452 resultados para Métodos de integração
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o acesso geográfico ao parto hospitalar nos municípios brasileiros. MÉTODOS: Foram analisadas informações de óbitos e nascimentos quanto à sua adequação para o cálculo do coeficiente de mortalidade infantil no período de 2005 a 2007 para os 5.564 municípios brasileiros. O acesso geográfico foi expresso por indicadores de deslocamento, oferta e acesso aos serviços de saúde. A associação entre o acesso geográfico ao parto e o coeficiente de mortalidade infantil em municípios com adequação de suas informações vitais foi avaliada por meio de regressão múltipla. RESULTADOS: Dentre os municípios analisados, 56% apresentaram adequação das informações vitais, correspondendo a 72% da população brasileira. O deslocamento geográfico ao parto mostrou-se inversamente associado ao porte populacional, à renda per capita, e à mortalidade infantil, mesmo controlado por fatores demográficos e socioeconômicos. CONCLUSÕES: Embora tenham sido desenvolvidas estratégias importantes para a melhoria da qualidade do atendimento às gestantes no Brasil, as ações para garantir o acesso igualitário à assistência ao parto ainda são insuficientes. O maior deslocamento intermunicipal para o parto se mostrou como um fator de risco para a mortalidade infantil, aliado à desigualdade de oferta de serviços qualificados e à falta de integração com a atenção básica de saúde.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a prevalência do uso de serviços odontológicos por pré-escolares e fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal com 1.129 crianças de cinco anos de idade da Coorte de Nascimentos de Pelotas 2004, RS, de setembro de 2009 a janeiro de 2010. Registrou-se o uso de serviço odontológico pelo menos uma vez na vida e o motivo para a primeira consulta odontológica da criança. As categorias do desfecho foram: ter feito a primeira consulta por rotina, para resolver um problema ou nunca ter ido ao dentista. Os exames bucais e as entrevistas foram realizados nos domicílios. Aspectos socioeconômicos e variáveis independentes ligadas à mãe e à criança foram analisados por meio de regressão logística multinomial. RESULTADOS: A prevalência de uso por qualquer motivo foi 37,0%. Os principais preditores para consulta de rotina foram nível econômico mais elevado, mãe com maior escolaridade e ter recebido orientação sobre prevenção. Principais preditores para consulta por problema foram ter sentido dor nos últimos seis meses, mãe com maior escolaridade e ter recebido orientação sobre prevenção. Cerca de 45,0% das mães receberam orientação de como prevenir cárie, principalmente fornecida por dentistas. Filhos de mães com história de maior aderência a programas de saúde tiveram maior probabilidade de ter feito uma consulta odontológica de rotina. CONCLUSÕES: A taxa de utilização dos serviços odontológicos por pré-escolares foi inferior às de consultas médicas (puericultura). Além da renda e da escolaridade, comportamentos maternos têm papel importante no uso por rotina. Relato de dor nos últimos seis meses e número elevado de dentes afetados por cárie, independentemente dos demais fatores, estiveram associados ao uso para resolver problema. É necessária a integração de ações de saúde bucal nos programas materno-infantis.
Resumo:
O artigo problematiza certos usos de métodos qualitativos no campo da saúde coletiva que se caracterizam pela ausência de referências teóricas e escamoteiam a racionalidade presente na sua exclusiva utilização como técnica. A proliferação e aceitação desses estudos possivelmente ocorrem pela força da racionalidade instrumental com que têm sido conduzidos. Freqüentemente vistos de maneira cuidadosa, os resultados nem sempre são secundados pela apresentação criteriosa do quadro teórico que fundamenta a interpretação. O uso de técnicas "validadas", os discursos construídos e as narrativas das ações dos "sujeitos" pesquisados não comprometem o pesquisador na relação, já que prescindem da contextualização histórico-espacial e do marco teórico-metodológico que imprimem sentido histórico e social aos estudos.
Resumo:
O Ministério da Saúde instituiu dois processos articulados no campo da gestão de tecnologias em saúde: (i) produção, sistematização e difusão de estudos de avaliação de tecnologias em saúde e (ii) adoção de um fluxo para incorporação, exclusão ou alteração de novas tecnologias pelo Sistema Único de Saúde. O artigo analisa a experiência brasileira na gestão de tecnologias sanitárias no âmbito do Sistema Único de Saúde, seus principais avanços e desafios. Dentre os avanços obtidos estão: padronização de métodos; produção e fomento de estudos; desenvolvimento institucional e cooperação internacional na área de avaliação de tecnologias em saúde; definição dos requisitos necessários para apresentação de propostas; definição de prazos; e ampliação dos segmentos que compõem o colegiado responsável pela análise e recomendação. Entretanto, algumas dificuldades permanecem: atividades de avaliação de tecnologias em saúde concentradas no Ministério; baixa sustentabilidade das atividades de produção e disseminação das avaliações; baixa penetração da avaliação de tecnologias em saúde nos estabelecimentos de saúde; atividades de avaliação/incorporação com baixa participação dos usuários; processos decisórios pouco transparentes; e baixa integração da política de saúde com a política cientifica e tecnológica.
Resumo:
Foi realizada revisão crítica da literatura sobre modelos que tenham avaliado a efetividade de redes assistenciais integradas e coordenadas para a população idosa. Foram pesquisadas as seguintes bases bibliográficas: Pubmed, The Cochrane Library, Lilacs, Web of Science, Scopus e SciELO. Doze artigos sobre cinco modelos diferentes foram incluídos para a discussão. A análise da literatura mostrou que a prestação de serviços pautava-se na atenção básica incluindo serviços domiciliares. Os usuários contavam com a integração de atenção primária, hospitalar, centros dia, serviços domiciliares e serviços sociais. O plano de cuidados e a gestão de caso foram elementos chaves para a continuidade de cuidado. Essa abordagem mostrou-se efetiva nos estudos, reduzindo o uso da atenção hospitalar, o que resultou em economia para o sistema financiador. Houve redução da prevalência de perda funcional, melhora na satisfação e na qualidade de vida dos usuários e de seus familiares. A análise da literatura reforça a necessidade de se modificar a abordagem de assistência à saúde dos idosos, e a integração e coordenação dos serviços são formas eficientes para iniciar essa mudança.
Resumo:
Um estudo comparativo do método de sedimentação de Lutz (Hoffman-Pons e Janer) e dos métodos quantitativos de Simões Barbosa (FSB) e de Kato para o diagnóstico e contagem de ovos de S. mansoni, em uma amostra de fezes de 211 pessoas residentes em uma área endêmica para esquistossomose, revelou: 1) positividade de 50% com os métodos de Lutz e Simões Barbosa, e de 58,1 % com o método de Kato para o total de amostras; 2) maior concentração de ovos pelo método de Kato em relação ao de F.S.B.; 3) o método de Kato modificado por Katz & cols se impõe para o diagnóstico "quantitativo" da esquistossomose em inquérito de campo pela maior sensibilidade, facilidade de execução, baixo custo, possibilidade de conservação dos ovos de S. mansoni por longos períodos e por permitir ao investigador uma noção aproximada da intensidade da infecção no indivíduo e na população.
Resumo:
A autora realizou a contagem de ovos por gr. de fezes em 129 amostras de fezes pelos métodos de Kato e de Stoll, incluindo 100 casos de parasitismo por Ascaris lumbricoides, 100 por Trichuris trichiura, 70 por ancilostomideos e 40 por S. mansoni. Os resultados foram avaliados estatisticamente, evidenciando-se idênticos com as duas técnicas no que se refere a Ascaris lumbricoides, T. trichiuris e S. mansoni, mostrando-se, no entanto, o método de Stoll mais adequado para a contagem de ovos de ancilostomideos.
Resumo:
Foram comparados 300 exames parasitológicos quantitativos das fezes, pelos métodos de Kato-Katz, Stoll-Hausheer e McMaster, após análise prévia e rotineira. Os resultados evidenciaram as porcentagens de positividades a seguir especificadas, levando em conta, por ordem, espécie de helminto, número de situações nas quais os ovos respectivos apareceram e as participações dos processos de Kato-Katz, Stoll- Hausheer e McMaster: ancilostomídeos- 117(89,7%, 76,0% e80,3%); Trichocephalus trichiurus-124 (91,1 %, 70,9% e 70,9%); Ascaris lumbricoides- 59 (94,9%, 84,7% e 49,1%); Schistosoma mansoni- 58 (96,5%, 48,2% e 0,0%); Hymenolepis nana -15 (46,6%, 73,3% e 86,6%). Quanto à sensibilidade dos métodos, a avaliação estatística demonstrou, na maioria das situações, vantagem do de Kato-Katz sobre os demais. O estudo efetuado comprovou superioridade da técnica de Kato-Katz, em virtude de verificações relacionadas com especificidade, sensibilidade e facilidade para execução. O procedimento de McMaster não merece recomendação para uso habitual, uma vez que não é eficiente no que concerne à demonstração de ovos pesados e propicia preparações dificilmente examináveis.
Resumo:
Com a finalidade de melhor conhecer a sensibilidade do método de Ritchie (centrífugos edimentação em formol-éter), quanto ao diagnóstico de parasitoses intestinais pelo exame das fezes, foi investigada a capacidade dele no sentido de detectar ovos pesados" de helmintos (Schistosoma mansoni e Ascaris lumbricoides inférteis). Houve comparação com o desempenho do processo da sedimentação espontânea em água, usado com o mesmo intuito. Os resultados obtidos e a respectiva avaliação estatística demonstraram que a técnica da sedimentação espontânea em água é mais eficiente, tendo sido analisadas 300 amostras de fezes, metade das quais certamente contendo os dois tipos de ovos citados e a outra parte considerada em trabalho laboratorial rotineiro.
Resumo:
Ochocientos veinte reden nacidosfRN) de ≤2500g de la Matemidad Percy Bolandfueron examinados entre 1988 y 1989por los diferentes métodos de diagnóstico de la enfermedad de Chagas (Patologia de placenta, serologia, parasitologia y clínica) con el propósito de determinar su eflcacia y costo. El examen histopatologico permitió detectar 87 casos de infección placentaria. De este total, se observaron 43 (49%) casos RN positivos al examen parasitologico de la sangre del cordon. Este número aumento con la repetición de la prueba durante el primer mes de vida del nino, alcanzando el mismo nivel que la histopatologia. Con el examen serológico se detectaron 2 casos positivos. El signo clínico de alia especificidad de la enfermedad de Chagas en RN es la hepato-esplecnomegalia. Se discuten ventajas y desventajas en cuanto a costo y factibilidad de dos estrategias de detección de la enfermedad de Chagas congénito, la primera basada en la histopatologia y la otra en la parasitologia. Se concluye que los programas de detección de la enfermedad de Chagas no pueden ser uniformes, yaquese deben tomar en cuenta aspectos deprevalencia de la enfermedad, existencia del vector y disponibilidad de técnicas de laboratorio.