4 resultados para Actinopterygii

em Scielo Saúde Pública - SP


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Estudamos a dieta dos juvenis de Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) em praias da Baía de Sepetiba (Rio de Janeiro, Brasil) entre janeiro de 2000 e abril de 2001. Procuramos avaliar a plasticidade trófica de peixes desta espécie ao longo de um gradiente espacial com diferentes níveis de exposição às ondas, sazonalidade, além de avaliar mudanças ontogenéticas na dieta. Os itens alimentares foram analisados através do índice de importância relativa (IIR), determinado pelos valores das frequências de ocorrência, de número e de peso. Os itens de maior importância foram do subfilo Crustacea, ordens Mysidacea, e o representante da ordem Decapoda Emerita brasiliensis (Schmitt, 1935), além de Cefalochordata, representado por Branchiostoma platae (Fitzinger, 1862). Na zona de maior exposição às ondas (praia de Barra de Guaratiba) e com substrato predominantemente arenoso, a dieta foi constituída principalmente por Emerita brasiliensis e Cirripedia, este último presente nos costões rochosos que limitam a praia; na zona de exposição intermediária (praia de Muriqui), houve um predomínio de Mysidacea e Branchiostoma platae; na zona mais protegida (praia de Itacuruçá), os itens de maior abundância foram Polychaeta, Mysidacea e Branchiostoma platae. Sazonalmente não ocorreu variação no uso de Mysidacea, enquanto Branchiostoma platae foi mais consumido durante o inverno, Polychaeta na primavera e Cirripedia e Emerita brasiliensis, no verão. Mysidacea foi o alimento predominante em todas as classes de tamanho, enquanto Polychaeta foi utilizado predominantemente por peixes menores que 20 mm de comprimento padrão e Emerita brasiliensis e Cirripedia foram consumidos principalmente por indivíduos maiores que 40 mm, somente na praia de maior exposição. O sucesso no uso de praias desprotegidas e zonas de arrebentação por esta espécie de peixe pode ser em parte devido à estratégia trófica oportunista, que utiliza uma ampla variedade de recursos disponíveis no ambiente.

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The present study aims to compare the buccal apparatus and gastrointestinal tract of early life stages of Centropomus undecimalis (Bloch, 1792), and relate them to its diet. A total of 190 individuals collected with a channel net in the Catuama estuary (07º40'9.9''S, 34º50'36.7''W), northern coast of the state of Pernambuco, were examined. Morphometrical and meristic data were analyzed for the two initial developmental periods (larval and juvenile). Their digestive tube was morphologically characterized and its content identified. The longest transverse axis of food items was measured, and compared to the standard length (SL) and mouth gape size (D) of the individuals. Body measurement regressions differed significantly (p<0.001) between larvae and juveniles. The stomachs with food content (n=118 individuals) presented a proportion of 62% full and 30% empty (being 8% damaged). They differed in relation to the fullness level and presented a coiled shape when empty. The number of food items in relation to SL and D did not present an evident correlation. Larvae (SL<10 mm) feed on small copepods, while juveniles (SL=11.1 to 64.7 mm) ingest larvae of various decapod species, showing a distinct diet between these initial developmental stages.

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ABSTRACT Morphological variations, according to the principles of ecomorphology, can be related to different aspects of the organism way of life, such as occupation of habitats and feeding behavior. The present study sought to examine the intraspecific variation in two populations of Poecilia reticulata Peters, 1859, that occur in two types of environments, a lotic (Maringá Stream) and a lentic (Jaboti Lake). Due to a marked sexual dimorphism, males and females were analyzed separately. Thus, the proposed hypotheses were that the populations that occur in distinct environments present morphological differences. The morphological variables were obtained using morphometric measurements and the ecomorphological indexes. The data were summarized in a Principal Component Analysis (PCA). A Multivariate Analysis of Variance (Manova) was made to verify significant differences in morphology between the populations. Males and females showed similar ecomorphological patterns according to the environment they occur. In general the population from Maringá Stream had fins with major areas, and the Jaboti Lake population eyes located more dorsally. Additionally, others morphological differences such as wider mouth of the males from Maringá Stream, wider heads on Jaboti Lake females and more protractible mouths on males from Jaboti Lake suggest a set of environmental variables that can possibly influence the ecomorphological patterns of the populations, as the water current, availability of food resources and predation. In summary, the initial hypotheses could be confirmed, evidencing the occurrence of distinct ecomorphotypes in the same species according to the environment type.

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A região costeira de Itaipu, Rio de Janeiro é guarnecida por três ilhas, formando uma enseada semi-abrigada porém com ampla comunicação com o mar. Esta enseada recebe o aporte de águas do complexo lagunar Itaipu-Piratininga, além da influência de massas d'água oceânicas, constituindo uma área de intensa atividade pesqueira artesanal. Utilizando-se dados provenientes do monitoramento mensal da pesca artesanal (arrastos-de-praia, redes de emalhe e linha de mão), de arrastos experimentais em zona de arrebentação, censos visuais sub-aquáticos (ilhas da Menina, Mãe e Pai) e um experimento multiamostral na lagoa de Itaipu, elaborou-se uma lista de espécies de peixes que ocorrem na região, observando-se as suas conectividades e afinidades aos diversos habitats locais, incluindo a enseada, os recifes rochosos, a zona de arrebentação e a lagoa de Itaipu. Foram identificadas 183 espécies, sendo 26 Elasmobranchii, agrupados em 13 famílias e 157 espécies de Actinopterygii (63 famílias). A pesca de arrasto-de-praia capturou o maior número de espécies (112), seguida das redes de emalhe (94) e da linha de mão (35). Os arrastos na zona de arrebentação (picaré), capturaram apenas 49 espécies (oito exclusivas), principalmente juvenis e sem importância comercial. Os censos visuais identificaram um total de 41 espécies, sendo 21 exclusivas e de caráter críptico. No interior da lagoa de Itaipu foram registradas 46 espécies, 18 exclusivas de caráter ocasional. A análise de agrupamento, incluindo 106 espécies de ocorrência não exclusiva, resultou na formação de oito grupos. Os grupos A e B foram constituídos por espécies associadas exclusivamente às atividades de pesca na enseada, incluindo algumas espécies de interesse comercial. O grupo C reuniu as espécies comuns às pescarias cujos juvenis ocorrem na zona de arrebentação. O grupo D classificou espécies de ocorrência comum à pesca e às ilhas. O grupo E foi representado por espécies associadas à pesca e ocorrentes na lagoa (mugilídeos, gerreídeos e clupeídeos); o grupo F, por espécies ausentes apenas nas ilhas; o grupo G, por espécies ausentes apenas na lagoa e o grupo H, por espécies comuns a todas as áreas amostradas. Comparativamente a outras áreas do sudeste brasileiro, a região costeira de Itaipu representa uma importante área de agregação de diversidade e biomassa da ictiofauna, possibilitando a formação de associações de espécies e a conectividade entre os diferentes habitats locais.