129 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente
Resumo:
Buscou-se compreender como as desigualdades sociais e de saúde expressam-se no perfil saúde-doença de pessoas, com perdas funcionais e dependncia, atendidas no domiclio por equipes de Saúde da Famlia nos distritos administrativos do municpio de So Paulo. Os distritos foram agrupados em relao ao ndice de Excluso Social por meio de uma anlise de cluster, seguida da descrio estatstica das variveis, comparando-as entre si. Para o municpio como um todo, verificou-se predominncia de mulheres idosas, com incapacidade leve e que requerem cuidados de menor complexidade, compatveis com a Ateno Bsica. Nos distritos com maior excluso social, identificou-se proporo de homens com menos de 60 anos e crianas com incapacidade severa, que necessitam de cuidados de maior complexidade em relao aos de menor excluso. Discute-se a necessidade de elaborao de polticas de ateno domiciliria que contemplem as especificidades do municpio de So Paulo em substituio quelas focadas em grupos populacionais especficos.
Resumo:
Este artigo trata do uso problemtico de lcool e outras drogas na moradia estudantil da Universidade de So Paulo. Seus objetivos foram compreender como se d o processo saúde-doença dos moradores referente ao uso problemtico de drogas, identificar as condies objetivas do uso de drogas e analisar as manifestaes subjacentes s questes de gnero relacionadas ao uso de drogas pelos estudantes. A anlise est apoiada na Teoria da Determinao Social. Os dados foram coletados em entrevistas semi-estruturadas que focalizaram a histria do processo saúde-doença relacionado ao uso problemtico de lcool e de outras drogas antes e depois do ingresso no Conjunto Residencial da USP (Crusp). Nos resultados obtidos, a moradia estudantil apareceu como mais um elemento favorecedor ao uso problemtico de drogas, aliado depresso, ao desemprego e s caractersticas prprias desse espao acadmico. Estereotipias de gnero relacionadas ao uso de drogas, como subalternidade feminina, preconceito e culpabilizao, mostraram-se refletidas na moradia estudantil.
Resumo:
O presente estudo objetivou caracterizar a populao acometida por meningites por Hib em relao s variveis demogrficas e relativas ao processo saúde-doença, no perodo de 1992 a 2001, na DIR de Piracicaba, SP, Brasil. Os dados foram coletados a partir de fichas de notificao compulsria, sendo sistematizados atravs do Programa SINAN. Observou-se que ocorreu um pico de incidncia da doença em 1994, e um pico de bitos em 1999, anteriores introduo da vacina. Os mais acometidos foram crianas menores de 5 anos, do sexo masculino, confirmando dados de literatura. A maioria dos pacientes foi atendida em unidades hospitalares pblicas de Piracicaba e Limeira, referncias para as comunidades desses municpios, concretizando um dos princpios do Sistema nico de Saúde (SUS): a regionalizao. A introduo da vacina promoveu reduo dos casos em cerca de 73%, o que corrobora a sua importncia e impele necessidade de estimular a adeso vacinao.
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Objetivou-se compreender o significado da prtica social do enfermeiro na perspectiva luhmanniana e possibilitar um debate acerca da construo de um cdigo especfico para a rea que v alm do tradicional cdigo saúde-doença predominante no sistema de saúde, cuja comunicao socialmente relevante a doença. Utilizou-se como referencial metodolgico a Grounded Theory e como tcnica de coleta de dados uma entrevista realizada com 35 participantes, entre maio e dezembro de 2007. A codificao e anlise dos dados permitem concluir que apostar na enfermagem como um sistema funcionalmente diferenciado implica em desenvolver um cdigo binrio que potencialize a saúde como comunicao socialmente relevante e o ser humano como um ser social, inserido em uma realidade complexa e multidimensional.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi realizar a reviso bibliogrfica acerca dos fatores que podem influenciar a Qualidade de Vida Relacionada Saúde (QV) dos adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, por meio da estratgia de PICO. As bases de dados utilizadas foram PubMed/MEDLINE, ISI Web of Knowledge e EMBASE. O maior levantamento dos artigos foi possvel com a combinao de descritores padronizados e no padronizados. Apesar da QV ser um construto especfico de avaliao dos aspectos relacionados s repercusses da saúde, doença e tratamento, os fatores scio-demogrficos, psicossociais e relacionados famlia parecem influenciar de forma significativa na QV.
Resumo:
O objetivo deste estudo relatar a experincia de construo e utilizao de um instrumento de captao e anlise dos referenciais terico-metodolgicos de estudos, em revises sistemticas da literatura. O que se pretende que investigadores disponham de um instrumento adequado para avaliar os estudos que expem seus fundamentos tericos, e que os profissionais de saúde tenham acesso a explicaes tericas para os resultados de estudos e suas aplicaes nas prticas em saúde. Desarticulao entre teoria e prtica pode levar falta de motivao no local de trabalho e a prticas de reproduo de procedimentos sem conscincia dos conceitos subjacentes que embasam a interpretao de um fenmeno saúde-doença. Chama-se a ateno dos pesquisadores no sentido de realizar anlises sobre os fundamentos tericos dos fenmenos saúde-doença em estudo e prope-se questes relacionadas aos critrios de incluso, apreciao crtica e extrao de dados a serem abordadas em instrumentos.
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Esta reflexo teve como objetivo compreender a Epidemiologia como referencial terico-metodolgico para a prtica da Enfermagem em Saúde Coletiva. O mtodo de pesquisa foi uma investigao bibliogrfica, com a anlise de artigos e livros de estudiosos que apontam as possibilidades e limites das Epidemiologias clssica, social e crtica, com intuito de aproximar suas concepes prtica do enfermeiro. Discute-se que a articulao dos conhecimentos advindos das supracitadas vises de Epidemiologia possibilita a construo de intervenes de Enfermagem para a transformao de realidades de saúde. A Epidemiologia Crtica ampara-se no reconhecimento dos processos protetores e de desgastes determinantes do processo saúde-doença vividos por grupos de classes sociais distintas. Assim, cabe ao enfermeiro planejar a interveno em saúde para alm do adoecimento identificado, propondo intervenes comprometidas com a mudana de processos histricos e sociais, nas dimenses singular, particular ou estrutural, que acabam por determinar o processo saúde-doença em indivduos ou grupos.
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Estudo descritivo que objetivou analisar o tempo decorrido entre a percepo dos sintomas da tuberculose (TB) e a primeira busca por servio de saúde segundo caractersticas dos doentes com TB em So Jos do Rio Preto - SP. Entrevistaram-se 97 doentes com TB utilizando instrumento estruturado. Identificou-se atraso do doente pela mediana do tempo entre a percepo dos sintomas e busca por atendimento (> 15 dias). Calculou-se a razo de prevalncia para identificar variveis relacionadas ao atraso. Houve atraso entre: doentes do sexo masculino, com 18 a 29 e 50 a 59 anos, baixa escolaridade, maior renda familiar, casos pulmonares, no coinfectados com HIV, sintomas fracos, consumidores de bebidas alcolicas e tabaco, que no realizavam controle preventivo de saúde e procuravam o servio de saúde mais prximo do domiclio. O reconhecimento do perfil dos usurios na busca por atendimento primordial para definir estratgias que favoream a utilizao dos servios em momento oportuno.
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RESUMO Objetivo Realizar a adaptao transcultural e a validao da verso de 29-itens daReadiness for Interprofessional Learning Scale (RIPLS) para lngua portuguesa falada no Brasil. Mtodo Foram adotadas cinco etapas: trs tradues, sntese, trs retrotradues, avaliao por especialistas e pr-teste. A validao contou com 327 estudantes de 13 cursos de graduao de uma universidade pblica. Foram realizadas anlises paralelas com o software R e a anlise fatorial utilizando Modelagem de Equaes Estruturais. Resultados A anlise fatorial resultou em uma escala de 27 itens e trs fatores: Fator 1 – Trabalho em equipe e colaborao com 14 itens (1-9, 12-16), Fator 2 – Identidade profissional, oito itens (10, 11, 17, 19, 21-24), e Fator 3 – Ateno saúde centrada no paciente, cinco itens (25-29). Alfa de Cronbach dos trs fatores foi respectivamente: 0,90; 0,66; 0,75. Anlise de varincia mostrou diferenas significativas nas mdias dos fatores dos grupos profissionais. Concluso Foram identificadas evidncias de validao da verso em portugus da RIPLS em sua aplicao no contexto nacional.
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O objetivo deste estudo foi o de analisar um projeto de preveno de drogas e Aids desenvolvido nas escolas pblicas estaduais de So Paulo. A anlise foi desenvolvida considerando-se a diversidade e a complexidade do uso contemporneo de drogas e o papel da escola, como uma agncia de socializao, ambos historicamente determinados. As concepes analisadas so concepes sobre drogas; a relao entre drogas e Aids - como um dos eventos vinculados ao processo saúde-doença; e concepes e objetivos da preveno. A anlise baseada em documentos e nos depoimentos dos supervisores do projeto, professores treinados pelo projeto e estudantes que participaram das atividades. O estudo encaminha concluses que implicam o ordenamento das polticas pblicas de preveno relacionadas a droga e Aids.
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OBJETIVO: A segunda opinio mdica pode auxiliar no processo de investigao do problema de saúde de um paciente e na definio da conduta teraputica. Este trabalho tem por objetivo demonstrar um processo de segunda opinio mdica por meio de um sistema web multiespecialidades adaptado para a radiologia. MATERIAIS E MTODOS: O sistema foi utilizado por 49 mdicos residentes da Universidade Federal de So Paulo, os quais responderam a 52 solicitaes de segunda opinio. Como instrumentos de avaliao foram utilizados questionrios. RESULTADOS: Foram avaliadas 1.704 respostas de segunda opinio. Deste total, 514 (29,1%) foram definidas como satisfatrias. Em 64,4% as respostas dos questionrios indicaram que a qualidade das imagens no comprometeu o diagnstico. O tempo mdio para emitir a segunda opinio remota foi de 6 minutos e 26 segundos. CONCLUSO: O processo de segunda opinio mdica realizado por intermdio de um sistema web multiespecialidades ajustado para a radiologia pode ser uma excelente ferramenta para o manejo das condutas mdicas.
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Nas Diretrizes Curriculares nacionais, a saúde considerada uma rea interdisciplinar, pois seu objeto "o processo saúde-doença humano " envolve as relaes sociais, a biologia e as expresses emocionais. Este estudo analisa os programas e atividades do currculo implantado na Faculdade de Medicina da PUC-Campinas a partir de 2001, no tocante s aes interdisciplinares e multiprofissionais que envolvem os demais cursos da saúde. Procedeu-se anlise documental e de depoimentos de diferentes atores envolvidos no curso. Na perspectiva dos entrevistados, apesar das dificuldades relativas fragmentao dos saberes e prticas, ao desconhecimento e preconceito acerca dos campos e ncleos das profisses da saúde e precarizao do vnculo docente, tem havido iniciativas de integrao, destacando-se os ciclos morfofisiolgicos, de correlao clnica e as prticas de Saúde da Famlia e Comunidade. Concluiu-se que a interdisciplinaridade est presente na proposta curricular e como inteno da Universidade, mas acontece por iniciativas individuais, nas quais se viabilizam "encontros" entre discentes, docentes, funcionrios e usurios, que se tornam significativos e demonstram um processo em construo, ainda distante da transdisciplinaridade.
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A formao mdica atual encontra-se estruturada a partir de um modelo tecnocientfico. No entanto, na contemporaneidade surgem propostas orientadas por um projeto tico-humanista que tensionam esse modelo com vistas a sua transformao. Neste ensaio, considera-se o Sistema nico de Saúde (SUS) como superfcie de emergncia de novas demandas que alavancam as transformaes requeridas na educao mdica brasileira. A proposta estabelecida pelas Diretrizes Curriculares do Ensino Mdico de 2001 sugere a insero precoce do aluno em cenrios diversificados de ensino-aprendizagem e enfatiza o papel desempenhado pela ateno bsica nesse processo. Entende-se que a instituio de novos cenrios de prtica, a valorizao das dimenses psicossocial e antropolgica do adoecer e a incorporao de tecnologias relacionais na formao mdica possibilitam uma reorientao do olhar sobre os aspectos subjetivos do adoecimento, permitindo uma compreenso ampliada do processo saúde-doença. Considerando que inovaes no processo de trabalho possibilitam mudanas na prtica clnica e na produo da ateno saúde, questiona-se a possibilidade de emergncia de um novo estilo de pensamento mdico.
Resumo:
Historicamente, a medicina, enquanto arte e cincia, esteve ligada a bases humansticas. Aps se distanciar destes valores no sculo 19, tende, atualmente, a recuperar estas origens. s escolas mdicas cabe formar profissionais comprometidos com todos os determinantes do processo saúde-doença. Analisaram-se qualitativamente dados de observaes realizadas nos cenrios coletivos de um ambiente docente e assistencial de uma escola mdicado Sul do Brasil.Os objetos de estudo foram os espaos fsicos, em suas possibilidades e limitaes, e as aes e atitudes de usurios, docentes, funcionrios e, especialmente, de alunos em atividades prticas nos ambientes da unidade, ao se detalharem aspectos de comunicao entre os grupos, instrumentos de empoderamento e diferenas na estruturao de cinco ambulatrios de especialidades mdicas. Em 40 horas de observaes, vnculos superficiais, raras atitudes de acolhimento e de respeito como outro, distanciamento na produo de cuidado em saúde e comportamentos inoportunos entre colegas marcaram vivncias cotidianas ainda distantes dos ideais de humanizao. Pretende-se contribuir para revalorizar a dimenso humana dos processos de ensino e aprendizagem desta escola mdica, no sentido de preparar egressos instrumentalizados para conhecer, entender e atuar de maneira comprometida, afetiva e efetiva nas novas tendncias e demandas do setor saúde.
Resumo:
A confiana no mdico e o sucesso teraputico dependem, alm de outros fatores, de uma boa comunicao entre profissional de saúde e paciente. O presente estudo buscou conhecer a percepo dos pacientes sobre aspectos da comunicao no verbal que influenciam a consolidao da confiana no mdico. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analtico, com amostra aleatria de pacientes alocada em locais pblicos da cidade. Foram realizadas 182 entrevistas com pessoas de idades entre 18 e 88 anos, registrando-se preferncia pelo perfil mais tradicionalista do profissional, com roupas brancas, cabelos aparados e sem acessrios. O uso de maquiagem e acessrios (brincos, pulseiras, etc.) para mulheres aceito com moderao. Existe restrio ao uso de piercings, tatuagens e brincos em homens, especialmente pela populao idosa. Confirmando a importncia da aparncia na comunicao mdico-paciente, o estudo destaca a necessidade da insero do tema nos currculos mdicos, uma vez que esses aspectos so pouco discutidos na formao do profissional mdico, o que permitir reflexes sobre aspectos no verbais da comunicao na relao mdico-paciente e poder influenciar positivamente as atitudes dos novos profissionais.