177 resultados para Homem e cuidados com sua saúde
Resumo:
O cuidado domiciliar aos idosos tem no cuidador familiar, geralmente o cônjuge, um grande aliado. Porém, verifica-se que estes freqüentemente têm queixas de saúde. Conhecer o significado de saúde para idosos cuidadores de seus cônjuges, quais as mudanças ocorridas após assumir este papel e como cuidam da própria saúde é o objetivo desse estudo qualitativo exploratório. Foram entrevistados idosos cuidadores de seus cônjuges. Os discursos foram analisados de acordo com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo e apresentaram os seguintes resultados: Concepções de saúde: estar disposto, não ter sintomas, não precisar de médico, não depender de alguém ou demandar cuidado. Os cuidados com a própria saúde foram: controle alimentar, res-peito às rotinas e hábitos pessoais, desenvolvimento das atividades cotidianas, atividades físicas e acompanhamento médico. Mudanças percebidas após terem se tornado cuidadores: cansaço, stress, preocupação, aparecimento de sintomas e doenças, aumento dos riscos à saúde e mudanças no cotidiano e auto-estima.
Resumo:
Os objetivos do estudo foram investigar as características do acidente e do acidentado e avaliar a adesão à quimioprofilaxia e aos exames de controle e seguimento após o acidente ocupacional com risco de contaminação pelo vírus da imunodeficiência humana e vírus das hepatites B e C. Este é um estudo epidemiológico descritivo cujos dados foram coletados nas notificações realizadas em uma região administrativa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Brasil, nos anos de 2000 e de 2001. Observou-se 7,3% de recusa à quimioprofilaxia contra o vírus da imunodeficiência humana por meio de anti-retroviral, e 40,6% dos trabalhadores que a aceitaram não completaram o tratamento no tempo previsto de quatro semanas. Em razão desse diagnóstico, evidencia-se a necessidade de que as instituições envolvidas estabeleçam estratégias que possibilitem um aumento da adesão dos trabalhadores da saúde a esses cuidados.
Resumo:
O objetivo deste artigo foi apresentar as bases para a construção de uma ferramenta re-leitora do Processo Saúde-doença, por meio da relação dialógica entre categorias sociais e as variáveis funcionais, contidas no instrumento CIPESC® de Curitiba. Ancorou-se nos marcos conceituais apresentados na Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva. A ferramenta constituiu-se de um modelo analítico de apoio à tomada de decisão, pretendendo o desenvolvimento de data warehouse. Os dados do prontuário eletrônico do paciente, relacionados às categorias: Necessidade, Classe Social, Gênero, Etnia e Geração, desvelam a face social e atribuem vulnerabilidade aos grupos sociais homogêneos. Foram visualizados quatro graus de vulnerabilidade, qualificados por 11 marcadores. O estudo remeteu à reflexão de que as desigualdades reproduzem-se ao longo do tempo e transformam grupos em alvos de imobilidade social. Embora existam lacunas para visualização das categorias sociais, o instrumento permitiu visualizar a face coletiva de famílias e grupos sociais.
Resumo:
A necessidade de se construir um novo olhar para o cuidado baseado no diálogo e na criatividade possibilita a transformação social do papel dos profissionais no exercício da sua prática. Entende-se, neste artigo, que cuidar é mais que um ato: é uma atitude. Além disso, o arcabouço conceitual da reabilitação psicossocial é um instrumental que pode possibilitar a construção desse novo olhar. Nesta perspectiva, cuidar é considerar a importância da construção de projetos de vida, significativos para cada usuário, como eixo central da ação terapêutica. As transformações necessárias na prática em saúde mental e na enfermagem psiquiátrica estão avançando, pois os conhecimentos produzidos nesta área incorporam estratégias de acolhida e continência que consideram, em todos os momentos, o exercício da cidadania ativa dos portadores de transtornos mentais.
Resumo:
Objetivou-se, neste estudo, averiguar os aspectos contemplados na consulta de enfermagem ao portador de hipertensão arterial (HA). É um estudo descritivo, desenvolvido em três unidades de saúde de Fortaleza. Os sujeitos foram 13 enfermeiros. A coleta de dados ocorreu por observação de três consultas de cada enfermeiro e, posteriormente, de uma entrevista com este profissional. Foi observado que, durante a anamnese, houve identificação do tratamento prévio, da ingestão de substâncias hipertensoras e da existência de fatores de risco associados. No exame físico, constatou-se a ocorrência de inspeções da aparência do paciente e verificações da pressão arterial e peso. As categorias identificadas foram: nuances do papel do enfermeiro na atenção básica; tratamento da HA e dificuldades cotidianas das pessoas com esta enfermidade. Concluímos que muitos aspectos não vêm sendo abordados durante a consulta de enfermagem, o que pode acarretar um atendimento deficiente das pessoas acompanhadas pelo programa de HA em tais unidades de saúde.
Resumo:
A hipertensão arterial apresenta elevada prevalência e mortalidade, sendo um desafio prevenir e controlar a doença, o que implica em considerar o processo educativo como ferramenta necessária para o cuidado. O estudo teve como objetivo refletir sobre os pressupostos para o cuidado na educação em saúde da pessoa hipertensa. Depreendeu-se que no processo de educação à saúde, os pressupostos para o cuidar assentam-se na consideração da pessoa em lugar do corpo doente e na compreensão do cuidar apto a investir na clínica do indivíduo, privilegiando espaços para a escuta sensível e o acolhimento, para a compreensão do sofrimento, do significado de adoecer e cuidar de si. Esperamos que esta reflexão contribua para implementar e aperfeiçoar novas formas de cuidar nos programas de hipertensão, compreendendo o ser humano como ser destinado à liberdade, felicidade e plena realização.
Resumo:
Face aos desafios que se colocam aos enfermeiros, no desenvolvimento de cuidados centrados na família como contexto e unidade de intervenção, realizamos uma pesquisa direcionada para a intervenção familiar, no contexto dos Cuidados de Saúde Primários. De natureza qualitativa, adotamos a metodologia de investigação-ação, numa trajetória de cinco etapas, integradas num ciclo de estudos. Dos resultados do diagnóstico, através da análise comparativa dos modelos conceituais com as práticas de cuidados à família, emergiu a necessidade da mudança iniciada com um processo formativo. Tendo como referenciais o Modelo Sistêmico, o Modelo Calgary de Avaliação da Família e o Modelo Calgary de Intervenção na Família, reconstruiu-se o modelo de cuidados de enfermagem à família, operacionalizando-o através da definição das áreas de atenção e intervenção. A co-construção do modelo a partir das necessidades identificadas pelos enfermeiros, legitimado pelas tomadas de decisão dos mesmos, constitui-se como base de discussão no contexto da enfermagem de família.
Resumo:
Esta pesquisa objetivou buscar a visão dos profissionais do Serviço de Residências Terapêuticas, sobre a prática de cuidado produzida neste dispositivo de atenção à saúde mental. Para isso, optou-se pela abordagem qualitativa, exploratória e analítica. Os instrumentos para a coleta de dados foram: formulário de observação sistemática, diário de campo e roteiro de entrevista semiestruturada, realizada com 10 profissionais atuantes nas residências. Como resultado, foi encontrado que o cuidado na moradia se dá de modo mais humanizado, valorizando a singularidade dos moradores, seus valores e crenças, tentando (re)estabelecer as relações sociais dos indivíduos e estimulá-los para a prática do autocuidado. Percebe-se que esse modo de atenção vem alcançando uma (re)cidadanização e valorização da vida dos sofredores psíquicos.
Resumo:
O estudo teve por objetivos: descrever o processo de desenvolvimento do projeto-piloto de assistência a idosos acamados, da Unidade Básica de Saúde IAPI; e identificar aspectos demográficos, sociais e de saúde desses idosos, bem como aspectos relevantes relatados pela equipe, na implantação da assistência domiciliar. A pesquisa teve características descritivas e avaliativas. Foram revisadas as fichas cadastrais e os prontuários dos pacientes atendidos, assim como os registros de avaliação do projeto. A experiência-piloto permitiu o desenvolvimento de habilidades na equipe, foi enriquecedora e de grande responsabilidade para profissionais e cuidadores. Apontou para a continuidade da assistência domiciliar, fazendo-se necessários ajustes na sua organização, com a finalidade de ampliar os espaços de assistência e a qualidade do que vinha sendo ofertado à população.
Resumo:
O estudo objetivou validar dois instrumentos, para identificar como os serviços de saúde e as equipes de saúde da família reconhecem as necessidades de saúde da população. Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico, para o qual foram elaborados instrumentos baseados em um guia de captação da realidade objetiva, adaptado para caracterizar a realidade de serviços de saúde e equipes de saúde da família. Para validação dos instrumentos, estabeleceu-se o grau de concordância mínimo de 85%, participando como juízes docentes pesquisadores do tema Necessidade em Saúde e enfermeiros que atuam em unidades de saúde da família, totalizando 11 juízes. A validação ocorreu em duas etapas pois, na primeira, alguns itens não atingiram a meta de concordância proposta. Após a segunda validação, obteve-se concordância acima de 85% nos itens avaliados. Os Instrumentos de captação propostos visam contribuir para a prática dos serviços de saúde na identificação de necessidades em saúde da população.
Resumo:
O estudo objetivou caracterizar idosos aposentados com Diabetes tipo 2, usuários de um serviço de atenção primária, e contou com 43 sujeitos que atenderam a critérios de inclusão. Os dados foram obtidos em fontes primárias e secundárias, e analisados no programa SPSS 15.0. A média de idade foi 75,3 anos. Houve pouca participação em grupos comunitários e na prática de atividade física. Dezessete idosos utilizam a atenção primária. Doze homens aposentaram-se por tempo de serviço, e 12 mulheres recebem pensão. Níveis pressóricos apresentaram média de 130x80 mmHg e a Glicemia, média de 141 mg/dl. Orientações sobre dieta foram realizadas na sua maioria pelos médicos. São necessários novos estudos para avaliar os motivos que levam a baixa adesão a grupos e prática de atividade física. Sugere-se participação efetiva da equipe no controle do Diabetes e no incentivo à participação da família nos cuidados, visto que essa doença demanda gerenciamento de longo prazo.
Resumo:
Trata-se de um estudo qualitativo cujo objetivo foi identificar o conhecimento que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) apresentam sobre envelhecimento e demência, com a finalidade de subsidiar a implantação de uma linha de cuidado à demência em um município paulista. Todos os cuidados éticos foram observados. Os sujeitos foram 51 ACS. O instrumento de coleta foi a entrevista semiestruturada. A análise foi fundamentada na técnica de conteúdo. Com relação à questão o que é idoso para você, a maioria dos agentes associam aspectos negativos do envelhecimento à idade cronológica, como dependência física e social. Com relação à concepção de demência, a maioria dos entrevistados a define como um problema biológico que afeta o cérebro, compromete a memória e causa dependência. Os resultados apontam para a necessidade de um programa de capaci-tação dos agentes em gerontologia.
Resumo:
Objetivou-se acompanhar o processo de trabalho de uma equipe de saúde da família em suas reuniões de discussão de casos de famílias. Estudo de abordagem qualitativa, apoiado no referencial teórico-metodológico da análise institucional, linha esquizoanalítica. Acompanhou-se 17 reuniões, com participação média de 7 a 8 dos 17 trabalhadores que foram sujeitos do estudo. A equipe realizou discussão sobre as famílias, classificando-as segundo critérios de risco, refletiu sobre o que foi realizado e buscou possibilidades de ação. Houve estranhamentos ao se depararem com diferenças e dificuldades de escuta entre seus membros, que gradativamente foram vencidas, possibilitando situações de cuidado compartilhadas. A equipe empreendeu esforços para analisar o modo como cuida das famílias e para conseguir integração. Concluímos que as reuniões favoreceram a produção de cuidados e a construção da grupalidade na medida que a equipe, no cuidar lida com a subjetividade produzidas no trabalho.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo conhecer a relação e a troca de suporte entre o doente com AIDS e pessoas à sua volta. O estudo está baseado no modelo de comboio das relações sociais que tem como uma de suas características a representação da rede em três círculos concêntricos. Os participantes eram pessoas que estavam internadas e que falaram sobre o suporte relacionado ao cuidado em saúde proporcionado por pessoas próximas, ou seja, que pertenciam ao círculo interno do comboio. A maioria dos participantes descreveu o círculo como sendo composto por no máximo cinco integrantes, sendo que pessoas da família foram as mais citadas. Os profissionais de saúde precisam conhecer o paciente e seu comboio, reconhecendo-os no contexto psicossocial e cultural de forma a favorecer a aceitação da soropositividade, mudanças no estilo de vida, ajuda nos cuidados de saúde e adesão ao tratamento.
Resumo:
O estudo visa avaliar as ações educativas na promoção do autogerenciamento dos cuidados em diabetes mellitus. Vinte e sete indivíduos com diabetes tipo 2, atendidos no programa educativo do hospital-escola de Belo Horizonte, Minas Gerais, foram acompanhados durante quatro meses no ano de 2008. As ações educativas nos grupos consistiam de três encontros mensais, nos quais eram desenvolvidas dinâmicas lúdicas e interativas, e o atendimento individual realizado por meio da educação dialógica. A avaliação foi feita mediante questionário específico: autogerenciamento dos cuidados e exames clínicos no tempo inicial e após quatro meses da intervenção. Os indivíduos tinham idade média de 60,9 ±8,4 anos; o tempo médio da doença de 8,7±6,7 anos, tinham Ensino Fundamental incompleto e renda familiar de um a três salários mínimos 55, 6% (27). Os resultados foram satisfatórios no teste de autogerenciamento dos cuidados. Observou-se redução nos níveis de HbA1c e que as ações educativas favoreceram o autocuidado e o autocontrole da doença.