230 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: Os indicadores antropomtricos de obesidade abdominal (OABD) estimam a quantidade de tecido adiposo visceral, que, por sua vez, est associado a maior risco de desenvolvimento de doena cardiovascular. Nas ltimas dcadas, houve um aumento de OABD na populao feminina brasileira, constituindo grande problema de sade pblica. OBJETIVO: Avaliar o desempenho de diferentes pontos de corte do ndice de conicidade (ndice C), da razo cintura-quadril (RCQ), da circunferncia de cintura (CC) e da razo cintura-estatura (RCEst) para discriminar risco coronariano elevado (RCE) em mulheres. MTODOS: Estudo transversal realizado em Feira de Santana, Bahia, com 270 funcionrias de uma universidade pblica com idade entre 30 e 69 anos. A anlise da sensibilidade e especificidade, feita por meio das curvas ROC, permitiu identificar e comparar os melhores pontos de corte para discriminar RCE, calculado com base no escore de risco de Framingham. RESULTADOS: Os pontos de corte encontrados foram: CC = 86 cm, RCQ = 0,87, ndice C = 1,25 e RCEst = 0,55, sendo, respectivamente, as reas sob a curva ROC de 0,70 (IC95% = 0,63-0,77), 0,74 (IC95% = 0,67-0,81), 0,76 (IC95% = 0,70-0,83) e 0,74 (IC95% = 0,67-0,81). Os indicadores antropomtricos de OABD analisados apresentaram desempenhos satisfatrios e semelhantes para discriminar RCE. Entretanto, o ndice C foi o indicador que apresentou o melhor poder discriminatrio. CONCLUSO: Espera-se que esses resultados contribuam para melhor quantificar a OABD na populao feminina brasileira, fornecendo informaes para que os profissionais de sade atuem na preveno dessa condio clnica multifatorial, evitando o aparecimento das doenças cardiovasculares.
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FUNDAMENTO: Ao migrarem para as Amricas, os japoneses submeteram-se a processo de ocidentalizao, com estilo de vida, especialmente dieta, muito diferente, podendo explicar o aumento de diabete melito (DM), sndrome metablica (SM) e doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Analisar a presena de necrose miocrdica e hipertrofia ventricular esquerda (HVE) pelo ECG e sua relao com DM e SM em populao de nipo-brasileiros. MTODOS: Estudo transversal que avaliou 1.042 nipo-brasileiros acima de 30 anos, 202 nascidos no Japo (isseis) e 840 nascidos no Brasil (nisseis), provenientes da segunda fase do estudo Japanese-Brazilian Diabetes Study Group iniciado em 2000. A SM foi definida pelos critrios da NCEP-ATP III modificados para os japoneses. A presena de DM e SM se associou ao encontro de necrose miocrdica pelo critrio de Minnesota e de HVE pelo critrio de Perugia no ECG. Utilizou-se o mtodo estatstico do qui-quadrado para rejeio da hiptese de nulidade. RESULTADOS: Dos 1.042 participantes 35,3% tinham DM (38,6% entre os isseis e 34,5% nos nisseis); 51,8% tinham SM (59,4% nos isseis e 50,0% nos nisseis). A presena de zona inativa nos isseis diabticos no foi estatisticamente significante quando comparada com os no-diabticos, porm entre os nisseis diabticos a zona inativa estava presente em 7,5%. Houve correlao estatisticamente significante entre a SM e HVE nos isseis e nisseis. CONCLUSO: Distrbios metablicos tiveram alta prevalncia em nipo-brasileiros com correlaes significantes com necrose e hipertrofia pelo ECG.
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FUNDAMENTO: Atualmente, a dislipidemia infanto-juvenil associada a outros agravos no transmissveis como diabete, hipertenso e obesidade representam um grave problema de sade pblica no Brasil. OBJETIVO: Investigar a prevalncia de dislipidemia em crianas e adolescentes da rede particular de ensino na cidade de Belm. MTODOS: Estudo transversal e prospectivo, no qual foram avaliados 437 escolares pareados por sexo. A faixa etria foi delimitada entre 6 a 19 anos, estratificada em quatro subgrupos (6 a 9 anos; 10 a 12 anos; 13 a 15 anos e 16 a 19 anos). Para obteno das variveis antropomtricas foram mensurados peso e estatura, para o clculo do ndice de massa corporal; e pregas cutneas para o clculo do percentual de gordura. O perfil lipoprotico srico foi obtido atravs da dosagem do colesterol total, triglicerdeo, LDL-colesterol e o HDL-colesterol aps 12 horas de jejum, determinado por mtodos enzimticos. RESULTADOS: Do total de escolares analisados 126 (28,8%) apresentaram excesso de peso e 158 (36,2%) ndice de adiposidade elevado. As crianas (33,6%) apresentaram maior prevalncia de obesidade quando comparadas com os adolescentes (10,1%) (p<0,001). Em relao s caractersticas bioqumicas constatou-se que 214 (49%) apresentaram alguma alterao no perfil lipdico e que as crianas e os adolescentes da faixa de 10 a 15 anos foram os grupos etrios que apresentaram maiores taxas de dislipidemia (34,6 e 25,5 %), respectivamente. CONCLUSO: Esses achados demonstram a importncia de se diagnosticar precocemente o possvel perfil lipdico, principalmente se este j apresentar associao com outro fator de risco como a obesidade.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) um agregado de fatores predisponentes para doenças cardiovasculares e diabete melito, cujas caractersticas epidemiolgicas so insuficientemente conhecidas nos nveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da rea urbana de Cuiab - MT. MTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gnero e selecionados por amostragem sistemtica de uma populao fonte de 567 hipertensos de Cuiab. Todos os selecionados responderam a um inqurito em domiclio para obteno de dados scio-demogrficos e hbitos de vida. Foram medidos: presso arterial; ndice de massa corprea (IMC); circunferncias da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lpides sricos; clculo do ndice de homeostase da resistncia insulnica (HOMA); protena C-reativa; cido rico e fibrinognio. O critrio para hipertenso adotado foi: mdia da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para sndrome metablica segundo a I Diretriz Brasileira de Sndrome Metablica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com mdia de idade de 58,3 12,6 anos. Observou-se prevalncia de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomnio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenas entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A anlise de regresso mltipla revelou uma associao positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m, a resistncia insulnica e algum antecedente familiar de hipertenso. CONCLUSO: Observou-se uma elevada prevalncia de SM entre hipertensos de Cuiab, associada significativamente ao IMC >25 kg/m, resistncia insulnica (ndice HOMA) e, em especial, a uma histria familiar de hipertenso. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto atravs de novos estudos.
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FUNDAMENTO: Poucos estudos exploraram o valor prognstico da monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA) em pacientes hipertensos resistentes, um grupo que apresenta alto risco. OBJETIVO: Investigar o valor prognstico da presso arterial (PA) de viglia, em mulheres hipertensas resistentes. MTODOS: Foram acompanhadas por at 8,9 anos (mdia 3,9), 382 mulheres hipertensas resistentes com idade entre 24-92 anos, atendidas em uma unidade de hipertenso de um hospital universitrio. As pacientes foram classificadas como controladas (PA de consultrio > 140/90 mmHg e PA de viglia<135/85 mmHg) ou no-controladas (PA de consultrio > 140/90 mmHg e PA de viglia > 135/85 mmHg). Analisou-se uma combinao de mortalidade cardiovascular, cardiopatia isqumica, acidente vascular enceflico e nefropatia. Utilizou-se o modelo proporcional de Cox para estimar o risco de eventos cardiovasculares ajustado para potenciais confundidores. RESULTADOS: A taxa total de eventos foi de 5,0 por 100 mulheres-ano. No grupo de controladas esse valor foi de 3,7 e entre as no-controladas, de 5,8, com p=0.06. Os riscos relativos associados ao aumento de 10 mmHg na PA sistlica, ajustando para idade e tabagismo atual, foram maiores que os associados a aumentos de 5 mmHg na PA diastlica. Pacientes com descenso noturno<10% tiveram risco para evento cardiovascular maior que os com descenso noturno > 10%, embora essa associao no tenha sido estatisticamente significante. A presso de viglia no controlada (sim/no) foi um forte fator de risco independente, 1,67 (1,00-2,78). CONCLUSO: O aumento de 67% no risco de evento cardiovascular quando a PA de viglia no estava controlada indicador de que o uso da MAPA essencial na avaliao do controle e como guia das decises teraputicas na hipertenso resistente.
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FUNDAMENTO: Estudos sobre o impacto da HDL-c e ocorrncia de doena cardiovascular (CV) em idosos so escassos. OBJETIVO: Avaliar as variveis clnicas e laboratoriais e a ocorrncia de eventos CV em idosos estratificados de acordo com o comportamento da HDL-c em seguimento de oito anos. MTODOS: Foram avaliados, em dois momentos (A1 e A2), com espao mnimo de cinco anos, 81 idosos, com idade mdia de 68,51 6,32 (38,2% do sexo masculino). Os indivduos foram divididos em 3 grupos de acordo com o nvel da HDL-c: HDL-c normal nas duas avaliaes (GN) (n=31); HDL-c baixa nas duas avaliaes (GB) (n=21); e HDL-c varivel de A1 para A2 (GV) (n=29). Foram registrados os eventos CV maiores: doena coronariana (angina, infarto miocrdio, revascularizao miocrdica percutnea/cirrgica), acidente vascular enceflico, acidente isqumico transitrio, doena carotdea, demncia e insuficincia cardaca. RESULTADOS: Os grupos no diferiram quanto idade e sexo em A1 e A2. As mdias dos triglicrides foram menores no GN em A1 (p=0,027) e A2 (p=0,016) que no GB. J a distribuio de eventos CV foi de 13 eventos no GN (41,9%), 16 (76,2%) no GB e de 12 (41,4%) no GV (χ2=7,149, p=0,024). Em anlise de regresso logstica observou-se que quanto maior a idade (OR=1,187, p=0,0230) e quanto menor a HDL-c (OR=0,9372, p=0,0102), maior a ocorrncia de eventos CV. CONCLUSO: O HDL-c permanentemente baixo ao longo de oito anos de acompanhamento foi fator de risco para desenvolvimento de eventos CV em idosos.
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FUNDAMENTO: Em sndrome coronariana aguda (SCA), importante estimar a probabilidade de eventos adversos. OBJETIVO: Desenvolver um escore de risco em uma populao brasileira com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SST). MTODOS: Foram avaliados prospectivamente 1.027 pacientes em um centro brasileiro de cardiologia. Um modelo de regresso logstica mltipla foi desenvolvido para prever o risco de morte ou de (re)infarto em 30 dias. A acurcia preditiva do modelo foi determinada pelo C statistic. RESULTADOS: O evento combinado ocorreu em 54 pacientes (5,3%). O escore foi criado pela soma aritmtica de pontos dos preditores independentes, cujas pontuaes foram designadas pelas respectivas probabilidades de ocorrncia do evento. As seguintes variveis foram identificadas: aumento da idade (0 a 9 pontos); antecedente de diabete melito (2 pontos) ou de acidente vascular cerebral (4 pontos); no utilizao prvia de inibidor da enzima conversora da angiotensina (1 ponto); elevao da creatinina (0 a 10 pontos); e combinao de elevao da troponina I cardaca e depresso do segmento ST (0 a 4 pontos). Foram definidos quatro grupos de risco: muito baixo (at 5 pontos); baixo (6 a 10 pontos); intermedirio (11 a 15 pontos); e alto risco (16 a 30 pontos). O C statistic para a probabilidade do evento foi de 0,78 e para o escore de risco em pontuao de 0,74. CONCLUSO: Um escore de risco foi desenvolvido para prever morte ou (re)infarto em 30 dias em uma populao brasileira com SCA sem SST, podendo facilmente ser aplicvel no departamento de emergncia.
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FUNDAMENTO: Na literatura, a depresso aparece associada a doenças cardiovasculares. A partir da experincia clnica, observou-se a categoria vivncia de perdas associada instalao e ao desenvolvimento da coronariopatia. A vivncia de perdas, desencadeada por evento(s) significativo(s) apontado(s) pelo paciente, implica em processo de luto, remetendo-o aos fatores psicossociais predisponentes ao adoecer. OBJETIVO: Investigar vivncia de perdas por meio da avaliao do estado de luto e de depresso, e verificar a relao entre ambos, em pacientes internados com doena arterial coronariana. MTODOS: Avaliaram-se 44 pacientes internados, com os diagnsticos de infarto agudo do miocrdio ou angina, de 33 a 65 anos, 50% homens e 50% mulheres. Foram utilizados dois instrumentos: entrevista semi-estruturada para investigao de vivncia de perdas e avaliao do estado de luto, e inventrio de depresso de Beck para avaliao de depresso. Os resultados foram relacionados pelo programa Statistical Package for Social Sciences, verso 11.0. RESULTADOS: O estado de luto pode ser identificado em 66% dos casos, com significativa relao entre luto e depresso (p < 0,05). Observou-se ainda que 100% das pessoas com depresso grave apresentam luto. O evento significativo referido com mais frequncia foi morte de familiares (47%) e de pessoa prxima (13%), totalizando 60% dos eventos relatados por 84% dos participantes. De acordo com os resultados obtidos pelo inventrio de depresso de Beck, 48% encontram-se em estado de depresso. CONCLUSO: Este estudo sugere que a categoria vivncia de perdas deve ser utilizada como indicativo de fator psicolgico predisponente s manifestaes da doena arterial coronariana (DAC), apontando para a relao entre luto e depresso.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica definida com um conjunto de fatores de risco cardiovasculares relacionados obesidade visceral e resistncia insulnica, que levam a um aumento da mortalidade geral, especialmente cardiovascular. Os marcadores inflamatrios so considerados fatores de risco emergentes e podem ser potencialmente utilizados na estratificao clnica das doenças cardiovasculares estabelecendo valores prognsticos. OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo avaliar quais componentes da sndrome metablica apresentam aumento de IL-6 e PCR-AS, identificando o marcador que melhor expressa o grau de inflamao, e qual componente isoladamente apresenta maior interferncia nos marcadores inflamatrios estudados, a fim de identificar outros fatores de risco importantes na determinao da inflamao arterial. METODOLOGIA: Foram selecionados 87 pacientes, entre 26 e 85 anos, hipertensos, diabticos e dislipidmicos que obedecessem aos critrios necessrios ao diagnstico de certeza da sndrome metablica. Os pacientes foram avaliados atravs da MAPA de 24h e submetidos a dosagens de PCR-AS e IL-6, entre outras variveis metablicas. RESULTADOS: Os pacientes que apresentaram PCR > 0,3mg/dl mostraram correlao significativa (p<0,05) com permetro abdominal >102/88 cm em 83,7%; glicemia > 110mg/dl em 88%; e IMC > 30kg/m em 60,5% dos indivduos estudados. CONCLUSO: Concluiu-se que a PCR foi o marcador inflamatrio de maior expresso em relao s variveis estudadas, sendo tabagismo, albuminria, histria de cardiopatia pessoal prvia, IMC, permetro abdominal e hiperglicemia as de maior relevncia estatstica. A interleucina-6 no mostrou correlao com nenhuma varivel estudada.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica (SM) considerada um fator muito importante no desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de sndrome metablica (SM) nos pacientes atendidos no ambulatrio para a preveno secundria de doena arterial coronariana do IC-FUC, bem como verificar o excesso de peso por meio do ndice de massa corporal (IMC) e a prevalncia de obesidade abdominal na doena cardiovascular (DCV). MTODOS: A amostra final foi composta por 151 indivduos (de 26 a 84 anos), cujos dados foram retirados da primeira consulta que apresentou exames sanguneos de jejum, medidas da presso arterial (PA), circunferncia abdominal (CA) em centmetros, peso e estatura, associando sexo e idade. Para A avaliao de SM, foi utilizado o conceito do NCEP-ATP III. RESULTADOS: O sexo masculino representou 64,9% da amostra. Foram encontrados ndices de sobrepeso de 50% e obesidade de 21,3%, estando a CA aumentada presente em 30,8% dos indivduos, 20 homens e 25 mulheres. Atendendo aos critrios do NCEP-ATP III para o diagnstico de SM, a prevalncia dessa sndrome foi de 61,5%, incluindo 54 homens e 39 mulheres. CONCLUSO: Verifica-se que a prevalncia de SM em pacientes portadores de DCV no ambulatrio para a preveno secundria de DAC do IC-FUC elevada, tendo tambm como caracterstica a alta prevalncia de sobrepeso, obesidade e CA aumentada.
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FUNDAMENTO: O conhecimento da evoluo da mortalidade cardiovascular importante para levantar hipteses sobre a sua ocorrncia e subsidiar medidas de preveno e controle. OBJETIVOS: Comparar a mortalidade pelo conjunto das doenças cardiovasculares e seus principais subgrupos: doena isqumica do corao e cerebrovasculares (DIC e DCBV), no municpio de So Paulo, por sexo e idade, de 1996 a 1998 e 2003 a 2005. MTODOS: Foram usados dados de bitos do Programa de Aprimoramento das Informaes de Mortalidade para o Municpio (PROAIM) e estimativas populacionais da Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados (SEADE) do Estado de So Paulo. A magnitude na mortalidade e as mudanas entre os trinios foram medidas pela descrio de coeficientes e variao percentual relativa. O modelo de regresso de Poisson foi usado tambm para estimar a mudana na mortalidade entre os perodos. RESULTADOS: Observou-se reduo importante da mortalidade cardiovascular. Os coeficientes aumentam com a idade em ambos os sexos. Tambm so mais elevados na populao masculina, na faixa a partir dos 70 anos. Os coeficientes de mortalidade por DIC so maiores que aqueles por DCBV, tanto nos homens como nas mulheres de 50 anos ou mais. O declnio pelo conjunto das doenças cardiovasculares foi maior em mulheres de 20 a 29 anos (-30%) e em homens de 30 a 39 anos (-26%). CONCLUSO: A fora da intensidade da mortalidade cardiovascular diminuiu entre 1996 e 1998, a 2003 e 2005. Ainda assim h diferenas entre os grupos. Essa reduo pode significar, em parte, um maior acesso aos mtodos diagnsticos e teraputicos.
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Um dos fenmenos mais atuais da sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS) o surgimento de uma nova populao vulnervel: os idosos. Um dos fatores responsveis por este aumento o desenvolvimento da terapia antirretroviral combinada (TARV), que tem proporcionado uma melhor qualidade e expectativa de vida do portador de HIV. Entretanto, a TARV est associada a efeitos adversos como dislipidemia, diabete melito e resistncia insulina, os quais se constituem como fatores de risco para doena cardiovascular. Com o impacto da TARV no metabolismo glicdico e lipdico, surgiram muitos estudos associando a infeco pelo HIV e a doena cardiovascular, assim como, os seus fatores de risco e a utilizao da TARV, porm, poucos deles relatam sobre a cardiotoxicidade desta Terapia em idosos. Este artigo tem o objetivo de revisar as principais alteraes metablicas causadas pelo uso da terapia antirretroviral e o seu impacto no aumento do risco de doenças cardiovasculares nos idosos portadores de HIV.
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FUNDAMENTO: Em mulheres ps-menopausadas, mudanas significantes ocorrem, que podem induzir doenças cardiovasculares, tais como o perfil lipdico aterognico devido a um aumento nos nveis de colesterol total e LDL, e uma diminuio nos nveis de HDL. A terapia de reposio hormonal (TRH) pode evitar essas mudanas no perfil lipdico. OBJETIVO: Determinar os efeitos da TRH constituda por estradiol transdrmico e acetato de medroxiprogesterona nos parmetros bioqumicos e lipdicos de mulheres brasileiras ps-menopausadas. MTODOS: Este um estudo prospectivo, longitudinal, aberto, no qual trinta mulheres ps-menopausadas receberam estradiol em gel transdrmico (1 mg/dia) de forma contnua, combinado com acetato de medroxiprogesterona (MPA) (5 mg/dia) por 12 dias/ms. Os seguintes parmetros foram determinados: colesterol total, triglicrides, lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol), lipoprotena de baixa densidade (LDL-colesterol), lipoprotena de muito baixa densidade (VLDL-colesterol), glicose, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT) e hormnio folculo estimulante (FSH). RESULTADOS: Os parmetros do perfil lipdico mostraram uma diminuio no-significante, enquanto os nveis de GGT e FSH apresentaram uma diminuio estatisticamente significante. CONCLUSES: O tratamento com estradiol em gel transdrmico no mostrou um impacto significante no perfil lipdico, de forma que no resultou em um efeito benfico nos marcadores de doenças cardiovasculares, sugerindo que a dose, modo de administrao e o tempo de tratamento foram importantes para esses resultados. Alm disso, o tratamento com dose baixa e modo de administrao transdrmico tambm demonstrou um significante efeito heptico nessa populao. Dessa forma, esse tratamento pode fornecer efeitos interessantes sobre o perfil lipdico em mulheres brasileiras ps-menopausadas.
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FUNDAMENTO: A hipertenso arterial sistmica (HAS), considerada um problema de sade pblica devido a sua elevada prevalncia e dificuldade de controle, descrita tambm como um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Estimar a prevalncia da HAS, assim como as caractersticas de seu controle e tratamento, na populao de 18 a 90 anos da regio urbana de Nobres - MT. MTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatria e com reposio. O critrio para classificao da HAS foi presso arterial (PA) > 140/90 mmHg ou uso atual de anti-hipertensivos. As entrevistas foram realizadas utilizando-se questionrios padronizados e testados previamente. As variveis foram descritas por mdias desvios-padro e frequncias. As mdias foram comparadas utilizando-se o teste t-Student e as associaes por meio do teste do qui-quadrado de Pearson, com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: Nos 1.003 indivduos maiores de 18 anos analisados, foi observada prevalncia de HAS de 30,1%. Entre os hipertensos (N = 302), 73,5% sabiam dessa condio, 61,9% faziam tratamento e 24,2% tinham a PA controlada. Observou-se a associao positiva entre HAS e idade; analfabetismo; escolaridade inferior a oito anos; IMC > 25kg/m; circunferncia da cintura aumentada e muito aumentada; razo cintura-quadril (RCQ) em faixa de risco; sedentarismo e etilismo. CONCLUSO: A HAS revelou-se um importante problema de sade pblica tambm em um municpio de pequeno porte do interior do pas. Os nveis de controle e tratamento da hipertenso nessa populao foram considerados insatisfatrios, apesar de melhores em comparao aos observados em outros estudos.
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FUNDAMENTO: Em Curitiba, a hipertenso arterial sistmica (HAS) a segunda causa de internamento hospitalar e a primeira causa de morte por doenças cardiovasculares. Os protocolos de atendimento aos hipertensos sistematizam a ateno ao paciente com o intuito de aprimorar a resolutividade e a qualidade dos servios de sade. OBJETIVO: Avaliar a adeso dos profissionais mdicos ao protocolo do programa de hipertensos da Secretaria Municipal de Sade (SMS) de Curitiba. MTODOS: Este um estudo transversal e observacional. A coleta de dados referentes ao trabalho foi realizada em quatro unidades de sade de Curitiba. A amostra foi constituda de 200 pacientes hipertensos cadastrados no programa de HAS. Os dados coletados eram referentes s duas primeiras consultas. A fonte de dados foi o pronturio eletrnico das unidades de sade. O protocolo utilizado para anlise comparativa foi o da SMS de Curitiba. RESULTADOS: A no conformidade entre a prtica clnica e o protocolo na primeira consulta foi de 56,8% quanto classificao de grau, 63,8% quanto ao risco cardiovascular e de 54% quanto ao tratamento. Na segunda consulta, em 67% no houve concordncia com o protocolo quanto ao risco e em 51,3% quanto ao tratamento. CONCLUSO: A no conformidade entre a prtica clnica e a adeso ao protocolo da SMS de Curitiba mostrou-se evidente na classificao de grau, risco cardiovascular e tratamento do paciente hipertenso. O no seguimento do protocolo pode representar uma baixa resolutividade do servio de sade, o qual perde a oportunidade de reduzir a morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares na populao.