283 resultados para Ultra-sons
Resumo:
O objetivo deste estudo é descrever as características clínicas, mamográficas e ultra-sonográficas de três casos de mastite granulomatosa idiopática. Esta afecção pode simular câncer de mama nos exames clínico e mamográfico, porém os achados ultra-sonográficos de múltiplas imagens tubulares hipoecóicas, contíguas e confluentes em mulheres jovens com história de lactação recente sugerem o diagnóstico de mastite granulomatosa idiopática.
Resumo:
O autor faz uma análise crítica do recém-incorporado BI-RADS® ultra-sonográfico. A primeira recomendação derivada dessa análise crítica é que sempre se identifique quando se está usando o sistema BI-RADS® para mamografia, ultra-sonografia ou ressonância magnética, por exemplo, empregando o termo BI-RADS®-US. São feitas considerações sobre as vantagens de se utilizar o BI-RADS® ultra-sonográfico, incluindo reprodutibilidade, padronização, auditoria, ecogenicidade de base. São também identificados alguns pontos fracos do sistema: a omissão de descritores de relevância estatística comprovada, como hipoecogenicidade acentuada e número de lobulações, a adoção de descritores de valor ainda pouco comprovado, como o ligamento de Cooper, e a falta de dados sobre o valor preditivo positivo de algumas lesões muito comuns, como nódulos hipoecóicos. Finalmente, é colocada uma sugestão: dividir os descritores em faixas de significância para se determinar o valor preditivo positivo das lesões, uma vez que alguns descritores são muito significativos e outros não têm qualquer relevância estatística.
Resumo:
OBJETIVO: Observar a sucção digital ou da mão em fetos, identificar os fatores relacionados à gravidez de importância para sua manifestação e identificar, após o nascimento do bebê, a permanência da sucção digital. MATERIAIS E MÉTODOS: Dois exames de ultra-sonografias fetais foram realizados em 55 gestantes, nos períodos de 20-24 e 25-32 semanas. Para avaliar os fatores relacionados à gravidez, foram utilizados questionários. Para identificar a permanência da sucção digital, visitas foram realizadas uma semana após o nascimento. RESULTADOS: A sucção digital foi detectada na maioria dos fetos, exceto em 20. Estatisticamente não houve diferenças significativas entre estado de saúde da gestante e o grau de aceitação da gravidez com a manifestação da sucção digital em fetos. O teste Q de Cochran não evidenciou diferenças significativas entre os sinais de sucção digital em fetos e a instalação do hábito em recém-nascidos. CONCLUSÃO: A ultra-sonografia é um método importante para a observação de sinais de sucção digital em fetos. Esses sinais não implicam hábito bucal após o nascimento.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a reprodutibilidade intra-observador da ultra-sonografia tridimensional (US3D) real com a US virtual, nas modalidades multiplanar e volumétrica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram examinados, prospectivamente, 132 blocos provenientes de 44 avaliações de 26 conceptos. Dezoito conceptos tinham idade gestacional ecográfica de oito semanas a oito semanas e seis dias, e 26 tinham de dez semanas a dez semanas e seis dias. Realizou-se a US3D, analisando-se: comprimento cabeça-nádega, saco gestacional, saco amniótico, translucência nucal, conduto onfalomesentérico, vesícula vitelínica, membros superiores, membros inferiores, distinção cabeça-tórax, perfil da face, coronal da face, implantação das orelhas, perfil da coluna, coronal da coluna, parede abdominal fechada. Foram obtidos três blocos por concepto para posterior realização da US virtual. A análise estatística foi feita utilizando-se o teste t de Student, o teste de McNemar e o kappa. RESULTADOS: No grupo I, a avaliação ultra-sonográfica 3D real multiplanar versus 3D virtual multiplanar, na análise das variáveis contínuas, evidenciou diferença significativa para todas. Na avaliação das variáveis categóricas, evidenciou-se que todas não apresentaram diferença significativa. No grupo II, a avaliação ultra-sonográfica 3D real volumétrica versus 3D virtual volumétrica demonstrou diferença significativa apenas para a variável implantação de orelhas. Os resultados das análises das variáveis categóricas evidenciaram concordância para a maioria das variáveis analisadas em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Há reprodutibilidade intra-observador da US3D com a modalidade virtual, multiplanar e volumétrica.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar e confrontar a presença de alterações ultra-sonográficas nas gestações Rh negativo sensibilizadas, quando a anemia fetal foi determinada ou pela espectrofotometria do líquido amniótico, ou pela dopplervelocimetria da artéria cerebral média. MATERIAIS E MÉTODOS: Observacional descritivo com grupo de comparação. Nosso grupo de estudo foi constituído por 99 pacientes, avaliadas no período de janeiro de 1995 a janeiro de 2004. Foram analisados e comparados dois grupos: 74 gestantes sensibilizadas pelo fator Rh cuja anemia fetal foi acompanhada pela espectrofotometria (grupo SE) e 25 gestantes sensibilizadas pelo fator Rh cuja anemia fetal foi acompanhada pela dopplervelocimetria (grupo SD). Avaliamos a presença ou não de alterações ultra-sonográficas no acompanhamento pré-natal e confrontamos os dois grupos de estudo. RESULTADOS: No grupo cuja anemia fetal foi acompanhada através da espectrofotometria (grupo SE), apuramos modificações placentárias, principalmente o aumento da espessura e sua alteração textural, mais assiduamente que as encontradiças no grupo de gestantes sensibilizadas, em que a anemia foi determinada através da dopplervelocimetria (grupo SD) (64% X 32%, p = 6,294). CONCLUSÃO: As alterações ultra-sonográficas foram detectadas em dobro quando a anemia foi avaliada pela espectrofotometria em comparação com o grupo seguido pela dopplervelocimetria.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever a técnica de avaliação do esvaziamento gástrico em crianças. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudadas 14 crianças voluntárias saudáveis, com idades de 2 a 11 anos. As crianças ingeriram leite modificado, na proporção de 200 ml/m² de superfície corporal. A área do antro gástrico foi medida em todos os pacientes no tempo zero, antes da ingestão do meio de contraste, e aos 60, 90, 120 e 150 minutos após a ingestão do meio de contraste. RESULTADOS: A dieta foi bem tolerada pelos pacientes. Foi observado que em 150 minutos após a ingestão do alimento, 85% dos pacientes apresentaram-se com esvaziamento gástrico total. CONCLUSÃO: A ultra-sonografia é método seguro e barato, sendo uma alternativa para o estudo do esvaziamento gástrico.
Resumo:
A reconstrução mamária com retalho miocutâneo tem sido amplamente utilizada em pacientes submetidas a mastectomia radical modificada por câncer de mama, com melhora significativa na auto-estima dessas pacientes, minimizando o sentimento de mutilação e melhorando a estética, sem promover alteração no prognóstico da doença. Inicialmente acreditava-se não haver risco de recorrência do câncer na mama reconstruída devido à remoção completa do tecido mamário. Porém, exames histológicos têm demonstrado que pode restar pequena quantidade de tecido mamário local após a mastectomia, tendo este tecido remanescente alto potencial de malignidade. Tem-se preconizado o acompanhamento clínico dessas pacientes, uma vez que a maioria das lesões recidivantes se situa nos pontos de inserção do retalho e elas são passíveis de serem detectadas pela palpação. No entanto, tem-se discutido a inclusão da mamografia e da ultra-sonografia no controle dessas pacientes, uma vez que estes métodos podem contribuir para o diagnóstico de lesão recorrente antes de esta tornar-se palpável.
Resumo:
A calcinose intersticial é uma afecção incomum, na qual existe deposição de cálcio localizada ou disseminada na pele, tecido celular subcutâneo, músculos e tendões. Freqüentemente a calcinose está associada com doenças do tecido conjuntivo, como esclerodermia e dermatomiosite. Os autores relatam um caso de calcinose intersticial associada a dermatomiosite, estudada com radiografia convencional, ultra-sonografia, ressonância magnética, e com correlação com a macroscopia cirúrgica.
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OBJETIVO: Determinar a influência da aferição da pressão intra-abdominal na avaliação ultra-sonográfica da junção uretrovesical (JUV) e da uretra proximal (UP) em pacientes com incontinência urinária de esforço (IUE). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo de corte transversal realizado na Unidade de Pesquisa em Incontinência Urinária da Universidade Federal de Pernambuco, de janeiro de 2002 a janeiro de 2005. Trinta e seis pacientes com queixas de IUE foram submetidas a ultra-sonografia perineal para avaliação da JUV e da UP com a bexiga praticamente vazia (< 50 ml), com aferição simultânea de pressão intra-abdominal. Para as avaliações, foi utilizado aparelho de ultra-som com transdutor vaginal de 7 MHz e seletor eletrônico de mensuração de imagem real, equipado com computador e câmera fotográfica de resolução instantânea. Para a medida da pressão intra-abdominal, foi utilizado aparelho de urodinâmica com cateter de 10 fr retal acoplado a um balão de sensor para medida da pressão intra-abdominal. RESULTADOS: As pacientes tinham idade entre 25 e 69 anos (média de 46,4 ± 10,2 anos). À manobra de Valsalva, a pressão intra-abdominal variou entre 7 cmH2O e 193 cmH2O (média de 99,3 ± 51,8 cmH2O; mediana de 99,5 cmH2O). Oito das 31 (25,8%) pacientes com hipermobilidade da JUV apresentaram pressão intra-abdominal inferior a 60 cmH2O. Não foi detectada relação estatisticamente significante entre a variação de pressão intra-abdominal e os parâmetros ultra-sonográficos em questão. CONCLUSÃO: Há um índice específico de pressão de deslocamento uretral para cada mulher com IUE. Porém, não há associação significativa entre o aumento de pressão intra-abdominal e aumento de mobilidade da JUV e UP em mulheres com quadro clínico de IUE.
Resumo:
A efusão pleural, antigamente denominada derrame pleural, é caracterizada pelo acúmulo de líquido no espaço pleural, em decorrência do desequilíbrio entre formação e reabsorção de fluido ou por alteração na drenagem linfática. O propósito desta revisão foi estabelecer a importância da aplicação da ultra-sonografia no diagnóstico de efusão pleural. Os autores discutem a aplicação da ultra-sonografia no diagnóstico e abordagem terapêutica dessa entidade, e ressaltam sua importância nas doenças do tórax, vantagens, limitações e desvantagens em relação a radiografia simples, tomografia computadorizada e exame físico. Discutem, ainda, o conceito de efusão pleural, sua fisiopatologia, morbidade, mortalidade, principais causas e apresentação clínica. A técnica de realização do exame é sistematicamente abordada, tanto pela via torácica quanto abdominal.
Resumo:
A trombose da veia porta pode estar associada a várias alterações, como a presença de tumores (por exemplo: hepatocarcinoma, doença metastática hepática e carcinoma do pâncreas), pancreatite, hepatite, septicemia, trauma, esplenectomia, derivações porto-cava, estados de hipercoagulabilidade (por exemplo: gravidez), em neonatos (por exemplo: onfalite e cateterização da veia umbilical) e desidratação aguda. Os autores discutem, neste artigo, os aspectos ultra-sonográficos da trombose de veia porta e alguns aspectos de relevância clínica.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar os valores normais dos diâmetros ântero-posterior e transversal do tendão de Aquiles na nossa população e correlacioná-los com sexo, faixa etária, cor da pele, grupo sanguíneo ABO e índice de massa corporal. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi feita análise ultra-sonográfica de 100 tendões de Aquiles de 50 voluntários sadios, visando à mensuração dos diâmetros ântero-posterior e transversal desses tendões. Todos os exames foram realizados pelo mesmo examinador, em aparelho de ultra-sonografia com transdutor linear com freqüência de 10 MHz. RESULTADOS: Dos 50 voluntários estudados, 25 eram do sexo masculino e 25, do sexo feminino, com a faixa etária variando de 20 a 52 anos (média de 33,9 anos). O valor médio do diâmetro transversal do tendão de Aquiles foi de 13,3 ± 1,0 mm para o sexo feminino e 14,4 ± 1,4 mm para o sexo masculino; em relação ao diâmetro ântero-posterior, foi de 5,4 ± 0,5 mm para o sexo feminino e 5,6 ± 0,6 mm para o sexo masculino. Os diâmetros do tendão de Aquiles foram significativamente menores no sexo feminino (p < 0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os diâmetros ântero-posterior e transversal em relação a faixa etária, grupo sanguíneo e cor da pele. O grupo com índice de massa corporal de sobrepeso apresentou diâmetro transversal do tendão de Aquiles significativamente maior que do grupo com índice de massa corporal normal. CONCLUSÃO: Os valores médios encontrados na nossa casuística foram discordantes em relação à maioria dos estudos da literatura, demonstrando ser de grande importância a padronização e o emprego de tabelas próprias da nossa população na prática clínica diária.