306 resultados para Sensibilidade à insulina


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Objetivo: relacionar a qualidade do controle metabólico com os resultados da cardiotocografia (CTG) anteparto e avaliar sua capacidade preditiva no prognóstico perinatal de gestações associadas ao diabete. Pacientes e Métodos: estudo retrospectivo de 125 gestantes, portadoras de diabete gestacional ou clínico, no qual se relacionou a última CTG anteparto (intervalo máximo de 48 horas) à qualidade do controle metabólico materno e aos resultados perinatais. A qualidade do controle metabólico foi definida pela média glicêmica do dia do exame (MGd) e da gestação (MG) e pelo comportamento da requisição de insulina (R/insulina). Para os resultados perinatais foram analisados os índices de Apgar de 1º e 5º minuto, a classificação peso/idade gestacional, o tempo de internação, a necessidade de cuidados de UTI e a ocorrência de óbito neonatal (ONN) precoce. A capacidade diagnóstica da CTG anteparto foi avaliada pelos índices de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo e negativo. Resultados: a MGd adequada (<120 mg/dL) associou-se a 2,9% dos resultados de CTG anteparto alterados e a inadequada ( > ou = 120 mg/dL), a 26,1% (p<0,005). A MG mantida inadequada se relacionou a 13,7% de CTG anteparto alterada e a adequada, a apenas 2,7% (p<0,005). O comportamento da requisição de insulina não interferiu nos resultados da CTG anteparto. Os índices de Apgar de 1º e 5º minuto, a necessidade de cuidados de UTI e a ocorrência de ONN precoce não dependeram do último traçado da CTG anteparto. O exame diferenciou o tempo de internação dos recém-nascidos: quando normal, 46,4% tiveram alta hospitalar até o 3º dia de vida e, quando alterado, 62,5% deles ficaram internados por mais de sete dias. Conclusões: os resultados alterados da última CTG anteparto relacionaram-se com níveis inadequados de MG, diária e da gestação, e não dependeram da R/insulina. O resultado normal da CTG anteparto foi adequado para garantir a saúde neonatal. Ao contrário, os resultados alterados indicaram risco de complicações nos filhos de mães diabéticas.

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OBJETIVO: avaliar a dor e a sensibilidade cutânea superficial no dermátomo do nervo intercostobraquial (NICB) em pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do NICB para tratamento cirúrgico do câncer de mama. MÉTODOS: realizamos estudo tipo coorte prospectivo de 77 pacientes divididas em Grupo NP (n=34), sem preservação do NICB, e Grupo ICB (n=43), com preservação do NICB. A sensibilidade cutânea foi avaliada um ano após a cirurgia, empregando-se: 1) questionário modificado de McGill; 2) exame clínico incluindo perimetria braquial, pesquisa de sensibilidade táctil e dolorosa; 3) aplicação dos monofilamentos de Semmes-Weinsten que permitem avaliar de forma objetiva, qualitativa e quantitativamente, lesões de nervo periférico. Para análise estatística, foram usados os testes do chi2, Kruskal-Wallis e exato de Fisher. RESULTADOS: a dor foi relatada com maior freqüência pelas pacientes do Grupo NP (23/33) do que pelas pacientes do Grupo ICB (17/42); p=0,012. A sensibilidade dolorosa estava preservada na maioria das pacientes do Grupo ICB (38/42) e em apenas 11/33 do Grupo NP (p<0,01). A pesquisa com os monofilamentos revelou sensibilidade cutânea preservada em 30/41 pacientes do Grupo ICB e em 9/33 pacientes do Grupo NP (p<0,01). Não houve diferença significativa quanto ao número de linfonodos dissecados entre os dois grupos de pacientes (p=0,66). CONCLUSÕES: pacientes submetidas à dissecção axilar com preservação do NICB apresentaram menor sintomatologia dolorosa e maior preservação da sensibilidade cutânea superficial, sem prejuízo do número de linfonodos dissecados durante o esvaziamento axilar.

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OBJETIVO: investigar a relação entre percepção da dor (limiar e tolerância à dor experimental em resposta à isquemia e à pressão) em mulheres jovens e saudáveis com os níveis séricos dos hormônios sexuais femininos (estradiol e progesterona). MÉTODOS: 18 voluntárias participaram deste estudo durante três ciclos menstruais consecutivos. Para mensuração das respostas dolorosas aos estímulos algésicos de pressão e isquemia, utilizaram-se um algômetro de pressão e dinamômetro manual, respectivamente. Foram realizadas coletas de sangue para dosagem hormonal e de variáveis dolorosas durante três ciclos menstruais consecutivos, os quais foram caracterizados com base no registro da temperatura oral diária, diário dos ciclos menstruais contendo início e fim de cada ciclo e nos níveis plasmáticos de estradiol e progesterona. As médias aferidas para as variáveis algésicas foram comparadas pela análise de variância (ANOVA) com pós-teste de Tukey-Kramer entre as fases do ciclo menstrual (folicular, periovulatória, luteal inicial, luteal tardia e menstrual). Para o estudo da correlação entre as variáveis algésicas e hormonais, utilizou-se o teste de Pearson. A significância estatística foi definida pelo limite p<0,05. RESULTADOS: não foram observadas variações significativas nos parâmetros de dor entre as fases do ciclo menstrual. Todavia, foram encontradas correlações negativas significativas entre progesterona e limiar isquêmico (r=-0,23; p<0,01) e tolerância à pressão (r=-0,23; p<0,01) na fase luteal inicial. CONCLUSÕES: estes resultados indicam que o aumento dos níveis de progesterona estão relacionados à diminuição do limiar isquêmico e da tolerância à pressão, sugerindo um papel da progesterona na modulação dolorosa durante a fase luteal inicial.

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OBJETIVO: avaliar se a presença de resistência à insulina (RI) modifica fatores de risco cardiovascular em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP). MÉTODOS: estudo transversal no qual 60 mulheres com SOP, com idade entre 18 e 35 anos e sem uso de hormônios, foram avaliadas. A RI foi avaliada por meio do quantitative insulin sensitivity check index (QUICKI). RI foi definida como QUICKI <0,33. As seguintes variáveis foram comparadas entre o grupo com e sem RI: antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial e frequência cardíaca), laboratoriais (homocisteína, interleucina-6, fator de necrose tumoral-α, testosterona, fração de androgênios livre, colesterol total e frações, triglicerídeos, proteína C reativa e insulina, glicose) e ultrassonográficas (distensibilidade e espessura íntima-média da carótida e dilatação mediada por fluxo da artéria braquial). RESULTADOS: Dezoito mulheres (30%) apresentaram RI. As mulheres com RI, comparadas às sem RI, apresentaram diferenças significativas nos seguintes marcadores antropométricos (SOP com RI e sem RI respectivamente): índice de massa corporal (35,5±5,6 versus 23,9±4,8 kg/m², p<0,01;), cintura (108,1±11,53 versus 79,5±11,1 cm, p<0,01) e pressão arterial sistólica (128,0±10,8 versus 114,0±8,9 mmHg, p<0,01) e pressão arterial diastólica (83,6±9,6 versus 77,0±7,5 mmHg, p=0,01). Também foram observadas diferenças significativas nos seguintes marcadores laboratoriais: triglicerídeos (120,0±56,5 versus 77,7±53,4 mg/dL, p=0,01), HDL (43,06±6,3 versus 40,4±10,8, p=0,01) e proteína C reativa (7,9±10,5 mg/L versus 2,6±3,2 mg/L, p<0,01), insulina (28,0±18,1 versus 5,3±2,4 µU/mL, p<0,01) e glicose (93,5±10,0 versus 87,5±8,7 mg/dL, p=0,02). Adicionalmente, dois dos três marcadores ultrassonográficos de risco cardiovascular também foram diferentes entre os grupos: distensibilidade carotídea (0,24±0,05 versus 0,30±0,08 mmHg-1, p<0,01) e espessura íntima-média da carótida (0,52±0,08 versus 0,43±0,09 mm, p<0,01). Além disso, a proporção de síndrome metabólica foi maior nas mulheres com RI (nove casos=50% versus três casos=7,1%, p<0,01). CONCLUSÕES: mulheres com SOP e RI apresentam diferenças significativas em vários marcadores ultrassonográficos, séricos e antropométricos que apontam para uma elevação no risco cardiovascular, quando comparadas a mulheres com SOP sem RI. Diante desses dados, a determinação sistemática da avaliação de RI em mulheres com SOP pode ajudar a identificar pacientes de risco cardiovascular.

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OBJETIVO: identificar a alteração de sensibilidade no trajeto do nervo intercostobraquial utilizando um estesiômetro e observar a repetição das medições efetuadas com esse aparelho. MÉTODOS: foi aplicado o estesiômetro de Semmes-Weinstein para a avaliação da sensibilidade no trajeto do nervo intercostobraquial. Participaram desse estudo 94 mulheres divididas em dois grupos: Grupo CA, composto por 47 mulheres submetidas à linfonodenectomia axilar por câncer de mama, e grupo comparativo, composto por 47 mulheres sem câncer de mama e que não foram submetidas a qualquer tipo de cirurgia nas axilas. Em cada participante, foram realizadas anamnese e aplicação do estesiômetro duas vezes consecutivas. As respostas ao teste com estesiômetro do Grupo Controle foram utilizadas como valores de referência de normalidade. RESULTADOS: a prevalência de alteração de sensibilidade, no Grupo CA, foi de 85,1%, com base nas repostas do Grupo Controle. Foi confirmada a repetição na aplicação do estesiômetro no Grupo CA por meio do teste de Kappa (p=0,8). CONCLUSÕES: na amostra desse estudo, as alterações de sensibilidade tiveram alta prevalência; as avaliações efetuadas com o uso do estesiômetro apresentaram repetição e, por isto, considerou-se o equipamento confiável para avaliação da sensibilidade no trajeto do nervo intercostobraquial.

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OBJETIVO: avaliar a sensibilidade dolorosa e os fatores envolvidos na produção de fluido papilar adequado para análise de citologia oncótica, por meio de sistema automatizado de coleta. MÉTODOS: foram selecionadas 50 mulheres assintomáticas, sem antecedente pessoal ou familiar de câncer de mama, fora do ciclo gravídico-puerperal para coleta de fluido papilar por meio de sistema automatizado. Foram registradas e relacionadas com a produção de fluido papilar a idade da paciente, tabagismo, antecedente de cirurgia mamária, paridade, amamentação, estado menopausal e idade da menarca. Todo o material coletado foi fixado em meio apropriado, e encaminhado separadamente para análise de citologia oncótica. A sensibilidade dolorosa do procedimento de coleta foi avaliada por meio da Escala Category-Ratio Scale (CR10) de Borg. RESULTADOS: a idade variou de 22 a 59 anos, média de 41,6±8,6 anos. Das 50 pacientes, 20 (40%) não apresentaram fluido papilar adequado para análise em nenhuma das mamas. Naquelas pacientes que se obteve fluido papilar adequado para análise de citologia oncótica, a paridade esteve inversamente relacionada com a capacidade de obter amostra celular adequada, nível de significância estatística (p=0,035), OR=0,0032 (IC 95%=0,0001-0,1388). Em relação à sensibilidade dolorosa, o exame foi bem tolerado. CONCLUSÕES: o método automatizado de coleta de fluido papilar para análise de citologia oncótica foi bem tolerado pelas mulheres tendo produzido material analisável em 60% dos casos, esteve inversamente relacionado com a paridade.

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OBJETIVO: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de germes e do perfil de sensibilidade a antimicrobianos a partir de uroculturas de pacientes gestantes atendidas em um hospital materno-infantil em Porto Alegre, Brasil. MÉTODOS : Foi realizado estudo transversal, retrospectivo e descritivo, no Hospital Fêmina, referência para atendimento às mulheres durante o pré-natal, parto e puerpério na cidade de Porto Alegre, Brasil. A partir de 1.558 uroculturas positivas, foram avaliados 482 resultados microbiológicos comunitários com perfil de sensibilidade antimicrobiana de uroculturas de gestantes em todas as idades gestacionais, atendidas no período de janeiro de 2007 a julho de 2013. RESULTADOS : O padrão de sensibilidade apresentado nesta pesquisa mostra que a escolha para o tratamento de infecção urinária durante a gravidez deve ser nitrofurantoína (para infecções não complicadas) ou cefalosporinas de segunda geração, como cefuroxima (para infecções não complicadas e complicadas), evitando o uso de ampicilina, cefalosporinas de primeira geração e sulfametoxazol/trimetoprim. CONCLUSÃO : O tratamento empírico de infecção urinária na gravidez deve ser iniciado de acordo com os padrões de suscetibilidade descritos na literatura, e revisto após os resultados de cultura de urina.

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OBJETIVOS: Estimar a prevalência da vaginose bacteriana (VB), candidíase e tricomoníase e comparar os achados do exame físico da secreção vaginal com o diagnóstico microbiológico, obtido pelo estudo citológico do esfregaço vaginal, pelo do método de Papanicolaou. MÉTODOS: Estudo de corte transversal que incluiu 302 mulheres com idade entre 20 a 87 anos, submetidas à entrevista e exame ginecológico para avaliação da secreção vaginal e coleta de esfregaço citológico, no período de junho de 2012 a maio de 2013. Para avaliar a acurácia das características da secreção vaginal em relação ao diagnóstico microbiológico do esfregaço citológico foi empregado as análises de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN), com seus respectivos IC95%. Para avaliar o grau de concordância entre as características clínicas da secreção vaginal e os achados microbiológicos no exame citológico, foi aplicado o índice kappa (k). RESULTADOS: A prevalência da VB, candidíase e tricomoníase foi de 25,5, 9,3 e 2,0%, respectivamente. A sensibilidade, especificidade, valor o VPP e o VPN das características clínicas da secreção vaginal para o diagnóstico citológico de VB foram de 74, 78,6, 54,3, e 89,9%, respectivamente. A sensibilidade, a especificidade, o VPP e o VPN das características clínicas da secreção vaginal para o diagnóstico citológico de candidíase foram de 46,4, 86,2, 25,5 e de 94%, respectivamente. O grau de concordância entre a avaliação clínica da secreção vaginal e o diagnóstico microbiológico de VB, candidíase e tricomoníase, avaliados pelo índice kappa foi de 0,47, 0,23 e 0,28, respectivamente. CONCLUSÃO: A causa mais frequente de secreção vaginal anormal foi VB. A avaliação clínica da secreção vaginal apresentou sensibilidade, VPP e grau de concordância moderado a fraco, comparado ao diagnóstico microbiológico, o que indica a necessidade de avaliação complementar do achado clínico de secreção vaginal anormal.

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O "California Mastitis Test" (CMT) estima o conteúdo de células somáticas no leite e é interpretado subjetivamente, estabelecendo-se escores que, na maioria dos casos, variam de 1 a 5. O escore 1 indica uma reação completamente negativa e os de 2-5 indicam graus crescentes de resposta inflamatória do úbere, sendo normalmente considerados como indicativos de mastite subclínica. Dependendo da interpretação dos escores, o CMT pode produzir resultados falso-positivos ou falso-negativos. Esse trabalho teve o objetivo de avaliar a sensibilidade e a especificidade do CMT em relação à contagem de células somáticas (CCS). Foram utilizadas 3.012 amostras de leite provenientes de 760 vacas Holandesas ou mestiças Holandês-Zebu, pertencentes a 15 rebanhos. Todas as amostras foram submetidas ao CMT e processadas para CCS em equipamento Fossomatic 90. Os valores médios de CCS (x 1.000 células/ml) obtidos para os escores de CMT foram 1 (79,9), 2 (333,5), 3 (670,3), 4 (1.354,0) e 5 (4.455,6). Três opções de interpretação (doente/não-doente) para o CMT foram testadas, em relação aos valores de CCS, iniciando com 100.000 células/ml: (a) 1 versus 2, 3, 4, e 5; (b) 1 e 2 versus 3, 4 e 5; (c) 1, 2, 3 versus 4 e 5. As sensibilidades do CMT em identificar corretamente quartos mamários acima de 200.000 células/ml foram 79%, 61% e 34%, para as opções a, b e c, respectivamente. Para identificar corretamente contagens acima de 500.000 células/ml, as sensibilidades do CMT, para as opções a, b e c, foram, respectivamente: 93%, 82% e 54%. A sensibilidade do CMT em identificar quartos mamários com mastite subclínica foi adequada (acima de 80%) quando a interpretação do teste foi mais rigorosa (opções a e b). A interpretação da reação 3 como negativa (opção c) só alcançou sensibilidade de 80% para contagens entre 1.200.000 e 1.400.000 células/ml. As especificidades do CMT, para CCS de 200.000 e 500.000 foram, respectivamente, 90% e 80% (opção a), 97% e 90% (opção b) e 99% e 97% (opção c).

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Amostras de leite total (leite do tanque) de 33 rebanhos foram coletadas na plataforma de recepção da indústria laticinista e cultivadas para detectar patógenos específicos (contagiosos) da mastite. Foi feita a contagem de células somáticas (CCS) das amostras utilizando o equipamento Fossomatic 90. Em 13 e 12 rebanhos avaliaram-se duas e três amostras semanais consecutivas, respectivamente, e em oito avaliou-se apenas uma. Foram também examinadas três amostras diárias consecutivas do leite do tanque e amostras dos quartos mamários individuais, coletadas na própria fazenda, de todas as vacas em lactação de quatro rebanhos (A, B, C e D). As amostras de leite dos quartos mamários individuais foram cultivadas em ágar sangue e as amostras do tanque, em placas de TKT, Sal Manitol, MacConkey e Sabouraud contendo cloranfenicol. Dos 33 rebanhos cujas amostras foram obtidas na plataforma de recepção da indústria, isolou-se Staphylococcus aureus de 26, nove desses em associação com Streptococcus agalactiae e em três rebanhos isolou-se somente S. agalactiae. Nove rebanhos tiveram CCS acima de 500.000 ml-1 e 21, abaixo de 400.000 ml-1. Em cinco dos nove rebanhos com CCS acima de 500.000 ml-1 foram isolados S. aureus e S. agalactiae, em três, apenas S. aureus e em um, apenas S. agalactiae. Seis rebanhos apresentaram CCS abaixo de 200.000 ml-1; de um deles foram isolados S. aureus e S. agalactiae, de três, S. aureus e os outros dois foram negativos para estes dois patógenos. Os resultados encontrados nos quatro rebanhos cujas amostras foram coletadas na própria fazenda mostraram que S. aureus foi isolado nas seguintes porcentagens dos animais: 1,8%, 19,2%, 17,0% e 8,4% e dos quartos mamários: 0,9%, 5,9%, 5,4% e 2,2%, respectivamente, para os rebanhos A, B, C e D. S. agalactiae foi isolado dos rebanhos A, C e D. Nestes três rebanhos, as porcentagens de isolamento foram, respectivamente, 1,8%, 10,6% e 8,4% para as vacas e 0,46%, 3,8% e 3,7% para os quartos mamários. S. aureus foi isolado de todas três amostras do tanque dos rebanhos A, B e D. Somente a terceira amostra do rebanho C foi positiva para S. aureus. S agalactiae foi recuperado de todas as amostras do rebanho D, duas do rebanho C e de uma do rebanho A. Todas as amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D apresentaram contaminação com coliformes e somente uma das amostras coletadas na plataforma de recepção da indústria foi negativa para coliformes. Leveduras foram isoladas de 16 amostras coletadas na indústria e de todas amostras do tanque dos rebanhos A, B, C e D. Não foram isolados coliformes ou leveduras dos quartos mamários dos animais destes rebanhos, sugerindo que ocorreu contaminação do leite durante ou após a ordenha, provavelmente devido a deficiências nos processos de limpeza e higienização. A análise dos resultados das culturas do leite do tanque mostrou que o exame foi específico para detectar os patógenos contagiosos da mastite. A sensibilidade do teste aumentou quando se examinaram mais de duas amostras consecutivas.

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No presente estudo pretendeu-se verificar a sensibilidade toxicológica e especificidade do Teste de Microfixação de Complemento (MCF) na detecção de toxinas botulínicas C e D no sobrenadante de cultivos bacterianos e em fígados de camundongos inoculados com doses letais e subletais. As toxinas foram produzidas em meio de cultura Hemoline, tituladas através da determinação da DL50 pelo Bioensaio em Camundongo e diluídas nas concentrações de 10, 1, 0,1, 0,01 e 0,001 DL50. Desta forma, foram utilizadas em dois modelos experimentais, onde foi determinada a sensibilidade toxicológica do MCF no sobrenadante do meio de cultura com as diluições descritas acima e ainda em extratos hepáticos de camundongos com peso corporal de 20g, inoculados com as mesmas diluições. A tentativa de evidenciação das toxinas botulínicas nos extratos hepáticos de camundongos foi realizada através da sua extração após a morte pela administração das doses letais e ainda pelo sacrifício dos animais inoculados com doses subletais, em intervalos de 5 dias. Os resultados evidenciaram uma sensibilidade toxicológica para o MCF de 100% para os dois tipos de toxinas ao nível de 0,01 DL50, quando testados os sobrenadantes de meio de cultura, portanto 100 vezes superior ao Bioensaio em Camundongo. A sensibilidade toxicológica do MCF, quando examinados extratos hepáticos de camundongos inoculados com 1 e 10 DL50 de toxinas botulínicas C e D, foi inferior, com valores de 100, 80, 89 e 72%, respectivamente. Pelo teste foi possível detectar toxinas botulínicas tipos C e D nos extratos hepáticos de camundongos inoculados com doses subletais até 15 dias após a sua inoculação. A especificidade do MCF foi de 88 e 92%, quando testados extratos hepáticos de camundongos sadios, e confrontados com as antitoxinas C e D; e 100% no sobrenadante do meio de cultura. Os resultados apontam para uma possível utilização do teste como importante instrumento de pesquisa e ainda na eventual substituição dos testes in vivo pelas suas implicações éticas e limitações práticas.