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Resumo:
A inatividade física é um dos determinantes de agravos clínicos e problemas psíquicos em pacientes renais. Em duas clínicas-satélite, foi oferecido um programa de atividade física (AF) para 86 pacientes em hemodiálise. Destes, 49 pacientes iniciaram AF de forma espontânea e 37 permaneceram inativos. Após 6 meses, foi aplicado um questionário de satisfação autorreferido e o teste Miniexame do Estado Mental Modificado (3MS) para avaliação de capacidade cognitiva. A cognição dos pacientes inativos foi comparada com a daqueles que participaram do programa de AF por, no mínimo, três meses. Os pacientes, independentemente da idade e do tempo de tratamento dialítico, apresentaram déficit cognitivo acima do esperado. No grupo geral, os pacientes ativos obtiveram melhor desempenho cognitivo em comparação aos inativos (p < 0,05). Quando separados por grupos etários, os pacientes ativos acima de 60 anos apresentaram melhores resultados do que os inativos (p < 0,05). Concluímos que pacientes com respostas cognitivas melhores são mais ativos fisicamente e/ou a atividade física contribui para a melhor capacidade cognitiva nesse grupo.
Resumo:
INTRODUÇÃO: O número de pacientes em diálise peritoneal (DP) no Brasil é significativo, havendo maior prevalência de diabéticos e idosos neste grupo do que no grupo em hemodiálise. Esses dados apontam para um viés de seleção nessa população. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QdV) na admissão de pacientes em diálise peritoneal no Brasil. MÉTODOS: Avaliados 6.198 pacientes participantes de um estudo de coorte prospectivo multicêntrico, utilizando-se os dados do BRAZPD. A avaliação da QdV foi realizada segundo o índice de Karnofsky (avaliação da QdV pelo profissional de saúde) e segundo o SF-36 (autoavaliação pelo paciente) em 1.624 pacientes incidentes. RESULTADOS: Entre os pacientes analisados, 40% eram diabéticos e 47% eram idosos (acima de 60 anos). Os pacientes apresentaram baixos escores de QdV em todos os aspectos do SF-36, sendo o domínio "aspectos físicos" o mais prejudicado. O domínio que apresentou melhor escore foi "aspecto social". Por outro lado, segundo o índice de Karnofsky, a maior parte dos pacientes possuía altos escores de QdV. Idosos e diabéticos apresentaram qualidade de vida inferior quando comparados aos não idosos e não diabéticos através da avaliação pelo SF-36 e pelo Karnofsky. CONCLUSÃO: Na avaliação geral pelo SF-36 observou-se redução da qualidade de vida. A avaliação pelo Karnofsky apresentou melhor performance comparado ao SF-36 na avaliação geral da qualidade de vida, sendo encontrados resultados semelhantes entre os dois instrumentos no que diz respeitos aos subgrupos avaliados, onde os grupos que apresentaram pior QdV foram pacientes diabéticos e idosos em ambas as avaliações.