151 resultados para Seguro de acidentes
Resumo:
Esta pesquisa teve por objetivo avaliar os riscos de acidentes em atividades de poda de árvores na arborização urbana do Distrito Federal. A coleta de dados foi feita com a aplicação de um questionário em forma de entrevista individual. Responderam ao questionário 94% dos funcionários, sendo 92% do total dos operadores de motosserra e 95% do total de auxiliares. Além disso, foi realizada uma avaliação qualitativa do risco de acidentes nas máquinas e equipamentos de poda e nos veículos de transporte dos trabalhadores, com a aplicação de um "checklist". De acordo com os resultados, para a maioria dos operadores de motosserra (78,3%), os equipamentos de proteção individual eram importantes e já os protegeram contra acidentes. Com relação ao índice de acidentes, 56,5% dos operadores de motosserra afirmaram que sofreram algum tipo de acidente na empresa, e 65,2% desses já presenciaram acidente no trabalho. Entre os auxiliares, 87,2% responderam que o uso de equipamentos de proteção individual já evitou a ocorrência de acidentes no trabalho, 30,8% disseram que sofreram acidente decorrente da atividade de poda e 48,7% presenciaram acidentes no trabalho. Quanto aos equipamentos avaliados, todas as motosserras estavam em bom estado de conservação e possuíam sistema de segurança adequado. A maioria dos baús adaptados para o transporte dos trabalhadores sobre os caminhões apresentava má distribuição e insuficiência de janelas de ventilação. Os assentos tinham pouca inclinação para a coluna, e os cintos de segurança de duas pontas estavam mal fixados. Para um melhor desenvolvimento do trabalho, recomendam-se melhorar e facilitar o fornecimento dos equipamentos de proteção individual aos trabalhadores, oferecer cursos de aperfeiçoamento de técnicas de segurança no trabalho e treinamento aos recém-admitidos e melhorar o veículo de transporte dos trabalhadores, tanto no quesito segurança quanto no quesito conforto.
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OBJETIVO: avaliar os acidentes com material biológico entre estudantes de medicina estagiando em um pronto-socorro de trauma e identificar as principais situações relacionadas, causas atribuídas e prevenção. MÉTODOS: estudo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário, aplicado via internet, contendo perguntas fechadas de escolha múltipla, referentes a acidentes com material biológico. A amostra obtida foi 100 estudantes. RESULTADOS: trinta e dois se acidentaram com materiais biológicos. As atividades de maior risco foram anestesia local (39,47%), sutura (18,42%) e recapeamento de agulha (15,79%). As principais vias de exposição ao material biológico foram contato com olho ou mucosa, com 34%, através de seringa com agulha com 45%. Após a contaminação, apenas 52% notificaram o acidente ao setor responsável. CONCLUSÃO: as principais causas de acidente encontradas e vias de exposição podem ser atribuídas a diversos fatores, como falta de treinamento e ao não uso de equipamentos de proteção individual. Ações preventivas e educativas são de extrema importância para diminuir a incidência dos acidentes com materiais biológicos e melhorar a conduta pós-exposição. É preciso entender as principais causas atribuídas e situações relacionadas a fim de implantar medidas gerais e eficazes.
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OBJETIVO: demonstrar o protocolo e a experiência do serviço no TNO de lesões esplênicas contusas grau IV (classificação da Associação Americana de Cirurgia do Trauma). MÉTODOS: estudo retrospectivo baseado em registro de trauma de hospital universitário no período de 1990 a 2010. Prontuários de todos os pacientes com lesão esplênica foram revisados e os doentes tratados de modo não operatório com lesão grau IV foram incluídos no estudo. RESULTADOS: noventa e quatro pacientes com lesão esplênica contusa grau IV foram admitidos neste período. Vinte e seis (27,6%) apresentaram os critérios para o TNO. A média de pressão arterial sistólica na admissão foi de 113,07 ± 22,22mmHg, RTS = 7,66 ± 0,49 e ISS = 18,34 ± 3,90. Dez pacientes (38,5%) necessitaram de transfusão sanguínea, com uma média de 1,92 ± 1,77 concentrado de hemácias por paciente. Lesões abdominais associadas estavam presentes em dois pacientes (7,7%). O TNO falhou em dois pacientes (7,7%), operados devido à piora da dor abdominal e choque hipovolêmico. Nenhum paciente desenvolveu complicações relativas ao baço e não houve óbito na presente casuística. A média de dias de internação foi 7,12 ± 1,98 dias. CONCLUSÃO: o tratamento não operatório de lesões esplênicas grau IV no trauma abdominal contuso é seguro seguindo-se rígido protocolo.
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OBJETIVO: avaliar se a Lei Seca cumpriu sua meta após três anos da promulgação. MÉTODOS: estudo retrospectivo dos pacientes com fraturas craniofaciais submetidos a tratamento cirúrgico em um hospital universitário, em dois períodos: antes (2005 a 2008) e após a implantação da lei (2008 a 2011). RESULTADOS:foram operados 265 pacientes (220 homens e 45 mulheres) nesse período sendo, 149 (56%) antes da lei e 116 (44%) após a lei, indicando redução no número de traumatismos (p=0,04). Houve predomínio da faixa etária entre 19 e 40 anos, em ambos os períodos. As principais causas dos traumas foram os acidentes automobilísticos, as agressões físicas e as quedas. O abuso de álcool foi identificado em 15,4% dos pacientes antes e 19% após a lei. A mandíbula e o complexo maxilozigomático foram os ossos mais acometidos. CONCLUSÃO:a redução no número de politraumatizados operados ficou aquém do esperado e almejado.
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Objetivo: determinar a capacidade do sulfato de magnésio na prevenção da eclâmpsia em um grupo de gestantes com pré-eclâmpsia. Métodos: estudo caso-controle em 489 gestantes com o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) internadas no HCPA no período de janeiro de 1990 a janeiro de 1997. Para a aferição dos dados, as gestantes foram divididas em dois grupos: as que fizeram uso de sulfato de magnésio (grupo I) e as que não fizeram uso do sulfato de magnésio (grupo II). Todas as pacientes foram manejadas de acordo com o protocolo do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HCPA para tratamento de gestantes com HAS. Foram aferidas as seguintes variáveis: idade materna, raça, número de convulsões, número de convulsões em gestantes com uso de sulfato de magnésio, tempo de uso de sulfato de magnésio antes e após o parto, mortalidade materna; necessidade de internação em UTI, necessidade de ventilação assistida, e tempo de internação após o parto. Os dados foram avaliados por meio do pacote estatístico Epi-Info 6.0 com análise multivariada. A principal medida foi o uso de sulfato de magnésio. Resultados: não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos de usuárias ou não de sulfato de magnésio quanto à idade materna, idade gestacional ou raça. As gestantes que receberam MgSO4 apresentaram médias de pressões diastólica e sistólica significativamente maiores. O grupo de usuárias de sulfato de magnésio teve maior tempo de internação hospitalar e mais necessidade de internação em UTI. A necessidade de uso de respirador artificial e o índice de morte materna foram semelhantes nos dois grupos. Vinte e duas pacientes das 353 gestantes apresentaram uma ou mais convulsões antes da internação. Seis gestantes (27,3%) apresentaram um ou dois novos episódios de convulsão e nenhuma paciente apresentou três ou mais convulsões após o uso sulfato de MgSO4. Conclusões: os resultados do estudo sugerem que as convulsões eclâmpticas podem ser evitadas pela utilização profilática rotineira do sulfato de magnésio.Deve ser considerada uma medida arriscada e indefensável, sob o ponto de vista ético, a decisão de não-utilização profilática do sulfato de magnésio em pacientes pré-eclâmpticas que estejam em trabalho de parto, ou que apresentem sinais clínicos de iminência de convulsão.
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A revisão da literatura pertinente indica que as opiniões sobre a importância dos acidentes ofídicos, como causa de mortes em bovinos no Brasil, são divergentes no meio veterinário. Enquanto alguns acreditam que são pouco importantes, ou que têm menor significado do que lhes é atribuído, outros são da opinião que esses acidentes são freqüentes. Verificou-se que só foi relatado diagnóstico fundamentado de dois casos fatais de envenenamento por Bothrops spp em bovinos, e de nenhum por Crotalus spp. Um questionário por nós submetido a patologistas e clínicos veterinários que atuam em diversos Estados do país, revelou apenas raros casos suspeitos de envenenamento ofídico fatal em bovinos no Brasil. Em nossas viagens de estudo e nos trabalhos de diagnóstico nunca estabelecemos o diagnóstico de morte por acidente ofídico em bovinos. Os casos tidos como envenenamento ofídico, na sua grande maioria, são apenas suposições, sem embasamento. Esses "diagnósticos", em geral, são feitos à distância dos animais que morreram, à revelia de exame clínico, necropsia e estudo histopatológico. Importante foi a constatação de que, no Brasil, embora algumas serpentes do gênero Bothrops possam, teoricamente, produzir quantidades suficientes de veneno para matar um bovino adulto, em experimentos realizados, apenas Bothrops alternatus foi capaz de levar a morte um dos três bovinos experimentalmente por ela picados; esse animal tinha apenas 279 kg. Já as serpentes do gênero Crotalus poderiam inocular quantidades letais de veneno para bovinos adultos. Mesmo assim, tanto para Bothrops spp, como para Crotalus spp, há que se considerar que as serpentes, em geral, só inoculam parte do veneno disponível. Esse estudo indica que é necessário melhor investigar as mortes suspeitas de terem sido causadas por acidente ofídico em bovinos no Brasil. O estabelecimento do diagnóstico de morte por envenenamento ofídico, porém, só é possível pela determinação precisa do quadro clínico-patológico. Com base nos dados disponíveis e em nossa experiência, somos da opinião que os acidentes ofídicos fatais em bovinos são bem menos freqüentes do que se acredita, isto é, sua importância vem sendo bastante superestimada.
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A preservação da audição tem se tornado um objetivo na moderna cirurgia do schwannoma vestibular. OBJETIVO: O nosso estudo visa a analisar a audição pós-operatória de pacientes submetidos à cirurgia por acesso retrolabiríntico pressigmoideo. FORMA DE ESTUDO: Estudo de coorte contemporânea transversal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudamos prospectivamente a audição de 41 pacientes submetidos à cirurgia para exérese de schwannomas vestibulares por acesso retrolabiríntico pressigmoideo entre 1994 e 2004 no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Todos ospacientes apresentavam tumores unilaterais menores que 1.5 cm de diâmetro. Os seguintes parâmetros foram analisados em nosso protocolo: 1- remoção completa do tumor, 2- complicações e dificuldades intra-operatórias, 3- complicações pós-operatórios e 4- avaliação da audição após 90 dias da cirurgia. RESULTADOS: Total exposição do meato acústico interno com conseqüente remoção completa do tumor foi possível na maioria dos casos. Em apenas seis pacientes modificamos o acesso para um translabiríntico clássico no decorrer da cirurgia pela necessidade de ampliar o acesso ao fundo do meato. A audição foi preservada nos mesmos níveis anteriores à cirurgia em 34.1% dos casos. Nesta série nenhuma complicação severa ocorreu. CONCLUSÃO: O acesso retrolabiríntico pressigmoideo é seguro em relação ao nervo facial, possibilita a preservação da audição e apresenta pouca morbidade. Tem a grande vantagem de ser facilmente transformado em translabiríntico clássico quando maior exposição for necessária.
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O acesso direto à região do ângulo pontocerebelar pela via retrolabiríntica é seguro, entretanto, não permite a visão direta de todo o meato acústico interno (MAI) pela otomicroscopia. Os endoscópios podem ser utilizados na exploração do MAI por esta via. OBJETIVO: Nosso objetivo é avaliar a capacidade de inspeção do MAI com endoscópios de diferentes angulações. FORMA DE ESTUDO: Estudo anatômico. MATERIAL E MÉTODO: Estudamos 40 ossos temporais humanos nos quais realizamos acessos retrolabirínticos. Nestes ossos, medimos as distâncias ocultas do MAI, em seus quatro quadrantes, utilizando o microscópio cirúrgico e os endoscópios de 0º, 30º e 70º. RESULTADOS: Observamos que as distâncias ocultas medidas foram diminuindo, com significância estatística, conforme o instrumento utilizado, nesta seqüência: microscópio, endoscópio de 0º, 30º e 70º. Somente o endoscópio de 70º permitiu a visão do fundo do MAI em todos os quadrantes, o que ocorreu em 27,5% dos casos. A visão parcial do fundo do MAI foi obtida em 67,5% dos ossos com o endoscópio de 70º e em 12,5% com o endoscópio de 30º, não tendo sido obtida em nenhum caso com o uso do endoscópio de 0º ou do microscópio. As médias de distâncias ocultas no quadrante ântero-superior, medidas com o microscópio e endoscópios de 0º, 30º e 70º foram respectivamente: 10,4mm, 7,3mm, 4,3mm e 1,1mm. CONCLUSÕES: O endoscópio de 70º demonstrou ser significativamente superior aos demais instrumentos na inspeção do MAI e sugerimos que ele seja considerado o instrumento de escolha na inspeção do MAI nos acessos retrolabirínticos.
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A síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é, atualmente, considerada um problema de saúde pública por causar aumento da morbi-mortalidade cardiovascular e acidentes de trânsito. A polissonografia assistida é o padrão-ouro para o diagnóstico e acompanhamento destes pacientes. No entanto, por ser onerosa, demorada e de acesso restrito, outros métodos tem sido desenvolvidos. A escala de sonolência de Epworth (ESE) é uma avaliação subjetiva, porém, rápida, sem custos e simples de ser aplicada. OBJETIVO: Avaliar a correlação entre a pontuação da ESE e o índice de apnéia e hipopnéia (IAH) da polissonografia de pacientes com SAHOS. FORMA DE ESTUDO: Clínico retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Revisão de prontuário de 66 pacientes com queixa de roncopatia que foram submetidos a procedimento cirúrgico (uvulopalatofaringoplastia com ou sem abordagem nasal). Avaliaram-se a pontuação da ESE e o IAH da polissonografia pré e pós-operatórios. RESULTADOS: 78,7% pacientes com grau normal de IAH tiveram pontuação de ESE menor do que 10 e 65% pacientes com grau severo de IAH tiveram pontuação maior do que 10. Não houve resultados estatisticamente significantes para os grupos moderado e leve. CONCLUSÃO: A escala de Epworth pode distinguir os graus normais e severos sem, no entanto, determinar os graus moderado e leve. Assim, pode ser utilizada para acompanhamento de pacientes com SAHOS sem, no entanto, substituir a polissonografia uma vez que não consegue avaliar todos os graus de severidade.
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Cistos odontogênicos são lesões pouco comuns que podem ocorrer após inflamação da polpa dentária. A abordagem terapêutica destes cistos é realizada em consultórios odontológicos e, dependendo de sua extensão, pode ocasionar a formação de fístula oroantral e rinossinusite crônica. O objetivo deste trabalho é propor o tratamento videoendoscópico do cisto odontogênico com expressão em seio maxilar. Realizou-se um estudo retrospectivo de quatro casos de cistos de origem dentária, com extensão intra-sinusal, complicados com fístula oroantral e sinusite crônica de seio maxilar após curetagem em consultório odontológico. Utilizamos a técnica videoendoscópica via transmaxilar para acessarmos o cisto intra-sinusal. Os quatro pacientes apresentaram resolução do quadro infeccioso e cicatrização da fístula oroantral, sem recidiva durante o seguimento. A cirurgia videoendoscópica é um método seguro e efetivo para tratamento do cisto odontogênico descrito, podendo contribuir para prevenir a formação de fístula oroantral e supuração de seio maxilar.
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A fratura de mandíbula ocupa o segundo lugar entre as fraturas dos ossos da face, tendo havido aumento significativo de casos nos últimos anos. A não-identificação e o tratamento inadequado podem levar à deformidade estética ou funcional permanente. OBJETIVO: Avaliar os casos submetidos à redução de fratura de mandíbula no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, entre janeiro de 1974 e dezembro de 2002. FORMA DE ESTUDO: coorte historica. PACIENTES E MÉTODO: Duzentos e noventa e três pacientes foram submetidos à redução de fratura de mandíbula e retrospectivamente foram avaliados segundo fatores relacionados a: paciente, trauma, quadro clínico e tratamento cirúrgico. RESULTADOS: Houve uma clara tendência de aumento do número de fraturas de mandíbula ao longo dos anos. Houve um predomínio no sexo masculino (4:1), com pico de ocorrência entre 20 a 29 anos. As principais causas de fratura da mandíbula neste estudo foram acidentes de trânsito e violência, perfazendo juntas 72,4%. Cento e trinta e cinco pacientes apresentavam fratura única. Os sítios mais acometidos foram, em ordem decrescente, sínfise, côndilo, ângulo, corpo, ramo e processo coronóide. Foram realizadas redução incruenta (28), cruenta (213) e associação das duas (11 pacientes), sendo que 56,8% dos pacientes foram tratados nos primeiros 3 dias e 50,4% recebeu a alta hospitalar até o primeiro pós-operatório. Cerca de 10% dos pacientes apresentaram complicações, sendo osteomielite a mais freqüente. CONCLUSÃO: A incidência de fraturas de mandíbula foi marcadamente maior no sexo masculino, durante a terceira década de vida. A causa mais comum foi o acidente de trânsito e as regiões mais atingidas foram sínfise e côndilo. As fraturas isoladas de mandíbula ocorreram em mais de metade dos casos. A maioria dos pacientes foi tratada nos primeiros três dias e recebeu alta até o primeiro pós-operatório. A redução cruenta foi tratamento mais comumente empregado. A complicação mais freqüente foi a osteomielite.
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O tratamento do zumbido é, ainda nos dias de hoje, um grande desafio para os otorrinolaringologistas. Várias lacunas persistem em sua fisiopatologia, tendo como resultado vários tipos de tratamento, com resultados muito irregulares. O acamprosato é uma droga utilizada no tratamento do alcoolismo, devido à sua ação reguladora da transmissão glutamatérgica e GABA-érgica, nunca tendo sido empregado no tratamento do zumbido. OBJETIVO: Avaliar a segurança e eficácia do uso do acamprosato, no tratamento do zumbido de causa neurossensorial. FORMA DE ESTUDO: ensaio clinico randomizado. MATERIAL E MÉTODO: 50 pacientes com zumbido de causa neurossensorial foram divididos em 2 grupos, 25 recebendo acamprosato e 25 placebo por 3 meses, em um estudo prospectivo duplo-cego, sendo analisados os efeitos terapêuticos e efeitos colaterais, de acordo com escala (nota) de 1 a 10, atribuída pelo próprio paciente. RESULTADOS: Foi observado algum grau de melhora sintomatológica em 86,9% dos pacientes, sendo que em 47,8% dos casos observamos melhora superior a 50%, dados estatisticamente significativos em relação ao placebo. A incidência de efeitos colaterais encontrada foi baixa (12%) e de intensidade leve, com boa tolerabilidade geral. CONCLUSÃO: O acamprosato, medicação utilizada no tratamento do alcoolismo, é eficaz e seguro para o tratamento do zumbido de causa neurossensorial, com percentual de melhora superior à maioria das medicações utilizadas para o tratamento do zumbido, constituindo uma excelente alternativa terapêutica.
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Corpos estranhos de fossas nasais são acidentes comuns em crianças, podendo, de acordo com a literatura, levar a complicações supurativas e bronco-aspiração do corpo estranho. O diagnóstico é feito quase sempre pela rinoscopia anterior, mas a nasofibroscopia e exames radiológicos podem ser úteis. OBJETIVO: Analisar um total de 420 casos de corpos estranhos de fossas nasais removidos no serviço de ORL-EPO do Hospital Municipal Souza Aguiar quanto a vários parâmetros como sexo, idade, tipo e complicações. MATERIAL E MÉTODO: 420 casos de corpos estranhos de fossas nasais removidos no serviço de Otorrinolaringologia e Endoscopia Per-oral (ORL-EPO) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no período de dezembro de 1992 a dezembro de 1998, quanto aos parâmetros acima referidos. RESULTADOS: Foi encontrada uma maior incidência na faixa etária de 0 a 4 anos, sendo os mais comuns, pela ordem fragmentos de espuma, fragmentos de material plástico, grãos de feijão e fragmentos de papel. As complicações ocorreram em 9,05% dos casos, sendo as mais comuns a epistaxe e a vestibulite. CONCLUSÃO: Os corpos estranhos de fossas nasais são acidentes encontrados principalmente na faixa etária de 0 a 4 anos, sendo os mais comuns, em nossa casuística, os fragmentos de espuma e pequenos artefatos de plástico. Complicações não são freqüentes, sendo as mais encontradas a epistaxe e vestibulite nasal.
Resumo:
O trauma facial apresenta incidência crescente nas últimas quatro décadas, principalmente devido ao aumento dos acidentes automobilísticos e da violência urbana, que continuam sendo as principais causas desses traumatismos em indivíduos jovens. OBJETIVO: Estudar as características da população vítima de trauma facial através das variáveis sexo, idade, profissão, tipo de fratura e suas causas. FORMA DE ESTUDO: clínico retrospectivo com coorte transversal. MAETERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo por consulta a prontuários de 513 pacientes vítimas de trauma facial. RESULTADOS: Houve maior incidência de trauma de face em homens (84,9%), brancos (82,7%) e com idade média de 29 anos. Quanto à profissão, estudantes (16,6%) e pedreiros (11,2%) foram os mais acometidos. A mandíbula foi o local mais afetado (35%), seguido do zigoma (24%) e do nariz (23%), sendo que a maioria dos pacientes tinha fratura única de face (81,5%). Dentre as causas, destacaram-se os acidentes automobilísticos (28,3%), agressões (21%) e as quedas acidentais (19,5%). CONCLUSÕES: Os acidentes automobilísticos continuam sendo a principal causa de trauma de face, principalmente de fraturas múltiplas devido à grande transmissão de energia cinética.
Resumo:
A orbitopatia de Graves pode levar à exoftalmia significativa com alterações cosméticas até à própria perda visual. O tratamento cirúrgico desta doença era então realizado através de descompressão orbitária por via externa. Entretanto, técnicas minimamente invasivas através da descompressão orbitária por via endoscópica agora são possíveis, possibilitando a remoção da parede medial e inferior da órbita sem a realização de incisões cutâneas ou gengivais, permitindo a redução média da proptose comparável com as técnicas externas. Este artigo de revisão tem por objetivo descrever os passos técnicos em detalhe, enfocando suas vantagens e desvantagens. A descompressão orbitária por via endoscópica é um procedimento seguro e efetivo para o tratamento da exoftalmia tireoideana.