124 resultados para AQUECIMENTO
Resumo:
Considerando que a espécie Adesmia latifolia (Spreng.) Vog.apresenta estabelecimento lento, aliado à dureza do tegumento de suas sementes, o que contribui para uma emergência desuniforme, este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos do condicionamento osmótico na qualidade fisiológica, avaliando-se a percentagem final e velocidade de germinação, comprimento médio das plântulas e índices de matéria fresca e matéria seca das plântulas, em laboratório e em canteiros. Para o condicionamento osmótico as sementes foram embebidas por dois dias em solução de polietilenoglicol (200g/l)), aquecida a uma temperatura inicial de 70°C e posteriormente resfriada a 20°C. Além da testemunha não osmocondicionada, as sementes também foram colocadas em água quente a 60°C e semeadas em canteiros, em linhas, num delineamento em blocos completamente casualizados, com quatro repetições de 40 sementes cada. As sementes osmocondicionadas de A. latifolia mostraram desempenho fisiológico superior (P< 0,05) na percentagem final e na velocidade de germinação, no comprimento médio das plântulas e nos índices de matéria fresca e matéria seca das plântulas tanto em canteiros, como em laboratório. O condicionamento osmótico com aquecimento da solução, além de melhorar o desempenho das sementes de A. latifolia foi eficiente em superar a dormência, não sendo necessária a utilização de métodos normalmente aplicados em leguminosas.
Resumo:
Sementes viáveis de muitas espécies de plantas, freqüentemente não absorvem água e, portanto, não germinam, mesmo que as condições ambientais sejam favoráveis, sendo comumente chamadas impermeáveis ou duras. Portanto, existe a necessidade de se utilizar métodos pré-germinativos que permitam superar a dormência, possibilitando a expressão da máxima germinação do lote. O objetivo do experimento foi identificar os métodos mais eficientes para a superação da dormência tegumentar de sementes de cornichão anual (Lotus subbflorus L.), que sejam rápidos, seguros e de fácil padronização. O experimento foi conduzido no Laboratório Didático de Sementes da Faculdade de Agronomia "Eliseu Maciel", na Universidade Federal de Pelotas. Foram utilizados dois lotes de sementes provenientes da região de Herval do Sul, RS. Os tratamentos realizados foram: teste de germinação (testemunha), pré-esfriamento por 4, 7 e 10 dias (7 ºC), pré-aquecimento por 1, 4, e 7 dias (50 ºC) e escarificação por lixa mecânica por 30, 60 e 90 segundos, a 1750 rpm. Com base nos resultados obtidos, concluiu-se que a escarificação por lixa mecânica por 30, 60 e 90 segundos, a 1750 rpm apresentam as melhores respostas na superação da dormência expressas pela relação plântulas normais com plântulas anormais e sementes mortas.
Resumo:
Os objetivos do presente trabalho foram determinar a velocidade de secagem em função do fluxo de ar e seu efeito na qualidade de sementes de milho. Foram utilizadas sementes de milho em espiga com umidade inicial de 30% secas, em quatro protótipos de secador de fundo perfurado, com diâmetro de 0,92m, altura de 1,0m e ventilador axial, com cilindros de altura 2,0m instalados internamente. Utilizaram-se fluxos de ar de 5, 10 e 15m³.min-1.t-1 e aquecimento do ar de 30ºC, o que proporcionou uma UR entre 40 e 70%. As avaliações foram realizadas aos zero, seis e 12 meses de armazenamento, determinando-se a umidade das sementes durante a secagem, a percentagem de sementes fissuradas, a germinação e o vigor, pelos testes de envelhecimento acelerado, frio sem solo e emergência de plântulas em campo. Os resultados mostraram que a secagem estacionária, empregando ar com umidade relativa entre 40 e 70%, não ocasiona fissuras às sementes de milho em espiga. A velocidade mínima de secagem de milho em espiga, com grau de umidade superior a 25%, deve ser de 0,2 pontos percentuais por hora. O emprego de ar de secagem com umidade relativa entre 40 e 70% determina um gradiente máximo de umidade de dois pontos percentuais no final da secagem, numa camada de 1,50m de sementes de milho em espiga. A velocidade média de avanço da secagem de sementes de milho em espiga é afetada de forma não diretamente proporcional pelo fluxo de ar.
Resumo:
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de monitorar o processo de secagem de sementes de soja utilizando ar desumidificado por resfriamento. Utilizaram-se sementes de soja, cultivar Campo Mourão, secadas em secador estacionário com distribuição radial do fluxo do ar, modelo Dry-Excel, com capacidade estática para 10 toneladas e o equipamento Dry 60®. O processo de secagem consistiu em remover inicialmente a umidade do ar pelo resfriamento a temperatura abaixo do ponto de orvalho e posterior aquecimento até 33 °C, alcançando umidade relativa de 40%. A secagem ocorreu com fluxo de ar de 17 m³.min-1.t-1. Foram retiradas amostras de sementes no secador a distâncias radiais de até 0,15 m; entre 0,15 e 0,45 m e de 0,45 aos 0,60 m do duto central e nas alturas 0,5; 2,4 e 4,3 m da base do secador. Determinaram-se a remoção de água e temperatura da massa de sementes em intervalos regulares de uma hora, desde o início da secagem, durante seis horas. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, envelhecimento acelerado, porcentagem e índice de velocidade de emergência de plântulas em campo. Concluiu-se que: é possível secar sementes de soja em escala comercial, empregando ar desumidificado por resfriamento e temperaturas reduzidas; pela estrutura do silo secador de tubo central perfurado, há desuniformidade do processo de secagem, com velocidades de secagem e teores de água finais obtidos variando de acordo com a posição das sementes no secador; a qualidade fisiológica das sementes é mantida pelo processo de secagem utilizando ar desumidificado pelo resfriamento e baixas temperaturas, independentemente da posição das sementes no silo secador.