10 resultados para ANTIPSICÓTICOS - FARMACOS

em Scielo Saúde Pública - SP


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OBJETIVO: Avaliar as relações de custo-utilidade entre medicamentos antipsicóticos de primeira e segunda gerações no tratamento da esquizofrenia. MÉTODOS: Foi construído um modelo de Markov de cinco anos, a partir de um levantamento em prontuários de pacientes atendidos em um centro de atenção psicossocial em Florianópolis (SC), 2006. Os custos foram avaliados sob a perspectiva o Sistema Único de Saúde. As utilidades foram medidas em anos de vida ajustados pela qualidade obtidas na literatura. RESULTADOS: No modelo de Markov, a alternativa mais custo-efetiva foi a utilização de risperidona e haloperidol antes de olanzapina. CONCLUSÕES: Os antipsicóticos haloperidol e risperidona apresentaram melhor relação de custo-efetividade quando comparados à olanzapina. Estratégias que priorizem a utilização de antipsicóticos com melhor relação de custo-efetividade podem otimizar recursos, sem necessariamente implicar prejuízos à saúde dos pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde.

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OBJETIVO: O emprego de antipsicóticos atípicos (AA) no tratamento de sintomas psicológicos e comportamentais das demências (SPCD) tem sido alvo de discussão em relação à eficácia e à segurança. O objetivo deste artigo é propiciar atualização sobre o tema. MÉTODOS: Revisão da literatura publicada nos últimos dez anos com ênfase em metanálises e ensaios clínicos randomizados (ECR) controlados com placebo. RESULTADOS: Três metanálises e nove ensaios clínicos foram analisados. Há evidências de eficácia clínica para risperidona (1mg/dia), olanzapina (5 a 10mg/dia) e aripiprazol (2 a 15mg/dia) no tratamento de agressividade e/ou SPCD em geral, e para risperidona (1mg/dia) no tratamento de sintomas psicóticos associados à demência. Os eventos adversos comuns com o uso de AA foram sonolência, sintomas extrapiramidais (SEP), incontinência ou infecção do trato urinário e alterações de marcha. O tratamento com AA associou-se a maior risco de eventos cerebrovasculares e de mortalidade em idosos com demência. CONCLUSÃO: Baixas dosagens de risperidona, olanzapina e aripiprazol são eficazes na redução de agressividade e/ou SPCD globais; risperidona é eficaz na redução de sintomas psicóticos associados à demência. Em virtude de esses tratamentos associarem-se a pequeno aumento no risco de eventos cerebrovasculares e mortalidade, seu uso deve ser reservado para sintomatologia moderada/grave.

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OBJETIVO: Um progressivo número de evidências surge associando o uso de antipsicóticos atípicos a dislipidemias, situação pouco atentada por considerável número de psiquiatras e preditora importante de doenças cardiovasculares (DCVs) e de morbimortalidade. O propósito deste estudo é revisar a associação entre o uso de antipsicóticos atípicos e o desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia. MÉTODOS: A pesquisa bibliográfica utilizou os bancos de dados MEDLINE e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com os descritores: schizophrenia, dyslipidemia, hyperlipidemia e lipids, para identificar artigos originais publicados no período de 1997 a setembro de 2006. RESULTADOS: Os artigos foram agrupados segundo cada agente terapêutico, de acordo com o seu impacto sobre o perfil lipídico. CONCLUSÃO: Observa-se maior risco de desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia em uso de alguns antipsicóticos atípicos. Intervenções comportamentais e farmacológicas devem ser associadas nos indivíduos com esquizofrenia em tratamento antipsicótico e que desenvolvem dislipidemias.

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A síndrome neuroléptica maligna (SNM) é uma reação idiossincrásica rara, extremamente grave e potencialmente fatal ao uso de antipsicóticos, tanto típicos quanto atípicos, bem como drogas de ação dopaminérgica. O diagnóstico fundamenta-se em critérios clínicos e laboratoriais e exclusão de outras condições médicas gerais ou psiquiátricas que melhor expliquem os sintomas. Segundo o DSM-IV, os principais critérios são rigidez muscular grave e temperatura elevada, associadas ao uso de medicação antipsicótica. Foi relatado um caso de paciente com 30 anos manifestando história de transtorno afetivo bipolar, que apresentou sinais e sintomas consistentes com SNM, após três semanas de tratamento com olanzapina. Esse relato visa a discutir o risco da SNM ao uso de antipsicóticos atípicos, bem como a importância de diagnóstico precoce e intervenção imediata.

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OBJETIVO: Neste estudo, o objetivo foi revisar o papel de um possível processo inflamatório na gênese da esquizofrenia. MÉTODO: Foram selecionados os trabalhos publicados em revistas indexadas nas bases de dados Lilacs e MedLine, sob os unitermos "esquizofrenia", "inflamação" e "estresse oxidativo", nos últimos 10 anos até dezembro de 2009, nos idiomas inglês e português. Foram excluídos os artigos que tratavam de aspectos fisiopatológicos da doença fora do interesse da psiquiatria. RESULTADOS: Sessenta e um artigos foram selecionados. Doze abordavam o envolvimento do estresse oxidativo na esquizofrenia, nove tratavam de alterações no sistema imunológico de pacientes esquizofrênicos, dezesseis da infecção pré-natal como desencadeador da doença e sete mostravam a ação antioxidante e anti-inflamatória de fármacos antipsicóticos. CONCLUSÃO: Os estudos enfatizam o envolvimento do sistema imunológico (isto é, interleucinas e ação anti-inflamatória dos antipsicóticos), das infecções, do estresse oxidativo e da função mitocondrial na fisiopatologia da esquizofrenia. Portanto, esses novos achados são importantes para a melhor compreensão e, consequentemente, a elaboração de terapias mais específicas e eficazes no combate dessa doença mental.

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OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de pacientes com esquizofrenia, atendidos por um programa de reabilitação social (CAPS). MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 40 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, em uso de antipsicóticos, atendidos no CAPS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram verificados medidas antropométricas (peso, estatura, circunferência abdominal, percentual de gordura corporal), pressão arterial e tabagismo. RESULTADOS: A amostra constitui-se de 65% de homens. A média de peso encontrada foi de 75,39 ± 15,73 kg. O índice de massa corporal médio apresentou-se dentro dos parâmetros de sobrepeso (26,76 ± 4,78 kg/m²), sendo 55% dos pacientes com sobrepeso ou obesidade segundo a classificação da OMS/1998. A circunferência abdominal e o percentual de gordura corporal apresentaram-se elevados na maioria dos pacientes (62,5% e 92,5%, respectivamente). Adicionalmente, não houve associação significativa entre IMC e a classificação de antipsicóticos (típicos, atípicos, clozapina). Encontrou-se uma correlação entre o tempo de doença com o percentual de gordura (r = 0,39, p = 0,033) e escolaridade com o peso (r = 0,362, p = 0,046) e IMC (r = 0,372, p = 0,039). Na regressão linear, 13% da variabilidade do percentual de gordura foi explicada pelo tempo de doença (r² = 0,131, B = 0,233, p = 0,049); 13% da variação do peso foi explicada pela escolaridade (r² = 0,131, B = 1,415, p = 0,046) e 13,8% da variação do IMC foi explicada pela escolaridade (r² = 0,138, B = 0,411, p = 0,039). CONCLUSÃO: Os pacientes apresentaram níveis aumentados de circunferência abdominal, percentual de gordura corporal e peso. Aparentemente, o ganho de peso ocorre em todos os pacientes expostos a antipsicóticos, independentemente do tipo de medicação e de resposta clínica, e a qualquer momento ao longo da evolução da doença. Sugere-se que, adicionalmente, a avaliação dos hábitos alimentares e o acompanhamento nutricional desses pacientes, a detecção precoce de alterações associadas à exposição aos antipsicóticos, em especial a obesidade, e o registro de mudanças ao longo do curso da doença e perante exposição a diferentes apresentações, tipos e doses de antipsicóticos sejam essenciais para o entendimento mais preciso do ganho de peso.

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Neste relato, descreve-se o caso de um rapaz de 23 anos que apresentava a crença de exalar um odor desagradável proveniente da transpiração e acreditava que incomodava as outras pessoas. O paciente foi medicado com amissulprida associada a técnicas de terapia cognitivo-comportamental (TCC), tendo havido acentuada melhora do quadro clínico. Foram abordados aspectos relativos à nosologia e às manifestações clínicas da síndrome de referência olfatória (SRO), e o seu tratamento foi discutido. Observou-se que experimentos comportamentais envolvendo exposição com desafio às crenças delirantes podem ser úteis no tratamento desse transtorno e que os antipsicóticos, particularmente a amissulprida, podem ser uma boa alternativa aos inibidores de recaptação da serotonina (IRSs) no tratamento da SRO.

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Antipsicóticos atípicos têm sua ação em doses que podem produzir efeitos colaterais importantes. A risperidona é o antipsicótico atípico de nova geração mais utilizado na atualidade e seu uso está associado a tratamento de esquizofrenia, transtornos psicóticos, episódios de mania e nos distúrbios de comportamento, entre outros. Os efeitos adversos mais importantes estão relacionados ao sistema nervoso central e autônomo, sistema endócrino e sistema cardiovascular. Neste último, pode haver efeitos inotrópicos negativos e alterações no eletrocardiograma, como prolongamento do intervalo QT, podendo causar taquicardia e arritmias. Relatamos um caso de um homem de 48 anos com história de delírio persecutório após ser ameaçado no trabalho, que estava sendo tratado com risperidona e paroxetina. Por não haver melhora, suas doses foram aumentadas e o paciente apresentou alargamento do intervalo QTc, com diminuição da amplitude da onda T e aumento da onda U, e hipocalemia. Além disso, o paciente era hipertenso e estava em uso de hidroclorotiazida. A risperidona tem o potencial de bloquear o componente rápido do canal cardíaco de potássio e isso prolonga o processo de repolarização dos ventrículos, podendo causar torsade de pointes, morte súbita e arritmias. Já a hidroclorotiazida causa hipocalemia, provocando alterações na contração e relaxamento do miocárdio. Houve interação medicamentosa grave entre duas drogas com potencial arritmogênico, o que levou às alterações no eletrocardiograma e produziu sintomas danosos ao paciente. A troca do antipsicótico atípico para um típico e da hidroclorotiazida por um diurético que não causa hipocalemia trouxe melhoras ao paciente.

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A atividade de três fármacos antivirais (Aciclovir [ACV], Ganciclovir [GCV] e Foscarnet [PFA]) foi testada in vitro frente aos herpesvírus bovino tipos 1 (BoHV-1), 2 (BoHV-2) e 5 (BoHV-5). Para isso, utilizou-se o teste de reducao de placas virais em cultivo celular, testando-se diferentes concentracoes dos farmacos frente a 100 doses infectantes para 50% dos cultivos celulares (DICC50) dos respectivos virus. Pelo teste de MTT (3-(4,5-Dimethylthiazol- 2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide), verificou-se que concentracoes inferiores a 200ƒÊg/mL dos tres antivirais resultaram em indices de viabilidade de celulas MDBK e Hep2 superiores a 80%. Com base na concentracao citotoxica para 50% das celulas (CC50) e na concentracao dos farmacos efetiva para inibir em 50% o numero de placas virais (EC50), calculou-se o indice de seletividade (IS) dos antivirais para os tres herpesvirus. Assim, o ACV demonstrou ser moderadamente ativo frente ao BoHV-1 (EC50: 112,9ƒÊg/mL e IS: 4,5), ao BoHV-2 (EC50: 114,2 ƒÊg/mL e IS: 4,5) e BoHV-5 (EC50: 96,9ƒÊg/mL e IS: 5,3). O GCV apresentou atividade moderada frente ao BoHV-2 (EC50: 33,5ƒÊg/mL e IS: 16,6) e, em menor grau, contra o BoHV-5 (EC50: 123,2ƒÊg/mL e IS: 4,5), sendo ineficaz frente ao BoHV-1 (EC50: 335,8ƒÊg/mL e IS: 1,7). O PFA apresentou atividade antiviral mais pronunciada, sendo o unico farmaco que, na concentracao de 100ƒÊg/mL, inibiu completamente a producao de placas pelos tres virus testados. O PFA foi o mais efetivo in vitro frente ao BoHV-1 (EC50: 29,5ƒÊg/mL e IS: 42,2), ao BoHV-2 (EC50: 45,2ƒÊg/mL e IS: 27,6) e ao BoHV-5 (EC50: 7,8ƒÊg/mL e IS: 160,6). Portanto, os resultados obtidos indicam que o PFA pode se constituir em um candidato para terapia experimental de infeccoes pelos herpesvirus de bovinos in vivo.