391 resultados para Cultura agrícola - nordeste
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar as características de pulverização de pontas hidráulicas e atomizadores rotativos de discos, utilizando diferentes volumes de calda, na cultura do trigo, bem como seus rendimentos operacionais. Foram realizados dois experimentos, nas safras agrícolas de 2009 e 2010. No primeiro ano, utilizou-se da cultivar Fundacep 30, e no segundo das cultivares Pampeano e Nova Era. As pontas testadas foram do tipo leque e cone vazio, ambas com volume de calda de 120 L ha-1, e atomizadores rotativos de discos utilizando baixo volume oleoso (BVO®), com volumes de calda de 24 e 34 L ha-1. Os parâmetros avaliados foram densidade de gotas (DG) e diâmetro mediano volumétrico (DMV) nos terços superior, médio e inferior, através da análise de cartões hidrossensíveis. Também foi calculada a capacidade operacional para os tratamentos. Os resultados mostraram que os atomizadores rotativos de disco com 24 L ha-1 apresentaram a maior DG no terço superior; entretanto, não houve diferença entre os tratamentos para os demais terços avaliados. Atomizadores rotativos de disco apresentaram gotas de menor DMV em comparação com as pontas hidráulicas, sendo que estas apresentaram grande heterogeneidade de gotas. A maior capacidade de campo operacional foi obtida com uso de atomizadores rotativos de disco, devido ao menor volume de calda utilizado por este equipamento.
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A mamoneira é uma oleaginosa de relevante importância econômica e social, de grande relevância para a economia da região Nordeste, por fixar mão de obra, evitando a evasão de divisas. Foram estudados diferentes aspectos do manejo da cultura da mamona, visando à otimização do uso da água e do rendimento da mamona, no primeiro e segundo ciclos de produção, sendo este último obtido após uma drástica poda da planta no final do primeiro ciclo. A pesquisa foi desenvolvida no campo em Lagoa Seca-PB. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 4, constituído com duas cultivares de mamona (BRS 149 - Nordestina e o BRS 188 - Paraguaçu) e quatro níveis de água disponível no solo (40; 60; 80 e 100%), distribuídos em três blocos. Os dados foram submetidos à análise de variância F. A altura da planta, o diâmetro do caule, a área foliar e a fitomassa da parte aérea foram avaliados. O acréscimo da disponibilidade hídrica no solo aumentou todos os índices de crescimento e/ou desenvolvimento das plantas. O segundo ciclo da cultura apresentou comportamento semelhante ao do primeiro ciclo, demonstrando a viabilidade técnica de condução a um segundo ciclo da mamona.
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Com o aumento da população mundial e a escassez dos recursos naturais, o uso eficiente dos fertilizantes torna-se necessário para uma agricultura intensiva. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Departamento de Engenharia Rural da UNESP, no Município de Botucatu-SP. Os tratamentos foram provenientes da combinação dos fatores salinidade do solo (CE: 1,0; 3,0; 6,0; 9,0; 12,0 dS m-1), manejo da fertirrigação (M1=tradicional e M2=com controle da concentração iônica da solução do solo) e cultivares de beterraba (C1=Early Wonder e C2=Itapuã), em um esquema fatorial 5x2x2, com 4 repetições, em um delineamento em blocos. Durante todo o cultivo, foram avaliadas as seguintes variáveis: altura, diâmetro do pecíolo, comprimento e diâmetro das raízes das plantas. A variável altura de plantas apresentou comportamento diferenciado de acordo com o manejo da fertirrigação estudado, além de apresentar sensibilidade a elevados níveis de condutividade elétrica no solo. O diâmetro das raízes apresentou reduções de 3,55 e 2,48 mm para C1 e C2, respectivamente, a cada aumento unitário da condutividade elétrica (CE) para M1. Com base na relação funcional de melhor ajuste entre o diâmetro das raízes e a condutividade elétrica em M2, obteve-se o diâmetro máximo estimado em 90,78 mm para C1 e 94,67 mm para C2.
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O feijão-caupi é uma cultura de grande relevância socioeconômica nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. No entanto, apresenta baixa produtividade. A irrigação é uma técnica que possibilita aumentos na produtividade e na rentabilidade dos cultivos, principalmente quando bem manejada. Para tanto, existem diversas tecnologias de manejo. Assim, objetivando avaliar economicamente diferentes tecnologias de manejo da irrigação na produção do feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), em duas épocas de cultivo (primavera e outono), na região dos cocais, no Estado do Maranhão, conduziu-se um experimento no Campo Experimental do Instituto Federal do Maranhão, em Codó-MA, no delineamento em blocos casualizados, com sete tratamentos e quatro repetições. Deste modo, foi realizada uma análise econômica sob a ótica da teoria de investimentos, sem considerar a presença dos riscos na atividade. Verificou-se que o investimento na produção do feijão-caupi irrigado por aspersão convencional, nas condições edafoclimáticas da região dos cocais maranhenses, mostrou-se viável, independentemente da época de cultivo e/ou da tecnologia de manejo adotada. Entre as épocas de cultivo, observou-se que o plantio conduzido na época da primavera foi mais rentável para todos os tratamentos.
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RESUMOA irrigação deficitária é comumente utilizada em regiões de reduzida disponibilidade de água ou de energia para a irrigação e visa incrementar a eficiência de uso da água. Essa técnica pode ser adequada à cultura do sorgo, que apresenta produtividades satisfatórias, mesmo em condições limitadas de disponibilidade de água no solo. Os objetivos do trabalho foram: avaliar os efeitos de diferentes manejos de irrigação deficitária sobre o índice de área foliar, altura de plantas e rendimento de grãos do sorgo, e identificar o nível crítico de irrigação deficitária que proporciona maior produtividade da água irrigada e retorno econômico. O experimento foi desenvolvido no ano agrícola de 2012/2013, sob uma cobertura móvel, que impedia a ocorrência de chuva na área experimental. Foram testados quatro manejos de irrigação deficitária: 100; 75; 50 e 25% de reposição da evapotranspiração da cultura (ETc). A redução de 25% na reposição da ETc resultou na diminuição de 7% na altura das plantas, 5% no índice de área foliar e 17% no rendimento de grãos. A maior receita líquida da cultura foi alcançada utilizando o manejo de irrigação com reposição de 75% da ETc. A produtividade da água e o retorno econômico da aplicação de água apresentaram uma resposta linear positiva em relação à redução na reposição da ETc.
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RESUMOO uso de água residuária em solo agrícola pode-se caracterizar como uma fonte alternativa de adubação, além de melhorar as condições edáficas do solo devido à matéria orgânica adicionada. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos na cultura do milho e em Latossolo Vermelho distroférrico típico, devido à aplicação de água residuária de suinocultura associada com adubação química. No experimento, utilizou-se de cinco doses de ARS (0; 112,5; 225; 337,5 e 450 m3 ha-1) durante o ciclo do milho, combinadas com duas adubações químicas (50 e 75% da dose recomendada), para compor os respectivos tratamentos, com três repetições. Os parâmetros da cultura do milho avaliados foram: produtividade (PROD), altura de plantas (AP), teor de macronutrientes (N, P, K e Mg) e de micronutrientes (Fe, Zn, Cu e B). Os parâmetros de solo avaliados foram: conteúdo de matéria orgânica (MO), soma e saturação por bases (SB e V), pH e teores disponíveis de N, P, K, Cu, Zn, Fe e Mn. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que: na cultura do milho, a aplicação de água residuária da suinocultura é fator predominante no aumento da produtividade e na nutrição mineral em K, Mg, Fe, Cu e B, e insuficiente para N e P; no solo, de modo geral, a água residuária da suinocultura propiciou aumentos positivos nos parâmetros de P, Zn, Cu, pH e SB, negativos nos teores de K e Fe, e nenhum efeito nos parâmetros N, V, MO e Mn; os parâmetros P, Cu e Zn aumentaram significativamente os teores no solo ao longo do experimento, indicando a importância do fator tempo nesse tipo de estudo.
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RESUMO O Estado do Paraná caracteriza-se por uma grande variabilidade de épocas de semeadura (DS) e, consequentemente, pelo desenvolvimento máximo vegetativo (DMDV), colheita (DC) e ciclo (CI) para a cultura da soja. O objetivo deste trabalho foi estimar essas datas para o período de primavera-verão do ano-safra de 2011/2012, por meio de séries temporais de imagens do Índice de Vegetação Realçado (do inglês Enhanced Vegetation Index - EVI) do sensor Modis (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer). Gerou-se um perfil espectrotemporal médio de EVI, considerando todos os pixels mapeados como soja dentro de cada município. Estes dados serviram de entrada no software Timesat para estimar os decêndios do ciclo da cultura (DS, DMDV, DC e CI) por municípios. Os resultados mostraram que existe grande variabilidade de datas de plantio em diferentes mesorregiões do Estado. Verificaram-se também divergências entre os resultados encontrados e os dados oficiais de DS e DC. A maior parte da semeadura (65,16%) esteve entre o terceiro decêndio de outubro e o primeiro decêndio de novembro. A maior parte da área de soja do Estado do Paraná (65,46%) teve seu DMDV em janeiro e colheita em março (53,92%).
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RESUMO Os sistemas de preparo do solo e o aumento do tráfego nas áreas agrícola têm contribuído para o aumento da compactação do solo e diminuição da produtividade das culturas. Assim, objetivou-se avaliar a influência de implementos de preparo do solo e de níveis de compactação sobre atributos físicos de Argissolo Amarelo distrófico típico, textura arenosa, e os impactos nos atributos agronômicos da cultura do milho. Os tratamentos foram constituídos por três implementos de preparo do solo (IP1 = grade aradora; IP2 = arado de aivecas, e IP3 = escarificador) e quatro níveis de compactação (NC0 = solo não trafegado; NC3 = 3 passadas; NC6 = 6 passadas, e NC9 = 9 passadas de trator). No solo, foram avaliados os atributos: densidade do solo, porosidade total e resistência mecânica à penetração, nas profundidades de 0,00‑0,10; 0,10-0,20; 0,20-0,30 e 0,30-0,40 m; e, na cultura, foram avaliados a matéria seca das plantas e de raízes e a produtividade de grãos. Os implementos de preparo do solo influenciaram sobre a densidade do solo e a porosidade total na camada de 0,00-0,10 m. Os níveis de compactação provocaram aumento da resistência à penetração até à profundidade de 0,30 m. O aumento da resistência à penetração acima de 1,53 MPa reduziu linearmente a matéria seca de plantas e a produtividade de grãos de milho, e acima de 2,18 MPa reduziu a matéria seca de raízes.
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A presente pesquisa foi conduzida através de dois ensaios com os herbicidas trifluralin, nitralin e EPTC em duas doses cada, procurando-se verificar o controle das plantas daninhas, observar os possíveis efeitos fitotóxicos à cultura após reaplicação no mesmo ano agrícola e determinar os possíveis resíduos no solo, no início do ano agrícola seguinte, que pudessem afe tar culturas rensiveis. O desenvolvimento da cultura foi observado por meio de pesos de matéria seca de folhas, caules e vagens, durante o ciclo, obtendo -se, também, a produção de vagens no fim do ciclo. A determinação dos possíveis residuos no solo, foi realizada através de bio-ensaios de radículas e caulículos, utilizando-se o sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench.) como planta teste. Houve um bom controle das plantas daninhas pelos herbicidas utilizados. A tiririca (Cyperus rotundus L.) só foi controlada pelo EPTC. O picão-preto (Bidenspilosa L.) e a guanxuma (Sida spp.) não foram controlados. Nenhum dos herbicidas apresentou fitotoxicidade à planta de feijão, mesmo após reaplicação no mesmo ano agrícola, e não foram constatados resíduos no ano agrícola seguinte no solo, após a reaplicação no ano agrícola anterior.
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Durante o ano agrícola de 1977/78 foi conduzida uma pesquisa a campo na região da Depressão Central do Rio Grande do Sul, com o objetivo de estabelecer a dose e a época de aplicação do herbicida diclofop que proporcionassem controle mais eficiente do Papua e que oferecessem maior seletividade à cultura. Os tratamentos constaram de combinações das doses de 720, 1080 e 1440 g/ha de diclofop, e aplicações em pré-plantio incorporadas a o solo (PPI), pré-emergência (PRE), pós-emergência quando as plântulas de papuã se apresentavam com duas folhas (POS-2) e outra na ocasião em que se encontravam no estádio de quatro folhas (POS-4), as quais foram comparadas às testemunhas com papuã durante o ciclo da soja (TCP) e sem papuã (TSP). Os efeitos dos tra tamentos foram estimados através de avaliações visuais de controle e pelo rendimento de grãos de soja. Todos os tratamentos com diclofop proporcionaram rendimentos estatisticamente equivalente s, os quais não se diferenciaram do controle sem papuã, embora tivessem apresentado rendimentos significativamente superiores ao daquele com papuã. Resultados das avaliações visuais, interpretados conjuntamente, evidenciaram que todas as combinações de doses e épocas de aplicação do diclofop controlaram eficientemente o papuã. As percentagens do controle alcançado, em relação às testemunhas , variaram de 68 a 99%, dependendo do tratamento e da época da avaliação. Contudo, as aplicações em POS-2 nas dosesde 1080 e 1440 g/ha e em POS-4 na dose de 1080 g/ha demonstraram maior eficiência em controlar papuã do que aquelas em PPI e em PRE à 720 g/ha.
Resumo:
Este trabalho foi conduzido no campo experimental da UEPAE de Penedo, Alagoas, no ano agrícola 76/77, com o objetivo de estudar os efeitos da profundidade da lamina de água sobre a incidência de plantas daninhas na cultura do arroz. Testaram-se em delineamento experimental de blocos casualizados com parcelas subdivididas, 6 laminas de água (0, 5, 10, 15, 20 e 25 cm) e três cultivares de arroz (SML-5/65, Suvale-1-70 e seleção- 10). As laminas ocuparam as parcelas, e as cultivares as subparcelas. Avaliaram -se a qualidade e a quantidade de plantas daninhas. Verificou-se que a irrigação por inundação contínua estática reduz significativamente a incidência de plantas daninhas, obtendo-se um bom controle quando a lamina foi maior de 10 cm. A principal planta daninha foi uma ciperácea conhecida como «cabeça de fôsforo» (Fimbristylis sp), sendo controlada através de submergência superior a 15 cm. O tipo de planta daninha dominante variou com a profundidade da lamina de água usada. Até 15 cm predominava a ciperácéa, e acima desse nível, plantas aquáticas.
Resumo:
Visando estudar a influência do período de competição das plantas daninhas sobre alguns parâmetros de produção da cultura da soja, foram instalados experimentos de campo com os cultivares Santa Rosa e IAC-2 em dois tipos de solos, Latossol Roxo e Latossol Vermelho Escuro - fase arenosa, no município de Jaboticabal, Estado de São Paulo, Brasil. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso , sendo os cultivares mantidos sem e com competição das plantas daninhas por períodos cujas extensões foram 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 dias após a emergência. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que: o período mínimo do início do ciclo que deve ser mantido livre de competição é de 30 a 40 dias após a emergência para o cultivar Santa Rosa e de 50 dias para o 'IAC-2'; para os dois cultivares, a produção de grãos foi efetivamente aumentada após o 20.° dia sem competição no solo Latossol Roxo e 30.° dia no solo Latossol Vermelho Escuro - fase arenosa, atingindo um valor máximo no 50.° dia para o 'Santa Rosa' e ao redor do 60.° dia para o 'IAC-2'; no ano agrícola de 1977/78 (solo Latosso l Roxo), a competição durante os primeiros 20 dias após a emergência causou perdas de produção em ambos os cultivares, entretanto, no de 1978/79 (solo Latossol Vermelho Escuro - fase arenosa) este período foi de 40 dias, mostrando a importância das interferências e da foclimáticas e das diferentes espécies daninhas, no processo de competição; e, dentre todos os parâmetros relacionados à produção de grãos, o número de vagens por planta foi o mais afetado pela competição das plantas daninhas.
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Com o objetivo de se avaliar a eficiência das misturas de glyphosate com diuron ou simazine para o controle de plantas daninhas anuais na cultura de citrus, foram conduzidos dois experimentos durante o ano agrícola 83/84, sendo um em Jaguariúna e outro em Catanduva, ambos no estado de São Paulo. Os resultados obtidos mostraram que, embora todos os tratamentos tenham sido altamente eficientes, o controle de Digitaria horizontalis, Brachiaria plantaginea e portulaca oleracea aos 10 DAT foi um pouco inferior quando se aplicou as misturas de tanque (glyphosate + diuron ou simazine), em relação à aplicação seqüencial desses mesmos produtos. A adição do sulfato de amônio nas misturas de tanque minimizou esse problema, o qual não foi observado na avaliação realizada aos 30 DAT. Ainda com relação às misturas, o controle das gramíneas foi superior quando se utilizou diuron em relação à simazine. As misturas de herbicidas residuais com glyphosate proporcionaram melhor controle aos 60 DAT quando comparados às aplicações de glyphosate isoladamente.
Resumo:
O trabalho foi desenvolvido no município de Jaboticabal, SP, no ano agrícola de 1990/91, onde testou-se a integração de práticas culturais e menor dosagem de herbicida aplicado em pós-emergência na cultura da soja, cultivar Paraná. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com dezesseis tratamentos e quatro repetições, sendo quatro tipos de manejos de plantas daninhas: testemunha infestada, 50% da dose recomendada (360 g/ha do herbicida bentazon, dose recomendada do herbicida bentazon (720 g/ha) e testemunha capinada; dois espaçamentos entre-linhas: 30 cm e 60 cm; e duas densidades: normal e reduzida (em torno de 20 e 10 plantas por metro linear, respectivamente). Observou-se que a quantidade de matéria seca das plantas daninhas por época da colheita da soja, foi ligeiramente maior no tratamento com 50% do que no tratamento com 100% da dose do herbicida, porém a diferença não foi significativa. A produtividade no tratamento com 50% de redução na dose do herbicida foi 8,7% menor do que no tratamento com 100%. A redução de 50% na dose do herbicida testado, quando se interagiu com espaçamento e densidades adequadas (30 cm entre-linhas e densidade normal), é possível, considerando-se aceitável as perdas menores que 10% de grãos de soja em relação ao tratamento com dose normal e levando-se em conta os benefícios de tal redução da dose do herbicida.
Resumo:
Foi realizado um experimento a campo em Eldorado do Sul, RS, no ano agrícola de 19 94 /9 5, para avaliar o controle de papuã (Brachiaria plantaginea (Linck) Hitchc.), que ocorreu numa população média de 95 plantas/m2. Foi avaliado o herbicida clethodim à dose-plena (120g/ ha) e à meia-dose (60g/ha). A cultivar de soja utilizada foi RS-7 Jacuí e usado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram aplicados aos 14, 21, 28 e 35 dias após a emergência da soja (DAE). Foram mantidas testemunhas capinadas, com operações iniciadas nas mesmas épocas de aplicação do herbicida, e uma testemunha infestada durante todo o ciclo da cultura. O controle foi avaliado visualmente, em três ocasiões, através de escala percentual. Os graus de controle de papua obtidos à dose-plena foram equivalentes entre si quando aplicado nas três primeiras épocas, com eficiência entre 95 e 98% na última avaliação. A meia-dose mostrou, para as três primeiras épocas de aplicação, resultados semelhantes aos de doseplena, porém em níveis um pouco inferiores, situando-se entre 85 e 95% o controle obtido na última avaliação. O controle do papuã foi mediano quando clethodim foi aplicado aos 35 DAE, tanto par a dose-plena quanto para meiadose. Quanto ao rendimento de grãos, não houve diferença estatística significativa entre os tratamentos em suas várias modalidades, embora todos tenham superado a testemunha infestada, com incrementos na produtividade de grãos entre 73 e 10 5% . O experimento permite concluir pela viabilidade da utilização de meiadose de clethodim para o controle de papua em soja, realizando as aplicações preferencialmente até a quarta semana após a emergência da cultura.