376 resultados para Enfermagem. Intubação Nasogástrica. Estudos de validação. Conhecimento. Questionários
Resumo:
OBJETIVO: Traduzir a Escala do Ambiente Familiar (Family Environment Scale) para a língua portuguesa e aplicar o instrumento para sua validação. MÉTODOS: A tradução foi aplicada a membros de famílias brasileiras, visando avaliação da consistência interna e a concordância entre membros da mesma família. Foram selecionados 154 voluntários não sujeitos a qualquer intervenção para lidar com problemas familiares, residentes na cidade de São Paulo, em 2003. As pontuações médias nas dez subescalas do instrumento foram comparadas entre homens e mulheres e entre membros da mesma família. Avaliou-se a consistência interna pelo alfa de Cronbach. RESULTADOS: A pontuação máxima possível era nove em cada subescala (bom funcionamento familiar), exceto em relação a conflito e controle. Na maioria das subescalas, a pontuação média da amostra estudada esteve entre 5,1 e 7,6 (homens) e entre 5,4 e 7,7 (mulheres). Nas subescalas conflito e controle as médias variaram entre 1,8 e 4,6 (homens) e entre 1,6 e 4,6 (mulheres), sendo semelhantes às relatadas em estudos internacionais, exceto maior pontuação nas subescalas coesão e organização, e menor na subescala conflito. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações atingidas por homens e mulheres. A confiabilidade da escala avaliada pelo alfa de Cronbach variou entre 0,61 e 0,78 para as dez subescalas. CONCLUSÕES: Fatores culturais podem ter influenciado os resultados obtidos em algumas subescalas. A versão em português da Escala do Ambiente Familiar apresentou razoável consistência interna que permite sua utilização para avaliar alterações no ambiente ou funcionamento familiar, e após intervenções terapêuticas.
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OBJETIVO: Validar as propriedades psicométricas da versão brasileira do questionário Youth Risk Behavior Survey (YRBS), versão 2007. MÉTODOS: Foram realizadas tradução para o português da versão original do YRBS2007 e retrotradução para o inglês. As versões do questionário foram analisadas por comitê de juízes. O comitê utilizou como critério de análise as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual. Para identificação das propriedades psicométricas, a versão final do questionário YRBS2007 traduzida foi administrada em duas ocasiões com intervalo de duas semanas em amostra de 873 estudantes de ambos os sexos, do ensino médio, em Londrina, PR, em 2007. A confiabilidade teste-reteste foi analisada pelo cálculo do índice de concordância Kappa e da taxa de prevalência de cada comportamento de risco nas réplicas de aplicação. Teste de qui-quadrado foi empregado para identificar diferenças estatísticas entre a primeira e a segunda aplicações do questionário. RESULTADOS: Após discretas modificações apontadas nos processos de tradução, o comitê de juízes considerou que a versão para o idioma português do YRBS2007 apresentou equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual. Diferenças significativas entre as taxas de prevalências de ambas as aplicações foram observadas em 23,4% dos itens. A identificação de 91% dos itens com índice de concordância Kappa entre moderado a substancial e valor médio desse índice de 68,6% indicou a qualidade das propriedades psicométricas do YRBS2007 traduzido para o idioma português. CONCLUSÕES: A tradução, a adaptação transcultural e as qualidades psicométricas do questionário YRBS2007 foram satisfatórias, o que viabiliza sua aplicação em estudos epidemiológicos no Brasil.
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OBJETIVO: Validar, adaptar e aferir a fidedignidade do Inventário de Depressão Maior (Major Depression Inventory - MDI) para a língua portuguesa. MÉTODOS: O questionário passou pelo processo de adaptação transcultural. Foi realizado um pré-teste para avaliar sua aplicabilidade. Para avaliação de reprodutibilidade, utilizou-se medida repetida com intervalo de 1 a 2 semanas e coeficiente de correlação intraclasse. O MDI e a escala de Hamilton foram aplicados em 30 pacientes com diagnóstico de depressão, que foram pareados com 90 controles aos quais foi aplicado o MDI. A curva ROC foi realizada com 120 pacientes e escore final do MDI. Para análise da validade interna, utilizou-se o alfa de Cronbach. RESULTADOS: Sensibilidade e especificidade foram 0,86 e 0,75, respectivamente, com escores 16/17. O alfa de Cronbach para a escala total foi 0,91. O coeficiente de Pearson entre o total do MDI e o total da escala de depressão de Hamilton foi 0,56. A análise fatorial revelou dois fatores: o primeiro explicava 53,9% da variação enquanto o segundo explicava somente 13,6%. A confiabilidade teste-reteste foi excelente (com coeficiente de correlação intraclasse variando de 0,50 e 0,93 para itens individuais e 0,90 para o escore total). CONCLUSÃO: As propriedades psicométricas do MDI se mostraram adequadas para aplicação na população brasileira, entretanto outros estudos se fazem necessários.
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FUNDAMENTO: Estilos de vida inadequados têm sido as principais causas de morte no mundo. O questionário "Estilo de vida fantástico" tem por finalidade auxiliar médicos que trabalham com prevenção, a fim de estes possam melhor conhecer e medir o estilo de vida dos seus pacientes. OBJETIVO: Traduzir e validar o questionário "Estilo de vida fantástico" para adultos jovens. MÉTODOS: O processo de tradução e adaptação envolveu quatro etapas: 1) tradução, 2) correção e adaptação semântica por especialistas da área (juízes), 3) avaliação da clareza do conteúdo e 4) avaliação por amostra da população-alvo. Análise estatística: para a consistência interna, utilizou-se o alfa de Cronbach; a consistência externa foi verificada pela correlação intraclasse (R); para a validade de construto, usou-se o índice Kappa. RESULTADOS: O alfa de Cronbach que avalia as correlações entre os itens e o total foi de 0,69, o que é considerado razoável para um instrumento desenhado para medir uma variável latente que somente pode ser estimada e não medida. Quando agrupados os itens em domínios, verificou-se que todos contribuem de maneira semelhante para a estabilidade do instrumento (α = 0,60). A reprodutibilidade avaliada pela correlação intraclasse foi alta (R = 0,92; p = 0,2). A validade de construto testada pela capacidade classificatória do instrumento em quatro e três categorias foi de 75% e 80,7%, com um índice Kappa de 0,58 e 0,7, respectivamente, o que evidencia uma ótima capacidade discriminatória. CONCLUSÃO: O questionário "Estilo de vida fantástico" possui uma consistência interna e externa adequada para a avaliação do estilo de vida de adultos jovens. Recomenda-se a utilização do questionário na atenção primária e em estudos epidemiológicos.
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FUNDAMENTO: O conhecimento teórico e as habilidades práticas das equipes de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV) estão entre os determinantes mais importantes das taxas de sucesso em reanimação cardiopulmonar. OBJETIVO: Avaliar o impacto de um programa permanente de treinamento em SBV e SAV no conhecimento dos profissionais de enfermagem. MÉTODO: Estudo de corte transversal. A população foi composta por profissionais de enfermagem de um hospital de nível terciário. Foram realizadas avaliações antes e após o treinamento. Abordaram-se pontos críticos das diretrizes do International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR). RESULTADOS: Foram avaliados 213 profissionais (76 enfermeiros, 35,7%; 38 auxiliares, 17,8%; e 99 técnicos, 46,7%). As médias na avaliação pré-curso foram estatisticamente diferentes (p<0,001) entre auxiliares (3,25), técnicos (3,96) e enfermeiros (4,69). Os profissionais solteiros e sem filhos apresentaram desempenho significativamente superior ao dos casados e com filhos (p=0,02 e 0,004 respectivamente). O nível de conhecimento pré-treinamento foi inversamente proporcional ao tempo transcorrido desde a conclusão da graduação ou curso técnico. As maiores deficiências foram relacionadas à abordagem inicial das vias aéreas, aos cuidados pós-ressuscitação e à técnica de massagem cardíaca externa. A média geral pós-curso foi 7,26. Os auxiliares alcançaram um desempenho de 131,2%, os técnicos de 78,9% e os enfermeiros de 85%, sem diferença estatisticamente significante (p=0,43). CONCLUSÃO: O programa de treinamento permanente em SBV e SAV resultou em importante incremento no nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem.
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FUNDAMENTO: O conhecimento sobre a doença arterial coronariana pode ser considerado o primeiro passo para reduzir o risco de complicações cardíacas. OBJETIVOS: Construir e validar um instrumento capaz de avaliar e descrever o conhecimento do paciente coronariano em programas de reabilitação cardíaca, com a finalidade de educação. MÉTODOS: Para construção, foi realizada análise de artigos e estudo de campo para a apresentação de itens a uma equipe multidisciplinar associada à reabilitação cardíaca. Após análise, foi gerada a versão testada em um estudo-piloto. O instrumento, nomeado CADE-Q (Questionário para Educação do Paciente Coronariano), foi aplicado em 155 pacientes com idade de 61 ± 9 anos (mín = 36 ; máx = 86), participantes de programas de reabilitação cardíaca. Dos 155 pacientes, 114 eram homens. A consistência interna foi verificada pelo coeficiente Alpha de Cronbach. A reprodutibilidade foi testada através do coeficiente de correlação intraclasse (CCIC) e a validade de construto por análise fatorial exploratória. Foi realizada análise comparando os escores totais em função de características da população e entre os grupos de reabilitação (privado e público). RESULTADOS: A versão final possui 19 questões com 4 alternativas, com 4 quadrantes de conhecimento. O Alpha de Cronbach foi de 0,68 e CCIC foi de 0,783. A análise fatorial revelou 6 fatores, abrangendo três áreas de conhecimento, o que demonstra a multifatoriedade do instrumento. A análise das características da população em função do escore total apresentou diferenças significativas em função das variáveis do nível socioeconômico (tipo de reabilitação, renda familiar e escolaridade). CONCLUSÃO: O instrumento CADE-Q apresenta validade e confiabilidade adequadas para sua utilização na população brasileira em futuras pesquisas.
Desenvolvimento e validação da versão em português da Escala de Barreiras para Reabilitação Cardíaca
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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares possuem alta incidência e prevalência no Brasil, porém a participação na Reabilitação Cardíaca (RC) é limitada e pouco investigada no país. A Escala de Barreiras para Reabilitação Cardíaca (CRBS) foi desenvolvida para avaliar as barreiras à participação e aderência à RC. OBJETIVO: Traduzir, adaptar culturalmente e validar psicometricamente a CRBS para a língua portuguesa do Brasil. MÉTODOS: Duas traduções iniciais independentes foram realizadas. Após a tradução reversa, ambas versões foram revisadas por um comitê. A versão gerada foi testada em 173 pacientes com doença arterial coronariana (48 mulheres, idade média = 63 anos). Desses, 139 (80,3%) participantes de RC. A consistência interna foi avaliada pelo alfa de Cronbach, a confiabilidade teste-reteste pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e a validade de construto por análise fatorial. Testes-T foram utilizados para avaliar a validade de critério entre participantes e não participantes de RC. Os resultados da aplicação em função das características dos pacientes (gênero, idade, estado de saúde e grau de escolaridade) foram avaliados. RESULTADOS: A versão em português da CRBS apresentou alfa de Cronbach de 0,88, ICC de 0,68 e revelou cinco fatores, cuja maioria apresentou-se internamente consistente e todos definidos pelos itens. O escore médio para pacientes em RC foi 1,29 (desvio padrão = 0,27) e para pacientes do ambulatório 2,36 (desvio padrão = 0,50) (p < 0,001). A validade de critério foi apoiada também por diferenças significativas nos escores totais por sexo, idade e nível educacional. CONCLUSÃO: A versão em português da CRBS apresenta validade e confiabilidade adequadas, apoiando sua utilização em estudos futuros.
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FUNDAMENTO: A angina pectoris estável é uma condição grave com poucos estudos epidemiológicos no Brasil. OBJETIVO: Validar a versão curta do questionário Rose de angina em português do Brasil para seu uso em pesquisas e estudos longitudinais. MÉTODOS: Foi recrutado um total de 116 pacientes consecutivos de uma clínica ambulatorial sem histórico de infarto do miocárdio e/ou revascularização coronariana para a aplicação de três questões do questionário Rose, abordando dor no peito após esforço. Utilizamos como padrão-ouro o teste em esteira ergométrica com o protocolo Ellestad. RESULTADOS: A versão curta do questionário Rose de angina dos 116 indivíduos submetidos ao teste de esforço em esteira ergométrica mostrou 89,7% de acurácia, 25% de sensibilidade, 92% de especificidade, 10% de valor preditivo positivo, 97,2% de valor preditivo negativo e 3,1 de razão de probabilidade positiva e 0,82 de razão de probabilidade negativa. CONCLUSÃO: A versão em português com os três itens do questionário Rose de angina é adequada para objetivos epidemiológicos.
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Neste trabalho verificou-se a opinião e o conhecimento de pacientes internados em uma unidade psiquiátrica e seus familiares, sobre a aceitação do uso da eletroconvulsoterapia. Através de análise quantitativa constatou-se a aprovação da maioria ao tratamento, apesar do escasso conhecimento sobre este, apresentado pelos indivíduos estudados. Constatou-se também que o conhecimento desse tratamento e a confiança depositada no profissional médico que indica o tratamento, parece influir na opinião dos indivíduos sobre seu uso. Desta forma existe a importância do papel do enfermeiro na educação dos indivíduos em relação à eletroconvulsoterapia.
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O estudo foi realizado com os objetivos de identificar as atividades desenvolvidas após a formatura pelos enfermeiros graduados na Escola de Enfermagem da SP (EEUSP) e caracterizar a inserção destes enfermeiros em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no que se refere a ter sido ou não sua primeira área de atuação, à experiência anterior de trabalho em UTI, ao treinamento inicial específico e às dificuldades enfrentadas para assumir as atividades nessas Unidades. A população foi composta pelos egressos da EEUSP nos anos de 1991 a 1995. Uma listagem dos alunos formados no período, com os respectivos endereços e telefones, foi obtida junto à Seção de Graduação. Foi utilizado um questionário para a coleta de dados. Dentre os 235 questionários enviados, 117 (49,8%) retornaram com resposta. Quanto as atividades após a formatura, 90,5% informaram estar exercendo a profissão; o hospital ,foi o local de trabalho mais indicado, totalizando 76,2% das respostas. Em todos os anos do período estudado, um contingente significativo de enfermeiros foi absorvido nas UTls. Dos 117 respondentes, 55 (47,0%) informaram que trabalham ou trabalharam em UTI, sendo que para 54,5% deles, este foi o primeiro emprego. A maioria (52,8%) não tinha experiência de trabalho anterior em UTI. Apesar de 64,1% dos enfermeiros terem recebido treinamento inicial específico, foram mencionadas dificuldades para assumir as atividades na UTI, dentre as quais destacaram-se: a falta de destreza manual e de conhecimento teórico (45,4%), o manuseio de equipamentos (25,8%) e o relacionamento com as equipes de enfermagem. e multiprofissional (8,2%).
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Trata-se de estudo descritivo exploratório, realizado em uma Escola de Enfermagem, do qual participam 63 funcionárias não docentes. Teve como objetivos verificar seus conhecimentos sobre o exame preventivo do câncer cérvico-uterino e conhecer seus sentimentos e expectativas ao submeterem-se a este exame. Os dados foram coletados por meio de formulário sendo que a última questão foi gravada e analisada segundo o referencial teórico metodológico da fenomenologia social. As respostas obtidas permitem repensar sobre atendimento adequado mediante ações humanizadas que consideram o ser em sua totalidade existencial, pertencente a um contexto socioeconômico e cultural.
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O objetivo deste estudo é caracterizar a situação de aprendizado dos estudantes de enfermagem sobre drogas psicotrópicas. Foram entrevistados estudantes de uma escola pública e uma privada. A análise dos dados foi temática. Os resultados não apontam diferenças substanciais entre as escolas, mostrando: aprendizado centrado nos psicofármacos; influência da mídia e utilização do senso-comum na epidemiologia, motivações e problemas advindos do uso de drogas, reprodução de mitos e preconceitos sobre usuários; desconsideração dos conflitos sociais que permeiam as drogas. É necessário aperfeiçoar o ensino desses conteúdos para que os estudantes tenham uma base de conhecimento adequada nos espaços de atuação.
Resumo:
Utilizando-se questionário contendo questões abertas e fechadas, o presente estudo teve como objetivos: identificar entre profissionais de enfermagem quais as regiões mais utilizadas para aplicação de medicamentos intramuscular; identificar o método que utilizam para delimitação das regiões e local de punção, identificar seu conhecimento acerca das complicações e contra-indicações para uso das regiões e averiguar a utilização da região ventro-glútea. Participaram do estudo 32 profissionais que referiram utilizar as regiões dorsoglútea (65,62%) e deltóidea (31,25%). Evidenciou-se que há necessidade de atualização desses profissionais, especialmente quanto a anatomia, utilização adequada de terminologia para denominação das regiões e conhecimentos acerca de complicações e contra-indicações. É essencial o investimento em treinamento desses profissionais para a utilização da região ventroglútea.
Resumo:
Após quase 30 anos de criação da Área de Concentração Enfermagem Psiquiátrica, no Programa de Pós-Graduação da Escola de Enfermagem da USP, é importante olhar a produção científica gerada para que fundamentem reflexões sobre este ensino. Este estudo é descritivo-exploratório, usou como fonte os registros do Serviço de Pós-Graduação, resumos de dissertações e teses; memorandos e ofícios; os dados coletados foram analisados à luz das transformações ocorridas na estrutura que titulou 60 alunos, dos quais 50 cursaram mestrado e 10 doutorado e que vem reestruturando suas disciplinas, linhas de pesquisa e projetos com o objetivo de atender as avaliações internas e externas e às diretrizes das agências de fomento do País. A produção científica, atualmente, evidência alinhamento com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica e tendência de produzir conhecimentos a partir das práticas concretas dos trabalhadores nos campos da assistência, a gestão e ensino de Saúde Mental.