183 resultados para Ponto de vista do trabalhador
Resumo:
Estuda-se a atividade anti-helmíntica de um novo medicamento, o Albendazole, nas nematodíases causadas por Ascaris lumbricoides, Necator americanos e Trichuris trichiura, comparativamente com Mebendazole. Foram tratados 89 pacientes, sendo 48 pelo Albendazole e 41 pelo Mebendazole. Empregou-se o Aivendazole, por via orall, em dose única, de 400 mg, e o Mebendazole em duas tomadi diárias de 100 mg, durante três dias consecutivos, independentemente do peso e da idade dos pacientes. A tolerância a ambos medicamentos foi excelente, sendo nulas as reações colaterais. A análise estatística dos resuiados obtidos não revelou diferença na eficácia terapêutica dos dois medicamentos. Nos casos nâo curados, do ponto de vista parasitológico, a redução do número de ovos foi significativa com ambos os medicamentos utilizados. A inegável vantagem apresentada pelo Albendazole é a possibilidade de sua administração em dose única.
Resumo:
Vinte pacientes com a associação Salmonella-S. mansoni (Grupo 1) e 20 com esquistossomose mansoni hepatesplênica (Grupo 2) foram selecionados para o estudo. Submeteram-se os pacientes dos Grupos le 2 a exame clínico minucioso e a uma série de exames complementares, com destaque para as provas de função renal. Em 10 pacientes do Grupo 1 e 20 do Grupo 2, realizou-se, ainda, estudo histológico do rim à microscopia óptica, de fluorescência e eletrônica. As alterações renais foram mais freqüentes nos pacientes do Grupo 1. Após o tratamento dos pacientes do Grupo 1, com antibióticos e/ou esquistossomicidas, observou-se regressão das alterações renais sob o ponto de vista clínico, laboratorial e imunopatológico. Os autores concluem pela existência de duas nefropatias distintas: a nefropatia esquistossomótica e a encontrada em pacientes com a associação Salmonella-S. mansoni.
Resumo:
Em 1982 e em 1985 foram observados em Humaitá, Estado do Amazonas, respectivamente, uma criança lactente e uma gestante tercigesta, no segundo trimestre da gravidez, ambas com malária pelo Plasmodium falciparum. O lactente, masculino, natural do Amazonas tinha um mês de idade e apresentava malária desde o décimo dia após o nascimento. Sua mãe tinha 19 anos, era natural do Amazonas e apresentara a primo-infecção palustre no dia do parto, desse que era o seu segundo filho. O outro caso era o de uma gestante com 22 anos, natural do Amazonas, que tinha 2 filhos, um de 8 e outro de 6 anos e apresentara três surtos prévios de malária, o primeiro em 1983 e o último em março de 1985. Quando foi atendida estava com malária e no 2º trimestre da gestação. Tanto o lactente, quanto a gestante foram tratados com clindamicina e tiveram cura clínica e parasitária. O lactente provavelmente apresentou malária congênita, ou intraparto, pelo curto período de incubação, que apresentou. Ao contrário do que tem sido descrito em áreas hiperendêmicas a gestante apresentou malária na terceira gestação, embora tenha se comportado como primigesta, do ponto de vista da imunidade, pois os surtos prévios que teve ocorreram após as gestações anteriores.
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A classificação da infecção pelo Trypanosoma cruzi varia de acordo com diferentes critérios. Se considerarmos o mecanismo de transmissão do parasita ela pode ser por triatomineos, transfusão de sangue, congênita, acidental em laboratório, aleitamento, transplante de órgãos e surtos epidêmicos de provável transmissão oral. Esta classificação é útil do ponto de vista epidemiológico ou para o controle da doença. A medida que vamos conhecendo melhor as populações de T. cruzi toma-se possível agrupá-las em tipos ou raças, de acordo com sua composição antigênica, seus perfis enzimáticos, comportamento nas infecções experimentais, suscetibilidade a drogas e outros parâmetros36. Tais estudos procuram estabelecer relações epidemiológicas, clínicas e geográficas. O seguinte exemplo ilustra a utilidade da classificação da infecção pelo agente etiológico. De acordo com as variações enzimáticas, Miles e cols31 verificaram que nos chagásicos do Centro e Leste do Brasil predominam as raças de T. cruzi com zimodemas 2 (Z2), que não são encontradas na região amazônica e na Venezuela, onde existe o T. cruzi Z1 e mais raramente o Z3.
Resumo:
Leishmaniose visceral (calazar) entrou definitivamente como nosologia importante do Estado do Maranhão, Brasil, a partir de 1982. Desde então, vários autores têm trabalhado o tema do ponto de vista de relatos. No entanto, a parte de diagnóstico, tratamento e controle de cura percorreram caminhos difíceis e sempre preocupou os que estudam a doença que se instalou na Ilha de São Luís a partir da desestabilização dos ecótopos da Lutzomya longipalpis, o transmissor mais importante. Após 1993 a constatação de casos com má resposta ao antimoniato-n-metil glucamina (Glucantime®) veio se somar às outras preucupações. O estudo atual mostra como o Sistema Único de Saúde, através dos seus serviços, atua no controle da doença e conclui sobre a existência de refratariedade ao Glucantime® o que impõe maior vigilância no diagnóstico, tratamento e controle de cura dos pacientes.
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Das 7058 amostras de Vibrio cholerae isoladas de pacientes com suspeita de síndrome coleriforme, no período de 1991 a 1993, no Estado do Ceará, foram detectadas duas com as características de múltipla resistência aos antimicrobianos (tetraciclina, ampicilina, eritromicina, sulfametoxazol-trimetoprima) e ao composto vibriostático O/129 (2,4-diamino-6,7-diisopropilpteridina). Do ponto de vista bacteriológico uma amostra foi identificada como V. cholerae sorogrupo O:1, biotipo El Tor e sorovar Inaba e a outra, caracterizada como V. cholerae sorogrupo O:22, classificada bioquimicamente no tipo II de Heiberg. Foi demonstrado que apenas na amostra do sorogrupo O:1, a multirresistência era codificada por um plasmídio, transferível por conjugação para Escherichia coli K12 e amostras sensíveis de V. cholerae O1 e não O1, numa freqüência entre 8x10-2 a 5x10-6. O plasmídio responsável pela multirresistência apresentou um peso molecular de 147 Kb, compatível com as descrições em outras partes do mundo.
Resumo:
Para determinar a prevalência de enteroparasitismo nas aldeias Tembé, foi realizado um inquérito coproparasitológico em toda a população (93 índios), em dezembro de 1996. Os parasitos mais freqüentes foram ancilostomídeos (29,0%), Ascaris lumbricoides (34,4%), Entamoeba histolytica (12,9%) e Giardia lamblia (4,3%). As maiores prevalências de ancilostomídeos e A. lumbricoides foram observadas na aldeia Turé-Mariquita, enquanto que as de E. histolytica e G. lamblia na Acará-Mirim. Não foi observada diferença significativa sob ponto de vista prático entre a média de idade dos índios parasitados e a dos não parasitados. Sexo esteve relacionado apenas a freqüência de ancilostomídeos, bem maior no sexo masculino. Desse modo, a prevalência de enteroparasitas ainda se encontra elevada para alguns agentes, sugerindo que as medidas de atenção devem ser imediatamente incrementadas a fim de se obterem resultados mais positivos no combate ao enteroparasitismo.
Resumo:
Foram estudados prospectivamente 190 chagásicos, do ponto de vista clínico, eletrocardiográfico e abreugráfico do esôfago, no período médio de 13 anos, sendo encontrados 108 (56,8%) com a forma clínica inalterada, 72 (37,9%) com doença progressiva e 10 (5,3%) nos quais houve normalização do eletrocardiograma. Nos 72, em que a doença progrediu, 39 desenvolveram cardiopatia ou agravaram a já existente, 32 evoluíram para, ou pioraram o megaesôfago prévio e, 12 evoluíram para colopatia ou agravaram a já existente. Dentre os 72, 11 tinham formas clínicas associadas. A evolução da cardiopatia foi maior no sexo masculino 29,6% (21/71) que no feminino 15,1% (18/119), p = 0,015. Houve 19 casos novos de cardiopatia e 20 agravaram a cardiopatia prévia. A incidência de megaesôfago foi 14,9% (23/154) e nove agravaram o megaesôfago já existente. A evolução da colopatia foi maior no sexo feminino 9,2% (11/119), que no masculino 1,4% (1/71), p =0,026.
Resumo:
Os escorpiões (Arachnida, Scorpiones), especialmente na área urbana, devido à grande densidade demográfica e possibilidade de confronto, representam risco à saúde pública. A espécie Tityus serrulatus é a mais importante, do ponto de vista médico, causando o maior número de acidentes. Objetivou-se levantar dados epidemiológicos e a ocorrência de acidentes escorpiônicos em Belo Horizonte, entre 1990 e 1997. Os dados foram obtidos no Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Ocorreram 3265 acidentes, sendo a maioria em 1996. Aconteceram 6 acidentes fatais. Com maior incidência nos meses de janeiro, o sexo masculino, os membros superiores e a faixa etária entre 25 e 65 anos, foram os mais atingidos. Os resultados constituem importante subsídio para o controle do escorpionismo, pois delimitam as áreas mais atingidas e o perfil dos acidentados, permitindo campanhas educativas e de prevenção mais eficientes.
Resumo:
Foram analisados os achados radiológicos e manométricos de 43 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com sorologia positiva para doença de Chagas. Encontrou-se uma redução significante dos valores da pressão máxima do corpo do esôfago com relação ao estádio da esofagopatia: grau I/II - 42,9mmHg; grau III - 23,6mmHg; grau IV - 15,6mmHg. Observou-se que cinco (35,7%) pacientes classificados como grau III, do ponto de vista radiológico, apresentaram valores da pressão máxima do corpo do esôfago inferiores a 20mmHg, sendo considerados portadores de megaesôfago avançado, devendo ser tratados por esofagectomia subtotal com esofagogastroplastia ao invés de cardiomiotomia com válvula anti-refluxo. Constatou-se que o estudo manométrico é útil em pacientes portadores de megaesôfago grau III para a escolha do melhor procedimento cirúrgico.
Resumo:
As doenças sexualmente transmissíveis são prevalentes na adolescência e facilitadoras da contaminação pelo HIV. A baixa idade das primeiras relações sexuais, a variabilidade de parceiros, o não uso de preservativo e o uso de drogas ilícitas são apontados como fatores de risco às doenças sexualmente transmissíveis. Entrevistamos 356 adolescentes que procuraram atendimento no Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro no período de agosto/2001 a julho/2002 com o objetivo de conhecê-los do ponto de vista da sexualidade e identificar fatores de risco às doenças sexualmente transmissíveis. Fizemos análises de freqüência e testes qui-quadrado dos dados coletados. Observamos associações estatisticamente significativas entre ter uma doenças sexualmente transmissíveis e as variáveis: atraso escolar, uso de álcool, tabaco e drogas, histórico de abuso sexual e a não utilização de preservativo nas relações sexuais. Os resultados indicam que os fatores de risco às doenças sexualmente transmissíveis na adolescência são múltiplos, sendo que o não uso do preservativo é o que tem possibilidade de redução sob a ação das equipes de saúde.
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Foi avaliada a ocorrência de parasitoses intestinais em indígenas da aldeia Mapuera (Oriximiná, Estado do Pará, Brasil). No contexto de apreciações congêneres, expressa contribuição para adequado conhecimento do assunto, significativo sob o ponto de vista médico-sanitário. O exame parasitológico das fezes, de 83 pessoas, realizado por meio de quatro métodos, pode ser considerado como dotado de razoável amplitude para estabelecer diagnósticos. Ocorreu encontro de cistos de protozoários e de ovos de helmintos de múltiplos tipos, até mesmo em expressivas porcentagens, merecendo destaque a muito freqüente presença de Blastocystis hominis (57,8%), como também o encontro de Cryptosporidium sp (3,6%) e de Cyclospora cayetanensis (10,8%), comentado especificamente. O verificado demonstra que tais índios vivem em ambiente onde prevalecem más condições higiênicas, em especial, facilitador da disseminação de protozoários e helmintos pelo contato com o solo ou ingestão de água e alimentos contaminados.
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INTRODUÇÃO: A peste, doença infectocontagiosa milenar, continua sendo considerada da maior importância do ponto de vista epidemiológico devido ao alto potencial epidêmico, estando inclusive sujeita ao Regulamento Sanitário Internacional. Apesar da ausência de casos humanos da doença no Brasil, seu agente etiológico, a bactéria Yersinia pestis, permanece firmemente arraigado em seus focos naturais. A ocorrência de sorologia positiva em carnívoros domésticos de regiões pestígenas da Bahia, nos últimos anos, objetivou a realização deste estudo, que se propõe a verificar a existência de circulação do agente no estado, tendo em vista que fatores condicionantes para a doença são mantidos, oferecendo riscos à população. MÉTODOS: Trata-se de um estudo para verificação da presença de infecção por Y. pestis através do inquérito de soroprevalência em humanos, cães e roedores; e pesquisa da bactéria em roedores e pulgas. Utilizou-se de questionário estruturado para avaliação da associação existente entre fatores ambientais, sócioeconômicos e biológicos e a soroprevalência da infecção em humanos. RESULTADOS: Os 630 soros examinados (88 de humanos, 480 de cães, 62 de roedores) apresentaram-se não reagentes para peste e as análises bacteriológicas realizadas em 14 roedores e dois lotes de pulgas não identificaram a bactéria. CONCLUSÕES: Os resultados não configuram erradicação da doença no estado, pois sua natureza cíclica indica que pode passar longos períodos silente e depois ressurgir acometendo um grande número de pessoas. Portanto, a manutenção da vigilância ativa e permanente se faz necessária para a detecção precoce da doença e desenvolvimento oportuno das medidas de controle pertinentes.
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RESUMOComo parte dos estudos ambientais que foram desenvolvidos pelo INPA, de 1980 a 1986, em convênio com a ELETRONORTE, na área de influência da UHE Tucuruí. são redescritas e ilustradas 20 espécies da damília Anostomidae do baixo rio Tocantins, entre Cametá e Itupiranga, PA: Leporinus affins, L. tigrinus, L. desmotes, L. sp. 4, L. trifasciatus, L. friderici, L. sp. 1, L. sp. 2, L. sp. 3, L. granti, L. pachiycheilus, Laemolyta petiti, L. taeniata, Anostomoides laticeps, A. sp. 1, Anostomus ternetzi, Leporellus vittatus, Schizodon vittatus, Sartor tucuruiense e Abramites hypselenotus. Cinco espécies (Laemolyta petiti, Leporinus affinis, L. sp. 2, Anostomoides sp. 1 e Sartor tucuruiense) somente foram assiladas até agora para a bacia do Tocantins-Araguaia. Por outro lado, outras espécies anostomídeos, melhor representadas na bacia Amazônica, não foram encontrados no baixo Tocantins, fazendo supor que esta área, do ponto de vista ictiológico, está relativamente iosolado do restante da bacia Amazônica e possui um certo grau de endemismo. A maioria das espécies ocorre amplamente no baixo Tocantins, sendo que algumas apresentam acentuada preferência por determinados biótopos, como por exemplo Leporinus pachycheilus, L. desmotes, L. sp. 1 e Sartor tucuruiense, por corredeiras; Leporinus sp. 3, Anostomus ternetzi, por igarapés; Schizodon vittatus e Laemolyta taeniata,por zonas marginais, periodicametne alagáveis. A partir da análise dos caracteres merísticas e morfométricas, sobretudo o número, a forma e disposição dos dentes, posição da boca e número de escamas, a apresentada uma chave de identificação para as espécies estudadas.
Resumo:
O estudo fitossociológico levou em consideração duas áreas localizadas em Carajás e Marabá, na região sul do Pará. A amostragem abordou dois níveis: 1) Indivíduos com DAP ≥ 20cm em parcelas de 20m x 200m e, II) Indivíduos com 5cm ≤ DAP ≤ 20cm em duas sub-parcelas de 10m x 10m no início c final das parcelas. Todos os indivíduos do segundo nível foram considerados como regeneração natural do povoamento adulto. Em Carajás utilizou-se 35 (trinta e cinco) unidades amostrais (parcelas) e em Marabá 22 (vinte c duas). Do ponto de vista de composição florística, as áreas estudadas apresentaram-se heterogêneas, com índices de Shanon-Weaver estimados em 3,66 e 3,71, respectivamente, para Carajás e Marabá. A equação hipsométrica comum que melhor ajustou os dados observados foi: h = [ d 2.38 + 0.1387 h ] 2 As abundâncias médias foram 131,92 e 127,85 indivíduos/ha, respectivamente, para Carajás e Marabá. As estimativas de área basal foram 15,41 e 17,35 m2/ha nas regiões de Carajás e Marabá, respectivamente. A função de densidade I (Meyer) que melhor ajustou os dados de freqüência por classe de diâmetro (Fi) em função do centro de classe (DAP), para Carajás, foi Fi= e(9,56330614 - 0,07139847d) e Fi =e(8,96125691 - 0,06937877d) para Marabá. Também estimou-se que cerca de 36% das espécies existentes nas regiões estudadas possuem valor econômico no mercado madeireiro.