330 resultados para Mamas - Câncer - Tratamento paliativo
Resumo:
OBJETIVO: A origem dos abscessos esplênicos está relacionada a episódios de bacteremia após infarto esplênico. Recentemente, a SIDA, a tuberculose, a imunossupressão e as neoplasias têm mudado a apresentação clínica desse abscesso. Tradicionalmente, o tratamento de escolha é a esplenectomia. Entretanto, a drenagem percutânea pode ser uma alternativa útil em casos selecionados O objetivo desse trabalho foi determinar o perfil dos pacientes com abscesso esplênico tratados em um hospital terciário. MÉTODO: Dados referentes aos pacientes atendidos no Serviço de Cirurgia Geral HC-UFPE no período de novembro de1993 a fevereiro de 2004 foram analisados. Sete pacientes dentre os 73094 tratados no período constituíram o objeto desse estudo. RESULTADOS: Cinco pacientes foram tratados inicialmente com esplenectomia e dois por drenagem percutânea. Quatro pacientes (57%) apresentavam abscessos secundários à imunossupressão, tuberculose ou doença neoplásica. Três (43%) apresentavam abscessos decorrentes de infecção metastática (endocardite). A drenagem percutânea foi o único tratamento utilizado em um caso. CONCLUSÕES: Houve uma mudança no padrão clássico, e quase que exclusivo, de origem hematogênica do abscesso esplênico para abscessos decorrentes de uma condição de imunossupressão (câncer, tuberculose, transplantes etc.). Em casos selecionados, a drenagem percutânea pode ser a única forma de tratamento invasivo utilizada.
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OBJETIVO: Demonstrar a experiência dos autores na utilização da criocirurgia como tratamento de lesões benignas e malignas da pele e mucosa no segmento cabeça e pescoço. MÉTODO: Os autores realizam um estudo retrospectivo multicêntrico de 1900 casos de pacientes portadores de neoplasias benignas e malignas da cabeça e do pescoço, atendidos e tratados no Centro de Oncologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (CEON/HUOC/UPE), Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e clínica privada, no período de abril de 1977 a abril de 2002 (25 anos). Comparam, ainda, os dados obtidos com a revisão bibliográfica realizada, bem como sua experiência pessoal na utilização de tal modalidade terapêutica. RESULTADOS: Do total de pacientes, 57,9% eram do sexo masculino e a quinta e sexta décadas de vida foram as mais frequentemente acometidas (58,9%). O Carcinoma basocelular foi o tipo histológico predominante (63,1% - 1200 casos), seguido dos hemangiomas (14,2% - 270 casos). O tempo médio de exposição das lesões ao nitrogênio líquido foi de 15 e 35 segundos, e o tempo médio de cicatrização de 14 e 21 dias para as lesões benignas e malignas respectivamente. CONCLUSÕES: A indicação da criocirurgia deve obedecer alguns critérios de avaliação como o aspecto macroscópico e tamanho da lesão, tipo histológico, localização, idade e perfil social de cada paciente. Quando indicada e executada corretamente, oferece idênticos índices de cura aos outros métodos terapêuticos convencionais.
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OBJETIVO: Introduzir e familiarizar em nosso meio o uso do teste de químio-sensibilidade MTT avaliando a ação de agentes quimioterápicos sobre células tumorais de 30 doentes com câncer gástrico avançado. Correlacionar os resultados do teste MTT com os aspectos clínicos, anátomo-patológicos e estádio utlizando a mesma metodologia do estudo realizado em pacientes japoneses na Universidade de Keio, Japão. MÉTODO: Foi realizado o teste MTT em tumores de 30 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico, submetidos ao tratamento cirúrgico no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Foram estudados in vitro os seguintes agentes quimioterápicos: mitomicina C, doxorrubicina, cisplatina e 5-fluorouracil. RESULTADOS: Os índices de atividade sobre células tumorais foram: 16,6% para a mitomicina C, 10,0% para a doxorrubicina, 6,6% para a cisplatina e 6,6% para o 5-fluorouracil. Os resultados do teste MTT não tiveram correlação com a idade, sexo, aspectos microscópicos e estádio (p0,05). CONCLUSÕES: A ação dos agentes quimioterápicos estudados sobre células tumorais do câncer gástrico foi baixa. Os resultados da ação dos quimioterápicos in vitro não apresentou correlação estatística com a idade, sexo, aspectos microscópicos e estádio destes doentes. Utilizando a mesma metodologia, tanto em nosso meio como em pacientes japoneses, a quimio-sensibilidade se mostrou baixa em ambos os estudos, podendo-se deduzir também que os resultados da químiosensibilidade independe da etnia. Com o surgimento de novos agentes quimioterápicos, a expectativa é grande para melhores resultados na prática clínica. Com a utilização e difusão do teste MTT em nosso meio, poder-se-á criar protocolos e estudos multicêntricos para selecionar os quimioterápicos a serem utlizados.
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OBJETIVO: Relatar a experiência e os resultados da Seção de Cirurgia Abdôminopélvica do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com a esofagectomia de resgate em paciente portador de câncer de esôfago recidivado após tratamento quimiorradioterápico exclusivo. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 14 pacientes portadores de câncer de esôfago recidivado e que foram submetidos à esofagectomia de resgate entre março de 1999 e maio de 2006. Todos os pacientes incluídos no estudo receberam tratamento primário quimiorradioterápico radical exclusivo conforme protocolo RTOG 85-01 e apresentaram persistência ou recidiva de doença. RESULTADOS: A idade média foi de 63 anos (39-72 anos). Oito pacientes eram do sexo masculino e seis pacientes do sexo feminino. Nove pacientes apresentavam o tumor localizado no esôfago médio e cinco pacientes apresentavam doença no esôfago distal, sendo carcinoma epidermóide em 12 pacientes e adenocarcinoma em dois pacientes. A mediana do tempo cirúrgico foi de 305 minutos (240-430 minutos). A ressecção completa do tumor (cirurgia R0) foi realizada em 13 pacientes e somente um paciente apresentou doença residual macroscópica em ápice pulmonar. A morbidade total da série foi de 69,2 %. A mortalidade operatória foi zero (todos os pacientes evoluíram para alta hospitalar). CONCLUSÃO: A esofagectomia de resgate demonstrou-se factível tecnicamente porém apresenta elevada morbidade operatória. Esta modalidade cirúrgica corresponde atualmente ao melhor tratamento disponível para se obter cura nos casos de tumor recidivado ou que tenho persistido com doença após quimiorradioterapia radical exclusiva. Todos os outros tipos de tratamento são considerados paliativos e com resultados de sobre-vida desapontadores.
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OBJETIVO: Descrever e analisar as principais complicações pós-operatórias e mortalidade dos pacientes submetidos à ressecção gástrica por câncer gástrico com linfadenectomia D2. MÉTODO: Foi realizada uma coorte histórica onde as principais variáveis em estudo foram: idade, localização do tumor, estadiamento, complicações do procedimento cirúrgico, padrão de recidiva tumoral, análise da sobrevida livre de doença e sobrevida total. RESULTADOS: Foram avaliados 35 pacientes submetidos à dissecção linfonodal D2 no período de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2004. A média de idade foi 57 anos. Apenas um (2,9%) paciente apresentava tumor precoce e o local mais comum do tumor foi no terço médio do estômago. O número de linfonodos ressecados por paciente variou de 15 a 80 linfonodos (média 28,8). Vinte e seis (74,3%) pacientes apresentaram linfonodos metastáticos, sendo a média de 13,4 (±11,8) linfonodos comprometidos por paciente. Seis (17,1%) pacientes apresentaram complicações no período pós-operatório, sendo duas pneumonias, uma fístula pancreática, uma fístula do coto duodenal e duas deiscências da anastomose esôfago-jejunal. Apenas um (2,86%) paciente morreu devido a complicações operatórias. O tempo de seguimento médio foi de 26 meses. Vinte e dois pacientes apresentavam-se vivos no fechamento do estudo, com uma sobrevida atuarial de 62,9%. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem que, em centros especializados, a linfadenectomia D2 é um procedimento com nível de complicações aceitável e pode ser realizada sem aumento da mortalidade operatória.
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OBJETIVO: Avaliar a incidência de fístula e estenose da anastomose esofagogástrica cervical com invaginação do coto esofágico no interior do estômago na esofagectomia para tratamento do carcinoma do esôfago. MÉTODOS: Foram estudados dois grupos de doentes com carcinoma do esôfago torácico ou abdominal submetidos à esofagectomia subtotal e esofagogastroplastia. O grupo I (estudo) foi constituído por 29 doentes operados no período de 1998 a 2007, no qual foi realizada a anastomose esofagogástrica cervical com invaginação de segmento do coto esofágico no interior do estômago. O grupo II (controle) foi constituído por 36 doentes operados no período de 1989 a 1997 submetidos à anastomose esfagogástrica cervical término-terminal sem invaginação. RESULTADOS: No grupo I, 3 (10,3%) doentes apresentaram fístula da anastomose esofagogástrica com repercussão clínica mínima. No grupo II observou-se fístula com franca saída de saliva em 11 (30,5%) doentes. A freqüência de fístula nos doentes do grupo I foi significantemente menor (p=0,04) do que nos do grupo II. No grupo I, estenose fibrótica da anastomose ocorreu em 7 (24,1%) enfermos, ao passo que no grupo II 10 (27,7%) evoluíram com estenose, não se constatando diferença significante (p=0,72) entre esses grupos. CONCLUSÃO: No tratamento do carcinoma do esôfago, a esofagectomia com anastomose esofagogástrica cervical com invaginação do coto esofágico no interior do estômago determina menor ocorrência de fístula esofagogástrica quando comparado à anastomose sem invaginação. A incidência de estenose da anastomose esofagogástrica não diferiu em ambos os grupos.
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OBJETIVO: Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de metástase à distância (MD) entre pacientes com câncer de cabeça e pescoço cirurgicamente tratados. MÉTODOS: Realizou-se estudo retrospectivo de 253 pacientes entre janeiro de 1997 e dezembro de 2002. Deles, 10 desenvolveram MD durante o seguimento. Foram avaliados: gênero, idade, sítio primário, classificação TNM, nível de doença linfonodal e presença de invasão extracapsular macro ou microscópica. RESULTADOS: A média de sobrevida para pacientes com MD, a partir da finalização do tratamento oncológico, foi de 16 meses (com desvio-padrão de 2,256 meses). A presença de invasão extracapsular macro (risco relativo = 14,429) e microscópica (RR = 17,471) e os estadiamentos patológicos avançados cervical (RR = 4,409) e do tumor primário (RR = 2,929) apresentaram significado estatístico como fatores de risco para MD. CONCLUSÃO: Os fatores de risco para o surgimento de MD foram: invasão extracapsular macro e microscópica, presença de linfonodo positivo à avaliação histopatológica e tumor primário avançado.
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OBJETIVO: Quantificar as fístulas após cirurgia de câncer da cavidade oral e identificar fatores de risco. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, interessando pacientes submetidos à cirurgia. Seguimento pós-operatório mínimo de dois anos. Variáveis estudadas: sexo, comorbidades, tabagismo, etilismo, risco anestésico e pulmonar, estadiamento clínico, linfadenectomia cervical, tratamento radioterápico, acidentes cirúrgicos, infecção ou deiscência de ferida operatória, seroma ou hematoma de sítio cirúrgico, infecção respiratória no pós-operatório, tipo de cirurgia e reconstrução realizadas. RESULTADOS: Estudados 159 pacientes. Ocorreu fístula orocutânea em 30,3% (48 pacientes). Pacientes T3 tiveram fístula em 16% dos casos, T4 em 40,3% e naqueles estádio T1 ou T2, 26,6% e 1,8% respectivamente (p=0,0138). Os casos N+ evoluíram com fístula em 22.9% (N2c com 42,8%, p=0,0136), os com radioterapia pré-operatória em 63,6% (p=0,0346). Aqueles com infecção de sítio cirúrgico em 47,3% (p=0,0146) e aqueles com deiscência de ferida operatória em 53,7% (p=0,0030). O índice de fístula foi de 60% nos retalhos regionais mucocutâneos, de 39,2% nos miocutâneos e de 12,5% com retalho microcirúrgico (p=0,0286). CONCLUSÃO: O índice de fístulas foi de 30,3%. Foram estatisticamente significativos para ocorrência de fístulas: estádio T, linfadenectomia cervical bilateral, radioterapia pré ou pós-operatória, infecção e deiscência de ferida operatória, e o uso de retalhos para reconstrução.
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OBJETIVO: Avaliar em pacientes com câncer de mama a expressão imunoistoquímica da cox-2 antes da quimioterapia primária com 5-fluorouracil, epirrubicina e ciclofosfamida (FEC) e a associação desta com tamanho inicial do tumor, estado linfonodal, receptores hormonais, expressão da Her-2 e com a resposta clínica e anatomopatológica. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 41 mulheres portadoras do diagnóstico histopatológico de carcinoma ductal de mama. Foram submetidas à quimioterapia primária com esquema FEC (5-fluorouracil, epirrubicina e ciclofosfamida) na dosagem de 500mg/m2, 75mg/m2 e 500 mg/m2, respectivamente. Os critérios de inclusão foram intervalo etário entre 30 e 70 anos, estadiamento II a IIIA, após comprovação da ausência de metástase, tumor primário de mama, único e unilateral, tipo histológico ductal invasivo e ausência de cardiopatia e gestação. Para avaliação da expressão da proteína Her 2 neuutilizaram-se anticorpos monoclonais de coelho. Para visibilizar a expressão da proteína cox-2 utilizaram-se anticorpos policlonais obtidos do soro de cabras. A avaliação da resposta clínica ao tratamento foi realizada por exame físico mensurando-se o maior eixo tumoral por paquímetro. As medidas foram realizadas à admissão e após os ciclos de quimioterapia primária. Após três sessões quimioterápicas com intervalos de 21 dias realizou-se o procedimento cirúrgico. Adotaram-se os critérios do RECIST. Após a operação foi avaliada a resposta anatomopatológica local, sendo considerada completa quando da ausência de neoplasia invasiva e do componente in situ. Na avaliação imumoistoquímica para os receptores de estrogênio utilizaram-se estrogen receptor NCL-ER6F11 e para progesterona, progesterone receptor, NCL-PGR-312 considerando positiva quando da coloração em 10% ou mais das células tumorais. RESULTADOS: A distribuição segundo estadiamento clínico UICC verificaram-se seis no estádio IIA (14,6%), 22 no estádio IIB (53,6%) e 13 estádio IIIA (31,8%). A avaliação clínica inicial do maior eixo tumoral variou de 2,5 a 15 cm e mediana de 5 cm. Foram identificadas 14 pacientes (34,1%) com estado linfonodal negativo e 27 positivo (65,9%). Observou-se que 19 (46,3%) apresentavam-se no menacme e 22 (53,6%) na menopausa. CONCLUSÃO: Houve associação da expressão da cox-2 à fatores de pior prognóstico no câncer de mama como estado linfonodal positivo, receptores hormonais negativos e expressão da Her-2.
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OBJETIVO: Avaliar a sobrevida livre de doença nos tumores de hipofaringe submetidos ao tratamento operatório e à radioterapia pós-operatória. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 174 pacientes com distribuição, de acordo com o estádio clínico em: dois casos de estádio clínico I; quatro II; 46 III e 122 IV. Quanto ao gênero, 163 eram masculinos e 11 femininos, com idade média de 56 anos. Todos os casos foram submetidos à faringolaringectomia e realizados 206 esvaziamentos cervicais radicais e 16 seletivos. Cento seis pacientes foram submetidos à radioterapia pós-operatória, com dose média de 58,2 Gy. RESULTADOS: O exame histológico demonstrou dois casos de estádio clínico pT1, 15 pT2, 100 pT3 e 57 pT4. Quanto aos linfonodos, 25 pacientes apresentavam ausência de linfonodos comprometidos pela neoplasia (pN0) e 149 com linfonodos comprometidos pela neoplasia (pN+). A sobrevida livre de doença há cinco anos foi de 40% e a global de 28%. A sobrevida livre de doença há cinco anos foi de 75% no estádio clínico III versus 28% no IV, de acordo com o resultado do exame histológico. CONCLUSÃO: A manifestação inicial do carcinoma epidermóide de hipofaringe ocorre na fase avançada (estádios III e IV), com sobrevida livre de doença a cinco anos superior no estádio clínico III.
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OBJETIVO: Analisar os aspectos epidemiológicos-cirúrgicos dos pacientes com câncer de vesícula biliar (CAVB) atendidos em um Hospital Universitário de Belém/PA, no período de 1999-2009. MÉTODOS: estudo observacional, retrospectivo, descritivo-analítico de fonte secundária dos pacientes com diagnóstico de CAVB, no período de 1999-2009. Foram analisados 75 prontuários, sendo 34 pacientes estudados. As informações coletadas foram utilizadas para o estadiamento tumoral TNM do CAVB e para a caracterização clínico-cirúrgica da população estudada. RESULTADOS: 79% eram do sexo feminino, com média de idade de 66,2±11 anos e tempo de sintomatologia de 10,8±17,2 meses, não obtendo relação estatística com o estadio da doença. Dor no hipocôndrio direito, náuseas e icterícia predominaram como sinais/sintomas. A litíase biliar esteve presente em 91% dos casos, sendo positiva em 100% dos pacientes com estadios I/II. A sensibilidade ultrassonográfica para sugestionar o CAVB no pré-operatório foi 14,28%. A operação mais executada foi a colecistectomia simples, tendo como achado intra-operatório predominante, invasão hepática. O adenocarcinoma foi o tipo histológico preponderante, com destaque para os estadios III e IV. CONCLUSÃO: A série estudada apresentou alta incidência de litíase biliar, o adenocarcinoma com estadio avançado foi o mais prevalente. acarretando um pequeno índice de operações com intenção curativa, 30% dos pacientes operados, e uma taxa de mortalidade de 21%. A valorização dos sintomas e a investigação precoce por exames de imagem poderiam favorecer o tratamento, em fases iniciais do CAVB, proporcionando um melhor prognóstico para os pacientes operados.
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OBJETIVO: Comparar duas vias cirúrgicas (laparoscópica e convencional) para o tratamento de câncer de reto no que se refere às complicações pós-operatórias, radicalidade oncológica e sobrevida. MÉTODOS: Trata-se de estudo retrospectivo com 84 pacientes com câncer retal que foram admitidos no Hospital do Câncer de Barretos entre 2000 e 2003. Somente os indivíduos que se submeteram à operações eletivas (intenção curativa) foram incluídos. A via cirúrgica foi escolhida subjetivamente e não com base na localização do tumor. RESULTADOS: O acesso laparoscópico foi utilizado por 50% dos pacientes. Não houve diferença (P> 0,05) entre os dois grupos em relação à: idade, sexo, topografia, estádio, tratamento neoadjuvante e adjuvante, número de linfonodos regionais dissecados, tamanho da peça cirúrgica, margens cirúrgicas, transfusões de sangue, taxas de complicações pós-operatórias, dias de hospitalização e a taxa de sobrevida global. O tempo cirúrgico foi maior no grupo laparoscópico (mediana: 210x127,5min, P<0,001). Houve diminuição do tempo cirúrgico com o aumento do número de laparoscopias realizadas pela equipe (rho: -0,387, P=0,020). CONCLUSÃO: As vias laparoscópica e convencional, para o tratamento de câncer de reto, foram equivalentes em relação às complicações pós-operatórias, radicalidade oncológica e sobrevida. Contudo, o tempo cirúrgico foi maior no grupo da laparoscopia.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento de GIST no INCA. MÉTODOS: Análise retrospectiva de todos os casos de GIST tratados no INCA no período de 1997 a 2009. RESULTADOS: Analisamos 146 pacientes, com média de idade de 44,5 anos e predomínio do sexo feminino. O principal sintoma foi dor abdominal. Tivemos ocorrência de segundo primário em 22% dos casos e na imuno-histoquímica, 92% foram positivos para CD117. A localização mais frequente foi estômago e predominou o grupo de alto risco. A cirurgia foi R0 (extenso) em 70% e os principais sítios de metástases foram fígado e peritônio. A sobrevida global foi, respectivamente, em dois e cinco anos de 86% e 59%. Houve significante diferença entre a sobrevida global (p=0,29) do grupo de alto risco versus os demais. CONCLUSÃO: Os nossos pacientes apresentam-se principalmente sob forma de doença de alto risco com repercussão óbvia na sobrevida. O uso de Imatinib melhorou a sobrevida dos pacientes com doença metastática e recidivada. Devemos estudar seu uso no cenário de adjuvância e neoadjuvancia visando melhorar os índices do grupo de alto risco. A criação de centros referenciais é uma necessidade para o estudo de doenças pouco frequentes.
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OBJETIVO: Desenvolvimento de um protocolo eletrônico para o câncer do colo do útero. MÉTODOS: Coletar dados através de revisão da literatura e formatá-los para a construção de uma base teórica sobre o câncer do colo uterino para inclusão no protocolo. A informatização do banco de dados utilizou o SINPE© (Sistema Integrado de Protocolos Eletrônicos), desenvolvido na Universidade Federal do Paraná pelo Programa de Pós-graduação em Clínica Cirúrgica do Setor de Ciências da Saúde com auxílio do Laboratório de Informática e Multimídia. RESULTADOS: Foram criados 2687 itens, agrupados em sete categorias principais: anamnese, exame físico, exames complementares, diagnóstico, anatomopatológico definitivo, tratamento e acompanhamento. Acrescentamos itens sobre indicadores sócio-demográficos, uso de anticoncepcionais, tabagismo, antecedentes ginecológicos e obstétricos, estadiamento, as classificações e nomenclaturas mais aceitas, métodos diagnósticos, tratamentos e seguimento. CONCLUSÃO: É possível o desenvolvimento de um protocolo eletrônico com baixo custo, pouco espaço físico e mínimo treinamento de pessoal. O uso de computadores evita limitações e o caráter subjetivo do prontuário escrito. Com os dados coletados de maneira adequada é possível determinar, através de análise estatística, a importância de cada fator no desenvolvimento do câncer e na evolução e prognóstico do paciente.
Avaliação da expressão do gene MGMT nos tecidos normal e neoplásico de doentes com câncer colorretal
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a expressão tecidual do gene de reparo MGMT comparando a mucosa cólica normal e neoplásica em doentes com câncer colorretal. MÉTODOS: Foram estudados 44 portadores de adenocarcinoma colorretal confirmado por estudo histopatológico. Foram excluídos doentes suspeitos de pertencerem a famílias com câncer colorretal hereditário (HNPCC e PAF) e os portadores de câncer do reto médio e inferior submetidos a tratamento quimioradioterápico neoadjuvante. A expressão do gene MGMT foi avaliada pela técnica da reação de polimerase em cadeia em tempo real (RT-PCR). A comparação dos resultados encontrados para expressão do gene MGMT entre tecidos normais e neoplásicos foi feita pelo teste t de Student pareado, adotando-se nível de significância de 5% (p <0,05). RESULTADOS: A expressão tecidual do gene MGMT em todos os doentes foi menor no tecido neoplásico quando comparada a do tecido normal (p=0,002). CONCLUSÃO: O gene de reparo MGMT encontra-se menos expresso no tecido neoplásico quando comparados aos tecidos normais em portadores de CCR esporádico.