114 resultados para Alonso de Ledesma
Resumo:
Diante da intensa utilização de herbicidas, este trabalho objetivou avaliar o potencial de lixiviação de imazapic e isoxaflutole em colunas de solo, com amostras de Latossolo Vermelho distrófico (LVd - textura franco-arenosa) e Latossolo Vermelho distroférrico (LRd - textura argilosa), provenientes do município de Iguaraçu (PR). Para isso, inicialmente foram realizados ensaios visando determinar a lâmina de água necessária para promover a movimentação dos herbicidas nas colunas. Na segunda fase do trabalho, utilizando apenas amostras de LVd, os ensaios consistiram da aplicação de imazapic (0, 65 e 130 g ha-1) e isoxaflutole (0, 35 e 70 g ha-1) no topo das colunas e aplicação de uma lâmina de 40 mm de água. Três dias após a aplicação, cada coluna foi dividida em secções de 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-25 cm e foram instalados bioensaios com Brachiaria decumbens e Cucumis sativus, para avaliar a lixiviação dos herbicidas. Os resultados da primeira fase indicaram que lâminas > 40 mm promoveram lixiviação dos herbicidas nas amostras de LVd; no caso do LRd, esta lâmina foi de > 60 mm, para o isoxaflutole. Os resultados da segunda fase (40 mm de água no LVd) mostraram que, dependendo da dose e do bioindicador utilizado, houve lixiviação de imazapic até a camada de 10-15 ou 15-20 cm. Constatou-se também que, mesmo com elevada dose, a movimentação do isoxaflutole nas colunas restringiu-se à camada de 5-10 cm.
Resumo:
A compreensão a respeito de informações básicas sobre a biologia de plantas daninhas pode contribuir significativamente na construção de estratégias mais adequadas para seu manejo, além de possibilitar o desenvolvimento de ferramentas de controle não-químico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da profundidade de semeadura e da cobertura do solo sobre a emergência de Alternanthera tenella. Os tratamentos foram realizados em esquema fatorial 7x2, considerando-se sete níveis de profundidade (0, 1, 2, 3, 4, 5 e 10 cm) e duas situações de cobertura de solo (com e sem palha). A palha utilizada para cobertura do solo foi de aveia-preta (Avena strigosa), em quantidade equivalente a 2 t ha-1. A semeadura foi feita em colunas de PVC, colocando-se 50 sementes por coluna. A emergência das plântulas foi anotada diariamente até 28 dias após a semeadura. Ao final desse período, calculou-se a porcentagem total de emergência para cada tratamento e o índice de velocidade de emergência (IVE). A emergência das plântulas de A. tenella é influenciada pela profundidade do solo na qual as sementes se encontram. Na ausência e na presença de palha, a emergência é reduzida a partir de 4 e 5 cm de profundidade, respectivamente, e não há emergência a 10 cm de profundidade. Sementes posicionadas na superfície do solo apresentam velocidade de emergência igual ou superior à daquelas colocadas nas demais profundidades, independentemente da presença de palha na superfície do solo.
Resumo:
A biologia de plantas daninhas tropicais ainda é, em grande parte, desconhecida, especialmente em relação aos fatos que podem ser aproveitados do ponto de vista do controle cultural. Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência da temperatura e da luz na germinação das sementes de Alternanthera tenella. Os tratamentos consistiram em quatro temperaturas (20, 25, 30 e 35 ºC) na ausência de luz e na manutenção da temperatura constante de 25ºC na presença e ausência de luz. O teste de germinação foi constituído por quatro repetições de 100 sementes para cada tratamento, colocadas para germinar em caixas plásticas do tipo gerbox e mantidas em câmaras de germinação do tipo BOD. As avaliações de germinação foram diárias e no mesmo horário, computando-se as plântulas normais, quando apresentavam radícula e folhas cotiledonares visíveis. Calcularam-se a germinação total e o índice de velocidade de germinação (IVG) após o período de 34 dias, e os resultados correspondem à média de dois experimentos. Foi observado que o aumento da temperatura proporcionou aumento na porcentagem e na velocidade de germinação das sementes até 28,2 ºC, decrescendo a partir dessa temperatura. Na temperatura de 25 ºC, verificou-se que a luz causou incremento na porcentagem e na velocidade de germinação das sementes de apaga-fogo.
Efeito residual de flumioxazin sobre a emergência de plantas daninhas em solos de texturas distintas
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o efeito residual de flumioxazin sobre a emergência de plantas daninhas em solos de texturas distintas, foi realizado um experimento em casa de vegetação. Os tratamentos foram constituídos pela combinação de quatro épocas de aplicação: 14, 10, 7 e 0 dias antes da semeadura das espécies de plantas daninhas, com duas doses de flumioxazin (25 e 40 g ha-1) e uma testemunha sem aplicação para cada planta daninha em solos de texturas distintas. O efeito residual do herbicida flumioxazin foi avaliado por meio da contagem do número de plantas emersas de cada espécie aos 35 dias depois da semeadura (DDS). O controle do fluxo inicial de emergência de plantas daninhas variou em função do tipo de solo, do período de tempo entre a aplicação e a semeadura das espécies e também da dose. A. tenella, D. horizontalis, D. insularis, D. tortuosum, E. heterophylla, N. physaloides e S. latifolia foram as espécies mais sensíveis à aplicação de flumioxazin (25 e 40 g ha-1).
Resumo:
A mandioca é uma exploração agrícola importante no Estado do Paraná. No entanto, há limitadas informações relacionadas à interferência das plantas daninhas nessa cultura. Objetivou-se com este trabalho estimar o período crítico de prevenção à interferência (PCPI) na cultura da mandioca (variedade Fécula Branca), nas condições edafoclimáticas do noroeste do Paraná. O experimento foi dividido em dois grupos de tratamentos: com períodos crescentes na presença de plantas daninhas (PAI); e com períodos crescentes na ausência de plantas daninhas (PTPI). Foram identificadas as espécies de plantas daninhas e densidades de infestação na área e calculada a importância relativa (IR), avaliando-se também o estande da cultura e a produtividade de raízes comerciais. As principais plantas daninhas presentes na área e que apresentaram os maiores valores de IR foram Cenchrus echinatus e Brachiaria decumbens. Aceitando-se uma tolerância de redução de produtividade de 5%, o PAI ajustado foi de 18 dias após o plantio da cultura, e o PTPI, de 100 dias. Concluiu-se que o PCPI da cultura para as condições edafoclimáticas do noroeste do Paraná situa-se entre 18 e 100 dias após o plantio.
Resumo:
No controle de plantas daninhas em pós-emergência na cultura da soja RR®; misturas de latifolicidas com o glyphosate têm sido utilizadas principalmente para melhorar a eficácia sobre espécies de difícil controle, a fim de se obter controle residual ou prevenir o surgimento de resistência. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a eficácia de glyphosate isolado ou em mistura com latifolicidas para o controle de Euphorbia heterophylla e Ipomoea grandifolia, em dois estádios de desenvolvimento (1 a 3 folhas e 4 a 6 folhas). Para isso, foram realizados quatro experimentos em casa de vegetação, com glyphosate nas doses de 480 e 960 g e.a. ha-1; isolado ou combinado com os latifolicidas cloransulammethyl (30,24 g ha-1 ), chlorimuronethyl (12,5 g ha-1 ), imazethapyr (80 g ha-1), fomesafen (62,5 g ha-1 ), lactofen (72,0 g ha-1), flumiclorac-pentyl (30,0 g ha-1 ) e bentazon (480 g ha-1), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Em ambas as espécies, a utilização da dose de 960 g e.a. ha-1 do glyphosate dispensa a necessidade de misturas com outros herbicidas quando os tratamentos são aplicados no estádio de 1-3 folhas. Para aplicações realizadas em E. heterophylla no estádio de 4-6 folhas, aumentos da eficácia de controle em relação ao glyphosate aplicado isoladamente a 480 g e.a. ha-1 foram observados com as misturas com inibidores de protox. Para I. grandifolia em estádio de 4-6 folhas, os herbicidas fomesafen e flumicloracpentyl reduziram a eficácia de controle quando adicionados ao glyphosate a 480 g e.a. ha-1. Já as misturas contendo glyphosate a 960 g e.a. ha-1 proporcionaram incrementos da eficácia de controle. De forma geral, o controle das espécies E. heterophylla e I. grandifolia foi melhor quando os tratamentos foram aplicados no estádio de 1-3 folhas tanto pelo glyphosate (480 e 960 e.a. g ha-1) isolado como em mistura com os demais herbicidas.
Resumo:
Tank mixtures among herbicides of different action mechanisms might increase weed control spectrum and may be an important strategy for preventing the development of resistance in RR soybean. However, little is known about the effects of these herbicide combinations on soybean plants. Hence, two experiments were carried out aiming at evaluating the selectivity of glyphosate mixtures with other active ingredients applied in postemergence to RR soybean. The first application was carried out at V1 to V2 soybean stage and the second at V3 to V4 (15 days after the first one). For experiment I, treatments (rates in g ha-1) evaluated were composed by two sequential applications: the first one with glyphosate (720) in tank mixtures with cloransulam (30.24), fomesafen (125), lactofen (72), chlorimuron (12.5), flumiclorac (30), bentazon (480) and imazethapyr (80); the second application consisted of isolated glyphosate (480). In experiment II, treatments also consisted of two sequential applications, but tank mixtures as described above were applied as the second application. The first one in this experiment consisted of isolated glyphosate (720). For both experiments, sequential applications of glyphosate alone at 720/480, 960/480, 1200/480 and 960/720 (Expt. I) or 720/480, 720/720, 720/960 and 720/1200 (Expt. II) were used as control treatments. Applications of glyphosate tank mixtures with other herbicides are more selective to RR soybean when applied at younger stages whereas applications at later stages might cause yield losses, especially when glyphosate is mixed with lactofen and bentazon.
Resumo:
Conyza bonariensis é uma das principais plantas daninhas da região Sul do País; com a seleção de biótipos tolerantes e resistentes ao herbicida glyphosate, demandas são crescentes por alternativas de manejo para essa espécie. Com esse intuito, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes estratégias de manejo de inverno e de verão sobre o controle de Conyza bonariensis, utilizando a mistura em tanque de glyphosate+2,4-D associada ou não com herbicidas residuais. As combinações de manejo foram realizadas após a colheita do milho safrinha (manejo de inverno), associadas a manejos antecedendo a semeadura da soja (manejo de verão), totalizando 15 tratamentos. Os manejos de inverno avaliados foram eficientes na dessecação das plantas daninhas e mantiveram excelentes níveis de controle residual até a pré-semeadura da cultura da soja. A semeadura da aveia após o manejo de inverno com posterior manejo de verão com glyphosate+2,4-D+diclosulam mostrou-se eficiente no controle de Bidens pilosa. Em todos os manejos em que o herbicida 2,4-D foi associado ao glyphosate houve controle total de Conyza bonariensis.
Resumo:
Cenchrus echinatus é uma importante infestante em áreas de cultivo de milho, sorgo e milheto no Brasil. Embora atrazine seja um dos herbicidas mais utilizados nessas culturas, pouco tem sido feito para determinar a suscetibilidade dessa espécie em função do seu estádio de desenvolvimento em aplicações em pós-emergência. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a supressão imposta pelo atrazine, aplicado em pós-emergência, em três estádios de desenvolvimento dessa planta daninha. O ensaio foi implantado em unidades de 10 dm-3 de solo, em casa de vegetação, em esquema fatorial 5 x 3, com quatro repetições, correspondendo a cinco doses de atrazine (0; 0,5; 1,5; 2,5; e 4,0 kg ha-1), combinadas com três estádios de desenvolvimento de C. echinatus (um par de folhas, dois pares de folhas e dois afílhos) por ocasião da aplicação do herbicida em pós-emergência. Aplicações realizadas em estádios mais tardios foram ineficientes no controle dessa espécie, apesar de causarem reduções significativas no acúmulo de biomassa seca, na altura das plantas e na produção de estruturas reprodutivas. Visando controlar essa espécie, os melhores resultados são obtidos com aplicações de doses a partir de 3,5 kg ha-1 em plantas com um par de folhas.