599 resultados para Alimentos - Conservação - Armazenamento
Resumo:
Aplicação de atmosferas com altos níveis de O2 podem manter a qualidade dos vegetais e retardar o crescimento de microrganismos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do morango 'Oso Grande' sob atmosfera controlada com diferentes concentrações de O2. Os morangos foram selecionados, resfriados e armazenados a 10ºC em minicâmaras herméticas, onde foram aplicadas as distintas concentrações de O2 (1; 3; 20; 60 e 90%), em fluxo contínuo de 150 mL min-1, durante o armazenamento (10 dias). Os frutos foram avaliados a cada 2 dias. As menores incidências de podridões foram observadas nos tratamentos com 90% O2 (3% dos frutos) e com 60% O2 (6% dos frutos). Estes tratamentos proporcionaram também melhor conservação dos frutos, demonstrada pelas melhores notas de aparência. Os demais tratamentos apresentaram 16 a 20% de frutos com podridões. A atividade respiratória dos frutos armazenados sob 1 e 3% de O2 foi de 11,3 e 15,3 mL CO2 kg-1 h-1, respectivamente, sendo inferior aos demais tratamentos, que não foram significativamente diferentes entre si e cujo valor médio foi de 21 mL CO2 kg-1 h-1. Os teores de acetaldeído e etanol não aumentaram significativamente, durante o armazenamento. A firmeza da polpa não diferiu entre os tratamentos. Os morangos submetidos a 60% de O2 não alteraram seus teores de acidez total titulável e de ácido ascórbico durante o armazenamento, enquanto nos demais tratamentos houve decréscimo no teor de ácido ascórbico no mesmo período. As concentrações de O2 levaram a diferenças na coloração externa, em termos de luminosidade, cromaticidade e ângulo de cor; entretanto, tais diferenças foram visualmente imperceptíveis. Morangos 'Oso Grande' armazenados a 10 ºC sob atmosfera controlada com 60 e 90% de O2 mantiveram suas características de aparência e tiveram menor índice de doença, quando comparados com os demais tratamentos.
Resumo:
Objetivou-se desenvolver um revestimento comestível antimicrobiano e avaliar sua eficiência na conservação de goiaba. Os frutos foram submetidos a cinco tratamentos: sem revestimento, revestimento de amido de mandioca, revestimento de amido de mandioca com ácido acético e revestimento de amido de mandioca com 1,0% e 1,5% de quitosana. As análises realizadas foram: cor da polpa e casca, firmeza, perda de massa, sólidos solúveis e contagem de fungos filamentosos e leveduras. A coloração verde da casca dos frutos tratados com revestimentos contendo 1,0% e 1,5% de quitosana foi mantida, e a coloração da polpa de todos os tratamentos mudou de rósea para vermelho intenso durante o armazenamento. Os frutos tratados com revestimento contendo quitosana apresentaram menor perda de massa quando comparados aos frutos-controle. Houve redução no teor de sólidos solúveis para os frutos-controle durante o armazenamento, enquanto nos outros tratamentos, o teor de açúcar foi mantido até o 8º dia. Os revestimentos antimicrobianos apresentaram menores contagens de fungos filamentosos e leveduras quando comparados ao controle. O uso de revestimentos comestíveis antimicrobianos contribui na conservação de goiaba, aumentando a vida útil pós-colheita.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo avaliar a conservação pós-colheita de manga Tommy Atkins tratada com diferentes concentrações de 1-MCP, armazenada sob refrigeração. Os tratamentos foram compostos de diferentes concentrações de 1-MCP: 0; 100; 300 e 600 nL.L-¹ sendo armazenados por 12 horas em câmaras isoladas vedadas à temperatura de 25°C; após abertura da câmara, os frutos foram armazenados nas temperaturas de 25°C com 75±5% de UR e 10°C com 70±5% de UR, por 28 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 6 x 2. Foram utilizadas quatro repetições por tratamento, com cinco frutos por parcela. As variáveis analisadas foram: perda de massa, firmeza, vitamina C, açúcares totais e redutores e carotenoides. Nas condições em que o experimento foi conduzido, pode-se concluir que: as aplicações em pós-colheita de 1-MCP em manga Tommy Atkins foi eficiente em retardar o metabolismo de maturação dos frutos; o 1-MCP associado à refrigeração foi eficiente em manter os frutos armazenados por 28 dias de vida útil; a concentração de 600 nL.L-1 de 1-MCP foi considerada a mais eficiente em retardar o amadurecimento do fruto nas temperaturas de 10 e 25°C.
Resumo:
Objetivou-se avaliar a efetividade da atmosfera modificada, através de embalagens plásticas e coberturas de quitosana, na conservação pós-colheita de lichias. O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado, disposto em esquema fatorial 5 x 7, com 3 repetições, onde o primeiro fator corresponde aos tratamentos: Testemunha; Bandejas rígidas de poliestireno revestidas com filme poliolefínico de 0,015mm (PD955); Bandejas rígidas de polietileno tereftalato (PET); Bandejas de poliestireno recobertas com filme de cloreto de polivinila (PVC) de 0,014mm; e Imersão em quitosana a 0,5%. O segundo fator foi o tempo de armazenamento, 0 (inicial); 4; 8; 12; 16; 20 e 24 dias, a 5 ºC (94 %UR). Cada parcela foi composta por 8 frutos, sendo que os tratados com quitosana foram contidos em bandejas rígidas de poliestireno, sem filme. Os resultados obtidos permitiram concluir que a proteção com filmes plásticos reduziu significativamente a perda de massa por lichias mantidas sob refrigeração, com redução na intensidade do escurecimento dos frutos. O tratamento com quitosana a 0,5%, em ácido tartárico a 10%, pH 0,8, mostrou-se efetivo na manutenção da coloração vermelha e na prevenção ao escurecimento, conservando a aparência dos frutos.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi estudar frutos de goiabeira da cultivar Sassaoka, submetidas ao processamento mínimo e armazenadas em dois tipos de embalagens por seis dias. O experimento foi conduzido no laboratório de Tecnologia de Alimentos, localizado na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), Câmpus de Ilha Solteira - SP. Os frutos foram levados ao laboratório e posteriormente lavados, desinfectados, descascados, escorridos e acondicionados nas embalagens. Os tratamentos foram: embalagem PET e em bandeja de isopor com filme plástico (14 µm), em quatro tempos. Os frutos foram armazenados durante seis dias, sob temperatura de 8ºC e umidade relativa de 80%. A cada dois dias de armazenamento refrigerado, foram retiradas três amostras de cada tratamento para as avaliações. Foram avaliados perda de massa, pH, sólidos solúveis, acidez titulável, vitamina C e aparência visual. A embalagem de isopor (bandeja) com filme plástico proporcionou melhor conservação quando comparada com a embalagem PET, mantendo os frutos em boas condições por até quatro dias após processados. A embalagem PET apresentou tendência de acumular água dentro da embalagem, desde o segundo dia de armazenamento, sendo inadequada para essa finalidade. Os teores de vitamina C e sólidos solúveis foram maiores no final do armazenamento na embalagem PET, assim como o pH e a acidez titulável.
Resumo:
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a conservação pós-colheita de guavira (Campomanesia sp.), em função da utilização de 1-MCP e de atmosfera modificada passiva, além do armazenamento à temperatura ambiente e a 11ºC. Os frutos foram colhidos no ponto de maturidade fisiológica, subdivididos em parcelas e submetidos à aplicação de 1-Metilciclopropeno (1-MCP) (700 ηL.L-1/12horas) e à atmosfera modificada passiva por meio do uso de embalagem plástica. Foram realizadas análises de perda de massa, sólidos solúveis, acidez titulável, vitamina C, fenóis totais, atividade antioxidante e aparência geral dos frutos. O uso de 1-MCP não reduziu a perda de massa dos frutos, tanto em armazenamento ambiente quanto refrigerado, o que foi verificado com o uso da atmosfera modificada passiva. O armazenamento refrigerado reduziu a perda de massa dos frutos e prolongou a vida útil destes com manutenção dos teores de vitamina C, fenóis totais e atividade antioxidante. Os teores finais de sólidos solúveis e vitamina C dos frutos não apresentaram interferência significativa em relação aos tratamentos utilizados, e os valores de acidez titulável aumentaram ao final do período de armazenamento, com exceção dos frutos tratados com 1-MCP associado com atmosfera modificada e armazenados em ambiente. O uso de 1-MCP e de atmosfera modificada passiva prolongaram a vida útil dos frutos tanto em armazenamento ambiente, quanto refrigerado, com melhor aparência geral dos frutos, principalmente quando associados.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a conservação pós-colheita de abacaxi 'Pérola' proveniente de produção convencional e integrada. Os abacaxis foram colhidos no ponto de maturidade comercial, de plantios conduzidos sob os sistemas de produção integrada (PI) ou convencional (PC), localizados no município de Santa Rita-PB. Esses frutos foram armazenados sob condição ambiente (23 ºC, 65% UR), durante 30 dias. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em fatorial 2x7 (sistemas de produção x períodos de análises), com quatro repetições. Frutos da PI apresentaram menor taxa de senescência, menor translucidez e melhor aparência. Abacaxi 'Perola' oriundo do sistema PI apresentou vida útil pós-colheita de 25 dias, com 5 dias de aumento comparado a frutos da PC no armazenamento sob a condição ambiente .
Resumo:
O caqui apresenta uma safra curta, sendo necessário estender seu período de comercialização utilizando técnicas adequadas de armazenamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso da radiação gama na qualidade pós-colheita de caquis 'Giombo' destanizados. Frutos colhidos meio-maduros e com aproximadamente 50 % da coloração verde, foram destanizados, acondicionados em bandejas de poliestireno expandido (EPS), revestidas por filme plástico de polietileno de baixa densidade (PEBD) e submetidos à radiação gama (60Co). Os frutos foram armazenados durante 35 dias, sob refrigeração (0±0,5 ºC e 85 ± 0,5% UR). Os tratamentos realizados foram: T1 - 0,0 kGy; T2 - 0,3 kGy; T3 - 0,6 kGy; T4 - 0,9 kGy; T5 - 1,2 kGy. As análises realizadas a cada 7 dias foram: perda de massa, atividade respiratória, teores de sólidos solúveis (SS), ácido ascórbico, acidez titulável (AT) e relação SS/AT. Os frutos submetidos à dose de 0,6 kGy apresentaram o menor percentual de perda de massa e produção de CO2 ao longo do período experimental. Os teores de SS e AT permaneceram estáveis e sem diferenças devido às doses de irradiação aplicadas. Os tratamentos com 0,3 KGy e 0,6 KGy foram os mais eficazes na manutenção da firmeza nos caquis. Nos teores de ácido ascórbico, observou-se redução ao longo do período experimental, sendo os menores valores apresentados para a maior dose de irradiação (1,2 KGy).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar embalagem a vácuo e biofilme sobre a viabilidade de sementes de jabuticabeira [Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel], bem como verificar a aplicabilidade do teste de tetrazólio em sementes dessa espécie. O experimento foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal e na Unidade de Ensino e Pesquisa Viveiro de Produção de Mudas Hortícolas, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos. O experimento foi em blocos ao acaso, em fatorial 2 (utilização de vácuo) x 3 (tipo de revestimento) x 5 (tempo de armazenamento), com quatro repetições de 50 sementes por unidade experimental. As sementes, após extraídas, foram separadas em dois lotes, sendo um para uso de embalagem a vácuo e outro não. A partir de cada lote, houve a divisão em três sublotes de acordo com o tipo de revestimento, quais sejam: fécula de mandioca (3% m v-1), quitosana (3% m v-1) e sem biofilme. Posteriormente, as sementes foram armazenadas em câmara fria, utilizando temperatura de 5± 1°C, por 7; 14;21; 28 e 35 dias. Foram analisadas as porcentagens de emergência, de viabilidade das sementes pelo teste de tetrazólio e o índice de velocidade de emergência. Recomenda-se armazenar as sementes de jabuticabeira em embalagem a vácuo. Na impossibilidade de utilizar embalagem a vácuo, as sementes desta fruteira devem ser revestidas com biofilme à base de quitosana ou fécula de mandioca. O teste de tetrazólio demonstrou-se viável e mais rápido para avaliar a viabilidade das sementes de jabuticabeira.
Resumo:
Este trabalho objetivou avaliar a qualidade de mangas 'Palmer' previamente armazenadas em baixas temperaturas, após sua transferência para a condição de ambiente. Frutos colhidos no estádio de maturação fisiológica foram cuidadosamente transportados, selecionados, padronizados quanto à coloração, tamanho e ausência de injúrias, e tratados com fungicida, antes de serem armazenados a 2ºC (75,7% UR), 5ºC (73,8% UR) e 12°C (82% UR), por 7; 14 e 21 dias. Ao final de cada período, os frutos foram transferidos para temperatura ambiente (22,9°C; 62,3% UR), onde foram mantidos por 1; 3; 5 e 7 dias, simulando o período de comercialização, e avaliados quanto à ocorrência de injúrias e podridões, coloração da casca e polpa, firmeza da polpa, teores de sólidos solúveis, acidez titulável e de ácido ascórbico, além da atividade das enzimas peroxidase, polifenoloxidase e fenilalanina amônia-liase. Os resultados indicaram que as mangas 'Palmer' podem ser conservadas a 12ºC por 21 dias, sem prejuízos ao amadurecimento, porém com limitações devido à ocorrência de podridões. O armazenamento a 2ºC e a 5ºC foi limitado pela ocorrência de injúrias na casca, porém na temperatura de 2ºC estes sintomas foram mais severos e comprometeram o desenvolvimento da coloração característica da casca. Entretanto, o amadurecimento da polpa destes frutos não foi prejudicado, mas este processo ocorreu com menor intensidade que nas mangas mantidas a 12ºC.
Compostos bioativos em polpas de mangas 'rosa' e 'espada' submetidas ao branqueamento e congelamento
Resumo:
A manga (Mangifera indica L.) constitui uma importante fonte de compostos bioativos, dentre os quais se destacam os carotenoides e a vitamina C, que contribuem para a promoção da saúde. Vários métodos podem ser utilizados para conservação de alimentos a fim de aproveitar melhor os frutos durante a safra e permitir seu armazenamento fora de época de produção. No entanto, podem alterar a qualidade nutricional do alimento. Dessa forma, sendo o branqueamento e o congelamento métodos que são utilizados no processamento industrial para conservação de polpas de frutas, objetivou-se, neste trabalho, analisar a influência do branqueamento e do congelamento sobre os teores de carotenoides totais e ácido ascórbico em mangas 'Rosa' e 'Espada' em relação ao tempo de armazenamento. As mangas no estádio maduro, após serem colhidas, lavadas, cortadas e despolpadas, foram submetidas ao congelamento (-18ºC) ou branqueamento por imersão em água (75ºC, por 3 minutos) ou branqueamento por vapor em água fervente, por 3 minutos. Em seguida, foram realizadas as determinações bioquímicas dos teores de carotenoides totais e ácido ascórbico no tempo zero e após 20; 40 e 60 dias de armazenamento sob congelamento. Após análise dos resultados obtidos, conclui-se que, na forma in natura (tempo zero), as variedades Rosa e Espada apresentam os máximos teores de ácido ascórbico, porém o uso do branqueamento com vapor e o congelamento após 60 dias de armazenamento provocam perdas de, respectivamente, 53% ('Rosa') e 35% ('Espada'); 72% ('Rosa') e 60% ('Espada') destes compostos. No branqueamento por imersão em água, há perda completa do ácido ascórbico nas polpas das variedades Rosa e Espada. Em relação aos carotenoides totais, os valores foram semelhantes em polpas branqueadas a vapor e sem branqueamento no tempo zero,com tendência de redução durante o longo da armazenagem.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas e a conservação do maracujá-amarelo embalado com filme de PVC durante o armazenamento refrigerado a 5 ºC. Atividade antioxidante (DPPH e TEAC), compostos fenólicos totais, β-caroteno e ácido ascórbico do suco do fruto foram os parâmetros químicos avaliados. As estimativas de perda de massa, enrugamento, cor e sintomas de patógenos foram utilizadas no estudo de conservação. As avaliações foram realizadas em intervalos de 10 dias, durante 40 dias. De acordo com os resultados, o teor de fenólicos totais aumentou durante o armazenamento, com variações entre 20,10 e 21,29 mg EAG 100 mL-1. O conteúdo de ácido ascórbico aumentou até o 20º dia de armazenamento (33,58 mg 100 mL-1), mas seguiu com decréscimos até o 40º dia (21,67 mg 100 mL-1). Independentemente do uso de PVC, o conteúdo de β-caroteno não variou durante o armazenamento. As atividades antioxidantes DPPH e TEAC do suco diminuíram durante o armazenamento. Não foram encontradas correlações positivas entre as atividades DPPH e TEAC e o teor de fenólicos totais, sugerindo que este último não contribui para a atividade antioxidante do suco do maracujá. O uso da embalagem de PVC não influenciou positivamente a atividade antioxidante e os teores de fenólicos totais e ácido ascórbico do suco do maracujá-amarelo durante seu armazenamento. A embalagem de PVC não inibiu sintomas de desenvolvimento de patógenos por até 30 dias de armazenamento, a 5 ºC, mas reduziu a perda de massa fresca e o enrugamento do fruto, proporcionando condições ótimas de comercialização por até 20 dias.
Resumo:
Foi avaliada a manutenção da qualidade pós-colheita dos frutos em cultivares brasileiras de goiabeira-serrana. Frutos das cultivares Alcântara, Helena, Mattos e Nonante foram colhidos na maturação comercial, no município de São Joaquim-SC, e armazenados a 4±1 ºC (90±5% UR), durante 21 dias, seguido de 8 e 48 h a 23±1 ºC (75±5% UR). Foram avaliadas a composição mineral (N, K, Mg e Ca) na colheita e a qualidade dos frutos na colheita e após o armazenamento. Frutos da cultivar Nonante apresentaram na colheita maiores valores de acidez titulável (AT) pH e de atributos de textura, e menores valores de pH e da relação sólidos solúveis/acidez titulável (SS/AT), sendo que, após o armazenamento refrigerado, este comportamento foi reduzido, com menores diferenças em relação às demais cultivares. Frutos de 'Nonante' apresentaram também maiores teores de K na casca e polpa, e menores teores de N na polpa e, após o armazenamento refrigerado, cor verde menos intensa na casca e menor escurecimento de polpa. Em relação aos dados de colheita, após o armazenamento refrigerado, houve maior redução na AT (41%) do que no teor de SS (8,6%), o que ocasionou acentuado aumento na relação SS/AT (52,5%), considerando valores médios das quatro cultivares. Isto evidencia que, em goiaba-serrana, os ácidos orgânicos representam o principal substrato respiratório durante o armazenamento, o que compromete a qualidade sensorial pelo aumento na relação SS/AT. Frutos de 'Alcântara' foram também avaliados quanto aos efeitos do dano mecânico na colheita e do retardo no armazenamento refrigerado, na qualidade após o armazenamento. O dano mecânico na colheita (dano por queda, a uma altura de 50 cm, sobre uma superfície rígida) ocasionou mínimo comprometimento da qualidade após o armazenamento refrigerado. Frutos desta cultivar apresentaram redução na AT (31%), textura da periderme (33%) e força para a compressão (13%), e aumento no pH (20%) e na relação SS/AT (48%), com o retardo no armazenamento refrigerado (de 0h para 48h a 18±2 ºC/70±5% UR).
Resumo:
A aplicação de novas tecnologias torna-se necessário para aumentar o período de comercialização da pinha (Annona squamosa ) que apresenta alta perecibilidade e vida útil curta. Com o objetivo de retardar a evolução do amadurecimento, as pinhas foram tratadas com 1-metilciclopropeno (1-MCP) nas concentrações de 0; 200; 400 e 600 nL L-1, durante 8 horas, a 25ºC. Posteriormente, os frutos foram armazenados a 15ºC, durante 21 dias. Em intervalos de sete dias, amostras foram retiradas da câmara para análises quanto à firmeza, perda de massa fresca, coloração (cromaticidade e ºHue), pH, sólidos solúveis (ºbrix), acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez titulável, teor de amido, açúcares totais, açúcares redutores e sacarose. Não houve efeito significativo dos tratamentos quanto ao pH, sólidos solúveis, acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez titulável, perda de massa fresca e sacarose, somente efeito de tempo de armazenamento. A acidez titulável não apresentou modelo estatístico que explicasse o efeito da época de armazenamento. Houve interação significativa da concentração de 1-MCP e dos dias de armazenamento em relação à firmeza, coloração, teor de amido, açúcares totais e açúcares redutores. Quanto maior a dose de 1-MCP aplicado, mais lenta foi a evolução do amadurecimento, sendo que a concentração de 600 nL L-1 foi a que melhor retardou o amadurecimento .
Resumo:
RESUMO Eugenia dysenterica DC. (cagaiteira) destaca-se entre as espécies nativas do Cerrado por produzir frutos de sabor agradável, os quais podem ser consumidos tanto in natura quanto processados na forma de doces, compotas e geleias. Apesar do potencial econômico, é uma planta pouco explorada, principalmente devido à baixa durabilidade dos frutos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da embalagem e da temperatura sobre a conservação pós-colheita de frutos de E. dysenterica. Para isto, os frutos de cagaita foram coletados no estádio verde-maduro, ainda ligados à planta-mãe, e levados ao Laboratório de Botânica da Universidade Federal da Bahia, onde foram selecionados quanto à integridade física, ausência de danos mecânicos epatogênicos. Após lavagem em água corrente, os frutos foram secos e acondicionados em bandejas de poliestireno expandido, cobertas por filme de policloreto de vinila (PVC) de 10 micras, perfurados e sem perfuração, e em bandejas sem revestimento de PVC. A perfuração foi realizada visando a maior circulação de ar dentro das embalagens. Em seguida, foram armazenados em duas temperaturas, 5 e 25ºC. Para a avaliação da durabilidade dos frutos, foram realizadas avaliações diárias das características físicas e químicas, incluindo coloração, firmeza, pH, perda de massa, altura e diâmetro. O metabolismo de carboidratos também foi avaliado por meio da quantificação dos açúcares solúveis. Os frutos da cagaita apresentaram durabilidade de 5 dias, independentemente dos tratamentos utilizados, sendo que os submetidos à refrigeração apresentaram sintomas de injúria por frio, alteração da coloração e firmeza (25%), redução de pH e do consumo de carboidratos. Já em frutos mantidos a 25ºC, houve amarelecimento completo, perda de firmeza, aumento do pH e maior consumo de carboidratos. Verificou-se que o uso de embalagens, praticamente, não promoveu efeitos benéficos significativos. Desta forma, concluiu-se que o armazenamento dos frutos em temperatura de 25 e 5ºC não é aconselhável, sendo que esta última causa injúrias, e os frutos, por serem climatéricos, têm vida de prateleira curta.