193 resultados para Aptidão física - Testes

em Scielo Saúde Pública - SP


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FUNDAMENTO: Embora exista uma tendência de diminuição dos níveis de aptidão física, a intensidade desse decréscimo em razão da idade e do estado nutricional em homens adultos não é bem conhecida, especialmente na população brasileira. OBJETIVO: Analisar os níveis de aptidão física de acordo com a idade e o estado nutricional em homens adultos. MÉTODOS: Foram aplicados testes de resistência aeróbica e muscular e flexibilidade e avaliação do estado nutricional em 1.011 homens. Foram realizadas análises de correlação, covariância e razões de prevalências por meio de regressão de Poisson. RESULTADOS: Os indivíduos apresentaram desempenho regular nos testes de aptidão física. Uma diminuição dos índices de desempenho físico de acordo com o avanço da idade foi verificada considerando todas as faixas etárias investigadas. A análise de covariância corrigida pela idade mostrou diferenças (p<0,001) para todos os testes comparando indivíduos normais e com sobrepeso/obesidade. As razões de prevalências mostraram uma forte tendência de diminuição do desempenho físico dos 18 aos 54 anos. Sujeitos com idades entre 41 e 54 anos apresentaram prevalências de baixos índices de VO2máx 3,22 vez maior na comparação com a faixa etária de 18 a 20 e 1,40 vez maior em comparação a sujeitos com idades entre 21 a 25 anos. Houve uma redução dos escores de VO2máx da faixa de 18 a 20 em relação à de 41 a 54 anos de 11,45% no grupo normal e de 20,91% no grupo com sobrepeso e obesidade. CONCLUSÃO: A idade e o estado nutricional apresentaram forte influência na diminuição nos escores de desempenho físico principalmente após os 30 anos.

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OBJETIVO: Observar a influência de quatro meses de um programa domiciliar não-supervisionado de exercícios sobre a pressão arterial (PA) e aptidão física em hipertensos. MÉTODOS: Foram observados um grupo experimental com 26 homens e 52 mulheres e um grupo controle, com 9 homens e 7 mulheres, com idades entre 25 e 77 anos. O grupo experimental submeteu-se a um programa domiciliar de exercícios, com atividades aeróbias (60-80% da FC máxima para a idade, 30min de caminhadas no mínimo três vezes por semana), exercícios de flexibilidade. Orientações sobre a ficha de controle e o treinamento eram dadas a cada reavaliação. Foram acompanhados por quatro meses, com reavaliações a cada dois meses, observando-se: PA em repouso; peso corporal, relação cintura-quadril (RCQ), percentual de gordura (%G), somatório de dobras cutâneas (SOMD) e relação central e periférica de dobras (P/C); flexibilidade de tronco (FX); relação entre freqüência cardíaca e carga de trabalho durante teste submáximo em ciclo-ergômetro (FC/W), traduzida pela inclinação da curva de regressão entre ambas (a). RESULTADOS: O grupo experimental exibiu alterações significativas para o peso (-3,7 kg), RCQ (-0,03), SOMD (-12 mm), %G (-4,4%), FX (+2,3 cm), FC/W (-0,02) e PA (-6 e -9 mmHg para pressão sistólica e diastólica, respectivamente). O grupo controle teve pequenas alterações no peso (+1,3 Kg) e %G (+1,7%). CONCLUSÃO: Programas domiciliares não supervisionados de exercícios, podem exercer efeito positivo sobre a PA e aptidão física de hipertensos.

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OBJETIVO: analisar o nível de aptidão funcional de um grupo de mulheres na pós-menopausa da cidade de Presidente Prudente por meio do conjunto de testes de aptidão funcional da American Aliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance e verificar se existe diferença entre grupos de mulheres na quinta e sexta década de vida. MÉTODOS: estudo de característica transversal, com 175 mulheres na pós-menopausa (dosagem de hormônio folículo estimulante>26,72 mIU/L) desenvolvido na cidade de Presidente Prudente no ano de 2013. Os critérios de inclusão foram não ter feito parte de nenhum tipo de intervenção motora sistematizada durante, pelo menos, seis meses do período que antecedeu a coleta de dados da investigação; não apresentar comprometimentos motores ou cognitivos que inviabilizassem a realização dos protocolos de avaliação, não apresentar doença crônica ou degenerativa, lesão musculo-esquelética ou comorbidade que pudessem impedir ou limitar a realização das avaliações. As avaliações foram conduzidas pelos mesmos avaliadores treinados. O grupo 50 a 59 anos apresentou valores médios para idade de 55,3±4,5 anos, FSH de 53,5±21,1 mUI/mL, coordenação 11,4±2,2 segundos, força 20,1±3,9 repetições, flexibilidade 51,7±11,8 centímetros, agilidade 23,2±2,8 segundos e Resistência aeróbia 500±43 segundos e o grupo 60 a 69 anos apresentou idade média de 65,1±4,1 anos com FSH de 54,9±15,9, coordenação 11,6±2,6 segundos, força 20,3±4,7 repetições, flexibilidade 54,6±11,2 centímetros, agilidade 24,7±4,3 segundos e Resistência aeróbia 508±51 segundos. CONCLUSÃO: foi possível analisar a aptidão funcional de mulheres na pós-menopausa por meio do conjunto de testes da American Aliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance não havendo diferenças significativas para as variáveis força, flexibilidade, capacidade aeróbia e coordenação, sendo que apenas a variável agilidade demonstrou diferenças significativas. Recomenda-se outros estudos, buscando formular valores normativos para a população em questão.

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OBJETIVO: Desenvolver um questionário de atividade física para adolescentes brasileiros e verificar sua validade e reprodutibilidade. MÉTODOS: Participaram do estudo 94 adolescentes (30 meninos e 64 meninas) com idade entre 11 a 16 anos, em 2004. O questionário foi composto por 17 questões sobre atividades habituais exercidas nos últimos 12 meses (exercícios físicos/esportes e atividades de locomoção) e foi padronizado para gerar escores semanal e anual. Como método de referência utilizou-se o teste de corrida vai-e-vem de 20 metros com as variáveis tempo em minutos, velocidade máxima em km/h, consumo máximo de oxigênio e freqüência cardíaca máxima. Para a análise de validação, foram utilizados o coeficiente de Spearman e correlação ajustada por idade. Para a análise da reprodutibilidade, utilizou-se medida repetida com intervalo de 15 dias e coeficiente de correlação intraclasse. RESULTADOS: Para o escore semanal de atividade física, os maiores coeficientes de correlação foram obtidos com o tempo total para a análise em conjunto (r=0,19), velocidade total para os meninos (r=0,20), e consumo máximo de oxigênio e tempo total para as meninas (r=0,17). Para o escore anual de atividade física, os maiores coeficientes de correlação foram obtidos com o tempo total para a análise em conjunto (r=0,30), freqüência cardíaca final após o ajuste pela idade para os meninos (r=0,22) e tempo total para as meninas (r=0,23). Nas análises de reprodutibilidade, a correlação do escore semanal foi de 0,61 e a do escore anual foi de 0,68. CONCLUSÕES: O questionário apresentou evidências de validade e reprodutibilidade. Recomenda-se sua utilização para avaliação da atividade física habitual em estudos epidemiológicos com adolescentes.

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OBJETIVO: Validar o conteúdo e avaliar a confiabilidade do instrumento Veterans Specific Activity Questionnaire, adaptado culturalmente para uso na população brasileira de cardiopatas. MÉTODOS: O instrumento foi traduzido, retrotraduzido e analisado por comitê de juízes para avaliação das equivalências semântico-idiomática e cultural. As atividades físicas indicadas no instrumento incomuns ao cotidiano da população-alvo foram substituídas. Outro comitê de especialistas analisou a equivalência metabólica das atividades substituídas. A proporção de concordância de avaliação dos juízes foi quantificada pelo Índice de Validade de Conteúdo. O pré-teste foi realizado em duas etapas (n1 e n2 = 15). A confiabilidade foi avaliada por meio do teste re-teste (intervalo de 7-15 dias, n = 50). RESULTADOS: Na avaliação das equivalências semântico-idiomática e cultural, os itens com Índice de Validade de Conteúdo < 1 foram revisados até obtenção de consenso entre os juízes. Constatou-se 100% de concordância do segundo comitê na análise da equivalência metabólica entre as atividades originais e as substituídas. Análise do teste re-teste apontou coeficiente de concordância kappa (k = 0,86; p < 0,001), sugerindo estabilidade temporal do instrumento. CONCLUSÕES: A versão validada do Veterans Specific Activity Questionnaire apresentou evidências de confiabilidade segundo critério de estabilidade temporal e conteúdo cultural adequado.

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FUNDAMENTO: O efeito protetor da aptidão cardiorrespiratória tem sido reconhecido nos adultos. Entretanto, essa relação ainda não se mostra esclarecida nos idosos. OBJETIVO: Analisar a associação entre hipertensão e aptidão cardiorrespiratória (ACR) em 1.064 mulheres idosas Brasileiras. MÉTODO: A obesidade central foi estimada pela circunferência abdominal (CA) e a ACR pelo teste de caminhada de 6 minutos. Os testes de ANOVA one-way, Qui-quadrado e regressão logística foram usados para a análise estatística. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão foi de 53,9%. O grupo obesidade central apresentou maior risco para hipertensão quando comparado ao grupo não-obesidade central, mesmo pertencendo ao mesmo nível de ACR. Além disso, ambos os grupos mostraram um aumento progressivo do risco para hipertensão do maior para o menor grupo de ACR, indicando uma relação inversa entre ACR e obesidade central. O grupo não-obesidade central obteve o menor odds ratio (OR) de 1,49 (95%IC 0,97-2,28) e 1,54 (95%IC 0,94-2,51); enquanto que no grupo obesidade central, o OR foi 2,08 (95%IC 1,47-2,93), 2,79 (95%IC 1,79-4,33) e 3,09 (95%IC 1,86-5,12). CONCLUSÃO: Os resultados encontrados indicaram que a CC é um forte preditor de hipertensão, e que o efeito protetor da ACR pode ser estendido às mulheres idosas, mesmo àquelas com obesidade central.

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FUNDAMENTO: Devido à hemiparesia, a avaliação da aptidão cardiorrespiratória de indivíduos após acidente vascular encefálico (AVE), por meio de testes ergométricos com protocolos convencionais, tem se tornado um desafio. OBJETIVO: Realizar teste cardiopulmonar (TCP) em hemiparéticos para uma avaliação pré-participação visando uma criteriosa prescrição de exercício aeróbico. MÉTODOS: Participaram do estudo 8 indivíduos com hemiparesia crônica, que foram submetidos a TCP realizado com protocolo individualizado em rampa, desenvolvido a partir da informação da velocidade de marcha dos indivíduos previamente avaliados em teste de pista. Foi considerada a proposta de inclinação variando entre 0 e 10,0%, velocidade inicial correspondente a 70,0% do ritmo de caminhada confortável e velocidade máxima 40,0% superior à velocidade máxima no teste de pista, na expectativa de que o TCP, com este incremento gradativo e constante da intensidade, durasse entre 6 e 8 minutos. RESULTADOS: Em 100,0% dos avaliados, o motivo para a interrupção do teste foi fadiga periférica. O VO2 de pico alcançado foi de 20,6 ± 5,7 ml/kg.min. O Limiar I foi identificado em todos os exames, situando-se em 82,64 ± 4,78% da FC de pico e 73,31 ± 4,97% do VO2 de pico. O quociente respiratório (R) do grupo foi de 0,96 ± 0,09, e três dos 8 indivíduos (37,5%) atingiram R superior a 1,00, sendo o Limiar II identificado nestes sujeitos. Foram encontradas relações positivas entre variáveis do TCP e escores de equilíbrio, desempenho no teste de caminhada de 6 minutos e velocidade de marcha no solo. CONCLUSÃO: O teste mostrou ser útil para prescrição de atividade física nesses indivíduos.

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OBJETIVO: Analisar as diferenças no índice de massa corporal (IMC) e no perímetro da cintura segundo a aptidão cardiorrespiratória em militares do sexo masculino. MÉTODOS: A amostra constituiu-se de 50.523 homens da ativa do exército brasileiro. Os dados antropométricos (massa corporal, estatura e perímetro da cintura) e de consumo máximo de oxigênio (VO2max), estimado por meio do teste de corrida de 12 minutos, foram obtidos no teste de aptidão física do ano 2001. RESULTADOS: A idade variou de 18 a 52 anos, porém foi composta em sua maioria por indivíduos jovens (média + DP = 25,8 + 6,6 anos de idade). A faixa de aptidão cardiorrespiratória variou de 22,2 a 82,5 mL O2.kg-1.min-1. Os valores médios do perímetro da cintura foram significativamente menores nos grupos de melhor aptidão cardiorrespiratória, quando comparados com os grupos com menor aptidão (p<0,001). Esse padrão se manteve mesmo após o ajuste pela idade, pelo IMC e por ambos. CONCLUSÕES: Para um mesmo valor do IMC, indivíduos com melhor aptidão cardiorrespiratória possuem valores significativamente menores de perímetro da cintura quando comparados com sujeitos de mais baixa aptidão. Esses achados sugerem acúmulo reduzido de gordura abdominal nos militares mais bem condicionados.

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OBJETIVO: Avaliar a associação entre nível de atividade física e o estado de saúde mental de pessoas idosas. MÉTODOS: Inquérito de base populacional com amostragem probabilística, incluindo 875 idosos da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, em 2002. Foram aplicados os questionários: Internacional de Atividades Físicas e Brazil Old Age Schedule. Os problemas de saúde mental avaliados foram depressão e demência, além da prática de atividade física total (lazer, ocupação, deslocamentos e serviços domésticos). Após análises descritivas e bivariadas, realizou-se análise ajustada por meio de regressão logística, com ajuste para os fatores de atividade física total, atividade de lazer, escores de depressão e demência. RESULTADOS: Verificou-se associação estatisticamente significativa e inversa de demência e depressão com atividade física total e atividade física no lazer. A odds ratio ajustada para demência entre os sujeitos sedentários para atividade física total comparada à dos ativos foi de 2,74 (IC 95%: 1,85; 4,08), enquanto o respectivo valor para depressão foi de 2,38 (IC 95%: 1,70; 3,33). CONCLUSÕES: Os resultados reforçam a importância de estilo de vida ativo para prevenção de problemas de saúde mental de idosos. Infere-se que a atividade física tem conseguido reduzir e/ou atrasar os riscos de demência, embora não se possa afirmar que a atividade física evita a demência.

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OBJETIVO: Analisar a associação entre inatividade física no lazer de adultos com fatores sociodemográficos e indicadores de risco e proteção para doenças crônicas. MÉTODOS: Estudo transversal com indivíduos com idade de 18 anos e superior (n=1996). Foram utilizados dados obtidos do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis, por meio de entrevistas telefônicas, em Florianópolis, SC, 2005. Analisaram-se fatores sociodemográficos e comportamentais de proteção e de risco. Os resultados das análises de regressão múltipla para associação entre inatividade física no lazer e variáveis independentes foram expressos por razões de prevalência. RESULTADOS: A prevalência da inatividade física no lazer foi de 54,6% (47,3% homens, 61,4% mulheres). Após análise ajustada, entre os homens, maior probabilidade de inatividade física no lazer foi associada ao aumento da faixa etária, à diminuição do nível de escolaridade e ao fato de trabalharem; menor probabilidade de inatividade física no lazer foi associada ao consumo abusivo de bebida alcoólica, independentemente da faixa etária, nível de escolaridade e trabalho. Entre as mulheres, maior probabilidade de inatividade foi observada entre as que relataram nível de escolaridade inferior a 12 anos de estudo e que trabalhavam. Análises ajustadas pelo nível de escolaridade e trabalho mostraram maior probabilidade de inatividade física no lazer para mulheres que relataram consumo de frutas e hortaliças com freqüência inferior a cinco vezes por dia e consumo de leite integral. CONCLUSÕES: Os fatores associados à inatividade física no lazer apresentaram perfil diferente entre homens e mulheres. Para mulheres, a inatividade física se associou a comportamentos de risco para doenças crônicas, em especial aos hábitos alimentares, e para os homens, se associaram a fatores sociodemográficos.

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FUNDAMENTO: O Walking Impairment Questionnaire (WIQ) tem sido utilizado para a obtenção de informações sobre a percepção de locomoção dos indivíduos com claudicação intermitente (CI). Entretanto, esse questionário ainda não foi traduzido para o idioma português, o que limita sua utilização em amostra brasileira. OBJETIVO: Traduzir e verificar a validade e reprodutibilidade do WIQ em brasileiros com CI. MÉTODOS: Participaram deste estudo 42 indivíduos com CI, diagnosticados pelo índice tornozelo-braço < 0,90. Após os procedimentos de tradução e retradução do questionário, realizado por dois tradutores independentes, a validade de constructo do WIQ foi analisada correlacionando os escores do WIQ com os escores do Medical Outcome Study Questionnaire Short Form 36 (SF-36) e com o desempenho em testes de aptidão física (marcha e de força máxima). A reprodutibilidade foi analisada em duas aplicações do WIQ com 7 dias de intervalo. RESULTADOS: Foi encontrada correlação significativa entre os domínios do WIQ, os domínios do SF-36 (capacidade funcional, aspectos físicos, dor e aspectos emocionais) e o desempenho nos testes de aptidão física (marcha e força máxima). Além disso, verificaram-se coeficientes de correlação intraclasse que variaram de 0,72 a 0,81, e não houve diferença entre os escores do WIQ entre as duas aplicações do questionário. CONCLUSÃO: A versão em português do WIQ é válida e reprodutível em brasileiros com CI.

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FUNDAMENTO: Estudos que relacionam exercícios físicos e saúde têm contribuído para a compreensão da influência de hábitos sedentários com a incidência de doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Comparar o efeito de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre a capacidade funcional (VO2 pico) e a qualidade de vida de pacientes pós-infarto agudo do miocárdio. MÉTODOS: 87 homens (57,7 anos, ± 6,1) participaram deste estudo prospectivo, com 12 semanas de treinamento físico de alta intensidade (n=29), a 85% da frequência cardíaca máxima, de intensidade moderada (n=29), a 75% da frequência cardíaca máxima, ou no grupo controle (n=29), que recebeu acompanhamento clínico. O exercício aeróbio foi realizado cinco vezes por semana, 45 minutos por sessão, além de exercícios de resistência muscular e alongamentos. O VO2 pico foi mensurado com teste cardiopulmonar, e a qualidade de vida foi avaliada pelo questionário MacNew. RESULTADOS: A ANOVA two-way revelou aumento do VO2 pico significativo (p<0,05) no grupo de alta intensidade (29,9 ± 2,2 ml/kg.min para 41,6 ± 3,9 ml/kg.min) em relação ao grupo de moderada intensidade (32,0 ± 5,3 ml/kg.min para 37,1 ± 3,9 ml/kg.min). Além disso, ambos os grupos de exercício aumentaram significativamente em relação ao grupo controle (31,6 ± 3,9 para 29,2 ± 4,1). A qualidade de vida teve melhora significativa (p<0,05) no grupo de alta intensidade (5,66 para 6,80) e de moderada intensidade (5,38 para 6,72), mas não no grupo controle (5,30 para 5,15) CONCLUSÃO: Os exercícios de maior intensidade resultaram em maior aumento na capacidade funcional e na qualidade de vida em pacientes no pós-infarto do miocárdio.

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FUNDAMENTO: O Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ) tem sido utilizado para a individualização de testes ergométricos (TE) e para avaliar indiretamente a aptidão cardiorrespiratória (ACR) em estudos epidemiológicos. Apesar disso, ainda não há versão em português validada. OBJETIVO: Verificar a validade de critério da versão em português do VSAQ e examinar a equivalência de mensuração dessa versão em 95 indivíduos, sendo 8 mulheres (69 ± 7 anos), com indicação para a realização de TE. MÉTODOS: Os indivíduos realizaram teste cardiopulmonar de exercício progressivo máximo em ciclo-ergômetro. A correlação do escore do VSAQ com o MET Máximo Medido e Estimado foi comparada com os resultados de outros estudos. O Nomograma VSAQ foi calculado e seus resultados comparados com os valores reais da ACR por regressão linear. Limites de concordância e as diferenças médias (vieses) foram avaliados segundo a metodologia proposta por Bland e Altman. RESULTADOS: Os escores obtidos através do VSAQ correlacionaram-se de forma significativa com o MET máximo medido (r = 0,64) e estimado (r = 0,67), resultados equivalentes àqueles obtidos com versões originais. O nomograma VSAQ obteve resultados com R múltiplo de 0,78 (para MET medido) e 0,80 (para MET estimado). O nomograma, entretanto, parece subestimar os valores de indivíduos com ACR acima de 6 MET. CONCLUSÃO: A versão do VSAQ confirmou-se válida e equivalente à versão original, especialmente para avaliação de indivíduos cardiopatas e de idade avançada.

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FUNDAMENTO: O envelhecimento fisiológico leva a uma disfunção autonômica cardíaca que está associada ao surgimento e ao agravamento de doenças cardiovasculares e a um maior risco de morte. Atualmente, o exercício físico é apontado como uma estratégia cardioprotetora, sendo necessários mais estudos do seu benefício na função autonômica cardíaca. OBJETIVO: Avaliar o controle autonômico da frequência cardíaca em voluntários jovens e de meia-idade com diferentes níveis de aptidão aeróbica. MÉTODOS: Participaram do estudo 68 voluntários, estratificados quanto à idade e ao nível de aptidão aeróbica. Com base na aptidão aeróbica avaliada pelo teste de esforço submáximo, os sujeitos foram separados em dois grupos, aptidão boa e aptidão deficiente. A avaliação do controle autonômico cardíaco se deu a partir de medidas da variabilidade da frequência cardíaca em repouso e a recuperação da frequência cardíaca pós-esforço. Para comparação das variáveis investigadas, utilizou-se a análise de variância bifatorial. RESULTADOS: A variabilidade da frequência cardíaca é significativamente menor nos voluntários de meia-idade do que nos jovens, independentemente do nível de aptidão aeróbica (p < 0,01). Melhores níveis de aptidão aeróbica nos voluntários de meia-idade estão associados à reentrada vagal pós-esforço mais precoce - taxa de declínio da FC após 1min30s: 39,6% aptidão aeróbica boa vs. 28,4% deficiente (p < 0,01). CONCLUSÃO: Melhores níveis de aptidão aeróbica atuam beneficamente no controle autonômico da frequência cardíaca pós-esforço, preservando a velocidade de reentrada vagal em voluntários de meia-idade. No entanto, não atenua a redução da variabilidade da frequência cardíaca decorrente do processo natural de envelhecimento.

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FUNDAMENTO: A maioria das tabelas de classificação da Aptidão Cardiorrespiratória (ACR) utilizadas na prática clínica é internacional e não foi validada para a população brasileira, podendo resultar em discrepâncias importantes, uma vez que essa classificação é extrapolada para a nossa população. Objetivo: Avaliar as principais tabelas de ACR disponíveis em uma amostra populacional brasileira do Planalto Médio do Rio Grande do Sul (RS). MÉTODOS: Foram analisados dados retrospectivos de 2.930 indivíduos, residentes em 36 cidades do Planalto Central do RS. Levaram-se em consideração presença dos fatores de risco para doença cardiovascular e valores estimados do consumo de oxigênio de pico (VO2pico), obtidos por meio de teste de esforço com protocolo de Bruce. Para classificar a ACR, os sujeitos foram distribuídos de acordo com o sexo e inseridos nas respectivas faixas etárias das tabelas de Cooper, American Heart Association (AHA) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e classificados conforme seu VO2pico. RESULTADOS: A amostra feminina apresentou valores mais baixos de VO2pico do que a masculina (23,5 ± 8,5 vs. 31,7 ± 10,8 mL.kg-1.min-1, p < 0,001), e o VO2pico apresentou correlação inversa e moderada com a idade considerando-se ambos os sexos (R = -0,48, p < 0,001). Foi observada importante discrepância entre os níveis de classificação da ACR entre as tabelas, que variaram de 49% (COOPERxAHA) até 75% (UNIFESPxAHA). CONCLUSÃO: Nossos achados indicam discrepâncias importantes na classificação da ACR proveniente das tabelas avaliadas. Estudos futuros poderiam investigar se a utilização das tabelas internacionais são aplicáveis à população brasileira e às populações de diferentes regiões do Brasil.