127 resultados para Índios - Educação - Projetos
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o nível de ruído no ambiente de trabalho do professor de educação física durante as aulas de ciclismo indoor e sua associação com alguns aspectos da saúde. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido com 15 professores de educação física de diferentes academias de ginástica, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 2007. As características do processo e da organização do trabalho e as queixas de saúde relatadas pelos professores foram coletadas por meio de questionário padronizado. Para verificação dos transtornos psiquiátricos menores foi usado o SRQ-20 (Self-Report Questionnaire). As medidas de pressão sonora foram realizadas em um aparelho portátil. O nível de pressão foi medido em dB(A) no nível equivalente de energia em diferentes pontos da sala e momentos da aula. As análises estatísticas utilizadas foram a ANOVA, o qui-quadrado e a correlação de Pearson. RESULTADOS: Os níveis de pressão sonora variaram entre 74,4 dB(A) e 101,6 dB(A). Os valores médios encontrados durante as aulas foram: a) aquecimento (média= 88,45 dB(A)); b) parte principal (média= 95,86 dB(A)); e, fechamento (média= 85,12 dB(A)). O ruído de fundo apresentou o valor médio de 66,89 dB(A). Houve diferenças significativas (p<0,001) entre os valores médios de ruído de fundo e as fases da aula. O ruído não se correlacionou aos transtornos psiquiátricos menores. CONCLUSÕES: Os profissionais de educação física que trabalham com ciclismo indoor estão sujeitos a níveis elevados de pressão sonora em suas aulas. Este agente físico tem sido associado a diversos problemas de saúde e, portanto, requerer um controle mais amplo.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o estado parasitológico de famílias de comunidade indígena após instituição de medidas de controle para enteroparasitos. MÉTODOS: Estudo longitudinal realizado entre 2004 e 2006 com 447 pessoas da etnia Kaingáng, no município de Cândido de Abreu, PR. As medidas de controle de enteroparasitos foram: melhorias sanitárias em 2003, tratamentos antiparasitários realizados durante o período de estudo e atividades de educação em saúde iniciadas em 2005. Foram obtidos indicadores parasitológicos de saúde em três inquéritos coproparasitológicos em 2004, 2005 e 2006 quando foram coletadas 250, 147 e 126 amostras de fezes, respectivamente. Foram utilizados os métodos de sedimentação espontânea, centrífugo-flutuação e Kato/Katz. As condições de moradia e higiene foram determinadas utilizando-se questionário aplicado a 69 (2004), 57 (2005) e 38 (2006) das 90 famílias. RESULTADOS: As prevalências totais de enteroparasitos de 2004-06 foram, respectivamente: 91,6%, 94,6% e 87,3%, sem redução significativa. A prevalência de algumas espécies reduziu enquanto que a de outras aumentou significativamente. As infecções de alta intensidade por geoelmintos apresentaram taxas menores de 2% no período do estudo. Houve aumento nas taxas de entrevistados que relataram usar o banheiro (p<0,005) de 38,8% para 71,1% e ter tomado antiparasitário (p=0,001) de 70,2% para 100,0%. CONCLUSÕES: Houve melhora significativa de indicadores parasitológicos de saúde da população como a redução na prevalência de algumas espécies de enteroparasitos, além da manutenção de baixa carga parasitária, mostrando a importância de se associar o tratamento antiparasitário às melhorias sanitárias.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a intensidade e a duração dos esforços físicos em aulas de Educação Física no ensino fundamental e médio. MÉTODOS: Estudo transversal de base escolar por meio de observação de 218 aulas de Educação Física, incluindo um total de 272 estudantes (avaliados três vezes cada um). O estudo foi realizado em Pelotas, RS, de agosto a setembro de 2009. Para a intensidade dos esforços, foram utilizados acelerômetros e adotados os pontos de corte (em counts por minuto): atividades sedentárias (0 a 100), leves (101 a 2.000), moderadas (2.001 a 4.999), vigorosas (5.000 a 7.999) e muito vigorosas (> 8.000). RESULTADOS: O tempo médio de duração das aulas foi de 35,6 minutos (dp 6,0). A proporção média de tempo das aulas em atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa foi de 32,7% (dp 25,2). Os meninos (44,1%) envolveram-se significativamente mais em atividades físicas moderadas a vigorosas do que as meninas (21,0%; p < 0,01). Estudantes que se envolvem em atividade física fora das aulas tiveram maior participação em atividades físicas moderadas a vigorosas nas aulas de Educação Física. CONCLUSÕES: Além de o tempo da aula de Educação Física ser reduzido, os estudantes praticam atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa um terço da aula, com pouca contribuição significativa para o nível de atividade física dos estudantes.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a associação entre níveis de ruído presentes em centros de educação infantil e alterações vocais em educadoras. MÉTODOS: Estudo transversal com 28 educadoras de três instituições de educação infantil de São Paulo, SP, em 2009. Os níveis de pressão sonora foram mensurados segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, com uso de medidor de nível de pressão sonora. As médias foram classificadas de acordo com os níveis de conforto, desconforto e dano auditivo propostos pela Organização Panamericana de Saúde. As educadoras tiveram a voz avaliada com: autoavaliação com escala analógica visual, avaliação perceptivo-auditiva com escala GRBAS e análise acústica com o programa Praat. Estatística descritiva e teste do qui-quadrado, com 10% de significância devido ao tamanho da amostra, foram usados para análise da associação entre ruído e avaliação vocal. RESULTADOS: As educadoras possuíam idades entre 21 e 56 anos. A média de ruído foi 72,7 dB, considerado dano 2. A autoavaliação vocal das profissionais apresentou média de 5,1 na escala, considerada alteração moderada. Na avaliação perceptivo-auditiva, 74% apresentaram alteração vocal, principalmente rouquidão; destas, 52% foram consideradas alterações leves. A maior parte apresentou frequência fundamental abaixo do esperado na avaliação acústica. Médias de jitter, shimmer e proporção harmônico-ruído estavam alteradas. Presença de ruído entre os harmônicos associou-se a alteração vocal. CONCLUSÕES: Há associação entre presença de ruído entre harmônicos e alteração vocal, com elevados níveis de ruído. Apesar de a maioria das educadoras ter apresentado voz alterada em grau leve, a autoavaliação mostrou alteração moderada, provavelmente pela dificuldade de projeção.
Resumo:
Revisão histórica sobre ideias e conceitos da organização sanitária que se seguiram à introdução do modelo do Centro de Saúde distrital pela reforma do Serviço Sanitário em 1925. Discute-se o pensamento dos sanitaristas Geraldo de Paula Souza, Rodolfo Mascarenhas e Reinaldo Ramos, representantes ilustres do "pensamento clássico" da saúde pública de São Paulo.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar os efeitos de uma intervenção pedagógica na aprendizagem de crianças e adolescentes participantes de pesquisa clínica. MÉTODOS: Estudo quantitativo, quasi-experimental e longitudinal, parte de um conjunto de estudos envolvidos no teste de uma vacina contra ancilostomíase. Amostra por conveniência com 133 estudantes de dez a 17 anos, de ambos os sexos, da Escola Municipal de Maranhão, MG, Brasil, 2009. Utilizou-se um questionário estruturado aplicado pré e pós-intervenção. O dispositivo pedagógico foi o Teatro do Oprimido. As variáveis dependentes foram o conhecimento específico e global sobre pesquisa clínica e sobre verminoses; a variável independente foi a participação na intervenção educativa. RESULTADOS: Houve aumento do conhecimento sobre sinais e sintomas, susceptibilidade à reinfecção e modo de contágio da verminose após a intervenção educativa. Aumentaram acertos relativos à duração da pesquisa clínica, aos procedimentos previstos, à possibilidade de desistência da participação e de ocorrência de eventos adversos. Permaneceu a noção de que o propósito primário da pesquisa é terapêutico, embora tenha reduzido o percentual de participantes que associaram a pesquisa ao tratamento médico. O Teatro do Oprimido possibilitou que as discussões acerca da helmintose e da pesquisa clínica fossem contextualizadas e materializadas. Os sujeitos puderam se despojar ou reduzir suas representações prévias. CONCLUSÕES: A participação de crianças e adolescentes em ensaios clínicos deve ser precedida de intervenção educativa, já que indivíduos dessa faixa etária nem sequer reconhecem que têm direito a decidir por si próprios.