145 resultados para Forrageira tropcial
Resumo:
O cultivo consorciado de milho com forrageiras tropicais no sistema plantio direto na palha pode diminuir a incidência de plantas daninhas em decorrência da elevada produção de fitomassa e da alelopatia proporcionada pela deposição superficial de palha no solo. Este trabalho objetivou avaliar a influência da distribuição espacial da cultura do milho com Brachiaria brizantha, cultivados em consórcio no sistema plantio direto na palha, sobre a população de plantas daninhas. O experimento foi instalado em condições de campo, nos anos agrícolas 2002/03 e 2003/04, na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu-SP. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em esquema fatorial simples 2 x 4, com quatro repetições. Os tratamentos foram dois espaçamentos entre linhas de milho (E1-45 cm e E2- 90 cm) e quatro modalidades de cultivo (MCS - cultivo do milho solteiro; MBL - cultivo do milho com B. brizantha na linha de semeadura; BEM - cultivo do milho com B. brizantha na entrelinha; e MBLE - cultivo do milho com B. brizantha simultaneamente na linha e na entrelinha). Foram avaliados a produtividade de matéria seca da forrageira, a caracterização fitossociológica, a incidência e o controle de plantas daninhas. O cultivo MBLE a 90 cm foi a modalidade de consorciação que proporcionou maior produção de palhada. A presença de B. brizantha em cultivo consorciado diminuiu a densidade de plantas daninhas. A utilização do cultivo consorciado do milho com B. brizantha na linha+entrelinha proporcionou índice de controle de 95%, independentemente do espaçamento utilizado.
Resumo:
A rotação entre soja e B. brizantha tem sido muito utilizada na integração agricultura-pecuária. Contudo, o banco de sementes formado pela pastagem anterior torna a forrageira uma espécie daninha importante no cultivo da soja. Objetivou-se neste trabalho avaliar os efeitos de diferentes épocas de emergência de B. brizantha em relação à soja no acúmulo de macro e micronutrientes por ambas as espécies. O experimento foi realizado em casa de vegetação, avaliando-se sete épocas de emergência de B. brizantha em relação à emergência da soja, sendo: -21, -14 e -7 dias, as épocas da emergência da braquiária antes da emergência da soja (DA); 0, a emergência simultânea da soja e da braquiária; e 7, 14 e 21 dias, as épocas de emergência da braquiária depois da soja (DD), além de duas testemunhas (apenas soja ou B. brizantha), no delineamento experimental inteiramente casualizado. A avaliação nutricional das plantas foi realizada no estádio de pleno florescimento da soja. Na emergência simultânea das espécies, B. brizantha apresentou maior acúmulo de N, P, K, S, Mg, Cu, Mn e Fe, enquanto a soja acumulou mais Ca, Zn e B. A soja obteve vantagem no acúmulo dos demais nutrientes quando a forrageira emergiu em torno de 7 DD, com máximo acúmulo quando B. brizantha emergiu aos 21 DD.
Resumo:
O Tifton 85 é uma forrageira de alto valor nutritivo, recomendada para pastejo, fenação e silagem, podendo ser considerada uma espécie daninha, principalmente em áreas de cultivos agrícolas e produção de sementes de outras forrageiras, devido a sua fácil propagação e seu rápido desenvolvimento. Este experimento foi proposto com o objetivo de avaliar a tolerância de plantas de Tifton 85 a doses crescentes de glyphosate em duas épocas diferentes. O experimento foi conduzido em vasos de polietileno com capacidade de 10 L, em delineamento experimental de blocos casualizados, no esquema fatorial 2 x 8, sendo duas épocas de aplicação (inverno e verão) e oito doses de glyphosate (0, 270, 540, 1.080, 2.160, 3.240, 4.320 e 5.400 g ha-1), com quatro repetições. Para cada época de aplicação, o controle das plantas de Tifton 85 foi feito aos 15, 30 e 60 DAA (dias após aplicação). Obteve-se controle superior a 90% de Tifton 85 a partir de 2.636,72 g ha-1 de glyphosate em aplicação realizada no inverno e de 3.607,03 g ha-1 em aplicação no verão. Os resultados evidenciaram a alta tolerância do Tifton 85 ao glyphosate e o maior controle das plantas expostas a esse herbicida em épocas mais frias do ano (inverno), quando em comparação com as plantas expostas ao herbicida no verão.
Resumo:
O trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o desempenho de Brachiaria ruziziensis cultivada em consórcio com milho safrinha, mediante a utilização dos herbicidas atrazine (1.760 g i.a. ha-1), mesotrione (60 g i.a. ha-1), mesotrione + atrazine (1.760 e 60 g i.a. ha-1) e nicosulfuron (8 e 16 g i.a. ha-1), aplicados aos 14 e 24 dias após a emergência das plantas de braquiária. O milho foi semeado mecanicamente no dia 7/3/2008 em linhas de 0,90 m, com uma linha intercalar de B. ruziziensis. O atrazine não causou sinais visíveis de toxicidade nas folhas de B. ruziziensis, enquanto o mesotrione causou branqueamento das pontas das folhas, mas proporcionou retomada rápida do crescimento. O nicosulfuron provocou clorose foliar, com necrose e redução do crescimento, sem recuperação total das plantas de B. ruziziensis durante o crescimento do milho, ocasionando baixo rendimento de massa da forrageira. Os colmos velhos, crescidos durante o cultivo do milho, são responsáveis pelo maior rendimento de massa da braquiária e são pouco afetados pelo atrazine e mesotrione, que podem ser utilizados no cultivo consorciado. O rendimento de grãos do milho safrinha não foi alterado significativamente pelos tratamentos.
Resumo:
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o consórcio de forrageiras e sorgo, cultivado na presença ou na ausência do herbicida atrazine, sobre a dinâmica de plantas daninhas e a produção de sorgo e das forrageiras em um sistema agroflorestal. O experimento foi disposto em delineamento com blocos casualizados, com três espécies de forrageiras (Brachiaria brizantha cv. Xaraés; Andropogon gayanus e Panicum maximum cv. Tanzânia) consorciadas com sorgo manejado na presença e na ausência da aplicação de 1,50 kg ha-1 de atrazine para o manejo de plantas daninhas. As forrageiras foram semeadas a lanço imediatamente antes da semeadura do sorgo, em espaçamento de 0,50 m entre linhas e com oito sementes por metro linear, em sistema de plantio direto. A aplicação de atrazine não resultou em menor produção de massa seca total de plantas daninhas, quando comparada às parcelas sem manejo. A maior massa seca das plantas daninhas foi encontrada no monocultivo de sorgo, quando comparado aos consórcios dessa cultura com as forrageiras. No consórcio do sorgo com o capim-tanzânia (forrageira de maior produção) obteve-se a menor ocorrência e produção de masssa de plantas daninhas, indicando boa capacidade competitiva dessa forrageira. A produção do sorgo não diferiu estatisticamente entre os tratamentos; entretanto, ela foi 22% superior no monocultivo, comparando-se aos consórcios com as forrageiras. As espécies de maior produção de massa, como o capim-tanzânia, quando consorciadas com o sorgo, diminuem a infestação e capacidade competitiva das plantas daninhas e favorecem o manejo dessas espécies, dispensando a aplicação de atrazine.
Resumo:
Objetivou-se no presente trabalho avaliar o efeito da modalidade de semeadura de Brachiaria brizantha cv. Xaraés sobre a comunidade de plantas daninhas e a produtividade de Sorghum bicolor cv. BRS 160 no sistema de integração lavoura-pecuária. Os tratamentos foram constituídos da seguinte maneira: consórcio sorgo forrageiro com braquiária semeada a lanço com incorporação leve e sem incorporação; consórcio sorgo forrageiro com braquiária semeada em linha única e em duas linhas na entrelinha da cultura anual; e testemunhas, representadas pelos monocultivos de sorgo, com e sem aplicação de atrazine, e de braquiária. Maior produção de massa seca das plantas daninhas foi observada nos tratamentos em monocultivo, sendo a espécie Digitaria horizontalis a de maior valor de importância e maior cobertura do solo. Para os cultivos em consórcio, D. horizontalis obteve menores valores de importância e cobertura quando a semeadura da forrageira foi realizada a lanço com e sem incorporação. A massa seca das plantas daninhas foi semelhante entre os tratamentos consorciados e o tratamento em monocultivo de sorgo com aplicação de herbicida. As parcelas de sorgo em monocultivo que não receberam aplicação de herbicida apresentaram maior infestação de plantas daninhas. Nos consórcios não houve diferenças para os valores de massa seca de braquiária entre os tratamentos, porém as modalidades de semeadura a lanço com e sem incorporação apresentaram maiores estandes, demonstrando melhor eficiência da semeadura a lanço para a formação da pastagem. Contudo, essa forma de semeadura leva ao desenvolvimento de plantas da forrageira próximo à linha de cultivo do sorgo, o que pode comprometer a produção dessa cultura pelo aumento da competição. A forma de semeadura de B. brizantha interfere na produtividade do sorgo e na infestação de plantas daninhas.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho estudar os efeitos do consórcio de milho com colonião (Panicum maximum cv. Aruana) na infestação de plantas daninhas e na cultura da soja em rotação. O experimento foi realizado em campo, no período de dezembro de 2008 a abril de 2010, em área experimental da UNESP, campus de Jaboticabal-SP. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema de parcela subdividida. Foram estudadas duas formas de semeadura (a lanço e em linha) de colonião nas parcelas e quatro quantidades de sementes (200, 400, 600 e 800 pontos de valor cultural - PVC) nas subparcelas, além de três testemunhas, representadas pelo monocultivo das espécies, como tratamentos adicionais. O cultivo consorciado não afetou o desenvolvimento do milho, comparado ao milho solteiro. Embora na colheita do milho houvesse maior matéria seca e densidade de plantas de colonião com a semeadura de 800 PVC, antes da semeadura da soja o acúmulo de massa não diferiu entre os tratamentos de consórcio. Portanto, a semeadura de 200 PVC de sementes de colonião, a lanço ou em linha, foi suficiente para a manutenção de quantidade (9,1 t ha-1) adequada de palha sobre o solo. Antecedendo a semeadura da soja, a infestação de plantas daninhas na testemunha de milho solteiro foi maior do que nos tratamentos de consórcio e nas testemunhas da forrageira solteira (a lanço e em linha). O mesmo foi observado para densidade de plantas daninhas após a instalação da cultura. Os sistemas de consórcio de milho com colonião não interferiram em nenhuma característica avaliada na cultura da soja cultivada em rotação. Da mesma forma, não foi observada diferença entre os tratamentos de consórcios e a testemunha de milho em monocultivo para produção de grãos de soja.
Resumo:
Mesotrione é um importante herbicida registrado para uso na cultura do milho, porém pouco tem sido feito para estudar a suscetibilidade de espécies como Brachiaria brizantha a esse herbicida. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a supressão imposta pelo mesotrione em plantas de Brachiaria brizantha, visando à viabilização de um cultivo integrado com a cultura do milho. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo estes constituídos por sete doses de mesotrione (0, 12, 24, 48, 96, 144 e 192 g ha-1), um tratamento com o cultivo de milho solteiro e capinado, além de um tratamento com capim-braquiária cultivado de forma solteira e capinada, totalizando assim nove tratamentos. As espécies milho e B. brizantha (cv. Marandu) foram semeadas concomitantemente. Os tratamentos herbicidas foram aplicados aos 20 dias após a emergência das espécies. O mesotrione mostrou maior potencial de fitointoxicação em plantas de B. brizantha ao ser aplicado na dose de 192 g ha-1. Entretanto, a espécie forrageira apresentou tolerância satisfatória ao herbicida, demonstrando potencial de utilização no sistema de integração lavoura-pecuária. A competição interespecífica proporcionou reduções no rendimento do milho, e a melhor relação dose-benefício para esse sistema foi obtida com a utilização de 96 g ha-1 de mesotrione.
Resumo:
O sistema de semeadura direta e os diferentes sistemas de produção nele adotados podem contribuir para a supressão de plantas infestantes. Em razão disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o controle de plantas daninhas em função de diferentes sistemas de produção de grãos. Os tratamentos utilizados foram: I. Sistema "safra-pousio" - soja/ pousio/milho/pousio/arroz/pousio/soja; II. Sistema "safra-adubo verde" - soja/milheto/ milho/guandu/arroz/crotalária/soja; III. Sistema "safra-safrinha" - soja/aveia-branca/milho/ feijão-da-seca/arroz/mamona/soja; IV. Sistema "safra - forrageira"- soja + braquiária/milho + braquiária/arroz + braquiária/soja. Em novembro de 2009 (após três safras agrícolas), foi realizado o levantamento de plantas daninhas infestantes. Para isso, foi utilizado um quadro (0,3 x 0,3 m), lançado aleatoriamente quatro vezes dentro de cada parcela. As plantas foram identificadas, bem como feita a determinação do número total das espécies invasoras, da massa seca e da porcentagem de controle das espécies de acordo com o sistema de produção. Foi realizada ainda a análise fitossociológica da comunidade de plantas daninhas infestantes. Os sistemas safra-adubo verde, safra-safrinha e safra-forrageira apresentaram bom controle de plantas infestantes quando comparados ao sistema safra-pousio. Portanto, a presença de algum tipo de cobertura é importante para manter as características do solo favorável e um bom controle de plantas invasoras.
Resumo:
O agriãozinho é uma planta daninha de grande importância em pastagens do Brasil e apresenta destacada agressividade, sendo seu controle, portanto, desejável para o sucesso da produção forrageira. O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle químico de Synedrellopsis grisebachii na fase reprodutiva e as suas consequências sobre as características germinativas dos aquênios da planta daninha. Os tratamentos constaram da aplicação dos herbicidas glyphosate (100, 200, 900 e 1.800 g ha-1), paraquat (34, 68, 300 e 600 g ha-1) e triclopyr (75, 150, 667 e 1.334 g ha-1), além da testemunha sem aplicação. Foram coletados aquênios aos 15 dias após a aplicação, sendo estes submetidos ao teste de germinação, determinando-se a porcentagem e o índice de velocidade de germinação. Após 29 dias em germinação, verificou-se a viabilidade dos aquênios não germinados, através do teste de tetrazólio. A eficácia dos herbicidas foi avaliada por meio de notas visuais de controle aos 7, 14, 21 e 28 DAA. Conclui-se que para o controle total de S. grisebachii, em estádio reprodutivo, é necessária a aplicação de 1.334 g ha-1 de triclopyr. Nesse estádio, a planta apresentou grande tolerância ao glyphosate e também ao paraquat. Quanto às características germinativas da progênie, o herbicida triclopyr nas doses de 150 e 667 g ha-1 promoveu redução na velocidade de germinação e na viabilidade, enquanto o glyphosate e paraquat não proporcionaram efeito.
Resumo:
A viabilidade da sucessão soja-milho safrinha em plantio direto no cerrado depende de adequada produção de resíduos na superfície do solo, o que pode ser obtido através do cultivo consorciado de milho com forrageira perene. Objetivou-se neste trabalho avaliar a produtividade de massa e a facilidade para dessecação de nove forrageiras perenes. As espécies foram cultivadas em consórcio com milho safrinha, de março a julho de 2009. Em outubro, as plantas foram cortadas a 0,20 m do solo, e 20 dias após foram aplicadas as doses de glyphosate (0,72, 1,44, 2,06 e 2,88 kg e.a. ha-1). O efeito das doses foi avaliado aos 10 e 20 dias após a dessecação, mediante pesagem e secagem da massa em estufa a 60 ºC. O controle foi considerado excelente quando a umidade das plantas dessecadas estava menor ou igual a 30%; assim, as forrageiras foram separadas em três grupos por facilidade de dessecação, sendo: 1) Urochloa (Syn Brachiaria) ruziziensis, Megatyrsus (syn Panicum) maximum cv. Massai e M. maximum cv. Aruana, com excelente resultado; 2) U. decumbens cv. Basilisk, U. brizantha cv. Xaraés e U. brizantha cv. Marandu, de moderada facilidade; e 3) M. maximum cv. Tanzânia, M. maximum cv. Mombaça e U. brizantha cv. Piatã, de difícil dessecação. Considerando a produtividade de massa, o menor período entre dessecação e avaliação e a dose de herbicida, destacam-se U. ruziziensis (0,45 e 1,29 kg e.a. ha-1) e M. maximum cv. Aruana (1,41 e 1,66 kg e.a. ha-1) como de fácil dessecação, visando à semeadura da soja em sucessão.
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RESUMOO potencial de cobertura vegetal do solo por plantas cultivadas é um parâmetro importante para a seleção de espécies forrageiras adaptadas a uma determinada região. Contudo, uma das restrições de uso dessa variável está associada à adoção da técnica de estimativa, uma vez que existem diferentes formas de cálculo. Diante disso, objetivou-se comparar as frações de cobertura do solo cultivado com Urochloa ruziziensis e Urochloa spp., utilizando-se três técnicas de medida: avaliação visual, avaliação por intercepto ou transecto e avaliação por imagens fotográficas. Para isso, foram conduzidos seis ensaios em campo, em delineamento de blocos casualizados. Os ensaios 1, 2 e 3 foram formados pela espécie Urochloa ruziziensis e compostos por três tratamentos, representados pelas três técnicas de medida (visual, por intercepto ou transecto e por imagens fotográficas), com oito repetições. Os ensaios 4, 5 e 6 tiveram arranjo fatorial 2 x 3, sendo o fator A formado por duas espécies de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis e Urochloa spp. cv. Mulato II) e o fator B pelas três técnicas de medida (visual, por transecto e por imagens fotográficas), com quatro repetições. As medidas das frações de cobertura do solo foram tomadas aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura. Constatou-se que, quanto maior a uniformidade da cobertura do solo pelas plantas forrageiras, mais próximos são os valores das frações de cobertura vegetal obtidas pelas três técnicas de estimativa. As técnicas de estimativa visual e por transecto da fração de cobertura do solo foram consideradas semelhantes, já a eficiência da medida pela técnica com imagens fotográficas depende da calibração individual de cada imagem.
Resumo:
Neste trabalho, caracterizou-se a morfo-anatomia do caule e da folha de Brachiaria brizantha e B. humidicola, em três estratos, objetivando diferenciar tais estratos e espécies, bem como justificar, com estes parâmetros, a diferença de consumo que ocorre nessas espécies com o envelhecimento da planta. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se vasos plásticos com areia esterilizada e recebendo solução nutritiva. Aos 70 dias após o corte de uniformização, cada planta foi dividida em três partes (estratos), coletando-se a folha mediana de cada estrato, separando-a em limbo e bainha foliar, e também o entrenó recoberto pela referida bainha. Para o estudo morfológico, foram mensurados a altura total das plantas, número total de folhas, nós e perfilhos, comprimento e largura da lâmina e da bainha foliar, comprimento e diâmetro do entrenó. Para a caracterização anatômica, as amostras foram fixadas em FAA, emblocadas em GMA, seccionadas em micrótomo e coradas com fucsina básica e azul de Astra. Os estudos morfo-anatômicos indicaram parâmetros que podem interferir na digestibilidade de seus tecidos. Verificou-se que as espécies apresentaram diferenças quanto aos aspectos morfológicos, destacando em B. humidicola menores valores de comprimento e largura do limbo, o que pode dificultar a seleção das folhas inferiores, interferindo no consumo dessa forrageira. Constatou-se, também, que o caule foi a fração que mais variou entre as espécies, apresentando B. brizantha diâmetro do entrenó maior e "parede" do colmo mais espessa, o que, além de tornar o caule mais resistente à apreensão, sugere maior número de feixes vasculares e, conseqüentemente, porcentagem de tecidos lignificados. Observaram-se estruturas secretoras na base dos tricomas da bainha foliar de B. brizantha, sugerindo cavidades secretoras, bastante raras na família Poaceae, não havendo estudos de sua interferência no consumo e digestibilidade.
Resumo:
Muitas espécies do gênero Axonopus são utilizadas como forrageiras de corte e pastejo no sul do Brasil. Contudo, pouco é conhecido sobre a anatomia dessas plantas. No presente trabalho foram descritas as características estruturais de folhas e caules das espécies Axonopus scoparius (Flügge) Kuhlm. e A. fissifolius (Raddi) Kuhlm. As amostras foram coletadas em Itajaí, SC e processadas para estudo histológico ao microscópio de luz e eletrônico de varredura. A estrutura Kranz foi evidenciada em ambas espécies. As espécies distinguem-se pela presença de células buliformes na epiderme da face adaxial da lâmina foliar de A. fissifolius e pela ausência destas células em A. scoparius e pela presença de tricomas longos, unicelulares na epiderme da face adaxial da lâmina foliar de A. scoparius e pela ausência destas estruturas em A. fissifolius.
Resumo:
Sementes viáveis de muitas espécies de plantas, freqüentemente não absorvem água e, portanto, não germinam, mesmo que as condições ambientais sejam favoráveis, sendo comumente chamadas impermeáveis ou duras. Portanto, existe a necessidade de se utilizar métodos pré-germinativos que permitam superar a dormência, possibilitando a expressão da máxima germinação do lote. O objetivo do experimento foi identificar os métodos mais eficientes para a superação da dormência tegumentar de sementes de cornichão anual (Lotus subbflorus L.), que sejam rápidos, seguros e de fácil padronização. O experimento foi conduzido no Laboratório Didático de Sementes da Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel", na Universidade Federal de Pelotas. Foram utilizados dois lotes de sementes provenientes da região de Herval do Sul, RS. Os tratamentos realizados foram: teste de germinação (testemunha), pré-esfriamento por 4, 7 e 10 dias (7 ºC), pré-aquecimento por 1, 4, e 7 dias (50 ºC) e escarificação por lixa mecânica por 30, 60 e 90 segundos, a 1750 rpm. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a escarificação por lixa mecânica por 30, 60 e 90 segundos, a 1750 rpm apresentam as melhores respostas na superação da dormência expressas pela relação plântulas normais com plântulas anormais e sementes mortas.