230 resultados para ecossistemas aquáticos


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RESUMO Analisou-se a influência de fatores abióticos, distribuição longitudinal e temporal sobre a abundância de Brachymetra albinervis albinervis Amyot & Serville, 1843. Foram avaliados três sítios de um riacho de Cerrado: nascente, intermediário e foz, mensalmente durante um ano (junho de 2011 a maio de 2012). As variáveis abióticas aferidas foram: oxigênio dissolvido, temperatura da água, pH, condutividade elétrica, largura e profundidade do riacho. Em cada sítio, mensalmente coletou-se em transecção de 100 m lineares. Foram coletados 111 espécimes. A foz apresentou menor abundância quando comparada aos outros locais (F(2, 9) 13,721, p = 0,001). A abundância não variou entre os períodos do ano (chuva, vazante, seca ou início da chuva). Assim, a alteração na abundância de B. a. albinervisanalisada ao longo de um ano foi influenciada pelos trechos do córrego, e essa variação foi atribuída a alterações ambientais no sítio foz que apresentou menor abundância e consequentemente é o que apresenta menor integridade ambiental. Esses resultados contribuem para o conhecimento ecológico dessa espécie e discute sobre a mudança da ocorrência da espécie em função da alteração dos ambientes aquáticos.

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RESUMO Com o declínio evidente de populações de anfíbios causadas pela alteração do hábitat, muitas áreas que estão inseridas em hotspots do Brasil ainda precisam ser estudadas, a fim de aumentar o conhecimento sobre a anurofauna e fornecer melhores perspectivas de conservação. Um dos ecossistemas criticamente ameaçados é a Floresta Estacional Semidecidual (FES), cuja extensão foi reduzida a aproximadamente 7% da cobertura original, dispersos em pequenos fragmentos. O objetivo deste estudo foi descrever a anurofauna de uma localidade inserida em paisagem de FES na região da Bacia Hidrográfica do Rio Paranapanema, considerada uma lacuna geográfica no conhecimento de anfíbios. Além disso, foi avaliada a eficiência de métodos de amostragem de anuros e verificada a similaridade com taxocenoses inseridas em FES e/ou Cerrado de diferentes regiões da mesma bacia hidrográfica. O estudo foi conduzido nas margens do Rio Paranapanema, divisa dos estados de São Paulo e Paraná. Foram realizadas nove fases de campo trimestrais, entre novembro de 2005 a novembro de 2007 que resultou em um esforço de 45 dias de amostragem. Foram registradas 25 espécies de anfíbios anuros distribuídas em seis famílias. Pelo método de amostragem em sítio de reprodução obteve-se o maior registro de espécies (88,5%). O método de armadilhas de interceptação e queda também foi eficiente, proporcionando o registro de cerca de 45% das espécies, além de possibilitar o registro exclusivo de Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863) eRhinella ornata (Spix, 1824). Além disso, 90% das espécies terrícolas registradas, que são tipicamente categorizadas como espécies de área aberta, foram registradas no interior dos remanescentes florestais por este método. Através da comparação com as outras taxocenoses, verificou-se uma alta dissimilaridade de espécies mesmo em áreas mais próximas e que a composição de espécies entre as localidades não está sendo determinada pela distância geográfica. Características distintas entre as espécies registradas, como modo reprodutivo e associação a diferentes hábitats, em conjunto com grau de diversidade encontrada entre as taxocenoses, deixa clara a importância da preservação desta região para a conservação de anfíbios.

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Algumas observações de campo sobre o pilídeo Pomacea haustrum (Reeve, 1856), predador-competidor de planorbíneos hospedeiros intermediários da esquistossomose mansoni mostraram que: Cópula e oviposição são realizadas, preferencialmente, à noite e de madrugada. As desovas - cujas dimensões e formas dependem do número de ovos e tipos dos suportes - sao ovipostas, na maioria das vezes, de 6 a 10 cm acima do nível da água eclodindo após 9 a 30 dias de incubação; o número médio de ovos por desova foi de 236. A alimentação habitual deste molusco consiste de algas confervóides, além de vegetais aquáticos natantes e submersos; entretanto, e comum a utilização de outros materiais como alimento.Tem como habitat a zona marginal mais rasa das coleções hídricas onde e encontrado, predominando, aparentemente, nos ambientes lênticos. A distribuição espacial esta condicionada por determinadas características dos biótopos. Algumas aves aquáticas - anatídeos, ralídeos, etc.- revelaram-se importantes inimigos naturais, atacando além das desovas exemplares jovens e adultos; em determinadas condições podem constituir fator impeditivo da implantação e colonização de novos biótopos.

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No município baiano de Planalto, 47% dos roedores silvestres capturados (Nectomys) estavam infectados pelo Schistosoma mansoni, enquanto a prevalência desta infecção na população humana da área era de 3,26%. Os roedores habitam zonas peridomiciliares, têm hábitos aquáticos e eliminam ovos viáveis do S. mansoni. Albergam número variável de vermes e formam granulomas periovulares pequenos, principalmente no fígado e intestinos, sem fibrose hepática importante ou sinais de hipertensão porta. A deposição maior de ovos se faz a nível do intestino, sobretudo do jejuno, com passagem de grande número de ovos para as fezes. Miracídios isolados a partir dos ovos retirados dos roedores infectaram normalmente a Biomphalaria glabrata, com eliminação de cercárias, com as quais se provocou infecção no camundongo branco, em tudo semelhante aquelas causadas por outras cepas de origem humana. Também camundongos que foram deixados em contacto com as águas infestadas pelos roedores silvestres se infectaram facilmente, atestando o alto grau de transmissibilidade da área. Conclui-se que os roedores silvestres de planalto toleram bem a infecção esquistossomótica natural, são bons eliminadores de ovos viáveis do S. mansoni, estão infectados por uma cepa semelhante a que infecta o homem e podem ter um papel na manutenção do ciclo vital do S. mansoni na área estudada.

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O gênero neotropical Thecomyia (Sciomyzidae) consiste de quatro espécies descritas e onze ainda não descritas (Steyskal & Knutson em preparação), sendo a maioria não muito comum. As espécies são muito próximas e grande número delas somente pode ser separado com base na genitália do macho. Somente é conhecida a biologia e uma espécie, T. limbata (Wiedermann), que, preferentemente, preda moluscos aquáticos (Abercrombie & Berg, 1975). A análise de registros de coletas de espécies relativamente raras e relativamente comuns de Thecomyia (172 especimens do Museu Goeldi coletados em Mocambo, Belém, Pará, Brasil) proporcionam informações sobre a distribuição sazonal de espécies tropicais e sua relativa abundância. Deste material 160 especimens pertencem à T. longicornis Perty e 12 à Thecomyia sp. n. A primeira foi registrada durante todos os meses do ano, mas a espécie nova somente durante junho e dezembro, sugerindo esta última uma população de adultos anual bimodal.

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Chaves de identificação de larvas aos níveis de família e gênero de Trichoptera da Amazônia Central são apresentadas.

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Estimamos a diversidade e a riqueza de Chironomidae (Diptera) em dois diferentes córregos através da análise de exúvias de pupa. As coletas realizadas no período de estiagem (agosto/2001) foram feitas com auxílio de redes de deriva e de mão, em trechos de 100 metros de cada córrego. Foram analisadas e identificadas 1264 exúvias de 61 táxons (36 no Córrego do Fazzari e 31 no trecho do Rio do Monjolinho). Ambos os sistemas apresentaram baixa similaridade faunística refletindo as diferentes características do substrato, da cobertura vegetal e da água de cada sistema. Possivelmente a maior riqueza faunística e a ocorrência de táxons minadores, como Stenochironomus spp., Xenochironomus spp. e Endotribelos spp. refletem a presença da mata ciliar no córrego do Fazzari que resulta em maior heterogeneidade ambiental e maior disponibilidade de alimento para esses grupos. O método de coleta e análise de exúvias de pupa de Chironomidae mostrou-se eficiente para estudos de caracterização ambiental de levantamentos da biodiversidade de sistemas lóticos de baixa ordem.

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Este trabalho teve como objetivo obter dados sobre a ecologia da nidificação de Centris (Hemisiella) tarsata Smith em três ecossistemas: mata ciliar (MC), mata mesofítica (MM) e eucaliptal (EC), utilizandose ninhos-armadilha confeccionados em gomos de bambu, distribuídos em diferentes alturas: 1,5 m e 5-12 m do solo. Foram obtidos 41 ninhos: 31 no EC e 10 na MM, a maioria no estrato superior e com maior freqüência de nidificações ocorrendo no período de estiagem. A razão sexual foi de 1,9:1 (fêmeas/ machos) no EC e de 1,08:1 na MM. Cerca de 22% dos ninhos do EC e 40% da MM foram parasitados por Mesocheira bicolor (Fabricius, 1804) (Hymenoptera, Apidae) e Coelioxys sp. (Hymenoptera, Megachilidae). A análise polínica revelou predominância de grãos de pólen de Banisteriopsis sp. (Malpighiaceae) e Cassia sp. (Caesalpiniaceae) no EC e de espécies de Caesalpiniaceae Kunth. e Banisteriopsis Robinson na MM.

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Neste estudo investigamos a fauna de larvas de Chironomidae presente em depósitos submersos de matéria orgânica (folhiço) em um riacho de primeira ordem na região serrana (cerca de 1100 m) do Estado do Rio de Janeiro. A fauna de Chironomidae do folhiço submerso foi quantitativamente amostrada durante o outono, inverno, primavera e verão. A fragmentação do folhiço foi estimada e a presença de folhas, madeira, raízes e frutos foi investigada. Foram estudadas variações na composição da fauna e na estrutura do folhiço entre as estações do ano e levantadas hipóteses acerca de possíveis fatores que influenciariam os quironomídeos nestes depósitos de folhiço. As subfamílias Chironominae, Orthocladiinae e Tanypodinae foram encontradas e as participações de freqüência de cada subfamília e gênero calculadas em cada estação. Chironominae e Orthocladiinae foram identificados até o nível genérico, e 23 gêneros foram encontrados. Lauterborniella, Polypedilum e Tanytarsus foram os gêneros mais abundantes. Foi observada uma variação na estrutura do folhiço submerso entre as estações do ano, sendo provavelmente influenciada pelas interações entre fatores climáticos (principalmente precipitações) e o relevo e seus efeitos na bacia de drenagem. A fauna de Chironomidae também apresentou mudanças durante o período estudado, com grupos variando quanto à participação relativa e quanto à ocorrência entre as estações. Os efeitos do clima na vegetação e nas características físicas do riacho foram discutidos para elucidar suas influências nos depósitos de folhiço e na fauna de Chironomidae.

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O conhecimento da diversidade de espécies de moscas nos ecossistemas é importante para subsidiar na escolha de métodos ecologicamente corretos para o controle de tefritóideos (Tephritidae e Lonchaeidae) pragas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade de tefritóideos e seus padrões populacionais em áreas de matas decídua e ciliar. As moscas foram capturadas em armadilhas McPhail com atrativo alimentar em duas reservas florestais do município de Corumbá-MS, de agosto de 2003 a agosto de 2004. Treze espécies pertencentes a cinco gêneros e duas famílias foram registradas. No Sítio Pingo de Amor (mata decídua [MD]), foram coletadas: Anastrepha dissimilis, A. fraterculus, A. obliqua, A. rheediae, A. sororcula, A. undosa e Ceratitis capitata (Tephritidae) e de Lonchaeidae foram capturadas: Dasiops sp.1, Dasiops sp.2, Lonchaea sp.1, Lonchaea sp.2, Neosilba sp.1 e Neosilba sp.2. No Canal do Tamengo (mata ciliar [MC]), foram obtidas todas as espécies mencionadas acima, exceto: A. dissimilis, A. rheediae, A. undosa, Dasiops sp.2 and Neosilba sp.2. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H'), foi: 2,01 na MD e 1,51 na MC. Anastrepha obliqua foi caracterizada como muito abundante em ambas as reservas florestais. Na mata decídua A. sororcula foi constante e predominante e, Neosilba sp.1, muito abundante. Em ambos os ambientes A. obliqua, Lonchaea sp.2 e Neosilba sp.1 foram muito freqüentes e, A. obliqua e Neosilba sp.1 foram dominantes.

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Baetidae (Insecta, Ephemeroptera) ocorrentes em Roraima, Brasil: novos registros e chaves para gêneros e espécies no estágio ninfal. Roraima é um dos estados de menor conhecimento acerca da família Baetidae no Brasil, com apenas quatro espécies formalmente registradas. Através de coletas realizadas principalmente nas regiões nordeste e sudeste de Roraima, o presente trabalho tem por objetivo ampliar o conhecimento a respeito da família no estado. Foram encontradas 32 espécies, sendo dessas, 14 novas ocorrências para a Região Norte e quatro novos registros para o Brasil (Camelobaetidius ortizi Dominique & Thomas, 2002, Cloeodes barituensis Nieto & Richard, 2008, Paracloeodes pacawara Nieto & Salles, 2006 e Waltzoyphius roberti Thomas & Peru, 2002). Exceto pelos gêneros Moribaetis Waltz & McCafferty, 1985, Tomedontus Lugo- Ortiz & McCafferty, 1995, Tupiara Salles Lugo-Ortiz, Da-Silva & Francischetti, 2003 e Varipes Lugo-Ortiz & McCafferty, 1998, todos os gêneros registrados para o Brasil foram encontrados. Um gênero e uma espécie de Cryptonympha encontrados são novos para a Ciência.

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Hesperiidae (Lepidoptera, Hesperioidea) de Ponta Grossa, Paraná, Brazil: 70 anos de registros com especial referência à composição faunística do Parque Estadual de Vila Velha. O município de Ponta Grossa se destaca por apresentar originalmente uma paisagem peculiar onde capões isolados de Floresta Ombrófila Mista são interligados por grandes extensões de fitofisionomias estépicas, também denominadas campos. No entanto, ambos os ecossistemas atualmente se encontram altamente ameaçados pela ocupação humana, restando na região o Parque Estadual de Vila Velha, cuja composição florística tem sido recentemente relacionada com o bioma Cerrado. Poucos trabalhos são dedicados à caracterização da fauna dos campos e sua relação com outras fitofisionomias estépicas brasileiras, motivo que suscitou a realização deste estudo. Após reunir informações de coletas realizadas por mais de 70 anos, são listadas 225 espécies de Hesperiidae (Lepidoptera, Hesperioidea) presentes no município, entre elas 162 indicadoras de ambientes florestais e 53 de áreas abertas. O Parque Estadual de Vila Velha contribui para a conservação de 65% delas enquanto sua composição se mostra intimamente relacionada tanto aos Pampas como ao Cerrado, em detrimento de hábitats florestais. Tal relação é dada provavelmente pela localização geográfica de Vila Velha, visto que a similaridade da fauna de Hesperiidae se encontrou influenciada pelas distâncias geográficas das amostras no presente estudo. A flora de Vila Velha também deve afetar diretamente a composição observada de Hesperiidae, uma vez que uma grande parte de suas espécies são também encontradas em áreas de Cerrado. No entanto, estudos em ambientes campestres brasileiros ainda se fazem necessários, especialmente em enclaves de Cerrado no Paraná e em São Paulo, para que se adquira um melhor entendimento da dinâmica de suas comunidades.

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Uma nova espécie de Sigara Fabricius (Hemiptera, Heteroptera, Corixidae) e redescrição das espécies do gênero com registro no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os corixídeos representam o maior grupo de percevejos aquáticos conhecido, com cerca de 40 espécies ocorrentes no Brasil. Grande parte das espécies de Sigara ocorre na Região Neotropical, 11 delas foram registradas no Brasil até o momento. A distribuição e taxonomia das espécies ocorrentes no Rio Grande do Sul são pouco conhecidas. Sete espécies foram registradas e redescritas: Sigara (Tropocorixa) chrostowskii, S. (T.) denseconscripta, S. (T.) dita, S. (T.) hungerfordi, S. (T.) platensis, S. (T.) schadei e S. (T.) townsendi. Três espécies foram registradas pela primeira vez no Estado: S. (T.) dita, S. (T.) hungerfordi e S. (T.) townsendi. Sigara (T.) schadei nunca tinha sido registrada no Brasil. Sigara (T.) bachmanni, sp. nov. é descrita com base em exemplares coletados no nordeste do Estado. Essa nova espécie é similar à S. (T.) hungerfordi por apresentar o comprimento do sintilipso menor que 0,9 vezes a largura de um olho, o metaxifo mais largo que comprido e a gena estreita; pode ser distinguida das demais pela presença de um gancho curto no ápice do parâmero direito dos espécimes do sexo masculino e pela presença da margem da região preapical denteada. Uma chave de identificação para as espécies de Sigara ocorrentes no Rio Grande do Sul é fornecida. Apesar das características relativas ao aspecto geral do parâmero direito e do número de espinhos e forma da pala serem usados na definição das espécies, S. (T.) chrostowskii e S. (T.) townsendi mostraram consideráveis variações nessas características e foram redescritas neste estudo.

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Leptohyphidae (Insecta, Ephemeroptera) do Estado do Amazonas, Brasil: novos registros, nova combinação, nova espécie e chave de identificação para estágios ninfais. Os seguintes gêneros de Leptohyphidae ocorrem no estado do Amazonas: Amanahyphes Salles & Molineri, Leptohyphes Eaton, Tricorythodes Ulmer e Tricorythopsis Traver. A distribuição das espécies de Leptohyphidae no Estado do Amazonas é apresentada. Uma espécie nova, Tricorythodes yapekuna sp. nov., é descrita e pode ser diferenciada de outros Tricorythodes pelas (1) garras tarsais com um par de dentículos submarginais e sem dentículos marginais; (2) palpo maxilar biarticulado; (3) brânquia opercular uniformemente preta com exceção da margem apical; (4) fórmula branquial 2/3/3/3/2; e (5) margem lateral do abdome expandida nos segmentos III_VI. Uma combinação nova, Tricorythopsis rondoniensis (Dias, Cruz & Ferreira, 2009) comb. nov., é proposta e constitui o primeiro registro dessa espécie para o Estado do Amazonas. Uma chave dicotômica ilustrada para identificar ninfas de gêneros e espécies ocorrentes no Amazonas também é apresentada.

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Os ecossistemas periodicamente inundados, embora representem 25% da área total da Amazônia, contribuem com 75% da produção madeireira. Tanto esses ecossistemas como os de terra firme apresentam grande diversidade de espécies da família Leguminosae. Algumas dessas espécies já são exploradas economicamente de forma extrativista, mas o potencial econômico da maioria permanece inexplorado. Conhecer o comportamento dessas espécies em condições de viveiro é o primeiro passo para compreender sua biologia e estabelecer plantios nas áreas já desmatadas. Neste trabalho, desenvolvido no Campus do INPA, em Manaus, durante 1985 e 1986, são apresentadas informações sobre o crescimento inicial e nodulação de 49 espécies arbóreas nativas, de ecossistemas de terra firme (16) ou periodicamente inundados, (33) da Amazônia. Plântulas recém-germinadas foram transplantadas, em condições de viveiro, para sacos plásticos que continham cinco diferentes substratos que consistiram de areia adubada, de uma mistura de argila com areia 3:2 (v/v), de material do horizonte A de um glei húmico, e de material do horizonte A de um podzólico vermelho-amarelo, adubado ou não. A maioria das espécies desenvolveu-se bem nos cinco substratos. Algumas espécies cresceram melhor nos substratos, de maior fertilidade. Espécies oriundas de ecossistemas inundados cresceram melhor que as oriundas de terra firme. Foi observada nodulação em 30 espécies. Entre as que apresentaram maiores taxas de crescimento, havia tanto espécies nodulíferas como não-nodulíferas, indicando que a fixação biológica de N2 não é o único mecanismo eficiente de absorção de nitrogênio em leguminosas tropicais. As espécies que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram: Enterolobium maximum, Swartzia polyphylla e Vatairea guianensis.