento destas perdas auditivas est associado ao aumento do incmodo provocado pelos zumbidos. MATERIAL E MTODO: Neste estudo de srie de casos, transversal, foram avaliados 284 trabalhadores com exposio ao rudo ocupacional atravs da audiometria tonal limiar cujos resultados foram categorizados segundo Merluzzi. Aqueles que apresentaram queixas de zumbidos responderam ao Tinnitus Handicap Inventory, adaptado e validado para o portugus brasileiro. Ajustou-se um modelo linear generalizado para dados binomiais, verificando interao entre os fatores. RESULTADOS: Mais de 60% dos ouvidos apresentaram perda auditiva e mais de 46% apresentaram zumbidos. Verificou-se que as prevalncias de zumbido aumentam com a piora dos limiares, bem como o risco de o apresentar. A interao entre ambos, considerando todos os graus de perda auditiva, foi estatisticamente significativa. CONCLUSO: Os resultados sugerem haver interao estatstica entre perda auditiva e zumbidos, com a tendncia de que, quanto maior for o dficit auditivo, maior ser o incmodo provocado pelo zumbido.