427 resultados para Artéria pulmonar, anormalidades
Resumo:
A aspergilose pulmonar compreende uma das formas de infecção por fungo do gênero Aspergillus, tendo diversos modos de apresentação clínica a depender da imunidade e comorbidades. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paciente, imunocompetente e previamente hígido, que desenvolveu uma forma de aspergilose pulmonar crônica e fazer uma breve revisão sobre o assunto.
Resumo:
A actinomicose é uma infecção rara que pode envolver diversos órgãos. O envolvimento torácico é incomum (10-20%). No presente trabalho, é descrito o caso de um paciente de 33 anos, HIV negativo, com dor torácica posterior à esquerda em queimação com irradiação para membro superior esquerdo e diminuição da força com parestesias. A tomografia computadorizada evidenciou uma massa em contato com a parede torácica. Após realização de toracotomia foi visualizada lesão pulmonar sólida vascularizada aderida no lobo superior esquerdo, infiltrando a parede torácica posterior e ápice da cavidade. A biopsia incisional da lesão e o estudo microbiológico evidenciaram actinomicose.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o papel da doença arterial coronária (DAC) com comprometimento da artéria descendente anterior (ADA) na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) e sua repercussão na evolução, visto ser controverso o significado da necrose e fibrose do septo interventricular (SIV) nesta cardiomiopatia. MÉTODOS: Entre 158 pacientes com CMH, selecionamos 6 (3,79%) com CMH e DAC com lesão obrigatória de ADA, sendo 4 homens, entre 52 e 70 (x= 65,16) nos, 4 com a forma obstrutiva da CMH. O tempo de diagnóstico da CMH foi de 78 a 182 (x=141) meses e da DAC de 1 dia a 106 (x= 42) meses. Os pacientes foram acompanhados com avaliações clínicas e exames complementares periódicos. RESULTADOS: A forma de apresentação da DAC foi em 5 com angina instável e um com infarto do miocárdio. A ADA estava comprometida entre 60 a 100%, sendo em um lesão única e nos 5 restantes com lesão em 2 ou mais vasos. Na evolução, 3 foram submetidos a revascularização miocárdica (RM), um associada a miomectomia septal, um a angioplastia e 2 somente a tratamento clínico. No período de observação de 76 a 124 meses após o diagnóstico da DAC, ocorreu um óbito. No fim do estudo observamos redução nos valores médios do SIV de 1,53 para 1,40cm, gradiente de pressão entre o corpo e a via de saída do ventrículo esquerdo (VE) de 56 para 15,75mmHg, com discreto aumento no diâmetro diastólico do VE de 4,55 para 4,85cm e do diâmetro sistólico de 2,83 para 3,13cm, sem alterar a dimensão do átrio esquerdo (4,13cm). CONCLUSÃO: A DAC da ADA é bem tolerada na CMH septal assimétrica, participando do processo fibrótico septal e melhorando o desempenho cardíaco, não representando problema adverso na evolução da CMH.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o valor do ecocardiograma Doppler(ECO) transtorácico na identificação de perviabilidade da anastomose entre artéria torácica interna esquerda (ATIE) e interventricular anterior, realizada pela técnica de revascularização miocárdica pela minitoracotomia sem circulação extracorpórea. MÉTODOS: Estudaram-se os primeiros 12 pacientes, consecutivos, no período de pós-operatório intra-hospitalar pelo ECO, utilizando-se transdutores de 5MHz, pela via paraesternal esquerda, preferencialmente. Foram analisadas velocidades máximas e integrais de velocidade dos componentes sistólico e diastólico das curvas espectrais de fluxo Doppler. Todos pacientes foram submetidos à cinecoronariografia, enquanto hospitalizados. RESULTADOS: O ECO foi exeqüível em 93% dos pacientes. Nos com anastomose pérvia (6/7), observou-se ao estudo Doppler amplo componente diastólico (padrão A). Naqueles com anastomose obstruída (4/4) o padrão observado foi de predomínio sistólico (padrão B) (p=0,003*). CONCLUSÃO: O ECO da ATIE anastomosada com a artéria interventricular anterior, após cirurgia de revascularização miocárdica pela técnica de minitoracotomia, permitiu caracterizar precocemente, com precisão, a perviabilidade da anastomose.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar lesões estruturais na parede arterial uterina em mulheres com hipertensão arterial (HA). MÉTODOS: Vinte e seis pacientes com indicação de histerectomia eletiva foram divididas em dois grupos. O grupo 1, constituído por mulheres normotensas e, o grupo 2, por hipertensas sem tratamento regular. Foram obtidos dois segmentos da artéria uterina de cada paciente imediatamente após a cirurgia. Os fragmentos foram preparados em lâminas e submetidos ao estudo morfológico à microscopia óptica. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos em relação à idade, com média de 46,8+7,6 e 46,7+6,4 anos nos grupos 1 e 2, respectivamente. As médias de pressão arterial sistólica e diastólica máximas durante o período de internação foram de 130,0+3,4 x 83,8+6,5mmHg no grupo 1 e de 163,8+4,3 x 105,8+9,9mmHg no grupo 2 (p<0,0001). As pacientes hipertensas apresentaram espessamentos maiores da camada íntima (p<0,05). As fibras do complexo elástico encontravam-se mais numerosas e homogêneas no grupo com pressão arterial elevada e a hipertrofia celular mais freqüente (53,8%) que no das normotensas (23,1 %). CONCLUSÃO: HA parece acelerar o espessamento intimal relacionado à idade. As pacientes hipertensas apresentam elevada tendência para um aumento quantitativo e maior homogeneidade das fibras elásticas intimais na parede arterial uterina, indicando que a HA pode determinar alterações estruturais semelhantes ao processo de envelhecimento vascular.
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OBJETIVO: Avaliar alterações quantitativas e estruturais do fator von Willebrand (fvW) circulante em 40 pacientes com hipertensão pulmonar pré-capilar e verificar possíveis implicações prognósticas dos resultados iniciais, em um ano de seguimento. MÉTODOS: A atividade antigênica plasmática do fator von Willebrand (vWF:Ag) foi analisada por imunoeletroforese. A concentração de multímeros de baixo peso molecular em relação ao total de multímeros do fvW (MBPM%) e o grau de fragmentação de sua subunidade principal foram analisados por Western immunoblotting. RESULTADOS: Em 40 pacientes, observamos aumento significativo de vWF:Ag em relação aos controles (p<0,001). Também foi observado aumento de MBPM% (p<0,001), além de degradação patológica da subunidade do fvW (p<0,05). Em 11 pacientes que evoluíram para óbito no 1º ano, os valores iniciais de vWF:Ag foram 95% superiores em relação aos sobreviventes (p<0,001). Os não sobreviventes tiveram ainda 31% de aumento em MBPM% (p<0,005). A variável MBPM% foi selecionada por regressão logística (p<0,05), como preditor de óbito no primeiro ano de evolução. CONCLUSÃO: As alterações do fvW circulante, consideradas como índices de lesão endotelial, têm valor prognóstico em hipertensão arterial pulmonar, com potencial impacto em decisões terapêuticas, como a indicação de transplante cardiopulmonar.
Resumo:
OBJETIVO: Apresentar a correção de dissecção da aorta descendente, utilizando stent recoberto com dácron® introduzido através da artéria femoral na sala de hemodinâmica. MÉTODOS: Quatro pacientes foram submetidos à sedação, anestesia local de ambas regiões inguinais e a heparinização sistêmica, com cateter contendo o stent introduzido, através da artéria femoral comum, previamente dissecada, até a aorta descendente no seu terço médio. RESULTADOS: A expansão do stent foi realizada no local onde existia a lesão da íntima, diagnosticada por arteriografia e ecocardiograma. A oclusão da falsa luz foi imediata. O tempo do procedimento foi em média de 1h e 30min. A alta hospitalar ocorreu sem complicações. CONCLUSÃO: Este procedimento poderá proporcionar uma melhora substancial nos resultados do tratamento das dissecções da aorta descendente.
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São descritos os aspectos clínicos, ecocardiográficos e angiográficos de um neonato de sexo masculino, com cinco dias de vida e diagnóstico de atresia pulmonar com septo interventricular íntegro. Tanto o ecocardiograma como a aortografia mostraram ausência da origem das artérias coronárias da aorta. O ecocardiograma bidimensional e, posteriormente, a ventriculografia direita identificaram as artérias coronárias, originando-se no ventrículo direito. Não houve contrastação retrógrada da aorta ou do tronco pulmonar quando contrastadas as artérias coronárias. Este é o primeiro caso relatado com diagnóstico ecocardiográfico pré angiografia, e é um exemplo da necessidade de se avaliar as artérias coronárias em pacientes com atresia pulmonar e septo ventricular íntegro.
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OBJETIVO: Determinar os resultados em longo prazo da valvoplastia percutânea por balão em uma instituição isolada. MÉTODOS: Estudados 189 pacientes com estenose valvar pulmonar submetidos a valvoplastia percutânea por balão, entre 1984-1996, com idade média de 7,97±9,25 anos, classificando-se como bem sucedida, a redução do gradiente VD-AP em níveis < 36mmHg e reestenose gradientes > 36mmHg após procedimento eficaz. RESULTADOS: Após o término do procedimento, o gradiente pico a pico transvalvar reduziu-se de 70,12±30,06 para 25,11±20,23 mmHg (p<0,001). Obtiveram sucesso imediato 148 (78,72%) pacientes. Houve redução posterior do gradiente para valores < 36mmHg em outros 24 pacientes categorizados sem sucesso no grupo. Assim a valvoplastia percutânea por balão foi considerada efetiva em 172 (91,01%) pacientes. A efetividade aumentou para 93,53% (159/170) nos casos de morfologia típica. O tempo de seguimento foi de 4,39±3anos até o período máximo de 13,01 anos. Observou-se reestenose em 24 (13,95%). A presença de regurgitação pulmonar foi detectada em 95,1% dos pacientes, sendo que em 29,5% com grau maior do que leve. A probabilidade de se manter um resultado adequado, até qualquer ponto no tempo, sem a ocorrência de reestenose, foi de 92,29% em 2 anos, de 87,38 % em 5 anos, de 82,46% em 8 anos e de 64,48% em 10 anos. CONCLUSÃO: A valvoplastia percutânea por balão foi efetiva e segura no tratamento da estenose valvar pulmonar com excelentes resultados imediatos e a longo prazo.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar as anormalidades morfo-funcionais do sistema cardiovascular fetal detectáveis por ultra-sonografia. MÉTODOS: Foram submetidos 3.980 fetos de gestantes sem risco obstétrico ou cardiológico, do município de Porto Alegre, de julho/1996 a novembro/2000, ao ecocardiograma de rastreamento para malformações cardiovasculares através dos cortes de quatro câmaras e vias de saída dos ventrículos direito e esquerdo. RESULTADOS: Houve 103 diagnósticos de anormalidades cardiovasculares fetais, correspondendo a 2,5% (103/3.980) da população estudada, ou 25,8/1000, sendo que 47 referiam-se a alterações morfo-funcionais do coração fetal, prevalência global de 11,8/1000 (47/3.980), e 56 exibiam alterações na refringência (golf ball). Três falso-negativos e nenhum falso-positivo elevaram a prevalência global para 12.5/1000 (50/3.980), ou 26,6/1000 (106/3.980), quando incluídas também as alterações de refringência. CONCLUSÃO: A detecção das malformações cardiovasculares ainda no período intra-uterino, visando planejamento perinatal é possível, confirmando a experiência internacional. É sugerida implantação do rastreamento de malformações cardiovasculares, aninhada em rede de atenção rotineira de ultra-sonografia obstétrica.