101 resultados para colocasia esculenta
Resumo:
A castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.) e mandioca (Manihot esculenta Crantz) são matérias-primas importantes que constituem a base de subsistência para os povos da região Amazônica. Devido à falta de incentivo às suas utilizações pela indústria de alimentos no mercado interno, buscou-se processar a castanha-do-Brasil para obtenção de amêndoa e torta, e de mandioca para obtenção de farinha, objetivando identificar parâmetros de qualidade que justificassem e incentivassem o apelo aos seus aproveitamentos. Os resultados mostraram que a negatividade de aflatoxinas na amêndoa e torta apontaram a alta qualidade do lote da castanha-do-Brasil em relação a segurança alimentar. Os teores encontrados de selênio 2,04mg/kg na amêndoa e 7,13mg/kg na torta, os percentuais de fibra alimentar de 8,02 na amêndoa, de 15,72 na torta e de 5,68 na farinha, proteína bruta de 40,23% na torta e carboidratos 79,33% na farinha, permitiram caracterizar o produto a base de castanha como protéico, rico em selênio e fibras; e o de mandioca como rico em carboidratos e fibras. A proteína bruta da amêndoa é completa, rica em aminoácidos sulfurados, estando uns aminoácidos em quantidades superiores e outros equivalentes aos do padrão da FAO, podendo a castanha e derivados - devido a estes aminoácidos, ao selênio e fibras - serem considerados um apelo ao seu consumo, pelas funções de grande relevância que desempenham à manutenção da saúde do ser humano.
Resumo:
Na Região Norte, a farinha de mandioca é produzida em pequenos estabelecimentos denominados de "Casas de Farinha", que apresentam problemas de adequação às exigências da legislação devido ao seu processamento e às precárias condições higiênico-sanitárias. Este trabalho teve como objetivo avaliar o padrão de qualidade da farinha de mandioca do grupo seca, subgrupo fina, tipo 1. Foram coletadas dez amostras de farinha de mandioca nos principais supermercados e feiras da cidade de Belém, PA, tendo sido realizadas análises físico-químicas, microbiológicas e pesquisa de sujidades. De acordo com a Portaria Nº 554 de 30.08.1995 da Secretaria da Agricultura, do Abastecimento e Reforma Agrária, das dez amostras de farinha de mandioca analisadas, em todas foram encontrados valores acima do padrão permitido para a acidez total, cujo valor máximo é de 3 meq. NaOH/100 g, e cinco amostras apresentaram-se abaixo da tolerância mínima exigida para o amido, que é de 75%. De acordo com a Resolução RDC nº 12 de 02.01.2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, todas as amostras de farinha de mandioca apresentaram-se dentro dos padrões aceitáveis de contaminantes microbiológicos. De acordo com a Resolução RDC nº 175 de 08.07.2003, das dez amostras de farinha de mandioca analisadas, foram encontradas oito fora dos padrões exigidos, por apresentarem sujidades.
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O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização físico-química das etapas de processamento da farinha de mandioca do grupo d'água, bem como a identificação de contaminantes microbiológicos e físicos. As coletas das amostras foram realizadas em uma Casa de Farinha, no Município de Castanhal - PA. Selecionou-se os pontos de coleta: mandioca descascada e lavada após o período de molho (MD); mandioca triturada (MT); mandioca prensada (MP); e farinha de mandioca (FM), realizando-se as análises de umidade e acidez em todos os pontos de coleta e, para a farinha de mandioca, além destas, cinzas, atividade de água, proteínas, lipídios e amido. A umidade inicial da amostra MD foi de 59,22 a 62,64%, obtendo o produto final (FM) umidade de 1,43 a 2,12%. A acidez inicial foi alta (4,91 a 5,96 meq NaOH.100 g -1) na MD, ocorrendo aumento progressivo até a obtenção da farinha (6,54 a 10,19 meq NaOH.100 g -1), onde o exigido pela legislação é de 3 meq NaOH.100 g -1. Para o amido, o valor obtido foi de 73,19 a 75,31%, conforme o exigido pela legislação (mínimo 70%). A farinha apresentou-se aceitável pela legislação para Coliformes (<3 NMP.g -1). Para Bacillus cereus, a farinha apresentou valor <1 x 10¹ UFC.g -1, permitido pela legislação, e ausência de Salmonella. A farinha apresentou sujidades.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização físico-química e a quantificação do cianeto em amostras do produto "tucupi", comercializado na cidade de Belém - PA. Sendo o tucupi um alimento líquido, sua umidade se apresentou na faixa de 94,66 a 97,46%, possuindo, portanto, de 5,36 a 2,55% de matéria-seca para tais valores. O teor de cinzas variou entre 0,18 e 1,08%. A acidez total das amostras analisadas variou entre 3,92 e 10,66 meq NaOH.100 mL-1. Com relação a proteínas, o tucupi apresentou teores baixos, entre 0,33 e 0,66%. Os valores de pH variaram entre 3,00 e 4,35. Finalmente, verificou-se que o teor de cianeto livre ficou na faixa de 9,47 a 46,86 mg HCN.kg-1, enquanto que o do cianeto total foi de 55,58 a 157,17 mg HCN.kg-1, apresentando variações significativas entre os produtos.
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Se realizó la evaluación de las propiedades fisicoquímicas y funcionales de almidones de tubérculos: makal (Xanthosoma yucatanensis), camote (Ipomea batata), yuca (Manihot esculenta Crantz) y sagú (Marantha arundinacea). El tamaño promedio de los gránulos de almidón varió de 10,6 a 16,5 µm. La amilosa fue de 23,6, 19,6, 17,0 y 22,7%, para el makal, camote, yuca y sagú. Las temperaturas de gelatinización fueron de 78,4, 61,3, 65,2 y 74,9 °C, respectivamente. El almidón de yuca fue el que presentó mayor poder de hinchamiento y solubilidad. La viscosidad máxima fue para el almidón de yuca. El almidón de camote presentó la mayor claridad de gel (51,8%) y el de makal, la menor (10,9%). El almidón de yuca fue el más elástico (36,2%). Los almidones de makal y de sagú pueden ser utilizados en productos que requieren altas temperaturas de procesamiento. Los almidones de camote y de yuca pueden ser incluidos en sistemas alimenticios como espesantes, estabilizantes y gelificantes en alimentos refrigerados y congelados.
Resumo:
Folhas de mandioca possuem substâncias como ligninas e saponinas que podem apresentar efeito hipolipidêmico. Todavia, um estudo recente relatou aumento no peso do fígado de ratos alimentados com dietas contendo farinha de folhas de mandioca (FFM - Manihot esculenta Crantz cv. Cacao), tornando-se necessário um estudo mais aprofundado dos efeitos desta farinha sobre os parâmetros hepáticos. Para este estudo, um ensaio biológico com 32 ratos machos Wistar foi conduzido por um período de 7 semanas, sendo os tratamentos: dieta controle e dietas contendo 5, 10 e 15% de FFM. As dietas contendo FFM não apresentaram efeitos sobre as atividades das enzimas Aspartato Aminotransferase (AST) e Fosfatase Alcalina (FA), mas aumentaram significativamente a atividade da enzima alanina aminotransferase (ALT). O estudo histopatológico revelou vacuolização do citoplasma dos hepatócitos para todos os grupos. No entanto, a freqüência de animais com vacuolização acentuada foi superior nos grupos que receberam dietas com FFM, apresentando também maiores teores de lipídios e colesterol total hepáticos e maior relação peso fígado/peso corporal. Estes resultados indicam que os antinutrientes presentes nas folhas de mandioca, como taninos, cianeto e saponinas, podem ser responsáveis pela redução da função hepática nos animais alimentados com FFM.
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Cassava starch is a valued raw material for producing many kinds of modified starches for food applications. Its physicochemical properties, as well as its availability, have made it an interesting and challenging ingredient for the food industry. In the present work, food grade modified cassava starches were purchased from producers and analyzed for selected physicochemical characteristics. Samples of sour cassava starch were included, as well as one sample of native cassava starch. Results showed that almost all modified starches were resistant to syneresis, produced pastes more stable to stirred cooking, and some of them were difficult to cook. The sour cassava starches presented high acidity and resulted in clear and unstable pastes during stirred cooking, susceptible to syneresis.
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Cassava producers in the region of Marília-São Paulo are integrating their farming activity with beekeeping to diversify their income. The aim of this study was to evaluate the physicochemical and microbiological quality of honey samples produced by Africanized honeybees Apis mellifera from cassava flower in 2008. Analysis were carried out for pH, total soluble solids (TSS), acidity, moisture, reducing and total sugars, apparent sucrose, hydroxymethylfurfural, color, ash, proteins, water insoluble solids, diastasic activity, mineral content, microbiological evaluations, and mineral and hydrocyanic acid (HCN) content. The honey samples showed physicochemical and microbiological characteristics favorable to commercialization, with the exception of apparent sucrose and acidity, which show the need for a narrow focus of attention to the honey maturation degree at the harvest time and more careful monitoring during production and processing. The commercialization of Brazilian cassava honey, still little explored, can be widely spread in the market since the levels of hydrocyanic acid (HCN) showed no consumption risk; in addition the simultaneous production of honey and cassava provides an alternative to family income increase.
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Given the broad acceptance of sour cassava starch biscuits in Brazil and the nutritional quality of quinoa flour, this study aimed to evaluate the effect of extrusion temperature, screw speed, moisture, and amount of quinoa flour on the physical properties of puffed snacks. Extrusion process was carried out using a single-screw extruder in a factorial central composite design with four factors. Effects of moisture and amount of quinoa flour on the expansion index and specific volume of snacks were observed. There was a pronounced increase in water solubility index of blends with the extrusion process with significant effects of all process parameters on the WSI. Higher water absorption index (WAI) was observed under high temperature, low moisture, and lower quinoa flour amount. Temperature and amount of quinoa flour influenced the color of the snacks. A positive quadratic effect of quinoa flour on hardness of products was observed. Blends of sour cassava starch and quinoa flour have good potential for use as raw material in production of extruded snacks with good physical properties.
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Cassava starch factories produce residues that can be commercialized as food ingredients. The objective of this study was to evaluate the microbiological safety of cassava peel and bagasse during storage, with and without chemical treatment. The bagasse was acidified with lactic acid, and the peel was immersed in a sodium hypochlorite solution. The microbiological analyses were carried out for 72 h after harvest. All of the samples showed the absence of pathogenic microorganisms, and the acidification and sanitization were effective in controlling total coliforms. Cassava bagasse and peel samples can be considered safe for consumption by humans as ingredients for other food products.
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Pseudomonas oleovorans were grown on sugary cassava extracts supplemented with andiroba oil for the synthesis of a mediumchain- length polyhydroxyalkanoate (PHA MCL). The concentration of total sugars in the extract was approximately: 40 g/L in culture 1, 15 g/L in cultures 2 and 3, and 10 g/L in culture 4. Supplementation with 1% andiroba oil and 0.2 g/L of (NH4)2HPO4 was performed 6.5 hours after growth in culture 3, and supplementation with the same amount of andiroba oil and 2.4 g/L of (NH4)2HPO4 was performed at the beginning of growth in culture 4. The synthesis resulted mainly in 3-hydroxy-decanoate and 3-hydroxy-dodecanoate units; 3-hydroxy-butyrate, 3-hydroxy-hexanoate; and 3-hydroxy-octanoate monomers were also produced but in smaller proportions. P. oleovorans significantly accumulated PHA MCL in the deceleration phase of growth with an oxygen limitation but with sufficient nitrogen concentration to maintain cell growth. The sugary cassava extract supplemented with andiroba oil proved to be a potential substrate for PHA MCL production.