406 resultados para secagem a vácuo
Resumo:
O momento da colheita e os métodos de secagem podem influenciar a qualidade das sementes de cafeeiro durante o armazenamento. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos do estádio de maturação e do método de secagem sobre a qualidade fisiológica e a armazenabilidade de sementes de cafeeiro. Os ensaios foram realizados nos Laboratórios de Análise de Sementes e de Técnicas Moleculares do Departamento de Agricultura da UFLA. Os frutos do cultivar Rubi foram colhidos, despolpados, e as sementes lavadas e deixadas sobre papel para retirada da água superficial. As sementes nos estádios verde cana e cereja foram submetidas à secagem convencional (à sombra) e à secagem em secador estacionário sob temperatura de 35ºC. Como testemunha foram analisadas sementes sem secagem. As avaliações foram feitas imediatamente após os tratamentos de secagem e após 4 e 8 meses de armazenamento. As sementes foram armazenadas a 10ºC em sacos plásticos impermeáveis. Foram realizados os testes de germinação, de protrusão radicular, de matéria seca de plântulas, de índice de velocidade de emergência, de condutividade elétrica, além de análises eletroforéticas de proteínas resistentes ao calor e da quantificação da atividade da enzima endo-ß-mananase. O delineamento foi inteiramente ao acaso em esquema fatorial dois (estádios de maturação) x três (métodos de secagem) x três (tempos de armazenamento), com quatro repetições. Sementes de cafeeiro colhidas no estádio cereja têm maior potencial de armazenamento que no estádio verde cana. Ocorre redução de germinação e vigor nas sementes de cafeeiro colhidas no estádio verde cana, quando submetidas à secagem rápida. A presença ou intensidade de bandas de proteínas resistentes ao calor está associada à secagem das sementes. Ocorre maior atividade da enzima endo-ß-mananase em sementes colhidas no estádio cereja que no estádio verde-cana. Ocorre aumento da atividade da enzima endo-ß-mananase durante o armazenamento.
Resumo:
Durante o desenvolvimento e a secagem, vários mecanismos de proteção atuam na manutenção da qualidade fisiológica de sementes. Alguns desses mecanismos mantêm a integridade das membranas celulares, o que é fundamental para o perfeito funcionamento do metabolismo celular. O estudo de ultra-estrutura além de permitir a visualização dos danos causados pela secagem na ausência de mecanismos de proteção, permite, ainda, a observação do início da efetividade destes mecanismos. Neste trabalho, foram estudados os danos durante o desenvolvimento e a secagem de sementes de soja, por meio de microscopia eletrônica de varredura e testes fisiológicos. Para isso, foram colhidas sementes em diferentes estádios de desenvolvimento, que foram submetidas a diferentes temperaturas e tratamentos de secagem. Foram feitas avaliações quanto à qualidade fisiológica das sementes por meio dos testes de germinação, teste de frio, teste de emergência em condições controladas e condutividade elétrica. Os danos de membrana foram observados por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV), utilizando-se microscópio LEO Evo40. Concluiu-se que as sementes de soja tornam-se tolerantes a dessecação quando possuem em torno de 30% de teor de água. A secagem em sementes de soja com teor de água acima de 30% provoca danos de membrana que diminuem a qualidade fisiológica das sementes. Os maiores valores de germinação em sementes de soja são alcançados quando estas atingem cerca de 30% de grau de umidade no campo e os maiores valores de vigor em sementes de soja são alcançados quando estas atingem cerca de 40% de grau de umidade no campo.
Resumo:
O trabalho visou à minimização das perdas na qualidade fisiológica das sementes de arroz irrigado pelo adequado uso de temperaturas de condicionamento do ar durante a secagem intermitente. Sementes de arroz, cultivar EL Paso L-144, foram secadas em secador industrial intermitente, marca Pampeiro, fluxo misto, com capacidade estática de 11000 kg, em quatro manejos do ar de secagem: 1) secagem com temperatura do ar constante a 40ºC; 2) secagem com temperatura do ar constante a 60ºC; 3) secagem com temperatura do ar crescente (até 60ºC) nas primeiras duas horas e a partir da segunda hora constante a 60ºC; 4) secagem com temperatura do ar crescente (até 60ºC) nas primeiras duas e decrescente até o término da secagem. Após as sementes foram armazenadas, nas condições ambientais por 180 dias e analisadas quanto a qualidade aos zero, 90 e 180 dias, através dos testes de germinação, primeira contagem da germinação, envelhecimento acelerado, frio sem solo e emergência de plântulas em campo. Concluiu-se que a secagem intermitente empregando temperatura constante do ar a 60ºC afeta negativamente a qualidade fisiológica de semente de arroz e que o uso de temperaturas crescentes até 60ºC na secagem intermitente proporciona a manutenção da qualidade fisiológica de sementes de arroz.
Resumo:
Este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar o modelo, dentre cinco modelos matemáticos pré-selecionados, que melhor descreve a secagem por convecção em camada fina de sementes de maracujá-amarelo. Os testes de secagem foram realizados em protótipo de secador de leito fixo, com fluxo de ar ascendente, empregando-se três níveis de temperatura (30, 37 e 40 ºC), três níveis de fluxo de ar (0,4; 0,8 e 1,0 m³ s-1 m-2) e dois teores iniciais de água (23,3 e 32,9% b.u.). Todos os experimentos foram realizados em ambiente com temperatura de 29,3±1,5 ºC e razão da mistura de 0,016±0,003 kg kg-1. O modelo exponencial duplo com quatro parâmetros descreveu de forma mais acurada as curvas de secagem. O coeficiente de determinação obtido foi de 0,9056 e o erro padrão de ajustamento foi igual a 1,4 pontos percentuais de teor de água.
Resumo:
A literatura apresenta resultados conflitantes sobre a manutenção do potencial fisiológico de semente de mamão armazenada por longos períodos com baixo teor de água e em ambientes a baixas temperaturas. Neste trabalho, sementes de mamão do cultivar UENF-CALIMAN 01 foram secadas à sombra até teor de água de 12,6% b.u. e submetidas à secagem complementar a 37º C, em secador de bandejas, até atingir teor de água de 7,7% b.u. A germinação e o vigor da semente, estimado pela contagem de plântulas normais fortes aos 14 dias, foram avaliados depois de submetidos aos dois processos de secagem e aos quatro e oito meses de armazenamento, em embalagem hermética a 15º C. O vigor da semente, inicialmente de cerca de 46%, aumentou para 77%, depois de quatro meses de armazenamento. O percentual de germinação, depois dos processos de secagem, foi de 75%, aumentando para 87% e declinando para 66%, aos quatro e oito meses de armazenamento, respectivamente. Os resultados obtidos no presente trabalho indicam que o comportamento da semente de mamão se aproxima mais daquele observado em sementes ortodoxas, que têm sua viabilidade extendida pela redução simultânea do teor de água e da temperatura, durante o armazenamento.
Resumo:
Para avaliar os efeitos de diferentes tipos de embalagens e ambientes sobre a qualidade de semente de milho doce armazenadas por um período de 18 meses, foram testadas três tipos de embalagens : papel tipo kraft trifoliado, embalagem plástica e acondicionamento a vácuo (0,1 atm). No caso da embalagem de papel, parte das sementes recebeu tratamento com fungicida e inseticidas. Para as sementes acondicionadas em embalagens impermeáveis, foram testados dois níveis de umidade de semente para o armazenamento: 8,0% e 11,0%. As sementes foram armazenadas sob condição de câmara refrigerada ou armazém convencional, tendo sua qualidade avaliada pelos testes de germinação, índice de velocidade de emergência, teste de frio, alterações nos sistemas enzimáticos ADH e MDH e teste de sanidade. Verificou-se que a condição de câmara refrigerada é a mais eficiente para a preservação da qualidade fisiológica de semente de milho doce, condição na qual o acondicionamento de sementes tratadas em embalagem de papel ou plástico foram os métodos mais eficientes para a preservação. Para o armazenamento em condições de ambiente natural, o acondicionamento a vácuo ou em embalagem plástica assegura menores reduções na qualidade fisiológica da semente após 18 meses. A incidência dos fungos Fusarium moniliforme e Aspergillus sp., em câmara refrigerada, e Aspergillus sp., em armazém convencional, é favorecida, independente do tipo de embalagem no armazenamento de semente de milho doce não tratadas com fungicida.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos da presença ou ausência de giberelina na solução de condicionamento osmótico e da secagem antes e após o condicionamento sobre a qualidade fisiológica de sementes de mamão. As sementes foram condicionadas em soluções de PEG6000 a -0,1 MPa, -1,0 MPa e em água destilada com dois níveis de GA3, 0 ou 200 mg.L-1. Para cada solução osmótica ou água destilada, utilizou-se o delineamento estatístico inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 3 x 2 + 2, sendo três combinações de condicionamento e secagem: 1. sementes condicionadas logo depois de retiradas do fruto com 67,0% de teor de água; 2. sementes secas até 11,5% e condicionadas; e 3. sementes secas, condicionadas e secas novamente x dois níveis de GA3 (0 e 200 mg.L-1) + dois tratamentos adicionais sem condicionamento, um com sementes úmidas (67%) e o outro com sementes secas (11,5%). Avaliou-se o teor de água (%), a germinação (%) aos 14, 21 e 28 dias, a condutividade elétrica (µs/cm/g), massa seca de plântulas (g) e o comprimento de plântulas (mm). Nas soluções com menor potencial osmótico, a presença de giberelina na solução de condicionamento aumentou a germinação. A secagem das sementes após o condicionamento ocasionou redução na qualidade fisiológica das mesmas, independente da presença ou ausência de giberelina na solução.
Resumo:
Foi analisado o comportamento físico da secagem estacionária com distribuição axial de ar, com utilização de um secador comercial, em comparação com protótipos para secagem de sementes de milho, em camada de 0,70m. A temperatura do ar de secagem foi de 47 ±3ºC, no secador comercial e de 40 ±1ºC, nos protótipos de secador. Foram considerados o tempo de operação, a posição das sementes na massa e o efeito na qualidade física. Para tanto, foram caracterizados o ar ambiente, o ar de secagem, as temperaturas e os teores de água na massa de sementes e realizados exame visual de fissuras internas e teste de coloração com tintura de iodo. Com baixa umidade relativa ocorre super secagem na camada inferior e retardamento na camada superior, resultando em gradientes de umidade das sementes, no final da secagem, de até 4,5 pontos percentuais. O aumento da temperatura do ar de secagem determina uma elevação na taxa de remoção de água e aumento da percentagem de sementes de milho com fissuras internas e quando a camada de sementes mais próxima da entrada do ar aquecido atinge teor de água inferior a 14%, se inicia a secagem da camada seguinte.
Resumo:
Este trabalho foi desenvolvido com os objetivos de avaliar os efeitos imediato e latente da temperatura de secagem e de dois tipos de embalagem sobre a qualidade fisiológica de sementes de maracujá-amarelo após três e seis meses de armazenamento. Empregaram-se quatro níveis de temperatura do ar de secagem (ambiente à sombra, 30, 35 e 40 ºC), um nível de fluxo de ar, 48 m³ min-1 m-2, e teores de água inicial e final de cerca de 35 e 10 % b.u., respectivamente. Os tratamentos de secagem foram realizados em protótipo de secador de leito fixo, em camada delgada, com fluxo de ar ascendente. Avaliou-se a qualidade fisiológica por meio de testes de germinação e vigor. Depois da secagem, as sementes foram embaladas e armazenadas em câmara do tipo B.O.D. a 15±1 ºC. As temperaturas utilizadas na secagem das sementes não influenciam a germinação. O armazenamento por três e seis meses não afetou a qualidade fisiológica das sementes. A secagem das sementes de mamão pode ser realizada à sombra ou em temperaturas de 30 a 40 ºC sem afetar a qualidade fisiológica das mesmas.
Resumo:
A máxima qualidade da semente é alcançada na maturidade fisiológica, sendo o ponto de máximo acúmulo de matéria seca, vigor e germinação. O elevado teor de água nas sementes, no período compreendido entre a colheita e a secagem, contribui para acelerar o processo de deterioração em razão da elevada atividade metabólica. O objetivo do trabalho foi avaliar dois períodos de colheita com secagem natural e artificial e a qualidade fisiológica de sementes de mamona. Foram utilizadas sementes das cultivares Al Guarany 2002 e BRS 188 Paraguaçu produzidas na estação cascata de pesquisa da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), provindas da segunda floração. O experimento consistiu de cinco tratamentos: colheita antecipada das sementes e secagem artificial, utilizando quatro temperaturas: 40 (testemunha), 60, 80 e 100ºC, e retardamento de 25 dias na colheita e secagem natural das sementes na planta-mãe (SNP). A colheita antecipada de sementes de mamona (70% dos frutos secos) e o uso de secagem artificial à 40ºC propicia a obtenção de sementes de mamona de alta qualidade fisiológica, porém temperaturas superiores são danosas.
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Dentre os processos que precedem a conservação em longo prazo, a secagem tem papel fundamental, uma vez que o conteúdo de água das sementes afeta diretamente a sua longevidade. Os objetivos desse trabalho foram pesquisar o efeito da umidificação prévia das sementes após ultrassecagem em diferentes teores de água sobre a qualidade fisiológica de sementes de girassol. Sementes com conteúdo inicial de água de 4,7% foram embebidas previamente até conteúdo de água de 10,2%, e submetidas à secagem lenta, conduzida em câmara de secagem, e à secagem rápida, em sílica gel, até conteúdos de água de 7,4; 3,2; 2,9% e 5,3; 3,2; 2,1%, respectivamente. Após a secagem rápida ou lenta, as sementes foram submetidas ou não à umidificação em caixas tipo "gerbox" até o teor de água de 15,8 a 17% e então avaliadas quanto à germinação, peso da matéria seca de raiz, parte aérea e total das plântulas e teste de condutividade elétrica. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 (teores de água) x 2 (com e sem umidificação). Quando utilizado a secagem rápida, a germinação das sementes não é prejudicada, e a secagem lenta, até conteúdo de água de 2,9%, proporciona uma redução na germinação das sementes. Sementes de girassol podem ser desidratadas tanto em sílica gel quanto em câmara de secagem até teores de água de 3,2%, sem perda de germinação e vigor. O tratamento de umidificação após secagem propicia um melhor desenvolvimento de raiz e menores valores de condutividade elétrica nas sementes desidratadas em sílica gel e em câmara de secagem.
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A secagem de sementes de pepino é etapa obrigatória no seu beneficiamento, bem como o armazenamento para conquistar mercados competitivos e melhores oportunidades de preços. Portanto, o objetivo com este trabalho foi o de avaliar o desempenho fisiológico e bioquímico durante a secagem e armazenamento de sementes de pepino. A cultivar utilizada foi o híbrido de pepino Ômega comercializado pela Agristar Ltda. As sementes foram lavadas e secadas em temperatura ambiente de 25 ºC, 35 ºC e 45 ºC até atingir grau de umidade de 7%. As sementes foram embaladas em sacos de papel multifoliado e armazenadas em condições de ambiente não controlado. As avaliações da qualidade foram realizadas aos 0, 3, 6, 9 e 12 meses pelos testes de germinação, primeira contagem, condutividade elétrica e emergência de plântulas em bandeja. Avaliaram também as atividades enzimáticas de superóxido dismutase, catalase, esterase, lipoxigenase, isocitrato liase e proteína LEA, e por fim o teste de sanidade. A secagem de sementes de pepino, em temperatura ambiente, e a 35 ºC resulta em sementes de melhor qualidade. Ocorre redução da qualidade fisiológica das sementes e da atividade da proteína LEA a partir de seis meses de armazenamento, independente da temperatura de secagem.
Resumo:
As informações disponíveis na literatura sobre o potencial fisiológico de sementes de carambola são praticamente inexistentes, embora o interesse por essa cultura venha aumentando significativamente nos últimos anos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito imediato da secagem por convecção, a 38 ºC, sobre a germinação e o vigor das sementes. Os experimentos foram realizados tanto em germinador de câmara (entre folhas de papel) quanto em cultivo protegido (substrato comercial). Em cultivo protegido, a secagem contribuiu para o aumento da germinação de 74% (sementes recém-retiradas dos frutos) para 98%. Não houve diferença significativa entre os índices de vigor estimados pelo IVE e pelo t médio, quando se comparam plântulas originadas de sementes recém-retiradas dos frutos com aquelas obtidas a partir de sementes secadas. Pela curva de crescimento das plantas e pela variação da massa da matéria seca da parte aérea, observa-se que as plantas mais vigorosas foram aquelas originadas de sementes que passaram pelo processo de secagem.
Resumo:
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de monitorar o processo de secagem de sementes de soja utilizando ar desumidificado por resfriamento. Utilizaram-se sementes de soja, cultivar Campo Mourão, secadas em secador estacionário com distribuição radial do fluxo do ar, modelo Dry-Excel, com capacidade estática para 10 toneladas e o equipamento Dry 60®. O processo de secagem consistiu em remover inicialmente a umidade do ar pelo resfriamento a temperatura abaixo do ponto de orvalho e posterior aquecimento até 33 °C, alcançando umidade relativa de 40%. A secagem ocorreu com fluxo de ar de 17 m³.min-1.t-1. Foram retiradas amostras de sementes no secador a distâncias radiais de até 0,15 m; entre 0,15 e 0,45 m e de 0,45 aos 0,60 m do duto central e nas alturas 0,5; 2,4 e 4,3 m da base do secador. Determinaram-se a remoção de água e temperatura da massa de sementes em intervalos regulares de uma hora, desde o início da secagem, durante seis horas. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, envelhecimento acelerado, porcentagem e índice de velocidade de emergência de plântulas em campo. Concluiu-se que: é possível secar sementes de soja em escala comercial, empregando ar desumidificado por resfriamento e temperaturas reduzidas; pela estrutura do silo secador de tubo central perfurado, há desuniformidade do processo de secagem, com velocidades de secagem e teores de água finais obtidos variando de acordo com a posição das sementes no secador; a qualidade fisiológica das sementes é mantida pelo processo de secagem utilizando ar desumidificado pelo resfriamento e baixas temperaturas, independentemente da posição das sementes no silo secador.
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As pimentas constituem um dos principais produtos da olericultura brasileira. O interesse das indústrias por espécies picantes, como a pimenta Habanero, tem crescido a cada ano, sobretudo para a produção de molhos e preparados desidratados, o que aumentou a demanda no mercado por sementes de qualidade. O autor teve, através desta pesquisa, por objetivo avaliar os efeitos das épocas de colheita das sementes e da secagem na qualidade das sementes de pimenta Habanero Yellow. Foram utilizadas sementes extraídas de frutos em quatro épocas de colheita (E1 - 50, E2 - 60, E3 - 67 e E4 - 67 DAA e mantidos em repouso por 7 dias após a colheita). As sementes extraídas dos frutos em diferentes épocas de colheita foram submetidas a quatro métodos de secagem: secagem artificial, aos 45 °C, até 8% de teor de água; secagem artificial, aos 35 °C, até 20% de teor de água, seguida de secagem aos 45 °C, até 8% de teor de água; secagem artificial, aos 35 °C, até 8% de teor de água; e secagem natural à sombra até 8% de teor de água). A qualidade fisiológica das sementes antes da secagem foi avaliada por meio dos testes de germinação, emergência e envelhecimento acelerado, além da análise das isoenzimas esterase, superóxido dismutase, peroxidase, malato desidrogenase, álcool desidrogenase e da endo-β-mananase. Após a secagem, a qualidade fisiológica das sementes foi avaliada por meio dos testes de germinação, emergência e deterioração controlada. A qualidade fisiológica das sementes é máxima aos 67 DAA, quando os frutos estão completamente maduros. Maiores valores de germinação e vigor são observados em sementes secadas aos 35 ºC.