647 resultados para Saúde pública Financiamento
Resumo:
Objetivando avaliar a ocorrncia de anticorpos anti-Toxoplasma gondii, em caprinos leiteiros do estado de So Paulo, e verificar possveis associaes com idade, sexo, presena de gatos, problemas reprodutivos e potenciais riscos saúde pública, foram considerados soros de 923 caprinos, de ambos os sexos e idade acima de trs meses, provenientes de 17 propriedades de diferentes municpios. Para o diagnstico, utilizou-se a reao de imunofluorescncia indireta (RIFIe"16) e, tambm, um inqurito sobre saúde, a fim de se coletarem informaes epidemiolgicas e de esfera reprodutiva de todos os capris. Os resultados foram discutidos no nvel de 5% de significncia. Do total das 17 propriedades, foram diagnosticados 15 focos de T. gondii, com positividade entre 2,70% e 81,25%. No foram verificadas associaes entre freqncia de soropositividade e sexo dos animais nem ocorrncia de falhas reprodutivas, nos capris. Constatou-se influncia positiva na taxa de anticorpos anti-T. gondii pelo aumento da idade dos caprinos e presena de gatos, nos capris. Alm de a enfermidade encontrar-se amplamente difundida no estado de So Paulo, o risco eminente de transmisso de T. gondii saúde pública tambm deve ser considerado, uma vez que se encontraram focos onde se comercializavam produtos "in natura", como leite e carne.
Resumo:
A diversidade biolgica representada por todas as unidades da natureza e sua conservao diz respeito sobrevivncia da prpria espcie humana. Uma das ameaas sua conservao so as doenas infecciosas que afetam a fauna, dentre as quais se podee incluir a salmonelose como uma das mais importantes, especialmente para a avifauna. Aves de topo de cadeia alimentar como os Ciconiiformes podem ser potenciais reservatrios e disseminadores da Salmonella spp. para outras espcies silvestres e tambm para populaes humanas e animais domsticos, podendo causar prejuzos saúde pública e ao meio ambiente. Objetivou-se descrever a infeco ou doena por Salmonella sp., o seu agente etiolgico e sua ocorrncia em Ciconiiformes, bem como demonstrar a importncia destas aves na cadeia epidemiolgica silvestre desta zoonose, verificando os riscos para a saúde pública e para a conservao da diversidade biolgica.
Resumo:
Dentro do contexto de assegurar populao dietas equilibradas em relao aos elementos essenciais e uma monitorao dos elementos txicos, este trabalho teve por objetivo a determinao dos nveis desses elementos, em refeies servidas no restaurante da Faculdade de Saúde Pública/USP freqentada pelos estudantes universitrios e funcionrios, durante uma semana. Foram analisadas refeies servidas no almoo. Os alimentos foram recolhidos em bandejas completas em nmero de 3 por refeio, tomando-se por base as pores servidas, consideradas como anlise em duplicata. Foram feitas anlises para determinao da composio centesimal das refeies utilizando-se os mtodos preconizados pela AOAC. As amostras foram submetidas tambm a anlise multielementar utilizando-se a tcnica de anlise por ativao neutrnica, onde os seguintes elementos puderam ser determinados: Ba, Br, Ca, Ce, Cl, Co, Cr, Cs, Fe, K, Mg, Mn, Mo, Na, Rb, Sb, Sc, Se e Zn, nveis de m g/g a ng/g. Os resultados de ingesto por refeio obtidos no presente trabalho foram comparados com os valores dirios recomendados pelo RDA, WHO e Homem Padro. Salienta-se em relao aos macronutrientes, uma alta adequao protica e excesso de lpides em algumas refeies, interferindo no valor calrico total. Dentre as causas de maior variao dos resultados a dieta entre os diferentes dias a que mais contribui. Em relao frao fibra alimentar, os valores obtidos foram adequados. Quanto aos micronutrientes, observa-se adequao quanto a Br, Ca, Fe, Mg, Mn, Rb, Se e Zn, entretanto, nveis acima do recomendado para K, Mo, Na, Cl e Cr. Para os elementos Ba, Co, Cs e Sb os nveis de ingesto foram comparados com os dados de ingesto diria para Homem Padro. Os demais elementos trao determinados como Ce e Sc, observa-se que no existe recomendao, tendo-se observado grandes variaes nos valores obtidos para estes elementos nos dias estudados.
Resumo:
Os princpios de universalidade, integralidade e eqidade do SUS s podem ser viabilizados com a construo de um modelo de financiamento flexvel e transparente que permita o controle social e oferea a agilidade no uso dos recursos. Este artigo analisa as dificuldades e desafios do financiamento da saúde bucal na tica de gestores e tcnicos da rea. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas, queforam gravadas e transcritas para anlise qualitativa, preconizada por Bardin. As dificuldades relatadas pelos entrevistados foram expressas em frases como: "Procuro cumprir a agenda, porm muita coisa no consegui devido falta de recursos", "no se sabe o quanto pode gastar", "escassez de recursos para procedimentos de mdia e grande complexidades", "falta de recurso para troca de equipamento" e "prioridade para compra de materiais". No que tange aos desafios foi relatada a necessidade de "capacitao", "formao" e "organizao" dos recursos humanos em saúde pública. Observa-se a dificuldade na realizao completa do plano previsto de gesto, assim como a necessidade de compromisso por parte dos gestores em acompanhar as etapas de todo processo de repasse financeiro e aplicao do mesmo.
Resumo:
O pacto pela saúde surge no cenrio brasileiro aps inmeras tentativas de operacionalizao do Sistema nico de Saúde (SUS), em busca da consolidao da equidade social. Este artigo divulga o pacto, visando subsidiar o processo de administrao pública no Brasil, por meio de anlise documental. Essa nova poltica, ainda em fase inicial de implementao, constitui uma realidade nica e altamente vivel otimizao das prticas nacionais em saúde pública, estando o seu cumprimento diretamente relacionado transposio de entraves polticos e operacionais inerentes a cada nvel de gesto.
Resumo:
INTRODUO: Tendo em vista que esta ltima dcada o perodo da criao e implantao do Sistema nico de Saúde (SUS) - pblico, universal e equnime - com o objetivo de corrigir distores da estrutura dos servios e oferecer ampla cobertura s necessidades de saúde da populao, foi estudada a evoluo da assistncia hospitalar pública e privada, em bases populacionais, no perodo de criao e implantao do SUS. MTODOS: Foram estudadas 984.142 internaes nos hospitais gerais de Ribeiro Preto no perodo 1986 a 1996, selecionando aquelas dos residentes no prprio municpio. As internaes so classificadas segundo o sistema de financiamento em particulares, de pr-pagamento e do SUS. Estudou-se a composio social dos pacientes de cada sistema assistencial e o perfil de morbidade hospitalar. RESULTADOS E CONCLUSES: Observou-se crescimento contnuo de hospitalizaes, tanto em nmero absoluto como em coeficiente por mil habitantes, passando de 43.773 a 55.844 internaes ao ano. Todavia, estudando as categorias das internaes, verificou-se que as particulares apresentaram reduo em nmeros absolutos e em coeficiente por habitantes - de 3.181 e 7,3 para 2.215 e 3,9; as internaes do SUS oscilaram apresentando decrscimo de um tero em nmeros absolutos e percentualmente passando de 33.254 e 76,0 para 29.373 e 51,7 ao final do perodo. Ao contrrio destas, as internaes por sistemas de pr-pagamento triplicaram em nmeros absolutos e duplicaram em coeficiente de 7.338 e 16,8 para 25.256 e 44,4. A assistncia do SUS foi consumida principalmente por trabalhadores manuais no qualificados e semiqualificados, ficando os profissionais, tcnicos, no manuais e qualificados manuais, com servios privados. A morbidade hospitalar dos pacientes SUS foi diferente do perfil de morbidade dos pacientes dos sistemas privados. A poltica de saúde no perodo, limitando o financiamento do SUS, reprimindo demanda e desestimulando os prestadores privados a trabalhar com pacientes SUS levou a uma seletividade negativa para o SUS. O resultado foi que aumentou a diferena nos padres de assistncia entre os servios pblicos e privados.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a freqncia de vrios comportamentos de saúde entre estudantes secundrios de escolas estaduais e particulares da cidade de So Paulo, SP. MTODOS: Estudo de corte transversal, com o sorteio de dez escolas estaduais e a seleo de sete particulares. Em cada escola, quatro salas de aula foram sorteadas, entre a stima srie do ensino fundamental e a terceira srie do ensino mdio. Para a coleta de dados, utilizou-se a verso do questionrio de autopreenchimento utilizado pelo "Centers for Disease Control" para monitorar comportamentos de risco entre jovens. RESULTADOS: Uma proporo significativa de estudantes engajam-se em comportamentos de risco saúde, principalmente na faixa de 15 a 18 anos de idade. Nas escolas públicas, os comportamentos mais freqentes foram: andar de motocicleta sem capacete (70,4% dos estudantes que andaram de motocicleta); no utilizao de preservativos na ltima relao sexual (34% dos sexualmente ativos); andar armado (4,8% dos respondentes no ltimo ano) e tentar suicdio (8,6% nos ltimos 12 meses). Nas escolas privadas, o uso de substncias psicoativas foi o comportamento de risco mais proeminente: 25% relatou pelo menos um episdio de uso de lcool; 20,2% usou algum inalante no ltimo ano; e 22,2% consumiu maconha no mesmo perodo. As estudantes do sexo feminino relataram menos comportamentos de risco, exceo de tentativas de suicdio e de controle de peso por mtodos no saudveis. CONCLUSES: As informaes obtidas podem contribuir para a estruturao de aes programticas que considerem a distribuio de comportamentos de saúde na clientela-alvo.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar os tipos de partos de acordo com a categoria de internao da paciente, bem como as indicaes de cesarianas mais freqentemente referidas. MTODOS: A partir dos dados de um sistema de informaes hospitalares, foi feita uma anlise retrospectiva dos partos ocorridos no municpio de Ribeiro Preto, So Paulo, Brasil, no perodo de 1986-1995. Foram estudados: tipo de parto, categoria de admisso e diagnsticos referidos. RESULTADOS: Ocorreram 86.120 partos no perodo estudado, sendo 5,4% na categoria privada, 28,7% na categoria de pr-pagamento e 65,9% no sistema pblico (Sistema nico de Saúde -- SUS), observando-se uma diminuio nas categorias privada e SUS e aumento na categoria de pr-pagamento. A percentagem de cesreas aumentou de 68,3% para 81,8% na categoria privada e de 69,1% para 77,9% na categoria pr-pagamento e diminuiu de 38,7% para 32,1% na categoria SUS. As principais indicaes cesarianas referidas foram o sofrimento fetal, cujas incidncias foram 9,5%, 10,9% e 9,0%, respectivamente, nas categorias particular, pr-pagamento e SUS; e distcia cfalo-plvica cujas taxas foram 5,8%, 6,5% e 3,9%, respectivamente, nas mesmas categorias mencionadas. CONCLUSO: A incidncia de cesariana variou segundo a categoria de internao, observando-se um gradiente crescente medida que se elevou o padro social das gestantes, no havendo correspondncia com o risco obsttrico.
Resumo:
OBJETIVO: Idosos usam a rede pública ou privada de atendimento de saúde de acordo com a sua situao econmica, social, demogrfica e epidemiolgica. Analisar como esses fatores influenciam a escolha do local de atendimento e comparar o impacto das rendas individual e familiar do idoso nessa deciso so os objetivos do estudo. MTODOS: Foram utilizados dados de um estudo realizado pelo Conselho Estadual do Idoso do Rio Grande do Sul, em 1995, com 7.920 idosos, com idade acima de 60 anos. A coleta de dados foi feito mediante questionrio que inclua questes sobre influncia do gnero, idade, escolaridade, renda individual e familiar, tamanho da famlia, participao na renda familiar e auto-avaliao da saúde do idoso. As chances de uso da rede privada de atendimento de saúde foi medida pela regresso logstica. RESULTADOS: No acesso rede privada de atendimento a renda familiar do idoso teve um impacto muito mais expressivo do que a individual. Com um aumento na renda familiar em um salrio mnimo, as chances do idoso utilizar a rede privada aumentam 20% contra um acrscimo de apenas 7% no mesmo aumento na renda individual. Tambm influenciaram positivamente: gnero feminino, idade, escolaridade e tamanho menor da famlia. CONCLUSES: As decises sobre onde o idoso recebe cuidados de saúde dependem das necessidades e recursos da famlia e no somente da situao individual do idoso. Conseqentemente, a saúde do idoso de famlia de renda baixa recebe prioridade menor e desproporcionalmente prejudicada pelo pouco recurso familiar e deficincias do sistema pblico de atendimento.
Resumo:
OBJETIVO: O aumento verificado nas taxas de homicdios aponta para a necessidade de melhorar a compreenso do problema. O objetivo do presente trabalho foi conhecer as informaes adicionais acerca da mortalidade por homicdios provenientes de diferentes fontes de dados. MTODOS: Foram analisados os dados de homicdios entre residentes do Municpio de So Paulo, para o segundo semestre de 2001 obtidos nas declaraes de bito, laudos de necropsia e boletins de ocorrncia policial. As informaes foram analisadas sob a forma de nmeros absolutos, propores e coeficientes. Para a verificao de diferenas estatsticas foi utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson. RESULTADOS: O coeficiente de homicdios foi 57,2/100.000, sendo que os valores mais altos foram encontrados entre os homens na faixa de 15 a 29 anos. O percentual do uso de armas de fogo foi 88,6%, mais alto entre homens que em mulheres. A localizao anatmica de leses mais freqentes foi a cabea (68,9%). Entre as vtimas que tiveram o exame toxicolgico realizado, 42,5% tinham feito uso de lcool (44% para os homens e 24% nas mulheres). H maior concentrao de ocorrncias nos finais de semana no horrio noturno. Em 74,6% dos bitos, as vtimas residiam prximas ou no mesmo local de ocorrncia do evento. CONCLUSES: Os achados do estudo apontam que a integrao de dados permite melhorar a qualidade da informao, contribuindo para a compreenso dos homicdios.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar as organizaes sociais de saúde luz do controle pblico e da garantia da eqidade no acesso aos servios de saúde. MTODOS: Utilizou-se a tcnica de estudo de caso e foram selecionadas duas organizaes sociais de saúde na regio metropolitana de So Paulo. As categorias analticas foram eqidade no acesso e controle pblico, baseando-se em entrevistas com informantes-chave e relatrios tcnico-administrativos. RESULTADOS: Observou-se que financiamento global e o controle administrativo das organizaes sociais de saúde so atribuies do gestor estadual. A presena do gestor local importante para a garantia da eqidade no acesso, sendo que o controle pblico se expressa por aes fiscalizadoras mediante procedimentos contbil-financeiros. CONCLUSES: A eqidade no acesso e o controle pblico no so contemplados na gesto dessas organizaes. A questo central encontra-se na capacidade do poder pblico se fazer presente na implementao dessa modalidade no mbito local, garantido a eqidade no acesso e contemplando o controle pblico.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os sentidos do cuidado para com o usurio atendido no mbito da assistncia em saúde mental, a partir de percepes de psiclogos atuando no cotidiano de servios pblicos de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo exploratrio qualitativo realizado na cidade de Fortaleza, CE, no ano de 2006. A amostra foi composta por oito informantes do sexo feminino, psiclogas, pertencentes ao quadro funcional da rede estadual de saúde. Para apreenso e construo das informaes, foram realizadas entrevistas no-diretivas, gravadas e transcritas. A categorizao dos discursos a partir de enfoque hermenutico possibilitou a construo de rede interpretativa. ANLISE DOS RESULTADOS: A rede interpretativa evidenciou que o psiclogo reconhece sua insero no campo da saúde pública como um desafio, distinto do campo de sua formao. As concepes de cuidado predominantes foram circunscritas dimenso tcnica, embora tambm tenham sido identificadas outras mais prximas abertura tica e de respeito alteridade. CONCLUSES: No cotidiano da assistncia na rede pública, percebe-se uma atitude de cuidado como tcnica, controle e anulao da diferena mais comprometida com os modelos tradicionais da biomedicina e da psicologia clnica. Foram observadas prticas que ultrapassam essa atitude e assumem uma configurao direcionada ao encontro intersubjetivo, ao dilogo, afetao, escuta tica, ao compartilhamento de responsabilidades e ao compromisso tico em sua perspectiva sociocultural e poltica.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever um ndice para reconhecimento das desigualdades de condies de vida e saúde e sua relao com o planejamento em saúde. MTODOS: Foram selecionadas variveis e indicadores que refletissem os processos demogrficos, econmicos, ambientais e de educao, bem como oferta e produo de servios de saúde. Esses indicadores foram utilizados no escalonamento adimensional dos indicadores e agrupamento dos 5.507 municpios brasileiros. As fontes de dados foram o censo de 2000 e os sistemas de informaes do Ministrio da Saúde. Para anlise dos dados foram aplicados os testes z-score e cluster analysis. Com base nesses testes foram definidos quatro grupos de municpios segundo condies de vida. RESULTADOS: Existe uma polarizao entre o grupo de melhores condies de vida e saúde (grupo 1) e o de piores condies (grupo 4). O grupo 1 caracterizado pelos municpios de maior porte populacional e no grupo 4 esto principalmente os menores municpios. Quanto macrorregio do Pas, os municpios do grupo 1 concentram-se no Sul e Sudeste e no grupo 4 esto os municpios do Nordeste. CONCLUSES: Por incorporar dimenses da realidade como habitao, meio ambiente e saúde, o ndice de condies de vida e saúde permitiu identificar municpios mais vulnerveis, embasando a definio de prioridades, critrios para financiamento e repasse de recursos de forma mais eqitativa.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o impacto da reforma de financiamento na produtividade de hospitais de ensino. MTODOS: A partir do Sistema de Informaes dos Hospitais Universitrios Federais, foram construdas fronteiras de eficincia e produtividade em 2003 e 2006 com tcnicas de programao linear, por meio de anlise envoltria de dados, considerando retornos variveis de escala e orientao a input. Calculou-se o ndice de Malmquist para identificar mudanas de desempenho ao longo dos anos quanto eficincia tcnica (razo entre os escores de eficincia em tempos distintos) e eficincia tecnolgica (deslocamento da fronteira no perodo considerado). RESULTADOS: Houve aumento do aporte financeiro em 51% e da eficincia tcnica dos hospitais de ensino (de 11, passaram a ser 17 na fronteira emprica de eficincia), o mesmo no ocorrendo com a fronteira tecnolgica. O uso de anlise envoltria de dados estabeleceu os benchmarks para as unidades ineficientes (antes e depois da reforma) e os escores de eficincia mostraram uma possvel correlao entre a eficincia tcnica encontrada e a intensidade e dedicao de ensino. CONCLUSES: A reforma permitiu o desenvolvimento de melhorias gerenciais, mas necessrio maior tempo de acompanhamento para observar mudanas mais efetivas do modelo de financiamento.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a evoluo de estimativas do gasto federal com o Programa de Saúde Mental desde a promulgao da lei nacional de saúde mental. MTODOS: O gasto federal total do Programa de Saúde Mental e seus componentes de gastos hospitalares e extra-hospitalares foi estimado a partir de 21 categorias de gastos de 2001 a 2009. Os valores dos gastos foram atualizados para valores em reais de 2009 por meio da aplicao do ndice de Preos ao Consumidor Amplo. Foi calculado o valor per capita/ano do gasto federal em saúde mental. RESULTADOS: Observou-se o crescimento real de 51,3% do gasto em saúde mental no perodo. A desagregao do gasto revelou aumento expressivo do valor extra-hospitalar (404,2%) e decrscimo do hospitalar (-39,5%). O gasto per capita teve crescimento real menor, embora expressivo (36,2%). A srie histrica do gasto per capita desagregado mostrou que em 2006, pela primeira vez, o gasto extra-hospitalar foi maior que o hospitalar. O valor per capita extra-hospitalar teve o crescimento real de 354,0%; o valor per capita hospitalar decresceu 45,5%. CONCLUSES: Houve crescimento real dos recursos federais investidos em saúde mental entre 2001 e 2009 e investimento expressivo nas aes extra-hospitalares. Houve inverso no direcionamento dos recursos, a partir de 2006, na direo dos servios comunitrios. O componente do financiamento teve papel crucial como indutor da mudana de modelo de ateno em saúde mental. O desafio para os prximos anos sustentar e aumentar os recursos para a saúde mental num contexto de desfinanciamento do Sistema nico de Saúde.