424 resultados para Miocardite chagásica crônica
Resumo:
Analisou-se a prevalência da infecção chagásica em 2690 necrópsias realizadas no Triângulo Mineiro. Os resultados indicaram que 38,84% dos necropsiados eram chagásicos e que não houve declínio da infecção nos últimos anos. Discutiu-se tais resultados, comparando-os com os de outros Autores que analisaram a questão.
Resumo:
Novo caso de placentite chagásica no Triângulo Mineiro, observou-se, à mioroscopia óptica, o parasitismo de miócitos das paredes vasculares, fato não descrito anteriormente na literatura. O estudo à microscopia eletrônica revelou. (1) abundantes amastigotas do Trypanosoma cruzi em células de Hofbauer; (2) proliferação fibroblástica e colágena na parede de pequenas artérias e arteríolas, ocluindo-lhes, por vezes, o lume; (3) parasitas em células musculares degeneradas e fibroblastos da parede vascular. Este é o primeiro relato de placentite chagásica humana com análise ultra-estrutural.
Resumo:
A nationwide seroepidemiologic survey of human T. cruzi infection was carried out in Brazil from 1975 to 1980 as a joint programme of the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) and the Superintendência de Campanhas (SUGAM), Ministry of Health, of Brazil. Due to the marked heterogeneity of urban populations as result of wide migratory movements in the country and since triatomine transmission of the disease occurs mostly in rural areas, the survey was limited to rural populations. The survey was based on a large cluster sampling of complete households, from randomly selected localities comprised of 10 to 500 houses, or up to 200 houses in the Amazon region. Random selection of localities and houses was permitted by a detailed mapping of every locality in the country, as performed and continuously adjusted, by SUCAM. In the selected houses duplicate samples on filter paper were collected from every resistent 1 year or older. Samples were tested in one of 14 laboratories scattered in the country by the indirect anti-IgG immunofluorescence test, with reagents produced and standardized by a central laboratory located at the Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. A continuous quality control was performed at this laboratory, which tested duplicates of 10% to 15% of all samples examined by the collaborating laboratories. Data regarding number of sera collected, patients'age, sex, place of residence, place of birth and test result were computerized at the Department of Preventive Medicine, Medical School, University of São Paulo, São Paulo, Brazil. Serologic prevalence indices were estimated for each Municipality and mapped according to States and Territories in Brazil. Since data were already available for the State of São Paulo and the Federal District, these unities were not included in the survey.
Resumo:
Com o intuito de estudar a denervação brônquiea na fase crônica da doença de Chagas investigaram-se as propriedades mecânicas e a motricidade brônquiea de 6 coelhos chagásicos crônicos e 4 controles. Utilizou-se o método da pletismografia de corpo inteiro e todas as medidas foram feitas antes e depois da administração endovenosa de cloridrato de histamina (0,11 mg/kg). No grupo chagásico crônico obteve-se um menor acréscimo da capacidade residual funcional e uma quase inalteração do pico de fluxo na expiração passiva após a administração de histamina. Este grupo apresentou também um desvio para a direita na curva estática de pressão transpulmonar/volume. Estes resultados sugerem uma alteração na árvore brônquiea, que consiste principalmente numa broncoreatividade diminuída.
Resumo:
Relata-se o quadro clínico de 27 pacientes com doença de Chagas aguda, acompanhados no ambulatório da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da FM-USP no período de 1974 a 1987. As vias de transmissão envolvidas foram: vetorial em 7 casos, transfusional em 9, transplante de rim e/ou transfusional em 4, acidental em 1, via oral em 3, provável aleitamento materno em 1, congênita ou aleitamento materno em 1, congênita ou transfusional em 1. Pacientes com infecção por via vetorial eram procedentes da Bahia e Minas Gerais, tendo 6 apresentado a doença de 1974 a 1980 e um em 1987. Já os pacientes infectados por via transfusional adquiriram a doença na Grande São Paulo, 7 deles após 1983. O quadro clínico foi oligossintomático ou assintomático em 4 pacientes, sendo 3 deles imunodeprimidos por doença de base ou por medicamentos. Em outros 2 pacientes imunodeprimidos ocorreu miocardite grave com insuficiência cardíaca congestiva. O quadro clínico foi também mais grave em 5 de 6 crianças menores de dois anos de idade, qualquer que fosse a via de transmissão. A avaliação de 16 pacientes tratados na fase aguda com benzonidazol (4-10mg/kg/dia) por 30 a 60 dias mostrou falha terapêutica em 4/16 (25,0%), possível sucesso terapêutico em 9/16 (56,2%), sendo inconclusivos os resultados em 3/16 (18,8%). A reação de LMC foi concordante com o xenodiagóstico em 18 e 22 casos (agudos e na fase crônica inicial), e se negativou mais precocemente que as RSC. No seguimento pós-terapêutico, observou-se aparecimento de doença linfoproliferativa em um paciente com anemia aplástica e que recebia corticosteróide 6 anos após o emprego de benzonidazol.
Resumo:
O efeito do soro de ratos com insuficiência renal aguda e crônica sobre a atividade fagocitária foi estudado "in vitro" em cultura de macrófagos. A atividade eritrofagocitária destas células foi menor na presença de soro de animais com insuficiência renal aguda e crônica quando comparados ao plasma normal. Esta inibição persistiu quando estes soros foram filtrados através de membranas PM-30, sendo porém abolida quando filtrados através de membrana PM-10. Estes dados sugerem a presença de um fator no soro urêmico que inibe a fagocitose, cujo peso molecular varia entre 10.000 e 30.000 daltons.
Resumo:
A hepatite crônica é um achado constante e conspícuo na esquistossomose. Neste trabalho são apresentadas as características microscópicas desta hepatite, salientando-se as suas características de atividades e a sua não correlação com os granulomas em tôrno de ovos. Sugere-se que o processo apareça em conseqüência de reações de hipersensibilidade de tipo celular e que seja um importante fator na dinâmica das lesões portais, tais como a fíbrose, fleboesclerose, arterioloesclerose, fibrose peri-neural, hipertrofia neural e proliferação ductal e ductular.
Resumo:
O autor relata seus resultados iniciais obtidos com nova substância amebicida - Etilclordifene, em 22 pacientes tratados no Instituto de Medicina Tropical da F.M.U.F.Pe. A dose empregada em adultos foi de 600 mg por dia, durante cinco dias e 300 mg por dia, durante cinco dias para crianças. Obteve cura parasitológica em 95,4% dos casos (21 pacientes) e excelente tolerância. Conclui ser o nóvel medicamento bastante ativo na amebíase intestinal crônica e certamente deverá ocupar posição privilegiada entre os demais produtos amebicidas ora em voga.
Resumo:
O autor, realizando um estudo comparativo entre a tolerância e eficácia terapêutica de diversos amebicidas ensaiados no Instituto de Medicina Tropical da F.M.U.F.Pe., Brasil, durante o período de 1959 a 1969, verificou que a CLEFAMIDA foi a droga que forneceu e melhor índice de cura parasitolóqica - 100%. Pelo exposto e apesar da existência de substâncias empregadas atualmente em curtos períodos de tratamento (5 dias), conclui ser a CLEFAMIDA o medicamento de escolha no tratamento da amébíase intestinal crônica.
Resumo:
Usando dose diária de 1.500 mg de metronidazol, durante dois meses, trataram os autores 13 pacientes com a forma crônica da doença de Chapas. Através de informações sorológicas, radiológicas e eletrocardiográficas, verificaram que a conduta adotada não proporcionou resultados benéficos e, dessa maneira, pelo menos em face à posologia utilizada, nao puderam apoiar informações que sugeriram possuir a droga em aprêço aproveitável atividade antiparasitária, em relação ao Trypanosoma cruzi.
Resumo:
Os AA. estudaram, a incidência da cardiopatia chagásica em 15.000 necrópsias consecutivas e sua associação com os megas. Em 875 cardiopatias chagásicas houve 145 casos de megas, ou seja, 16,56%, com predominância do sexo masculino. No branco houve maior incidência (55) de megas do que no mulato (53) e no negro (31) dentre 858 cardiopatias chagásicas. Em 848 cardiopatias chagásicas, 85,78% eram de indivíduos que faleceram entre 21 e 60 anos. O maior número de cardiopatias (120 ou 14,14%) e de "megas'' (21 ou 15,78%) foi encontrado nos indivíduos entre 36 a 40 anos. Os nossos resultados mostram uma incidência diferente da associação cardiopatia-mega, em comparação da observada em outras regiões do País e em outros países da América do Sul.
Resumo:
Os autores estudaram a existência de hemosiderose pulmonar em 60 casou de autopsia, 20 dos quais chagásicos crônicos com cardiopatia, 20 pacientes com cardiopatia não chagásica e 20 casos sem nenhuma manifestação de doença cardíaca. A incidência de hemossiderose pulmonar foi de 75% entre os chagásicos e de 80% entre os pacientes de cardiopatia não chagásica. Nos casos controle sem cardiopatia a incidência foi relativamente baixa (45%) e, guando presente, o grau de intensidade era mínimo. Com esses achados, conclui-se que a hemossiderose pulmonar na Doença de Chagas é uma conseqüência da congestão crônica passiva, resultante da insuficiência cardíaca congestiva, do mesmo modo que ocorre em outras condições mórbidas tais como Estenose mitral e Cor-pulmonar crônico, não havendo evidências de uma pneumopatia peculiar em chagásicos.
Resumo:
A população estudada, composta de 201 indivíduos do sexo masculino, 85% dos quais com idade superior a 30 anos, exibiu elevada prevalência de esquistossomose mansônica (95% pela intradermoreação e 79% pela reação de hemaglutinação), bem como sorologia positiva para T. cruzi em pelo menos 28% dos casos. A severidade da infecção chagásica, avaliada através do ECG e de um exame clínico, mostrou-se bastante superior àquela reportada de diversas outras regiões endêmicas, notadamente o Rio Grande do Sul, e semelhante àquela descrita para Bambuí (M.G.): 47% dos indivíduos com positividade sorológica apresentavam alterações eletrocardiográficas, contra apenas 24% daqueles com sorologia negativa. A correlação entre sorologia e sintomas e sinais clínicos também foi tentada. Embora se trate de região trabalhada pelas equipes da SUCAM, é de se ressaltar que a transmissão de T. cruzi ainda não foi interrompida.
Resumo:
No escarro de pacientes hospitalizados com bronquite crônica foram isolados microrganismos anaeróbios estritos - Fusobacterium, Veillonella, Bacteroides melaninogenicus, Peptrostreptococcus, Actinomyces ou difteróides anaeróbios. Como o isolamento de anaeróbios estritos foi realizado em alíquotas da diluição 1O-³ do escarro fluidificado e em 83% dos casos não houve isolamento simultâneo no material do orofaringe, considera-se como de origem brônquica os anaeróbios isolados e não como contaminação do escarro no orofaringe e cavidade oral.
Resumo:
Os AA. trataram 40 crianças portadoras de amebíase intestinal crônica, cujas idades variaram entre dois (três casos) a seis anos (cinco doentes), com Etofamida na apresentação de suspensão (cada 5 ml contém 100 mg da substância ativa), na dose de 100 mg cinco vezes ao dia e durante três dias consecutivos (dose total de 1,5 g). O controle de cura parasitológica foi realizado pelas técnicas de Faust e cols. e de Hoffman, Pons e Janer no 10., 15.° e 25.° dias após o tratamento, sendo também usada a hematoxilina férrica neste último controle. Obtiveram os AA. 90% de cura parasitológica (36 enfermos) e excelente tolerância ao medicamento.