208 resultados para Universidades e faculdades Vestibular Estudos de casos
Resumo:
O hamartoma fibrolipomatoso neural e a macrodistrofia lipomatosa são doenças raras, com achados de imagem caracterÃsticos. Radiografias simples, estudos de ressonância magnética e prontuários médicos de quatro pacientes foram revisados. Em um paciente, foi realizada cirurgia com confirmação histopatológica. Em três pacientes, os achados clÃnicos e de imagem foram considerados suficientes para o diagnóstico. Descrevemos dois casos de macrodistrofia lipomatosa isolada, um caso de hamartoma fibrolipomatoso do nervo mediano e um caso de coexistência das duas condições. As radiografias simples, nos casos de macrodistrofia lipomatosa, mostraram aumento difuso de partes moles e estruturas ósseas, com estrias radiotransparentes entremeadas à s fibras musculares. Os dois casos de hamartoma fibrolipomatoso ocorreram no nervo mediano, com achados, à ressonância magnética, de fascÃculos nervosos espessados com baixo sinal nas imagens ponderadas em T1 e T2, com infiltração homogênea de gordura entre estes, aparecendo com alto sinal em T1 e baixo sinal em T2 com saturação de gordura. O aspecto do nervo aos cortes axiais é de "cabo coaxial". Nota-se extensão para a ramificação dos nervos, aspecto tÃpico desta lesão. As caracterÃsticas de imagem da macrodistrofia lipomatosa e do hamartoma fibrolipomatoso neural, principalmente pela ressonância magnética, permitiram o diagnóstico preciso destas condições freqüentemente coexistentes.
Resumo:
Neste trabalho foi revisada a técnica empregada na execução da punção aspirativa por agulha fina guiada por ultra-sonografia, e são descritos os seus benefÃcios no diagnóstico de nódulos tireoidianos. Foram realizadas punções aspirativas por agulha fina em 63 pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encaminhados ao Serviço de Radiodiagnóstico, no perÃodo de agosto de 2001 a junho de 2002. Dos 63 pacientes estudados, 58 (92%) eram do sexo feminino e cinco (8%) eram do sexo masculino, com uma relação mulher/homem de cerca de 11:1. Trinta e um pacientes (49%) se situaram na quinta e sexta décadas de vida. Oitenta e nove por cento dos pacientes apresentaram-se com nódulos múltiplos ao exame ecográfico; apenas 11% dos pacientes tinham nódulo único. Em relação aos laudos citológicos dos nódulos puncionados, 47% foram benignos, 31%, suspeitos, 17%, inadequados e apenas 5%, malignos. Todos os nódulos malignos (três pacientes) tiveram o diagnóstico citológico de carcinoma papilÃfero. Dos nódulos benignos, 93% foram diagnosticados como hiperplasia nodular e apenas 7% tiveram diagnóstico de tireoidite. Dos laudos considerados inadequados, 70% foram considerados hemorrágicos, sendo 30% considerados hipocelulares. Os dados encontrados no nosso trabalho estiveram de acordo com os encontrados na literatura médica.
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OBJETIVO: Relatar os diferentes aspectos tomográficos das lesões hepáticas hipodensas na infância, orientando às diferentes possibilidades diagnósticas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizados estudos tomográficos de lesões hipodensas hepáticas previamente diagnosticadas à ultra-sonografia em 50 pacientes pediátricos (0-16 anos). As imagens foram obtidas antes e após a administração de contraste venoso. Os aspectos de imagem foram analisados e correlacionados posteriormente com o diagnóstico anatomopatológico. RESULTADOS: Dos 50 casos estudados, 47 foram confirmados, 30 destes por estudo anatomopatológico. A maioria das lesões era benigna, sendo o hemangioma o mais freqüente (20% dos casos). Tais lesões apresentaram captação homogênea do meio de contraste, principalmente na fase tardia, diferenciando assim das malignas. As lesões malignas mais freqüentes foram as metástases (18%). CONCLUSÃO: O presente estudo constatou que o exame tomográfico, antes e após a administração do contraste venoso, dinâmico e/ou helicoidal, foi de grande valia para a complementação da hipótese diagnóstica nas lesões hipodensas hepáticas na infância, devendo ser rotina após diagnóstico ultra-sonográfico.
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OBJETIVO: Revisar e determinar a incidência dos achados radiológicos mais importantes da paracoccidioidomicose, e verificar as possÃveis variantes de suas apresentações. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram revistos 173 casos consecutivos de paracoccidioidomicose, atendidos no perÃodo de 1970 a 1980. Os estudos radiológicos direcionados a cada caso foram reanalisados por no mÃnimo dois radiologistas experientes. RESULTADOS: Foram encontrados 94 casos de acometimento pulmonar isolado e 38 de acometimento pulmonar associado a lesões ganglionares, viscerais, ósseas e à tuberculose. Sem envolvimento pulmonar foram encontrados 41 casos, com lesões intestinais, viscerais, ósseas ou combinadas. Os principais achados radiológicos da forma pulmonar foram opacidade intersticial reticular e nodular bilateral, seguida por consolidação, também bilateral. As formas visceral e intestinal apresentaram lesões predominantes no fÃgado, jejuno e Ãleo. Na forma ganglionar houve predominância do comprometimento difuso abdominal e periférico, e no ósseo, áreas de lise principalmente em ossos longos e clavÃcula. CONCLUSÃO: A paracoccidioidomicose é doença granulomatosa comum no Brasil, acometendo principalmente o pulmão, tendo como porta de entrada a inalação dos esporos do fungo. Outras formas desta doença, menos freqüentes ou raras, devem ser permanentemente lembradas no diagnóstico diferencial.
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O objetivo deste estudo é identificar a existência e avaliar o funcionamento de associações de docentes e alunos de graduação (núcleos, ligas, grupos de estudo e ações) dedicadas à complementação extracurricular do ensino de Oftalmologia e à prestação de ser viços comunitários. Realizou-se estudo transversal descritivo e compôs-se amostra de conveniência formada por estudantes de graduação de Medicina e residentes em Oftalmologia das 107 faculdades de Medicina do Brasil. Os dados foram coletados por entrevista, mediante aplicação de questionário, em fevereiro e março de 2002. Encontraram-se 12 ligas de Oftalmologia. O critério de seleção para ingresso inclui, na maior parte, presença em curso introdutório e/ou realização de prova. O número de membros varia de 9 a 30. Metade das ligas aceita alunos a partir do terceiro ano de graduação. Todas as associações apresentam participação de docentes, e 75%, de residentes. As atividades mais comuns incluem participação em aulas teóricas e em projetos comunitários, atendimento em ambulatório e/ou pronto-socorro e realização de pesquisa cientÃfica. A maioria das ligas de Oftalmologia preenche os requisitos para suplementar o ensino de Oftalmologia na graduação médica, porém o número de ligas ainda é pequeno.
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No intervalo de uma década (1966-1975), três escolas médicas - nas universidades de BrasÃlia (UnB), São Paulo (USP) e Minas Gerais (UFMG) - estabeleceram novos currÃ-culos a fim de preparar médicos com potencial ampliado no trato de necessidades de saúde no cenário comunitário. As três escolas diferiam entre si no contexto geopolÃtico, na totalidade de recursos e na experiência de vida. Embora suas propostas tivessem traços em comum, cada qual definiu de forma peculiar os elementos da organização programática, dos enfoques estratégicos e da gestão do processo curricular, os quais se expressaram diferentemente na caracterÃstica global de orientação comunitária, bem como no impacto de seus efeitos na formação dos médicos e no sistema de saúde. Este relato reúne informações documentais referenciadas e algumas ilações sobre os elementos básicos da inovação curricular e seus efeitos, nos três casos.
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OBJETIVO: Descrever os casos de câncer de mama nas mulheres residentes em Goiânia no perÃodo 1989-2003. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo, que incluiu todos os casos de câncer de mama ocorridos nas moradoras de Goiânia, identificados pelo Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia (RCBPGO), no perÃodo de 1989 a 2003. As variáveis estudadas foram: idade, método de diagnóstico, localização topográfica, morfologia e extensão do câncer de mama. Foram utilizadas frequências e taxas percentuais, além da regressão de Poisson para determinação da mudança percentual anual (MPA). RESULTADOS: Foram identificados 3204 casos de câncer de mama. A localização topográfica mais frequente foi o quadrante superior lateral (53,7%). O carcinoma ductal infiltrante (CDI) foi o mais freqüente, com 2582 casos (80,6%), seguido pelo carcinoma lobular infiltrante (CLI), com 155 casos (4,8%). Houve aumento significante tanto do CDI quanto do CLI, sendo a MPA de 11,0 % e de 15,4%, respectivamente. A proporção entre CDI e CLI não foi influenciada pela idade (p=0,98). Quanto à extensão do tumor ao diagnóstico, 45,6% dos casos eram localizados na mama, sendo que a MPA foi de 16,1% (IC= 12,4 a 20,0; p<0,001). Houve tendência de redução da MPA dos casos metastáticos (-3,8; IC= -8,6 a 1,2; p=0,12). CONCLUSÃO: A localização topográfica e o tipo histológico do câncer de mama, na cidade de Goiânia, seguem o padrão de outros paÃses. Os principais tipos morfológicos não foram influenciados pela idade. Houve grande aumento de casos iniciais.
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OBJETIVO: analisar a evolução temporal do estadiamento no momento do diagnóstico dos casos de câncer de mama e do colo do útero em mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODOS: em uma primeira etapa foram identificados os relatórios disponÃveis contendo a descrição do estadiamento clÃnico inicial dos casos de câncer atendidos nos hospitais brasileiros. Considerando-se sua escassez e pouca representatividade, realizou-se uma segunda etapa na qual foi efetuada busca ativa de informações. Uma planilha foi enviada por via postal a todos (n=173) os Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) cadastrados pelo Ministério da Saúde para atendimento ao SUS solicitando informações para o perÃodo compreendido entre 1995 e 2002. Para a análise estatÃstica foi utilizado o programa "R". Os resultados são apresentados como percentuais e boxplots. RESULTADOS: na primeira etapa (1990-1994) foram identificadas informações de 18 hospitais, referentes a 7.458 pacientes com câncer de mama e 7.216 pacientes com câncer do colo do útero. A mediana de casos diagnosticados em estádio avançado (estádios III e IV) foi de 52,6 e 56,8%, respectivamente. Na segunda etapa (1995-2002) foram obtidas informações de 89 hospitais e 7 serviços isolados de quimioterapia ou radioterapia, referentes a 43.442 casos de câncer de mama e 29.263 casos de câncer de colo do útero. A taxa de resposta, baseada na listagem inicial de CACONs, foi de 55%. A mediana do percentual de pacientes em estádio avançado foi de 45,3% para os casos de câncer de mama e de 45,5% para os casos de câncer do colo do útero. CONCLUSÕES: no Brasil, poucos estudos analisaram as tendências temporais do estadiamento dos casos de câncer. Os dados obtidos a partir dos registros hospitalares de Câncer mostraram que, na última década, houve redução no percentual de casos de câncer de mama e do colo do útero em estádio avançado, o que pode indicar que nas regiões onde estes hospitais estão localizados houve melhora na detecção precoce destes tipos de câncer.
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A ocorrência de linfomas primários do trato genital feminino é rara. O diagnóstico normalmente não é possÃvel pelo exame citológico, sendo necessária a biópsia do colo. Neste artigo, descrevemos duas pacientes encaminhadas ao nosso serviço por linfoma de colo uterino. Em uma delas, é claramente demonstrada a dificuldade diagnóstica que pode ocorrer nessa patologia. As duas pacientes foram tratadas com quimioterapia, apresentando evolução pós-operatória satisfatória. Não há um tratamento padrão para os linfomas de colo uterino. O tratamento local exclusivo é advogado por alguns estudos na literatura em estádio clÃnico IE, enquanto outros serviços optam pelo tratamento sistêmico em todos os estádios.
Resumo:
Leiomiomatose metastatizante benigna (LMB) é uma doença rara na qual o pulmão é o órgão extrauterino mais afetado. A histologia da LMB é compatÃvel com benignidade e semelhante à encontrada nos leiomiomas miometriais. Uma história de miomatose uterina tratada cirurgicamente é relatada por quase todas as pacientes com a doença metastática. Relatamos dois casos de pacientes com leiomiomatose uterina metastatizante. No primeiro caso, uma paciente de 55 anos de idade apresentou nódulos pulmonares mais de 20 anos após ter sido submetida a uma histerectomia por leiomioma uterino. Os estudos histológico e imunoistoquÃmico do nódulo pulmonar revelaram tratar-se de implante de leiomioma benigno. A segunda paciente, de 65 anos de idade, apresentou nódulos pulmonares e retroperitoneais 20 anos após ter sido submetida a uma histerectomia em razão de um leiomioma uterino.
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OBJETIVO: Avaliar a evolução metodológica e do delineamento estatÃstico nas publicações da Revista Brasileira de Ginecologia e ObstetrÃcia (RBGO) a partir da resolução 196/96. MÉTODOS: Uma revisão de 133 artigos publicados nos anos de 1999 (65) e 2009 (68) foi realizada por dois revisores independentes com formação em epidemiologia clÃnica e metodologia da pesquisa cientÃfica. Foram incluÃdos todos os artigos clÃnicos originais, séries e relatos de casos, sendo excluÃdos os editoriais, as cartas ao editor, os artigos de revisão sistemática, os trabalhos experimentais, artigos de opinião, além dos resumos de teses e dissertações. CaracterÃsticas relacionadas com a qualidade metodológica dos estudos foram analisadas por artigo, por meio de check-list que avaliou dois critérios: aspectos metodológicos e procedimentos estatÃsticos. Utilizou-se a estatÃstica descritiva e o teste do χ2 para comparação entre os anos. RESULTADOS: Observa-se que houve diferença entre os anos de 1999 e 2009 no tocante ao desenho dos estudos e ao delineamento estatÃstico, demonstrando maior rigor nos respectivos procedimentos com o uso de testes mais robustos, relativamente, entre os anos de 1999 e 2009. CONCLUSÕES: Na RBGO, observou-se evolução metodológica dos artigos publicados entre os anos de 1999 e 2009 e aprofundamento nas análises estatÃsticas com o uso de testes mais sofisticados, como o uso mais frequente das análises de regressão e da análise multinÃvel, que são técnicas primordiais na produção do conhecimento e planejamento de intervenções em saúde. Isso pode resultar em menos erros de interpretações.
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Foram examinadas amostras de fÃgado, rins, baço e linfonodos hepáticos, mesentéricos, retro-mandibulares, pré-escapulares e mediastÃnicos de 12 lotes em um total de 120 animais, envolvendo diferentes faixas etárias, todos oriundos do Estado de Mato Grosso. Os animais haviam sido mantidos em pastos onde Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha eram as forrageiras predominantes. Macroscopicamente o fÃgado desses animais mostrava coloração amarelada, mais evidente após 24 horas de fixação em formol a 10%. Nos linfonodos hepáticos e mesentéricos foram evidenciadas, na superfÃcie de corte, estriações esbranquiçadas de forma radiada na cortical e medular com pequenas áreas brancas nodulares multifocais principalmente na medular. Em muitos casos, associado com essas áreas foram vistos focos de aspecto hemorrágico. Microscopicamente foram encontradas, no fÃgado, linfonodos hepáticos e mesentéricos, células com citoplasma espumoso, muitas das quais multinucleadas. Nos linfonodos hepáticos e mesentéricos estes infiltrados estavam associados a áreas de necrose e hemorragia. No fÃgado, as células de citoplasma espumoso estavam presentes em todo parênquima, de forma irregular, geralmente formando nódulos ao redor da veia centrolobular. Estas células não se coravam pelo ácido periódico de Schiff (PAS) e apenas fracamente na coloração de gordura pelo Oil Red O. Na ultra-estrutura as células de citoplasma espumoso apresentavam fendas, parcial ou totalmente delimitadas por membrana, que representam a imagem negativa de cristais, presentes também no citoplasma dos hepatócitos.
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Descreve-se, no municÃpio de Quatis, RJ, a ocorrência de um surto de intoxicação por Lantana camara var. aculeata em bovinos, caracterizado por acentuada icterÃcia, lesões de fotossensibilização, constipação e edema subcutâneo dos membros. A reprodução experimental da doença, com êxito letal, através da administração de dose única de 40 g/kg de L. camara var. aculeata, confirmou a planta como causa do surto; doses únicas de 20 g/kg, 10 g/kg e 5 g/kg causaram respectivamente, grave intoxicação, leve intoxicação e ausência de sintomas. Experimentos com doses repetidas permitem concluir que essa planta apresenta efeito acumulativo, quando ingerida em doses diárias de 10 g/kg (1/4 da dose letal); a administração de quatro doses de 5 g/kg (1/8 da dose letal) ou de oito doses de 2,5 g/kg (1/16 da dose letal) reproduziram o quadro grave de intoxicação. Subdoses menores, de 1,25 g/kg (1/32 da dose letal), administradas durante 34 dias, não produziram quaisquer sinais clÃnicos. Os exames histológicos dos casos naturais e experimentais revelaram, além de bilestase, alterações regressivas nos hepatócitos e no epitélio dos túbulos renais.
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Vários experimentos foram realizados para demonstrar a participação de Dermatobia hominis na etiologia da lechiguana: (1) Lesões experimentais causadas por larvas da mosca em um bovino foram infectadas com Mannheimia granulomatis. Foram realizadas biópsias em duas lesões produzidas pela larva. Em uma dessas biópsias foi observada linfangite eosinofÃlica e proliferação de tecido conectivo, similares à s encontradas na lechiguana. (2) Com o objetivo de detectar a possÃvel participação de Dermatobia hominis como vetor de Mannheimia granulomatis, foi realizado o estudo bacteriológico de 72 larvas e o mesmo número de exsudatos, provenientes de lesões de Dermatobia hominis, não tendo sido isolada a bactéria em nenhuma oportunidade. (3) Lesões espontâneas da mosca foram infectadas com uma suspensão da bactéria em 9 bovinos, sendo que um dos animais desenvolveu uma lesão de lechiguana 3 meses após a inoculação. (4) Foram estudadas duas lesões fibroproliferativas, clinicamente similares a lechiguana, causadas pela larva de Dermatobia hominis. Histologicamente estas lesões caracterizam-se por proliferação de tecido fibroso com presença de granulomas focais, diferenciando-se da lechiguana por não apresentar linfangite eosinofÃlica e calcificação de fibras colágenas. O fato de Dermatobia hominis, ocasionalmente, produzir uma reação fibrogranulomatosa, sugere que esta poderia ser a lesão inicial da lechiguana, se infectada por Mannheimia granulomatis. (5 e 6) Dois experimentos foram realizados para detectar se bovinos sadios podem ser portadores de Mannheimia granulomatis. A bactéria não foi isolada de amÃgdalas de 153 bovinos e a técnica de imunodifusão radial utilizada para a detecção de anticorpos não apresentou sensibilidade suficiente para identificar animais portadores. (7) Foram estudados 17 novos casos da doença, e em todos os casos, as caracterÃsticas clÃnicas e patológicas foram similares à s observadas em casos anteriores. Quatorze casos foram provenientes do sul do Rio Grande do Sul, três do Estado de Santa Catarina e um do Paraná.
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O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospectivo sobre neoplasias cutâneas diagnosticadasem cães. A avaliação foi realizada pela análise dos arquivos diagnósticos do Setor de Patologia Veterinária (SPV) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil, considerando-se um intervalo de seis anos (2002 a 2007). Neste intervalo, um total de 1.869 (37,3%) amostras de pele canina foram obtidas de 5.016 amostras variadas de tecidos de cães encaminhadas ao SPV. Dentre as amostras cutâneas, 1.002 pertenciam a cães diagnosticadoscom um tipo de neoplasia cutânea e 15 animais apresentaram mais de uma neoplasia de pele, totalizando 1.017 (20,3%) amostras. Os resultados revelaram que 50,5% (514/1017) das neoplasias cutâneas apresentaram origem mesenquimal, 45,1% (459/1017) paraepitelial e 3,9% (40/1017) para melanocÃtica. Mastocitoma foi o tipo neoplásico cutâneo mais frequente, diagnosticado em 228 casos (22,4%), seguido por carcinoma de células escamosas (7,5%), lipoma (7,3%), adenoma de glândula perianal (7,1%) e tricoblastoma (5,8%). Cocker Spaniel, Boxer, Poodle e Pastor Alemão foram as raças mais representadas em diversos neoplasmas. Os dados obtidos, comparados aos estudos prévios, ressaltam as variáveis raças, idade e sexo, relacionadas a alguns tumores cutâneos e salientam a importância e prevalência dos diferentes tipos de neoplasia cutânea em cães.