158 resultados para Adolescentes Uso de álcool Teses
Resumo:
OBJETIVO: Analisar as relaes de gnero vivenciadas por adolescentes do sexo masculino e como elas contribuem para torn-los vulnerveis gravidez na adolescncia. MTODOS: Estudo qualitativo realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 2003. Participaram 13 adolescentes masculinos com menos de 20 anos, com um nico filho de at 11 meses, cuja me estava na mesma faixa etria do pai. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas gravadas. Aps transcrio, procedeu-se anlise temtica de contedo. RESULTADOS: Identificaram-se esteretipos de gnero em que se destacavam papis de lder, provedor e ativo sexualmente, bem como a rejeio a ser cuidador. Esses papis apareceram consolidados principalmente na perspectiva dos entrevistados acerca do trabalho como marcador de sua condio de homem e provedor da famlia. A liderana dos adolescentes prevaleceu no relacionamento com a me de seu filho, notadamente na iniciativa das relaes sexuais e no uso de contraceptivos. A gravidez foi considerada por eles como "por acaso" e inesperada, mas a paternidade foi vivenciada como uma prova final de sua condio de homens adultos. CONCLUSES: Verificou-se a condio de vulnerabilidade dos adolescentes para a paternidade em virtude da socializao de gnero nos moldes tradicionais. Isso foi evidenciado com a ausncia dos papis relativos ao cuidado consigo prprio e com os outros, com a incorporao precoce de papis de dominao sexual masculina e de trabalhador e pai, ou seja, deixar de ser criana e alcanar a condio de homem.
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OBJETIVO: Analisar a incidncia e os determinantes do uso de mamadeira no primeiro ms de vida e possveis efeitos dessa prtica na tcnica de amamentao. MTODOS: Estudo transversal aninhado em uma coorte contempornea de Porto Alegre, RS, de junho a novembro de 2003. Durante um ms foram acompanhados 211 pares de me e criana. A influncia do uso de mamadeira sobre a tcnica de amamentao foi avaliada comparando-se as freqncias de cinco itens desfavorveis ao posicionamento me/criana e trs itens desfavorveis pega da criana; e as mdias do nmero de itens desfavorveis entre as duplas que iniciaram o uso mamadeira no primeiro ms e as que no o fizeram. A regresso logstica estimou o grau de associao das variveis com os desfechos, utilizando modelo hierarquizado. RESULTADOS: Aos sete dias, 21,3% das crianas usavam mamadeira e, aos 30 dias, 46,9%. Coabitao com a av materna esteve associada com uso de mamadeira tanto aos sete quanto aos 30 dias. Tambm estiveram associados ao uso de mamadeira aos sete dias: a me ser adolescente e trauma mamilar na maternidade. Os outros dois fatores associados ao uso de mamadeira aos 30 dias foram trauma mamilar aos sete dias e uso de chupeta aos sete dias. No houve associao entre tcnica de amamentao ensinada na maternidade e uso de mamadeira, mas aos 30 dias, crianas que usavam mamadeira apresentaram tcnica menos adequada s que sugavam s no peito. CONCLUSES: Os resultados mostram que a mamadeira foi bastante utilizada no primeiro ms de vida, principalmente: em crianas com mes adolescentes e com trauma mamilar, cujas avs maternas estavam presentes no domiclio e que faziam uso de chupeta. Alm dos efeitos negativos j conhecidos, a mamadeira pode influenciar negativamente a tcnica de amamentao.
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OBJETIVO: Tendo como perspectiva a prtica da integralidade, o objetivo do estudo foi analisar os fatores relacionados ateno odontolgica recebida por crianas e adolescentes com sndrome de Down. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal com 112 pares de mes com filhos sindrmicos de 3 a 18 anos, recrutados em ambulatrio de gentica de um hospital pblico, sem atendimento odontolgico local, no Rio de Janeiro (RJ), 2006. Os dados foram coletados por meio de um questionrio aplicado s mes e do exame bucal dos filhos. Para anlise dos dados utilizou-se a regresso logstica mltipla. Analisou-se a "ateno odontolgica da criana ou adolescente com sndrome de Down", em funo de caractersticas demogrficas, socioeconmicas e comportamentais. RESULTADOS: A maioria dos sindrmicos (79,5%) j tinha ido pelo menos uma vez ao dentista (IC 90%: 72,3; 87,8). A experincia odontolgica das crianas foi associada s variveis: mes que afirmaram receber orientao de algum profissional, que assiste seu filho, para que o levasse ao dentista (OR=6,1 [2,5; 15,1]), crianas/adolescentes com histria prvia de cirurgia (OR=2,5 [0,9; 7,1]) e idade entre 12 e 18 anos (OR=13,1 [2,0; 86,9]). CONCLUSES: A ateno odontolgica recebida pelas crianas e adolescentes com sndrome de Down foi relacionada orientao dos profissionais de sade que os assistem, caracterizando um atendimento integral por parte da equipe de sade.
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OBJETIVO: Analisar os padres de consumo de álcool e drogas de uma amostra representativa da populao urbana brasileira na sua inter-relao com a sade sexual e reprodutiva. MTODOS: Dados de inqurito de base populacional, de abrangncia nacional, com plano amostral complexo, realizado em 2005. Foram entrevistados 5.040 indivduos de ambos os sexos, na faixa etria de 16 a 65 anos. Analisaram-se questes relativas consumo de álcool e drogas e comportamento sexual. Utilizou-se anlise bivariada e multivariada. RESULTADOS: O álcool foi a substncia mais freqentemente utilizada, com relato de uso regular, na vida, por 18% dos entrevistados. O consumo de drogas ilcitas foi referido por 9% dos entrevistados, especialmente, maconha e cocana aspirada, com uso de drogas injetveis infreqente. Observou-se declnio do consumo de cocana aspirada e incremento do uso de maconha (nos ltimos 12 meses), comparados a resultados de pesquisa similar realizada em 1998. Histrico de abuso sexual constituiu fator de risco do consumo de drogas e uso regular de álcool. A referncia por parte do entrevistado ao papel da religio na sua formao, ser branco e do sexo feminino se mostraram protetores frente ao consumo regular de álcool, particularmente prevalente entre homens mais velhos. As opes de lazer e a ausncia de prticas religiosas atuais se mostraram associadas ao consumo de drogas. CONCLUSES: O consumo de álcool, regular ou no, prevalente na populao urbana brasileira, enquanto o uso de drogas injetveis se mostrou raro. Ao longo da ltima dcada observou-se declnio no consumo de cocana. Histrico de abuso sexual se mostrou central ao consumo posterior de drogas e álcool.
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OBJETIVO: Analisar a relao entre os padres de utilizao de preservativos e outros mtodos contraceptivos e o consumo de álcool e drogas. MTODOS: Estudo exploratrio com base em dados de amostra probabilstica com 5.040 entrevistados residentes em grandes regies urbanas do Brasil, com idades entre 16 e 65 anos, em 2005. Os dados foram coletados por meio de questionrios. Empregou-se a tcnica de rvores de classificao Chi-square Automatic Interaction para estudar o uso de preservativos por parte de entrevistados de ambos os sexos e de outros mtodos contraceptivos entre as mulheres na ltima relao sexual vaginal. RESULTADOS: Entre adultos jovens e de meia idade, de ambos os sexos, e jovens do sexo masculino vivendo relacionamentos estveis, o uso de preservativos foi menos freqente entre os que disseram utilizar substncias psicoativas (álcool e/ou drogas ilcitas). O possvel efeito modulador das substncias psicoativas parece incidir de forma mais clara sobre as prticas anticoncepcionais de mulheres maduras, com inter-relaes mais complexas, entre as mulheres mais jovens, onde a insero em diferentes classes sociais parece desempenhar papel mais relevante. CONCLUSES: Apesar das limitaes decorrentes de um estudo exploratrio, o fato de se tratar de amostra representativa da populao urbana brasileira, e no de populaes vulnerveis, refora a necessidade de implementar polticas pblicas integradas dirigidas populao geral, referentes preveno do consumo de drogas, álcool, infeces sexualmente transmissveis e HIV/Aids e da gravidez indesejada nos marcos de promoo da sade sexual e reprodutiva.
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OBJETIVO: Comprender las dimensiones culturales del VIH/Sida de estudiantes adolescentes. MTODOS: Estudio antropolgico cognitivo. Realizado en Cochabamba (Bolivia), Talca (Chile) y Guadalajara (Mxico) entre 2007 y 2008. Un total de 184 jvenes (de 14 y 19 aos de edad) fueron seleccionados por muestreo propositivo en centros de estudios de educacin media superior de cada pas. Fueron utilizadas las tcnicas de listados libres y el sorteo de montones. Se indagaron trminos asociados al concepto VIH/Sida y grupos de dimensiones conceptuales. Posteriormente se aplic anlisis de consenso mediante factorizacin de componentes principales y anlisis dimensional mediante conglomerados jerrquicos y escalas multidimensionales. RESULTADOS: Las diferencias entre los contextos fueron en el grado de consenso en relacin al trmino de VIH/Sida, ya que fue mayor en Cochabamba. En Talca y Guadalajara los jvenes mencionaron metforas de lucha frente a la enfermedad, mientras en Cochabamba se refirieron a la ayuda, apoyo y amor que las personas infectadas deberan recibir. Las coincidencias entre las conceptualizaciones de los jvenes de los tres pases fueron: los riesgos (las prcticas sexuales desprotegidas y el contacto con algunos grupos poblacionales especficos), las consecuencias (muerte fsica y social, entendida sta ltima como el rechazo de la sociedad hacia los enfermos) y la prevencin de la enfermedad (con base en la informacin as como uso del condn). CONCLUSIONES: Para los estudiantes adolescentes el VIH/Sida es una enfermedad causada por prcticas sexuales y consumo de drogas que implica dao, dolor y muerte. Los programas preventivos del VIH/Sida para los adolescentes deben promover la bsqueda de informacin sobre el tema con bases cientficas, y no centrarse en las consecuencias emocionales y sociales de la enfermedad.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre problemas de sade mental e uso de tabaco em adolescentes. MTODOS: Foram analisados 4.325 adolescentes de 15 anos da coorte de nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas, RS. Tabagismo foi definido como fumar um ou mais cigarros nos ltimos 30 dias. Sade mental foi avaliada de acordo com o escore total do questionrio Strengths and Difficulties Questionnaire e escore maior ou igual a 20 pontos foi considerado como positivo. Os dados foram analisados por regresso de Poisson, com ajuste robusto para varincia. RESULTADOS: A prevalncia de tabagismo foi 6,0% e cerca de 30% dos adolescentes apresentaram algum tipo de problema de sade mental. Na anlise bruta, a razo de prevalncias para tabagismo foi de 3,3 (IC95% 2,5; 4,2). Aps ajuste (para sexo, idade, cor da pele, renda familiar, escolaridade da me, grupo de amigos fumantes, trabalho no ltimo ano, repetncia escolar, atividade fsica de lazer e uso experimental de bebida alcolica), diminuiu para 1,7 (IC95% 1,2; 2,3) entre aqueles com problemas de sade mental. CONCLUSES: Problemas de sade mental na adolescncia podem ter relao com o consumo de tabaco.
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OBJETIVO: Descrever o padrão de distribuição das oclusopatias em adolescentes brasileiros e identificar fatores associados a esse agravo bucal. MÉTODOS: Foram analisados dados de 7.328 e 5.445 adolescentes de 12 e 15-19 anos, respectivamente, participantes da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010). O desfecho foi oclusopatia muito grave segundo o índice de estética dental. As variáveis de exposição foram sexo, cor da pele, renda familiar mensal, número de bens, aglomeração no domicílio, cárie não tratada, perda dentária, uso, frequência e motivo da consulta odontológica. Foram conduzidas análises de regressão logística considerando a complexidade do desenho amostral, com base em modelo hierarquizado. RESULTADOS: Prevalência de oclusopatia muito grave foi observada em 6,5% e 9,1% nos jovens de 12 e 15-19 anos, respectivamente. Após análise ajustada, a chance do desfecho foi 1,59 (IC95% 1,08;2,34) vez maior nos pardos e pretos em relação aos brancos e 2,66 (IC95% 1,26;5,63) vezes maior dentre aqueles com perda de pelo menos um primeiro molar aos 12 anos. Jovens de 15-19 anos cuja renda familiar mensal foi de até R$ 1.500,00 (OR 2,69 [IC95% 1,62;4,47]) e aqueles que consultaram o dentista para tratamento (OR 2,59 [IC95% 2,55;4,34]) apresentaram maior chance de oclusopatia muito grave quando comparados aos de maior renda e que procuraram o dentista para prevenção. CONCLUSÕES: A distribuição das oclusopatias em adolescentes brasileiros segue o padrão de iniquidade social de outros agravos à saúde. Essas informações são úteis para a formulação de critérios relacionados tanto com a distribuição e provisão de recursos quanto com as prioridades de tratamento ortodôntico fundamentados no princípio da equidade da atenção à saúde bucal.
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OBJETIVO : Analisar a prevalência de consumo de álcool entre escolares adolescentes e identificar fatores individuais e contextuais associados. MÉTODOS : Estudo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), com amostra de 59.699 escolares do 9º ano, residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, em 2009. A associação entre consumo regular de álcool e as variáveis explicativas independentes foi medida utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 0,05. As variáveis explicativas foram classificadas em quatro categorias (sociodemográficas, contexto escolar e familiar, fatores de risco e fatores de proteção). As análises multivariadas foram feitas por categoria, ajustadas por idade e sexo. As variáveis com p ≤ 0,10 foram inseridas no modelo final de análise multivariada. RESULTADOS : O maior consumo de álcool nos últimos 30 dias esteve independentemente associado a escolares: com 15 anos (OR = 1,46) ou mais, do sexo feminino (OR = 1,72), de cor branca, filhos de mães com maior escolaridade, que estudam em escola privada, que experimentaram tabaco (OR = 1,72) e drogas (OR = 1,81), que têm consumo regular de tabaco (OR = 2,16) e que já tiveram relação sexual (OR = 2,37). Os fatores relativos à família foram: faltar às aulas sem o conhecimento dos pais (OR = 1,49), pais não saberem o que escolares fazem no tempo livre (OR = 1,34), fazer menor número de refeições com os pais (OR = 1,22), relato de que os pais não se importariam se chegassem bêbados em casa (OR = 3,05), ou se importariam pouco (OR = 3,39), e ter sofrido violência doméstica (OR = 1,36). CONCLUSÕES : Os resultados confirmam a importância de considerar o álcool na adolescência como um fenômeno complexo, multifatorial e socialmente determinado.
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OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados aos comportamentos sedentários em adolescentes. MÉTODOS Estudo transversal com adolescentes de 10 a 17 anos de idade, de ambos os sexos, pertencentes a uma coorte de nascimentos entre 1994-1999 na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Para o levantamento dos dados, foi utilizado um questionário contendo informações sociodemográficas, econômicas e de estilo de vida e aferição de dados antropométricos. Determinou-se como comportamento sedentário o uso de televisão e/ou computador/vídeo games por um tempo igual ou superior a 4 horas/dia. Avaliou-se a associação de comportamentos sedentários com o índice de massa corporal, tanto na infância quanto na adolescência, e com variáveis sociodemográficas e comportamentais por meio de regressão logística hierarquizada. RESULTADOS A prevalência global de comportamentos sedentários foi de 58,1%. Dos 1.716 adolescentes estudados, 50,7% (n = 870) eram do sexo masculino. Na análise multivariada, após ajuste para fatores de confusão, as variáveis que permaneceram associadas com os comportamentos sedentários foram: idade (14 anos ou mais) (OR = 3,51; IC95% 2,19;5,60); classe econômica elevada (OR = 3,83; IC95% 2,10;7,01); maior nível de escolaridade da mãe (OR = 1,81; IC95% 1,09;3,01); residir no interior (OR = 0,49; IC95% 0,30;0,81); atividade física insuficiente (OR = 1,25; IC95% 1,02;1,53); experimentação de bebidas alcoólicas (OR = 1,34; IC95% 1,08;1,66) e excesso de peso na adolescência (OR = 1,33; IC95% 1,06;1,68). CONCLUSÕES A elevada proporção de adolescentes em atividades sedentárias e a não associação dessas atividades na adolescência com o excesso de peso na infância indicam a necessidade de intervenções para redução de vários comportamentos de risco. O incentivo à prática de atividade física como forma de reduzir os comportamentos sedentários e consequentemente o excesso de peso entre os jovens torna-se fundamental.
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Dependncia do álcool o consumo excessivo com perda do controle apesar das conseqncias prejudiciais decorrentes. A depresso se caracteriza por um perodo longo e contnuo de humor deprimido com sintomas especficos. Procuramos ressaltar a importncia do tratamento da co-morbidade da depresso em pacientes alcoolistas a fim de prevenir complicaes como o risco de suicdio. O suicdio e a depresso em adolescentes e adultos representam maior risco com o uso indevido do álcool. A depresso em pacientes alcoolistas precede as tentativas de suicdio na maioria dos casos. Relatamos um caso grave de paciente dependente do álcool com depresso e risco de suicdio atendido no ambulatrio do Programa de Estudos e Assistncia ao Uso Indevido de Drogas do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROJAD/IPUB/UFRJ). O tratamento consistiu no uso de antidepressivos e psicoterapia cognitivo-comportamental. O tratamento da depresso do paciente associou-se a maior adeso teraputica, preveno de recadas no alcoolismo e reduo do risco de suicdio. O diagnstico precoce da depresso como co-morbidade em paciente dependente de álcool realizado por profissionais treinados indispensvel para o tratamento adequado e para minimizar o risco de suicdio.
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OBJETIVO: Descrever o perfil psiquitrico, destacando os transtornos em co-morbidade entre os adolescentes em conflito com a lei da Casa de Acolhimento ao Menor (CAM), Salvador-BA, em 2003. MTODOS: Estudo de corte transversal, de carter censitrio, em populao de 290 jovens cumprindo medidas de privao de liberdade. Utilizaram-se questionrio para identificar dados demogrficos, sinais e sintomas psicopatolgicos e entrevista semi-estruturada para o exame dos adolescentes. RESULTADOS: Perfil sociodemogrfico: 89,3% sexo masculino; 63,9% entre 15 e 18 anos incompletos; 95,1% com ensino fundamental incompleto ou analfabeto; 67,6% com renda familiar menor que um salrio mnimo e 54% naturais da capital do estado da Bahia. Dos 290 indivduos, 24,8% no apresentaram transtornos mentais e 75,2% preencheram critrios para um ou mais transtornos psiquitricos de acordo com a dcima reviso da Classificao Internacional de Doenas (CID-10). Entre os 218 jovens portadores de patologia, 47,7% apresentaram transtornos em co-morbidade.Aassociao de patologia mais prevalente foi entre transtornos de conduta e transtornos por uso nocivo de substncia psicoativa (13,4%). Transtornos hipercinticos s foram freqentes quando associados a outras condies (10,7%). O uso nocivo de substncia psicoativa foi identificado em combinao com os diversos quadros psiquitricos. CONCLUSO: Observou-se alta taxa de co-morbidade psiquitrica, sugerindo a necessidade de estratgias teraputicas especficas entre jovens portadores de transtornos mentais envolvidos com a justia.
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OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo avaliar o consumo de substncias psicoativas (bebidas alcolicas, tabaco e drogas ilcitas) por adolescentes do municpio de Pelotas (RS), de acordo com a presena de pai e/ou me no domiclio e o hbito de fumar ou no de ambos. MTODOS: Foi realizado, em 2002, um estudo transversal na rea urbana de Pelotas. Empregou-se amostragem em mltiplos estgios para se obter uma amostra de adolescentes entre 15 e 18 anos de idade. As entrevistas foram realizadas com questionrio auto-aplicado. RESULTADOS: A coabitao de pais ou mes e adolescentes parece reduzir significativamente as chances de os adolescentes consumirem tabaco, diminuir discretamente para drogas ilcitas e no tem influncia em relao ao consumo de bebidas alcolicas. CONCLUSO: O tabagismo de pais e mes parece aumentar as chances de os adolescentes fumarem. No houve interao entre as duas variveis em relao ao consumo de qualquer das substncias estudadas.
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OBJETIVO: Traar o perfil do uso de substncias psicoativas entre os universitrios do curso de Enfermagem do Centro de Cincias da Sade da Universidade Federal do Esprito Santo. MTODOS: Trata-se de um estudo exploratrio, descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido com universitrios de Enfermagem do primeiro ao ltimo ano do curso. O instrumento utilizado na coleta de dados foi o "Questionrio sobre o Uso de Droga", uma adaptao do proposto pela Organizao Mundial de Sade (OMS) e desenvolvido pela WHO - Research and Reporting Project on the Epidemiology of Drug Dependence. Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa Statistical Packcage for the Social Science (SPSS, 2005). RESULTADOS: Dos universitrios, 82% so do sexo feminino, 46,6% se encontram na faixa etria de 20 a 22 anos e 41% pertencem classe social B. Quanto ao uso de substncias psicoativas, 43,9% fizeram uso na vida de alguma substncia, exceto álcool e tabaco, 82,1% relataram uso na vida de álcool, 11,7% informaram uso freqente e 6,2% uso pesado dessa substncia, e 22,4% mencionaram uso na vida de tabaco. CONCLUSO: Faz-se necessria a preveno do uso indevido de substncias psicoativas entre universitrios, por meio de disciplinas curriculares que abordem a temtica ou de programas especficos destinados a essa populao.
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Embora cresa o nmero de mulheres com abuso ou dependncia alcolica, elas ainda permanecem como alvo no prioritrio na tomada de deciso dos gestores de polticas pblicas. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil sociodemogrfico de mulheres com abuso ou dependncia do álcool, identificar o consumo alcolico, as intervenes teraputicas realizadas e alguns fatores que poderiam estar relacionados ao abandono precoce do tratamento nesta populao. METDOS: Foram includas 192 mulheres que procuraram pela primeira vez tratamento na Unidade de Pesquisa em lcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), no perodo de 2000 a 2006. As informaes foram coletadas nos pronturios das pacientes, as quais foram separadas em dois grupos, usando-se como critrio o abandono de tratamento. RESULTADOS: No houve diferena significativa nas caractersticas sociodemogrficas da populao estudada. Em ambos os grupos houve predomnio de solteiras, com primeiro grau incompleto e situao de desemprego. O consumo dirio de destilados foi significantemente maior no grupo abandono gradual (p < 0,002). O grau de dependncia grave foi significantemente maior (p < 0,001) nos dois grupos em relao aos graus leve e moderado. A quantidade de álcool ingerida por semana, o uso de medicao coadjuvante e a necessidade de atendimento psiquitrico prvio foi significantemente maior no grupo abandono gradual (p < 0,001 e p < 0,002), respectivamente. CONCLUSO: Mulheres usurias de álcool que desistiram do tratamento no primeiro ms quando comparadas s no desistentes fizeram mais uso de fermentados ou a associao deste com destilados, consumiram menos unidades de álcool por semana, usaram menos medicaes coadjuvantes e procuraram menos tratamentos prvios.