227 resultados para Pragas
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a preferência alimentar de adultos do bicudo-do-algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman, 1843 (Coleoptera: Curculionidae), por duas cultivares de algodão (Gossypium hirsutum L.) com frutos de diferentes idades. Foram realizados quatro experimentos em laboratório, avaliando-se o número de orifícios de alimentação. Maçãs de 2, 8 e 12 dias de idade, das cultivares IAC-20 e Reba P288, foram oferecidas aos insetos, confinados em recipientes, com opção de escolha quanto à idade e cultivar (primeiro experimento), sem opção de escolha quanto à idade e cultivar (segundo experimento), sem opção de escolha quanto à cultivar e com opção quanto a idade (terceiro experimento) e sem opção quanto à idade e com opção de escolha quanto à cultivar (quarto experimento). Observou-se preferência por maçãs da cultivar IAC-20 com dois dias de idade, com uma redução de danos de 23,53% e 78,43%, respectivamente, aos oito e aos doze dias de idade.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial forrageiro de cultivares de alfafa na região de Cerrado do Estado de Minas Gerais. Odelineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. Durante os períodos de seca e das águas, foram observadas diferenças significativas entre as cultivares quanto ao potencial de produção de forragem, teor de proteína bruta, relação folha/caule e tolerância a pragas e doenças. As cultivares Crioula e P 30 destacam-se das demais em relação ao potencial produtivo e resistência a pragas e doenças e são recomendadas para a região dos Cerrados da Zona Metalúrgica de Minas Gerais.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a esporulação de dois isolados (JAB 02 e JAB 45) de Verticillium lecanii (Zimm.) Viégas, submetidos a diferentes valores de pH (4, 5, 6, 7, 8, 9) inicial do meio de cultivo sólido, de temperatura (19, 22, 25, 28 e 31ºC) e fotoperíodo (0, 12 e 24 horas). Após 20 dias de cultivo, não se observou efeito do pH inicial do meio no crescimento e esporulação dos isolados, exceto no pH 4,0 que reduziu o crescimento. A ausência de iluminação proporcionou a melhor condição para o crescimento de JAB 02 (32,70 mm) e JAB 45 (32,67 mm). Não houve efeito do fotoperíodo na produção de esporos. As melhores temperaturas para o crescimento de JAB 02 foram 19, 22 e 25ºC e para JAB 45 foram 19 e 25ºC. Este último isolado apresentou melhor esporulação a 19 e 22ºC, mas a temperatura não influenciou a esporulação de JAB 02. Não houve desenvolvimento dos isolados a 31ºC.
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Ninfas de Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) têm sido criadas em laboratório com larvas de Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae). No entanto, não existem relatos sobre a predação, no campo ou em laboratório, de P. nigrispinus em Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), uma das principais pragas de inúmeras culturas no Brasil. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o desenvolvimento ninfal e características reprodutivas do percevejo predador P. nigrispinus em lagartas de S. frugiperda e em larvas de T. molitor, em laboratório. A presa S. frugiperda proporcionou ao predador menor longevidade, maior produção e viabilidade de ovos do que as larvas de T. molitor. Esses resultados demonstram que a lagarta S. frugiperda melhora as características reprodutivas de P. nigrispinus, de forma que a sua utilização como presa alternativa pode servir para incrementar a produção massal desse inimigo natural.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade dos inseticidas acetamipride (0,05 g L-1 de i.a.), clorfenapir (0,12 g L-1 de i.a.), imidaclopride (1,16 g L-1 de i.a.), tiaclopride (0,48 g L-1 de i.a.) e tiametoxam (0,05 g L-1 de i.a.) a Trichogramma pretiosum em diferentes fases imaturas. Ovos de Anagasta kuehniella foram aderidos em cartelas de cartolina azul e expostos ao parasitismo de T. pretiosum por 48 horas. Os ovos supostamente parasitados, contendo os parasitóides no período de ovo-larva e nas fases de pré-pupa e pupa, foram imersos nas caldas químicas e em água (testemunha) por cinco segundos, e mantidos em câmara climatizada a 24±1ºC, UR de 70±10% e 12 horas de fotófase. Clorfenapir e imidaclopride reduziram em 76,0% e 64,4%, respectivamente, a emergência de indivíduos da geração F1 de T. pretiosum. A razão sexual dos indivíduos da geração F1 não foi afetada por nenhum dos compostos avaliados, variando de 0,7 a 0,8. Clorfenapir reduziu em aproximadamente 50% a taxa de parasitismo de T. pretiosum da geração F1. Acetamipride e tiametoxam foram inofensivos ao parasitóide e podem ser utilizados em associação com essa espécie no controle de pragas na cultura do tomateiro.
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O objetivo deste trabalho foi quantificar os teores de zingibereno em populações segregantes (F2) do segundo retrocruzamento para Lycopersicon esculentum a partir da espécie selvagem L. hirsutum var. hirsutum, e verificar a relação entre estes teores e a densidade de tricomas glandulares e a repelência a Tetranychus evansi. Na quantificação do zingibereno, utilizou-se um método espectrofotométrico; os tricomas foram contados a partir de cortes paradérmicos e a resistência a ácaros foi avaliada por um bioteste de repelência. A seleção indireta quanto ao teor de zingibereno promoveu aumentos correlacionados no número de tricomas glandulares e na repelência ao ácaro, e o zingibereno nos tricomas glandulares participou efetivamente na resistência aos ácaros. A densidade de tricomas glandulares influencia de maneira determinante os teores de zingibereno, sendo que o tricoma tipo VI destacou-se por apresentar alta correlação com este aleloquímico. Os teores de zingibereno e a sua relação com tricomas glandulares e com a resistência a artrópodos-pragas se mantiveram ao longo dos retrocruzamentos, evidenciando a possibilidade de obtenção de plantas resistentes via seleção indireta para alto teor de zingibereno nos folíolos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e econômico do milho em cinco níveis de manejo e três épocas de semeadura. O experimento foi conduzido nos anos agrícolas 2001/2002 e 2002/2003, em Eldorado do Sul, RS, Brasil. Os tratamentos constaram de três épocas de semeadura (agosto, outubro e dezembro) e cinco níveis de manejo (baixo, médio, alto, potenciais I e II), diferenciados quanto à espécie de cobertura do solo no inverno, à cultivar, ao arranjo de plantas, ao nível de adubação química, ao regime hídrico e ao controle de plantas daninhas, pragas e doenças. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições. O fator época de semeadura foi locado na parcela principal e os níveis de manejo, na subparcela. Com a melhoria das práticas de manejo e adoção de cultivares com maior potencial produtivo, houve maior rendimento de grãos nas semeaduras de agosto e de outubro, o que propiciou maior retorno econômico, principalmente na semeadura de outubro. Em dezembro, não ocorreu retorno econômico ao maior investimento realizado em manejo. Em agosto e outubro, foi possível associar as máximas eficiências técnica e econômica, por meio do aumento do nível de manejo e da escolha de cultivar com maior potencial de rendimento.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de fungicida na morfologia e no teor da cera epicuticular, em duas cultivares de café, uma resistente à ferrugem (Obatã) e outra suscetível (Catuaí Vermelho). As plantas foram agrupadas por tratamento - com fungicida e sem fungicida -, coletando-se folhas do quinto e sexto nós, uma para estudo da morfologia e duas para avaliação do teor de cera. A aplicação do fungicida diminuiu o teor da cera e alterou sua morfologia, provocando rupturas e desaparecimento dos cristalóides, o que pode tornar a planta mais suscetível a doenças, pragas e estresse hídrico. As cultivares diferem quanto ao teor e morfologia da cera, o que pode estar relacionado com a resistência à ferrugem na cultivar Obatã.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação do inseticida deltametrina, aplicado em grãos de trigo, com o ácaro parasita Acarophenax lacunatus e seu impacto sobre o desenvolvimento de Rhyzopertha dominica. Grãos de trigo (13% de teor de água) foram tratados com diferentes doses de deltametrina (0,00, 0,125, 0,25, 0,375, 0,50, 0,625, 0,75, 0,875 e 1,00 mg i.a. kg-1). As unidades experimentais consistiram de placas de Petri contendo 30 g de grãos tratados, ou não, com o inseticida, infestados com 30 adultos de R. dominica. Cinco dias depois da infestação, foram inoculados cinco ácaros parasitas por unidade experimental, em sete repetições. As unidades experimentais foram armazenadas por 60 dias depois da infestação em câmara climatizada ajustada a 30±1°C, 60±5% UR e escotofase de 24 horas. A taxa instantânea de crescimento de R. dominica apresentou índices negativos para as doses de deltametrina maiores que 0,25 mg i.a. kg-1. A. lacunatus associado a doses de deltametrina menores que 0,5 mg i.a. kg-1 reduz as fases imaturas de R. dominica.
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O objetivo deste trabalho foi monitorar a presença de pragas e seus inimigos naturais em diferentes regiões produtoras de milho. Foram coletadas 7.415 lagartas em plantas de milho, em municípios dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Foi observada associação do parasitóide Exasticolus fuscicornis Cameron (Hymenoptera: Braconidae) com o hospedeiro, lagarta de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), em 1,54% das lagartas coletadas. O ciclo de vida do parasitóide foi de 23,31 dias. A longevidade de machos e fêmeas foi de 15 e 16,5 dias, respectivamente. A razão sexual foi de 0,36.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a seletividade de 12 agrotóxicos usados na produção integrada de maçã, em laboratório (temperatura 25±1ºC, umidade relativa 70±10% e fotófase de 14 horas), tendo-se exposto adultos de Trichogramma pretiosum a resíduos secos dos agrotóxicos, na máxima dosagem recomendada para uso em campo, e tendo-se posteriormente mensurado o número de ovos parasitados por fêmea. Reduções no parasitismo, em relação à testemunha (água), foram utilizadas para classificar os agrotóxicos em inócuo (<30%), levemente nocivo (30-79%), moderadamente nocivo (80-99%) e nocivo (>99%). Foram inócuos os acaricidas Envidor (espirodiclofeno), Kendo 50 SC (fenpiroximato) e Ortus 50 SC (fenpiroximato), os fungicidas Antracol 700 PM (propinebe), Midas BR (famoxadona + mancozebe), Palisade (fluquinconazol), Persist SC (mancozebe) e Systhane PM (miclobutanil) e o inseticida Mimic 240 SC (tebufenozida); o herbicida Polaris (glifosato) foi levemente nocivo; os herbicidas Finale (glufosinato sal de amônio) e Roundup Original (glifosato) foram moderadamente nocivos a T. pretiosum.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar genótipos de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) quanto à resistência à cigarrinha-das-pastagens (Mahanarva spectabilis). Para avaliação da antibiose, aos trinta dias após o plantio, cada planta foi infestada com seis ovos próximos à eclosão, em delineamento inteiramente casualizado, com 30 genótipos e dez repetições. Quarenta e cinco dias após a eclosão das ninfas, avaliou-se a porcentagem de sobrevivência do inseto-praga nos diferentes genótipos. Para avaliação da não-preferência, foram quantificados, quinzenalmente, o número e tamanho de ninfas por vaso, em plantas mantidas em casa de vegetação, onde adultos de M. spectabilis eram periodicamente liberados, em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições por genótipo, em dois períodos de amostragem. Os genótipos Cameroon de Piracicaba, Pioneiro, Cuba 169, Santa Rita, Mineiro Ipeaco, Mercker Comum de Pinda e CNPGL 96-27-3 foram selecionados quanto à resistência, pelo mecanismo de antibiose. O número e o tamanho médio das ninfas variaram significativamente em razão do genótipo de capim-elefante, no estudo da não-preferência. Os genótipos Roxo de Botucatu e Pioneiro são candidatos à testemunha suscetível e resistente, respectivamente, pelo mecanismo de antibiose, e os genótipos Cameroon e Cameroon Piracicaba são promissores pelo mecanismo de não-preferência.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o controle exercido por tiametoxam e pimetrozine, em aplicação foliar ou ao solo, sobre Bemisia tabaci e Aphis gossypii, em algodoeiro, e determinar a interação entre formas de aplicação e a umidade do solo, em diferentes intervalos após a aplicação. Foram aplicados inseticidas via pulverização ou esguicho ao solo, em plantas de algodoeiro submetidas a três faixas de umidade do solo. Os inseticidas foram testados separadamente, em arranjos fatoriais, com formas de aplicação (tiametoxam), pragas (pimetrozine) e teores de umidade no solo como fatores de variação, com as avaliações repetidas no tempo. Foram realizadas avaliações após 3 horas e aos 3, 6, 12, 24 e 32 dias após a aplicação. Os inseticidas, em pulverização, apresentaram controle superior a 80%, até 6 dias depois da aplicação, para mosca-branca e pulgão. O uso de tiametoxam com esguicho, na menor faixa de umidade, propiciou controle inferior a 60%, no dia da aplicação, superior a 90%, aos 3 e 6 dias, e superior a 80%, aos 12 dias após aplicação. O grau de estresse hídrico em que se encontra a planta é importante para a escolha do inseticida e da modalidade de aplicação mais adequados ao controle das pragas avaliadas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi selecionar novas fontes de resistência a Bemisia tabaci biótipo B, entre 34 acessos de tomateiro (Lycopersicon esculentum), do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV. Avaliaram-se os números de adultos, ovos e ninfas por planta, além da densidade de tricomas. Detectaram-se diferenças entre os acessos nas variáveis avaliadas. Os acessos BGH-166, BGH-616, BGH-850, BGH-990, BGH-2102 e BGH-2125 apresentaram menor número de adultos, ovos e ninfas por planta e tiveram menor densidade de tricomas. A resistência dos acessos de tomate à mosca-branca foi associada a uma menor densidade de tricomas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o emprego simultâneo de isca tóxica e da técnica de disrupção sexual, com uso de feromônio sexual, para o controle de Anastrepha fraterculus e Grapholita molesta, em pomar comercial de pessegueiro. Foram utilizados três pomares de 0,5 ha, com os seguintes tratamentos: pomar 1, manejo com isca tóxica (Biofruit 3% + Malathion 500 CE a 200 mL por 100 L), aplicada nas plantas da borda do pomar quando o nível de controle era atingido, e uso da disrupção sexual por meio da aplicação de feromônio (Splat Grafo) em 1.000 pontos por ha; pomar 2, manejo convencional, constituído por pulverizações com inseticidas de contato e ingestão de 2 a 3 vezes ao ano; pomar 3, testemunha, sem controle. A população de adultos das duas espécies e o dano em ponteiros e frutos foram monitorados nas safras 2007/2008 e 2008/2009. O uso simultâneo da isca tóxica e da técnica de disrupção sexual reduziu em mais de 90% a captura de adultos de A. fraterculus e G. molesta. Nas duas safras, os danos reduziram de 62-85% em ponteiros, e de 98-99% nos frutos, em comparação à testemunha sem controle.