333 resultados para Potenciais evocados
Resumo:
OBJETIVO: Estabelecer a evolução da prevalência de desnutrição na população brasileira de crianças menores de cinco anos de idade entre 1996 e 2007 e identificar os principais fatores responsáveis por essa evolução. MÉTODOS: Os dados analisados procedem de inquéritos "Demographic Health Surveys" realizados no Brasil em 1996 e 2006/7 em amostras probabilísticas de cerca de 4 mil crianças menores de cinco anos. A identificação dos fatores responsáveis pela variação temporal da prevalência da desnutrição (altura-para-idade inferior a -2 escores z; padrão OMS 2006) considerou mudanças na distribuição de quatro determinantes potenciais do estado nutricional. Modelagem estatística da associação independente entre determinante e risco de desnutrição em cada inquérito e cálculo de "frações atribuíveis parciais" foram utilizados para avaliar a importância relativa de cada fator na evolução da desnutrição infantil. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em cerca de 50%: de 13,5% (IC 95%: 12,1%;14,8%) em 1996 para 6,8% (5,4%;8,3%) em 2006/7. Dois terços dessa redução poderiam ser atribuídos à evolução favorável dos quatro fatores estudados: 25,7% ao aumento da escolaridade materna; 21,7% ao crescimento do poder aquisitivo das famílias; 11,6% à expansão da assistência à saúde e 4,3% à melhoria nas condições de saneamento. CONCLUSÕES: A taxa anual de declínio de 6,3% na proporção de crianças com déficits de altura-para-idade indica que em cerca de mais dez anos a desnutrição infantil poderia deixar de ser um problema de saúde pública no Brasil. A conquista desse resultado dependerá da manutenção das políticas econômicas e sociais que têm favorecido o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e de investimentos públicos que permitam completar a universalização do acesso da população brasileira aos serviços essenciais de educação, saúde e saneamento.
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OBJETIVO: Descrever a variação temporal na prevalência de desnutrição infantil na região Nordeste do Brasil, em dois períodos sucessivos, identificando os principais fatores responsáveis pela evolução observada em cada período. MÉTODOS: Os dados analisados provêm de amostras probabilísticas da população de crianças menores de cinco anos estudadas por inquéritos domiciliares do programa Demographic Health Surveys realizados em 1986 (n=1.302), 1996 (n=1.108) e 2006 (n=950). A identificação dos fatores responsáveis pela variação na prevalência da desnutrição (altura para idade < -2 z) levou em conta mudanças na freqüência de cinco determinantes potenciais do estado nutricional, modelagens estatísticas da associação independente entre determinante e risco de desnutrição no início de cada período e cálculo de frações atribuíveis. RESULTADOS: A prevalência da desnutrição foi reduzida em um terço de 1986 a 1996 (de 33,9% para 22,2%) e em quase três quartos de 1996 a 2006 (de 22,2% para 5,9%). Melhorias na escolaridade materna e na disponibilidade de serviços de saneamento foram particularmente importantes para o declínio da desnutrição no primeiro período, enquanto no segundo período foram decisivos o aumento do poder aquisitivo das famílias mais pobres e, novamente, a melhoria da escolaridade materna. CONCLUSÕES: A aceleração do declínio da desnutrição do primeiro para o segundo período foi consistente com a aceleração de melhorias em escolaridade materna, saneamento, assistência à saúde e antecedentes reprodutivos e, sobretudo, com o excepcional aumento do poder aquisitivo familiar, observado apenas no segundo período. Mantida a taxa de declínio observada entre 1996 e 2006, o problema da desnutrição infantil na região Nordeste poderia ser considerado controlado em menos de dez anos. Para se chegar a este resultado será preciso manter o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e assegurar investimentos públicos para completar a universalização do acesso a serviços essenciais de educação, saúde e saneamento.
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Estudo do tipo caso-controle cujo objetivo foi descrever os casos e as causas de anafilaxia associada à vacina contra sarampo, caxumba e rubéola. Foram estudados 22 casos notificados em crianças de Curitiba, PR, durante Campanha Nacional de Vacinação de 2004, que apresentaram manifestações mucocutâneas. Para o controle, foram selecionadas 66 crianças vizinhas dos casos, que não apresentaram sintomatologia após a aplicação vacinal. Foram realizadas dosagens séricas de anticorpos para os antígenos vacinais, IgE total e específicas para diversos alérgenos, e testes cutâneos. A resposta vacinal foi adequada, a dosagem de IgE específica e os testes cutâneos mostraram que os alérgenos potenciais constituintes da vacina e a atopia não foram relacionados às reações anafiláticas. Os testes cutâneos com a vacina e o dextrano foram positivos somente nos casos, sugerindo sensibilização por algum componente residual da vacina e possível reação cruzada com o dextrano.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência do cuidado domiciliar a idosos e identificar fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com 598 indivíduos com idade > 60 anos, selecionados em amostragem por conglomerado em dois estágios na cidade de Pelotas, RS, entre 2007 e 2008. O cuidado domiciliar foi definido a partir da resposta positiva à seguinte pergunta: "O(A) Sr.(a) tem alguém aqui na sua casa para cuidar do(a) Sr.(a)?". Dados sobre potenciais fatores associados ao cuidado domiciliar foram coletados em questionário padronizado. Empregou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta nas análises bruta e ajustada levando-se em consideração a amostragem por conglomerados. RESULTADOS: A prevalência de cuidado domiciliar foi de 49,5% (IC95%: 44,5;54,5). Entre aqueles que tinham cuidador, 39,5% relataram ser cuidados por esposo(a), enquanto a opção cuidador contratado foi relatada por 4,7% dos idosos. Na análise ajustada, observou-se associação do cuidado domiciliar com o sexo masculino, ter companheiro(a), aumento da idade e presença de incapacidade funcional para atividades instrumentais da vida diária. A escolaridade e o nível de atividade física apresentaram associação inversa com a ocorrência de cuidado domiciliar. CONCLUSÕES: A alta prevalência de cuidado domiciliar encontrada pode causar sobrecarga aos familiares, responsáveis pela maioria do cuidado prestado. Esses achados são importantes para o planejamento de ações em saúde destinadas à assistência ao idoso e familiares. Atenção específica deve ser destinada a indivíduos com idade avançada, baixa escolaridade e com incapacidade para atividades instrumentais da vida diária.
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OBJETIVO: Identificar fatores associados à perda funcional em idosos residentes na zona urbana. MÉTODOS: Foi realizado estudo de delineamento transversal com amostra populacional de 319 idosos do município de Maceió, AL, em 2009. Para os dados de comprometimento funcional foi utilizada a escala Functional Brazilian Older American Resources and Services Multidimensional Functional Assessment Questionnaire. Foi utilizada análise descritiva, qui-quadrado e análise de regressão para razão de prevalência bruta, sendo o nível de significância adotado de p < 0,05. RESULTADOS: A maioria dos participantes era do sexo feminino (65,8%) e a média de idade foi de 72 anos (dp = 8,83). A prevalência de comprometimento moderado/grave foi de 45,5%, tendo como fatores associados a idade de 75 anos ou mais, até quatro anos de escolaridade, relatar ter duas ou mais doenças crônicas e ser solteiro. CONCLUSÕES: As características dos idosos com comprometimento funcional refletem desigualdades e potenciais impactos desse segmento populacional sobre os serviços de saúde.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência da anemia em crianças, sua tendência temporal e identificar fatores associados. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, de base populacional, envolvendo 1.108 crianças, com idade entre seis e 59 meses, de ambos os sexos, do Estado da Paraíba, em 2007. A hemoglobina foi analisada em sangue venoso com contador automático. Foram considerados para anemia valores < 11,0 g/dL, forma leve 9-11g/dL, moderada 7-9 g/dL e grave < 7,0 g/dL. As condições socioeconômicas e demográficas das crianças foram obtidas por meio de questionário aos pais ou responsáveis. As proporções foram comparadas pelo teste do qui-quadrado de Pearson, e a associação entre as concentrações de hemoglobina e potenciais fatores de riscos foi testada pelo modelo de regressão de Poisson. A tendência temporal da anemia foi avaliada pelo incremento/redução na prevalência de anemia nos anos de 1982, 1992 e 2007. RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 36,5% (IC95% 33,7;39,3). Observa-se que 1,3% (IC95% 0,7;1,8) foi na forma grave, 11,1% (IC95% 9,4;13,5) na forma moderada e 87,6% (IC95% 79,1;91,2) na forma leve. Houve um incremento de 88,5% nos casos de anemia no período entre 1982 e1992 e uma estabilização na prevalência entre 1992 e 2007. A análise ajustada no modelo de Poisson mostrou maior suscetibilidade à anemia nas crianças de seis a 24 meses de idade, naquelas amamentadas por seis meses ou mais, que co-habitavam com mais de quatro pessoas no mesmo domicílio e moravam em casas com menos de cinco cômodos. CONCLUSÕES: A alta prevalência de anemia mostra que continua sendo um importante problema de saúde pública no Estado da Paraíba. Apesar da estabilização na prevalência entre 1992 e 2007, a anemia apresenta-se em elevado patamar, o que impõe medidas mais efetivas de prevenção e controle.
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OBJETIVO: Descrever a frequência de rastreadores de potenciais resultados adversos em internações no Sistema Único de Saúde. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, incluindo as internações de adultos na clínica médica (n = 3.565.811) e clínica cirúrgica (n = 2.614.048) no Brasil em 2007. O Sistema de Informações Hospitalares foi utilizado como fonte de informação. A mensuração dos resultados adversos baseou-se no rastreamento de 11 condições clínicas, definidas em estudos internacionais anteriores, registradas no campo diagnóstico secundário. Foram realizadas análises bivariada e multivariada, no intuito de associar resultado adverso, óbito (variável dependente) e outras variáveis como idade, utilização de unidade de terapia intensiva e realização de cirurgia. RESULTADOS: A frequência obtida foi 3,6 potenciais resultados adversos por 1.000 internações para ambas as clínicas, superior na clínica médica (5,3 por 1.000) em relação à clínica cirúrgica (1,3 por 1.000). Houve diferenças no perfil das internações: na clínica médica predominaram idosos, maior tempo médio de permanência, maior taxa de mortalidade e menor custo total de internação. O rastreador de resultado adverso mais frequente foi pneumonia hospitalar. Choque/parada cardíaca apresentou maior risco de óbito (OR = 5,76) em relação aos demais resultados adversos. Os maiores gastos com internações estiveram relacionados à sepse hospitalar. Os rastreadores de potencial resultado adverso apresentaram altas chances de óbito, mesmo com a introdução de variáveis como uso de terapia intensiva e realização de cirurgia. CONCLUSÕES: A alta frequência de resultados adversos em internações indica a necessidade de desenvolver estratégias de monitoramento e melhorias dirigidas para a segurança do paciente.
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OBJETIVO: Analisar a prevalência de lesões labiais decorrentes da exposição solar e potenciais associações em trabalhadores de praia. MÉTODOS: Estudo transversal com 362 trabalhadores de cinco praias urbanas em Natal, RN, de agosto a dezembro de 2010. Os participantes responderam um questionário validado com dados pessoais, de ocupação e de saúde e passaram por exame clínico dos lábios feito por pesquisadores calibrados. As possíveis associações das variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de saúde geral com a presença de lesões labiais foram avaliadas pelo teste do qui-quadrado para um nível de significância de 5%. A análise multivariada foi feita utilizando-se a regressão robusta de Poisson. RESULTADOS: Dos trabalhadores examinados, 27,1% apresentavam lesões labiais. Desses, 76,8% eram do sexo masculino; 61,6% tinham pele morena ou negra; 94,5% trabalhavam informalmente; e 85,4% trabalhavam expostos ao sol. A maioria (81,1%) relatou uso de algum tipo de fotoproteção: protetor solar (38,7%); protetor labial (15,3%); boné/chapéu (72,4%). Aproximadamente 28% eram fumantes e 48% consumiam álcool regularmente. A fotoproteção com uso de boné/chapéu foi associada à presença de lesões labiais decorrentes da exposição solar. CONCLUSÕES: Observou-se alta prevalência de lesões labiais nos indivíduos expostos ao sol, a qual foi associada ao uso de boné/chapéu como forma de fotoproteção.
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OBJETIVO: Analisar a relação entre interação medicamentosa potencial e reinternação hospitalar. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 1.487 pacientes maiores de 18 anos admitidos em um hospital geral em Vitória da Conquista, BA, de janeiro a dezembro de 2007. Os dados foram extraídos da Autorização de Internação Hospitalar do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde. O relacionamento probabilístico foi empregado para combinar múltiplas autorizações de uma mesma internação em um único registro e para identificar readmissões. Informações sobre prescrições foram agregadas manualmente aos registros do Sistema de Informação Hospitalar. Regressão logística foi utilizada para quantificar a influência de interação medicamentosa potencial e reinternação. Regressão de Cox foi empregada para testar a influência dessa variável no tempo até a primeira reinternação. RESULTADOS: Foram identificadas 99 readmissões (7% dos pacientes). Interação medicamentosa potencial foi encontrada em 35% das prescrições analisadas. Pacientes com potencial de interação medicamentosa na admissão prévia foram mais propensos à reinternação. A razão de chance ajustada indicou que esses pacientes tinham chance 2,4 vezes maior de readmissão; a taxa de risco ajustada mostrou que em pacientes com interação medicamentosa esse risco foi 79% maior (p < 0,01). CONCLUSÕES: Os resultados encontrados neste trabalho sugerem associação entre exposição à interação em internação prévia e risco aumentado de reinternação. Os profissionais de saúde devem atentar para os riscos potenciais de certas combinações medicamentosas e monitorar cuidadosamente pacientes em maior risco, como aqueles com insuficiência renal ou idosos.
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OBJETIVO : Investigar criadouros com moluscos hospedeiros e casos humanos autóctones para esquistossomose. MÉTODOS : Entre julho de 2010 e setembro de 2012 foram realizados: (1) levantamento malacológico para busca ativa de criadouros, coleta e identificação de caramujos Biomphalaria positivos para Schistosoma mansoni em Recife, PE; (2) inquérito de prevalência com 2.718 escolares, de sete a 14 anos, para diagnóstico de casos de esquistossomose; (3) exame clínico e ultrassonografia nos casos positivos para S. mansoni. Os casos foram investigados quanto à sua autoctonia e avaliados clinicamente. Os casos e criadouros foram georreferenciados e espacializados. RESULTADOS : Foram identificados 30 criadouros de B. straminea , quatro deles potenciais focos de transmissão, uma vez que os testes moleculares identificaram DNA de S. mansoni nos caramujos coletados. Foram diagnosticadas 14 crianças com esquistossomose; entre elas, cinco foram consideradas casos autóctones da doença. CONCLUSÕES : Ações emergenciais pela vigilância em saúde são necessárias para evitar que a esquistossomose se endemize em Recife, como acontece em localidades litorâneas do estado de Pernambuco.
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Historicamente a discussão acerca da eticidade dos atos em pesquisas com seres humanos privilegiou os estudos experimentais, pelo maior potencial de danos aos sujeitos envolvidos. Todavia, os estudos observacionais também envolvem riscos e suscitam questões relevantes. Neste artigo pretende-se apresentar e discutir aspectos éticos do desenvolvimento do ELSA-Brasil, um estudo longitudinal e multicêntrico, com financiamento público, no qual os sujeitos da pesquisa e pesquisadores pertencem às mesmas instituições. São descritos os procedimentos adotados para atender às exigências e compromissos éticos e a casuística que orientou as ações segundo seus princípios norteadores (beneficência, autonomia e justiça social). São apresentados alguns problemas morais que exigiram ponderação sobre riscos e benefícios na confluência com os objetivos do estudo e comentam-se peculiaridades de um estudo longitudinal e seus potenciais benefícios.
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Febre Purpúrica Brasileira (FPB) é causada por cepas invasoras de Haemophilus aegyptius (H. influenzae biogrupo aegyptius, Hae). Estas cepas invasoras foram diferenciadas de cepas de Hae associadas apenas a conjuntivites (cepas não invasoras) através de marcadores moleculares específicos. Modelo de ratos recém nascidos depletados de complemento foi aplicado ao estudo de cepas de Hae, associadas e não associadas a FPB, com o objetivo de se caracterizar seus potenciais de virulência. Com dose infectante de 10(5) células, as cepas invasoras causaram bacteriemia em 80-100% dos ratos inoculados,.e a magnitude da bacteriemia variou de 10(2,5±0,49) a > 10(4,69) ufc/ml de sangue. Usando a mesma dose infectante as cepas controles não causaram bacteriemia frequente (0 a 50%) e a magnitude variou de 0 a 10(3,69±0,53) ufc/ml de sangue. As doses infectantes capazes de causar bacteriemia em 50% dos ratos inoculados (DB50%) para as cepas invasoras de Hae variaram de < 10³ a 10(4,2) bactérias, enquanto que para as cepas não invasoras, as DB50% variaram de 10(6,2) a > 10(7,3) bactérias. Imunização passiva com antissoros produzidos com cepas invasoras demonstrou que os ratos foram protegidos das bacteriemias causadas pelas cepas homólogas, mas não da infecção causada pela cepa heteróloga. Comparando a bacteriemia causada pelas cepas de Hae com a bacteriemia causada pelo H. influenzae b, cepa Eagan (Hib), foi demonstrado o maior potencial de invasibilidade de Hib. Este modelo animal demonstrou ser útil para esclarecer o maior potencial de virulência das cepas invasoras de Hae.
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Foi avaliada a atividade inibidora do diflubenzuron na ecdise de larvas do Aedes aegypti, visando à utilização desse produto no controle desse mosquito. Além disso, conhecer a interação do produto com o tipo de criadouro e a suscetibilidade do mosquito. Os bioensaios foram realizados em um fundo de quintal de residência, em sete tipos potenciais de criadouros artificiais: pneu, vidro, cimento-amianto, cimento, lata, plástico e cerâmica. Para cada tipo de criadouro colocaram-se 20 larvas de cada estádio do Aedes aegypti. O mesmo número de larvas foi utilizado para o controle. Foram feitas nove réplicas e as leituras de mortalidade foram em intervalos de 24 horas, após o início dos experimentos, até atingir o índice de 100%. Isto foi obtido a 1 ppm. Não houve diferença significativa entre os períodos médios de sobrevivência das larvas e nem entre os diferentes tipos de criadouros. Houve diferenças significativas entre os estádios, sendo o 3° o mais tolerante. Constatou-se também que as concentrações não interagiram com os estádios e tipos de criadouros, ao nível de 5%.
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O objetivo da pesquisa foi avaliar a pré-triagem sorológica para hepatite B (anti-HBc total) em candidatos à doação de sangue, verificando a associação entre as variáveis sexo, faixa etária, escolaridade e naturalidade. Estudo transversal com dados retrospectivos, tendo como população-alvo candidatos à doação de sangue naturais dos municípios do interior do Acre, que procuraram o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre, no período de janeiro a dezembro de 2002. Dos 673 candidatos incluídos foi constatado reatividade ao anti-HBc total em 54,8%. Sendo observado maior reatividade ao anti-HBc total entre os candidatos do sexo masculino, faixa etária mais avançada e menor grau de escolaridade (p<0,05). A pré-triagem sorológica para hepatite B em candidatos a doação de sangue é uma alternativa viável, visto que, reduz o custo e aumenta a segurança transfusional. A captação de doadores do sexo feminino, jovens e com grau de escolaridade acima do fundamental sinaliza potenciais doadores de sangue para o HEMOACRE.
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O estudo dos hábitos alimentares e do conteúdo intestinal dos flebotomíneos permite a identificação dos hospedeiros, indicando os potenciais reservatórios das leishmanias. Este trabalho objetivou determinar a preferência alimentar de Lutzomyia longipalpis e sua relação com a transmissão da leishmaniose visceral. As capturas mensais foram realizadas em área de transmissão de leishmaniose visceral, município de Várzea Grande, Estado de Mato Grosso, no período de janeiro de 2004 a junho de 2006, utilizando-se armadilhas de luz CDC. Foram capturadas 2.376 fêmeas de Lutzomyia longipalpis, das quais 104 (4,4%) estavam ingurgitadas, sendo 32 (30,8%) capturadas no intradomicílio e 72 (69,2%) no peridomicílio. Após reação de precipitina, observou-se que as fêmeas de Lutzomyia longipalpis alimentaram-se preferencialmente em aves (30,8%) e roedores (21,2%), mas também foram encontradas fêmeas alimentadas de sangue de humanos, gambás, bois, cavalos e cães, demonstrando o caráter oportunista da espécie.