230 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
Resumo:
A sndrome metablica (SM) um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados deposio central de gordura e resistncia ao da insulina (RI), e est associada mortalidade precoce em indivduos no-diabticos e em pacientes com Diabete melito (DM) tipo 2. A presena da SM e dos seus componentes tem sido descrita tambm em pacientes com DM tipo 1 e pode contribuir para o elevado risco de doena cardiovascular observado nessa populao de pacientes. O objetivo deste trabalho foi revisar as evidncias disponveis sobre o papel da SM e da RI no desenvolvimento da doena cardiovascular nos pacientes com DM tipo 1.
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FUNDAMENTO: Mortalidade global e cardiovascular (CV) elevada de pacientes em hemodilise. OBJETIVO: Avaliao da mortalidade global e CV e identificao do risco de pacientes em hemodilise. MTODOS: Estudo observacional, prospectivo. Estudados 334 pacientes em trs anos. Desfechos primrios: mortalidade global e CV. Sobrevida avaliada pelo mtodo de Kaplan-Meier. Identificao de variveis de risco pela Regresso de Cox, bi e multivariada. RESULTADOS: Foram estudados 189 (56,6%) homens, idade 48,8 14,2 anos, maioria de no brancos (295[88,3%]) e com escolaridade de 0 a menor que 8 anos (211[63,2%]). Mortalidade total de 21,6% (72/334), 50% sobrevivendo 146 meses, e mortalidade CV de 41,7%(30/72), 75% sobrevivendo 141 meses. Na anlise bivariada, o RR de bito no cardiovascular (ONCV) e CV aumentou com Idade >60 anos, Hb < 9,0 g/dl e glicemia de jejum >126 mg/dl; de ONCV apenas, com baixa escolaridade, viuvez, Hb<11,0 g/dl, Ht<33,0%, glicemia de jejum >100 mg/dl, produto Ca x P <42 e creatinina >9,2 mg/dl; diminuiu com PA>140/90 mmHg (antes da sesso de HD) e Ht>36%; de bito CV apenas, aumentou com creatinina >9,4 mg/dl. Na anlise multivariada, o RR de ONCV e CV aumentou com idade >60 anos e Hb<9 g/dl; o RR de bito CV aumentou com glicemia>126 mg/dl e o de ONCV com taxa de remoo de ureia na hemodilise (Kt/V) <1,2. CONCLUSO: A mortalidade global e CV de pacientes em hemodilise elevada. Os fatores de risco independentes para ONCV e CV foram idade >60 anos e Hb<9 g/dl, para bito CV apenas glicemia >126 mg/dl e ONCV Kt/V<1,2. Vale assinalar a importncia do monitoramento na correo e preveno desses trs ltimos fatores.
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FUNDAMENTO: A adoo de medidas de preveno primria em jovens de potencial impacto favorvel no cenrio das doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Avaliar a presso arterial (PA) e variveis de risco cardiovascular em jovens estratificados pelo comportamento do ndice de massa corporal (IMC) obtido ao longo de 17 anos, desde a infncia/adolescncia (I/A). MTODOS: Trs avaliaes foram feitas em 115 indivduos pertencentes coorte do Estudo do Rio de Janeiro: A1:12,97 1,48 anos; A2:21,90 1,71 anos; A3:30,65 2,00 anos e divididos em trs grupos segundo o IMC nas trs avaliaes: Grupo N (IMC sempre normal; n=46), Grupo L (IMC varivel; n=49) e Grupo S/O (IMC sempre aumentado; n=20). Em A1, A2 e A3 foram obtidos PA e IMC. Em A2 e A3, dosados glicose (G) e perfil lipdico. Ainda em A2, dosada insulina (INS) e calculado HOMA-IR. Em A3 acrescentou-se medida da circunferncia abdominal (CA), relao abdmen/quadril (RAQ) e percentual de gordura corporal (%GC). RESULTADOS: 1) Grupo S/O apresentou maiores mdias de PA aumentada (p<0,0001) nas trs avaliaes; 2) Em A3, o grupo S/O mostrou maiores mdias de CA, RAQ e %GC, e maiores prevalncias de CA aumentada e sndrome metablica (SM) (p<0,0001); 3) Foram observadas maiores mdias de INS, HOMA-IR, LDL-c em A2, e G, colesterol, LDL-c e triglicerdeos em A3 no grupo S/O (p<0,05); 4) Gnero masculino e S/O em A1 determinaram maior risco para a ocorrncia de SM na idade adulta. CONCLUSO: A Presena de S/O desde a I/A associou-se a maiores valores da PA, ndices antropomtricos e maior prevalncia de SM na fase adulta jovem.
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FUNDAMENTO: Inflamao sistmica exacerbada tem sido descrita em indivduos de baixo nvel scio-econmico, porm estudos sobre determinantes dos valores de protena C-reativa foram realizados apenas em pases desenvolvidos. OBJETIVO: Identificar preditores de PCR em indivduos de baixo nvel SE em um pas em desenvolvimento e avaliar se a PCR est relacionada ao nvel SE nesse cenrio. MTODOS: Oitenta e oito indivduos de nvel SE muito baixo foram recrutados de uma comunidade pobre, semi-rural no Brasil; 32 indivduos de nvel SE alto foram utilizados como amostra de comparao. A PCR de alta sensibilidade foi medida por nefelometria. RESULTADOS: Entre os indivduos de baixo nvel SE, os preditores independentes de PCR foram ndice de massa corporal > 25 kg/m (P<0,001), hbito de fumar (P=0,005) e condies infecciosas agudas (P=0,049). O grupo com baixo nvel SE (mediana=2,02 mg/l; variao interquartil: 0,92 - 4,95 mg/dl) apresentou nveis mais altos de PCR quando comparado com o grupo de alto nvel SE (1,16 mg/l, variao interquartil: 0,55 - 2,50 mg/dl, P=0,03). O ndice de massa corporal foi mais alto (27 4,9 kg/m vs 25,5 3,2 kg/m; P=0,07) e a prevalncia de infeco aguda foi maior (32% vs 3%, P=0,002) no grupo com baixo nvel SE. Aps excluso de indivduos com sobrepeso ou condies infecciosas, os valores de PCR foram similares entre os grupos com baixo e alto nvel SE (0,93 mg/l vs 1,08 mg/l, P=0,28). CONCLUSO: Adiposidade, condies infecciosas e fumo so preditores de PCR em indivduos com nvel SE muito baixo. Os primeiros dois fatores so os determinantes da exacerbao da inflamao em indivduos de muito baixo nvel SE.
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FUNDAMENTO: A obesidade abdominal em adolescentes est associada a doenças cardiovasculares e metablicas, mas a prevalncia e os fatores associados sua ocorrncia so ignorados. OBJETIVOS: Determinar a prevalncia e verificar se indicadores de atividade fsica e hbitos alimentares esto associados ocorrncia de obesidade abdominal em adolescentes. MTODOS: A amostra compreendeu 4.138 estudantes do ensino mdio (14-19 anos), selecionados mediante amostragem por conglomerados em dois estgios. Obtiveram-se os dados por meio do Global School-based Health Survey, enquanto medidas antropomtricas foram aferidas para determinao de excesso de peso e obesidade abdominal. Regresso logstica binria foi empregada para anlise dos fatores comportamentais associados ocorrncia de obesidade abdominal. Identificao dos casos de obesidade abdominal foi efetuada por anlise da circunferncia da cintura, tomando-se como referncia pontos de corte para idade e sexo. RESULTADOS: A idade mdia foi de 16,8 anos (s =1,4), e 59,8% dos sujeitos eram do sexo feminino; a prevalncia de obesidade abdominal foi de 6% (IC95%:5,3-6,7), significativamente superior entre as moas (6,7%; IC95%: 5,8-7,8) em comparao aos rapazes (4,9%; IC95%:3,9-6,0). As anlises brutas evidenciaram que sexo e excesso de peso so fatores associados ocorrncia de obesidade abdominal. O ajustamento das anlises por regresso logstica permitiu observar que a prtica de atividades fsicas est significativamente associada ocorrncia de obesidade abdominal nesse grupo (OR = 0,7; IC95%:0,49-0,99), independentemente da presena de excesso de peso. CONCLUSES: A Prevalncia de obesidade abdominal foi baixa em comparao ao observado em levantamentos internacionais, e a prtica de atividades fsicas um fator associado ocorrncia desse evento em adolescentes.
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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares so a primeira causa de morte no Brasil, especialmente entre idosos. No municpio do Rio de Janeiro (MRJ), predomina a mortalidade por doenças isqumicas do corao (DIC). Estudos mostram uma associao entre o processo de urbanizao, as condies socioeconmicas e a mudana no estilo de vida com a ocorrncia de DIC. OBJETIVO: Descrever a distribuio geogrfica da taxa de mortalidade por DIC em idosos do MRJ em 2000 e sua correlao com variveis socioeconmicas. MTODOS: Estudo ecolgico, com anlise espacial da distribuio da taxa de mortalidade por DIC em idosos que residiam no MRJ em 2000, padronizada por sexo e faixa etria, e de suas correlaes com variveis socioeconmicas do censo demogrfico. RESULTADOS: No foram observadas correlaes fortes entre as variveis socioeconmicas e a mortalidade por DIC em idosos no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas, embora fracas, apontaram uma maior mortalidade associada a um melhor nvel socioeconmico. Aps correo da taxa de mortalidade por DIC por meio do acrscimo das causas mal definidas (CMD) de bito, algumas associaes adquiriram o sentido de piores condies socioeconmicas e maior mortalidade por DIC. Foi encontrada dependncia espacial para variveis socioeconmicas, mas no para a mortalidade por DIC. CONCLUSO: A dependncia espacial encontrada nas variveis socioeconmicas mostra que o espao urbano no MRJ, embora heterogneo, possui certa dose de discriminao no mbito dos bairros. Algumas correlaes encontradas entre DIC e variveis socioeconmicas apresentaram sentido oposto ao da literatura, o que pode estar em parte relacionado s propores de CMD ou ao perfil distinto nessa faixa etria.
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FUNDAMENTO: Estudos tm sido realizados para identificar o melhor preditor antropomtrico de doenças crnicas em diferentes populaes. OBJETIVO: Verificar a relao entre medidas antropomtricas e fatores de risco (perfil lipdico e presso arterial) para doenças cardiovasculares. MTODOS: Estudo transversal com 180 homens e 120 mulheres, idade mdia de 39,610,6 anos. Avaliou-se: ndice de massa corporal (IMC), circunferncia da cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC), relao cintura quadril (RCQ), perfil lipdico, glicemia e presso arterial. RESULTADOS: IMC, CC e RCQ foram maiores nos homens e %GC nas mulheres (p<0,001). A proporo de casos alterados de RCQ e %GC em relao a LDL-c e CT foi maior no sexo masculino. Indivduos normais para CC tiveram alterao para LDL-c, CT e HDL-c. Houve correlao entre IMC e CC (homens: r=0,97 e mulheres: r=0,95; p<0,001). Nos homens a melhor correlao (p<0,001) foi entre CC e RCQ (r=0,82) e nas mulheres %GC e CC (r=0,80). Triglicerdeos (TG) teve correlao com RCQ (masculino: r=0,992; feminino: r= 0,95; p<0,001), e com CC (masculino: r=0,82; feminino: r=0,79; p<0,001). Na anlise mltipla (Razo de prevalncia - RP, Intervalo de Confiana - IC), o IMC esteve associado ao colesterol total (RP=1,9; IC95% 1,01-3,69; p=0,051) no sexo masculino e fracamente associado com TG/HDL-colesterol (RP= 1,8; IC95% 1,01-3,45; p=0,062) no sexo feminino. CONCLUSO: O IMC e a RCQ foram os indicadores antropomtricos com maior correlao com o perfil lipdico em ambos os sexos. Esses dados suportam a hiptese de que o IMC e a RCQ podem ser considerados como fatores de risco para a doena cardiovascular.
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As doenças cardiovasculares (DCV) lideram os ndices de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, sendo a doena arterial coronariana (DAC) a causa de um grande nmero de mortes e de gastos em assistncia mdica. Inmeros fatores de risco para a DAC esto diretamente relacionados disfuno endotelial. A presena desses fatores de risco induz a diminuio da biodisponibilidade de xido ntrico (NO), o aumento da formao de radicais livres (RL) e o aumento da atividade endotelial. Essas mudanas podem levar a uma capacidade vasodilatadora prejudicada. Inmeras intervenes so realizadas no tratamento da DAC, incluindo agentes farmacolgicos, mudana nos hbitos alimentares, suplementao nutricional e exerccio fsico regular, cujos efeitos benficos sobre a funo endotelial vm sendo demonstrados em experimentos com animais e humanos. Entretanto, a literatura ainda controversa quanto intensidade de esforo necessria para provocar alteraes protetoras significativas na funo endotelial. Da mesma forma, exerccios intensos esto tambm relacionados ao aumento no consumo de oxignio e ao consequente aumento na formao de radicais livres de oxignio (RLO).
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FUNDAMENTO: H poucos estudos que demonstrem a associao do tabagismo, como fator de risco independente, aos eventos cardacos ps-operatrios. OBJETIVO: Avaliar a associao do tabagismo, como varivel independente, s complicaes cardiovasculares ps-operatrias e mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas. MTODOS: Utilizou-se coorte retrospectiva de um hospital geral, na qual foram includos 1.072 pacientes estratificados em tabagistas atuais (n = 265), ex-tabagistas (n = 335) e no tabagistas (n = 472). Esses trs grupos foram analisados para os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio (infarto, edema pulmonar, arritmia com instabilidade hemodinmica, angina instvel e morte cardaca) e mortalidade em 30 dias. Utilizaram-se o teste qui-quadrado e a regresso logstica, considerando p < 0,05 como significante. RESULTADOS: Quando se compararam tabagistas atuais e ex-tabagistas aos no tabagistas, os desfechos cardiovasculares combinados no ps-operatrio e a mortalidade em 30 dias foram respectivamente: 71 (6,6%) e 34 (3,2%). Os tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 53 (8,8%) eventos cardacos combinados, enquanto os no tabagistas, 18 (3,8%), p = 0,002. Em relao mortalidade, tabagistas atuais e ex-tabagistas apresentaram 26 (4,3%), enquanto os no tabagistas, 8 (1,7%), p = 0,024. Na anlise multivariada, faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, sobrecarga ventricular esquerda, revascularizao do miocrdio e extrassstole ventricular associaram-se independentemente aos eventos cardiovasculares perioperatrios, enquanto faixa etria, cirurgia de emergncia, insuficincia cardaca, alteraes laboratoriais, histria de hepatopatia, operaes por neoplasia e tabagismo se associaram mortalidade em 30 dias no ps-operatrio. CONCLUSO: O tabagismo atual associou-se de forma independente mortalidade em 30 dias em operaes no cardacas de alto risco, mas no aos eventos cardacos ps-operatrios.
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FUNDAMENTO: A obesidade abdominal apresenta elevada prevalncia em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos (SOP) e est associada a um aumento do risco cardiovascular. OBJETIVO: Verificar a acurcia da circunferncia da cintura (CC), da relao cintura-quadril (RCQ), da relao cintura-estatura (RCEST) e do ndice de conicidade (ndice C), no que se refere deteco de fatores de risco cardiovascular (FRCV) em mulheres com SOP. MTODOS: Por meio de estudo transversal, foram alocadas 102 mulheres (26,5 5 anos) com diagnstico de SOP, de acordo com o consenso de Rotterdam. O colesterol total (CT), os triglicerdeos (TG), o LDL-colesterol (LDL-C), o HDL-colesterol (HDL-C), a glicemia de jejum, a glicemia aps teste oral de tolerncia glicose (TOTG) e a presso arterial (PA) foram avaliados em todas as pacientes, alm das variveis antropomtricas. RESULTADOS: A relao cintura-estatura foi o marcador que apresentou correlaes positivas significativas com o maior nmero de FRCV (PA, TG e glicemia aps TOTG), destacando-se ainda a correlao negativa com HDL-C. Todos os marcadores antropomtricos avaliados se correlacionaram positivamente com PA, enquanto CC e RCQ apresentaram correlao positiva tambm com TG. No tocante acurcia para deteco de FRCV, os indicadores antropomtricos considerados apresentaram taxas de sensibilidade superiores a 60%, com destaque para a RCEST, que apresentou sensibilidade superior a 70%. CONCLUSO: A RCEST demonstrou ser o indicador antropomtrico com a melhor acurcia para a predio de FRCV. Nesse sentido, prope-se a incluso desse parmetro de fcil mensurao na avaliao clnica para o rastreamento de mulheres com SOP e FRCV.
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Vrios estudos destacam as espcies reativas de oxignio e nitrognio (ERONs) como importantes contribuintes na patognese de numerosas doenças cardiovasculares, incluindo hipertenso, aterosclerose e falncia cardaca. Tais espcies so molculas altamente bioativas e com vida curta derivadas, principalmente, da reduo do oxignio molecular. O complexo enzimtico da NADPH oxidase a maior fonte dessas espcies reativas na vasculatura. Sob condies fisiolgicas, a formao e eliminao destas substncias aparecem balanceadas na parede vascular. Durante o desbalano redox, entretanto, h um aumento na atividade da NADPH oxidase e predomnio de agentes pr-oxidantes, superando a capacidade de defesa orgnica antioxidante. Alm disso, tal hiperatividade enzimtica reduz a biodisponibilidade do xido ntrico, crucial para a vasodilatao e a manuteno da funo vascular normal. Apesar de a NADPH oxidase relacionar-se diretamente disfuno endotelial, foi primeiramente descrita por sua expresso em fagcitos, onde sua atividade determina a eficcia dos mecanismos de defesa orgnica contra patgenos. As sutis diferenas existentes entre as unidades estruturais das NADPH oxidases, a depender do tipo celular que as expressa, podem ter implicaes teraputicas, permitindo a inibio seletiva do desequilbrio redox induzido pela NADPH oxidase, sem comprometer, entretanto, sua participao nas vias fisiolgicas de sinalizao celular que garantem a proteo contra microorganismos.
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Miocrdio no compactado (MCNC) uma cardiopatia congnita rara, resultado da falha na compactao do miocrdio, levando persistncia de trabeculaes numerosas e profundas, comunicantes com a cavidade ventricular. Tem como principais manifestaes clnicas: insuficincia cardaca, eventos arrtmicos (supraventriculares ou ventriculares) e episdios de embolismo arterial. Apresenta-se o caso de um cidado brasileiro residente em Portugal internado por infarto agudo do miocrdio, do qual resultou disfuno sistlica severa do ventrculo esquerdo. No decorrer do estudo diagnosticou-se MCNC. Descreve-se a apresentao clnica, ecocardiogrfica (bidimensional e tridimensional), imagem de ressonncia magntica nuclear (RMN) e ventriculografia. Discutem-se os critrios diagnsticos e opes teraputicas.
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FUNDAMENTO: A doena cardiovascular representa a principal causa de morbidade, mortalidade e perda de funo do enxerto em receptores de transplante renal (RTR). O tratamento agressivo dos fatores de risco fortemente recomendado. Entretanto, h um gap entre a terapia baseada em evidncia recomendada e o manejo cardiovascular eficaz nesta populao. OBJETIVO: Estabelecer uma estratgia de controle de fatores de risco cardiovascular para RTR. MTODOS: O risco cardiovascular de 300 RTR de uma Unidade de Transplante Renal foi avaliado atravs dos critrios de Framingham. Intervenes nos fatores de risco modificveis foram sugeridas aos mdicos assistentes atravs de cartas anexadas aos pronturios dos pacientes, incluindo modificaes no estilo de vida, controle de presso arterial e uso de tratamento anti-plaquetrio e hipolipemiante. Os perfis dos fatores de risco foram re-avaliados depois de 6 e 12 meses. RESULTADOS: A maioria dos pacientes apresentava alto risco cardiovascular (58%). Aps 12 meses, a proporo de pacientes recebendo tratamento anti-plaquetrio, anti-hipertensivo ou hipolipemiante tinha aumentado de forma significante (29 para 51%, 83 para 92% e 3 para 46%, p < 0,001, respectivamente). Os nveis de colesterol total e triglicrides diminuram (de 237 para 215 mg/dl, p = 0,001 e 244 para 221 mg/dl, p = 0,03). Embora uma reduo no-significante nos nveis de LDL-colesterol tenha sido observada (136 para 116 mg/dl, p = 0,12), os pacientes que iniciaram terapia com estatinas nos primeiros 6 meses do estudo apresentaram uma reduo significante de 25% no LDL-colesterol (159 para 119 mg/dl, p < 0,001). A proporo de pacientes com avaliao completa de lipdios no plasma tambm aumentou (27% para 49%, p < 0,001). CONCLUSO: Nossos resultados sugerem que uma estratgia simples e de baixo custo melhora de forma significante o perfil de risco cardiovascular de RTR, potencialmente traduzindo-se em benefcios definidos sobre a funo do enxerto a longo prazo e expectativa de vida.
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FUNDAMENTO: A doena cardiovascular a principal causa de mortalidade no mundo. H evidncias que demonstram a associao dessa patologia com fatores de risco cardiovascular, relacionados ao estilo de vida, incorporados na fase da adolescncia. OBJETIVO: Identificar, em adolescentes, a prevalncia de sobrepeso e do estilo de vida associado a risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, alm dos fatores que os influenciam. MTODOS: Foi realizado um estudo observacional de dados individuais, transversal, com adolescentes matriculados em escolas pblicas e privadas do municpio de So Paulo, englobando as sries de 5 a 8 do ensino fundamental; as informaes foram obtidas atravs da aplicao de um questionrio annimo e da realizao de medidas de peso e altura. RESULTADOS: Foram analisados 2.125 adolescentes, com idade mdia de 12,9 anos. Do total estudado: de 14,4% a 32,1% no praticaram esporte ou competio; de 56,0% a 73,6% ficaram mais de duas horas frente de TV, videogame ou computador; aproximadamente 80% consumiram frutas e legumes de forma considerada inadequada; de 34,9% a 45,3% relataram consumo aumentado de sal; e de 60,9% a 74,4% consumo de refrigerantes. A prevalncia de sobrepeso variou de 18,7% a 41,6%. CONCLUSO: alta a prevalncia em adolescentes escolares de fatores de risco associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares no adulto. Outros estudos so necessrios para compreender melhor como esses fatores de risco se correlacionam e, assim, possibilitar a implementao de medidas preventivas, na fase da adolescncia, com vistas preveno das doenças cardiovasculares do adulto.
Resumo:
FUNDAMENTO: Embora as doenças cardiovasculares sejam a maior causa de morbimortalidade em todo Brasil, o acesso das populaes de cidades pequenas eletrocardiografia e avaliao cardiolgica limitado. O uso da telecardiologia para facilitar o acesso da populao de municpios remotos eletrocardiografia e segunda opinio em cardiologia promissora, entretanto no foi formalmente testada. OBJETIVO: Avaliar a viabilidade de se implantar o sistema pblico de telecardiologia de baixo custo em pequenas cidades brasileiras. MTODOS: Foram selecionadas 82 cidades do Estado de Minas Gerais, com populao < 10.500 habitantes, > 70% de cobertura pelo Programa Sade da Famlia (PSF), com interesse do gestor e acesso pela internet. Em cada municpio foi instalado um aparelho de eletrocardigrafo (ECG) digital, com subsequente treinamento da equipe. A implantao foi coordenada pelo HC/UFMG, em conjunto com outros quatro hospitais universitrios mineiros (UFU, UFTM, UFJF e UNIMONTES). Os ECGs foram realizados nos municpios e enviados pela internet para anlise imediata em planto de telecardiologia. Realizaram-se discusses de casos mdicos on-line e off-line e cursos de atualizao via web. RESULTADOS: No perodo de implantao, foram treinados 253 profissionais de sade. De julho de 2006 a novembro de 2008, o projeto atendeu 42.664 pacientes, realizando 62.865 ECGs. Foram efetuados 2.148 atendimentos de urgncia e 420 teleconsultorias. A avaliao intermediria apontou boa aceitao da tecnologia implantada e uma diminuio de 70% de encaminhamentos de pacientes para outros centros de referncia. CONCLUSO: factvel a utilizao de recursos habituais de informtica para facilitar o acesso de populaes de cidades pequenas eletrocardiografia e avaliao cardiolgica especializada.