181 resultados para Uvas para vinho
Resumo:
O manejo do solo em cultivos perenes, como pomares, influencia a erosão hídrica. O presente estudo avaliou as perdas de solo e água sob chuva simulada em um Latossolo, em pomar de maçã, entre os meses de agosto de 2007 e abril de 2008, na estação experimental de fruticultura de clima temperado da Embrapa Uva e Vinho, em Vacaria (RS). O trabalho foi conduzido em parcelas experimentais de 3,5 x 11 m, sob chuvas com 1 h de duração e intensidade constante ao longo delas, com variação de 70 a 88 mm h-1 entre uma chuva e outra. Os sistemas de manejo estudados foram: 1) capina manual sob a copa das plantas e solo coberto com gramíneas e leguminosas no restante da área (ST); 2) aveia não dessecada, em que as sementes foram incorporadas ao solo, com capina manual em toda a área, dois meses antes do início dos testes de chuva (AN); 3) aveia dessecada quimicamente sete dias antes do início dos testes de chuva, em que as sementes foram incorporadas ao solo com enxada rotativa em toda a área, dois meses antes do início dos testes (AD); e 4) solo sem cobertura, em que a vegetação, após ter sido dessecada, foi removida da superfície do solo em toda a área com capina manual, um dia antes de iniciar os testes de chuva (SC). A forma de manejo da superfície do solo e o número de chuvas influenciaram a erosão hídrica; as perdas de solo variaram amplamente, enquanto as perdas de água apresentaram menor variação. Apesar da mobilização do solo para implantação de aveia, os tratamentos AN e AD com esse cultivo mostraram a mesma eficácia de controle da erosão em relação ao tratamento ST, em que o solo foi mobilizado apenas sob a copa das plantas. A eliminação da cobertura do solo no tratamento SC aumentou expressivamente as perdas de solo em relação aos tratamentos com cobertura; no que se refere às perdas de água, a diferença foi menor. O tempo de ocorrência do escoamento superficial influenciou a perda de solo; observou-se aumento dessa variável com o aumento do tempo de enxurrada até certo momento, a partir do qual diminuiu, independentemente do tratamento; a perda de água aumentou até certo momento e estabilizou. Houve relação inversa entre razão de perda de solo e razão de perda de água, independentemente do tipo de cobertura do solo e do sistema de manejo sob as macieiras. O modelo exponencial ajustou-se a essa relação.
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Onze porta-enxertos e duas cultivares americanas de videira (Vitis spp) foram avaliadas mediante níveis de saturação por Al no solo (Cambissolo Húmico álico), objetivando alcançar a tolerância diferenciada ao Al. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação, com seis tratamentos completamente casualizados e quatro repetições, na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, RS, no período de 1987 a 1990. As características avaliadas foram: altura das plantas, comprimento das raízes, peso da matéria seca da parte aérea e das raízes e teores de P, K, Ca e Mg em folhas e raízes. Diante dos acréscimos ou aumentos verificados em cada característica (variação %) e por cultivar, foi possível estabelecer a tolerância diferenciada das cultivares. O teor de K na parte aérea não foi afetado pelos níveis de saturação por Al, enquanto os teores de Ca e Mg foram os mais afetados. O teor de P teve um comportamento estável entre os níveis de saturação por Al. As cultivares Isabel e Cunningham apresentaram diferença na tolerância ao Al do solo; a Cunningham teve melhor comportamento. Os porta-enxertos R99, Rupestris du Lot e Kober 5BB, juntamente com Isabel, foram os mais sensíveis ao Al, e P1103, 101-14 e 196-17Cl foram os mais tolerantes.
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O objetivo deste trabalho foi determinar o conteúdo de ácido caftárico e cutárico em mostos e vinhos brancos, nos vários estágios da vinificação. Foram utilizadas cultivares de uva branca, Chenin Blanc e Sauvignon Blanc (Vitis vinifera) cultivadas em Santana do Livramento, RS, e Niágara (Vitis labrusca), cultivada em Santa Maria, RS, das safras de 1997, 1998 e 1999. O conteúdo desses compostos foi determinado por meio de cromatografia líquida de alta eficiência, na fase de esmagamento da uva, durante a fermentação, e no vinho pronto para o consumo. Concentrações de ácido caftárico foram geralmente mais altas do que as de ácido cutárico, tanto em mosto quanto em vinho. A quantidade média de ácido caftárico no mosto, nas três cultivares, foi de 61,25 mg/L, enquanto no vinho correspondente, foi de 32,10 mg/L, comprovando a diminuição deste composto durante a fermentação. Comportamento semelhante foi observado em relação ao ácido cutárico (22,63 e 9,00 mg/L, respectivamente no mosto e no vinho). Em amostras coletadas seis meses após o engarrafamento, observou-se também uma diminuição dos dois compostos, porém em menor proporção.
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O objetivo deste trabalho foi estimar a recuperação e a distribuição do N fornecido a videiras jovens. O experimento foi realizado em casa de vegetação na Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS. Foram utilizadas videiras da cultivar Riesling Itálico e Chardonnay, enxertadas no porta-enxerto 101-14 Mgt. Foi cultivada uma planta por vaso contendo 3,5 kg de um Neossolo Litólico. A solução de sulfato de amônio com 2% de átomos 15N, na dose de 185,60 mg de N foi aplicada na superfície do solo depois do transplante das videiras. As plantas foram coletadas em seis épocas, e separadas em folhas, porta-enxerto + enxerto, raízes grossas e finas. Todas as partes das videiras foram secadas em estufa, para determinação da produção de matéria seca e análise do N total e 15N. A maior recuperação do N do fertilizante pelas videiras jovens ocorreu em épocas próximas ao fornecimento do N. A maior quantidade de N acumulado nas videiras derivou-se de formas diferentes daquelas do N fornecido. As folhas e raízes foram o maior compartimento de N total e N derivado do fertilizante.
Desempenho agronômico das videiras 'Crimson Seedless' e 'Superior Seedless' no norte de Minas Gerais
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do vigor dos porta-enxertos '1103 Paulsen' e 'IAC-572 Jales', no desempenho agronômico das cultivares Crimson Seedless e Superior Seedless. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da Epamig, em Mocambinho, distrito de Jaíba, MG, em delineamento inteiramente casualizado com sete repetições em esquema fatorial 2x2. Foram analisadas a fertilidade de gemas, o número e a massa de cachos e a massa de ramos. O porta-enxerto '1103 Paulsen' proporcionou os melhores resultados nas cultivares Crimson Seedless e Superior Seedless quanto à massa e número de cachos por planta e fertilidade de gemas, com produtividade média de 31,9 e 22,4 t ha-1 ano-1 , respectivamente. O porta-enxerto 'IAC-572 Jales' proporcionou maior vigor, com maior massa de ramos por planta nas duas cultivares. O porta-enxerto '1103 Paulsen' induziu a maiores fertilidade de gemas e produtividades em 'Crimson Seedless' e 'Superior Seedless' e pode ser indicado para o cultivo na região de Jaíba, MG.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a preferência alimentar, o limiar de ingestão e efeito tóxico inseticidas associados atrativos, em adultos Neoleucinodes elegantalis. Foram testados os atrativos: melado e mel a 10%, extrato hexânico de frutos verdes de tomate a 0,4%, sacarose a 5%, suco de laranja e suco de uva a 30%, vinagre de vinho tinto a 10% e proteína hidrolisada a 5%. Com base no teste de preferência alimentar, foram selecionados os atrativos sacarose, melado, mel e suco de laranja, para determinar o limiar de concentração capaz de estimular a alimentação de adultos de N. elegantalis. Foi testado o efeito tóxico de inseticidas associados ao mel a 10%. A sacarose e o mel apresentaram o melhor resultado em relação ao número de pousos e ao tempo de pouso e de alimentação de adultos de N. elegantalis. Os inseticidas não afetaram negativamente a atração pelo alimento dos adultos de N. elegantalis. Carbaril, cartape, deltametrina, fenpropatrina, indoxacarbe, lambda-cialotrina e lufenurom provocaram 100% de mortalidade em adultos (machos + fêmeas), após 24 horas de exposição, e mostraram-se promissores para o uso em iscas tóxicas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de nove porta-enxertos na produção e composição química das bagas de uvas de mesa e de processamento durante o período de 2006 a 2008 em Caldas, MG. As cultivares Niágara Rosada e Folha de Figo foram enxertadas sobre 'IAC 572', 'IAC 313', 'IAC 766', '420 A', '1103 Paulsen', 'Traviú', '196-17', 'Gravesac' e 'RR 101-14' e submetidas ao delineamento em blocos ao acaso com dez tratamentos (nove porta-enxertos e o pé-franco) e quatro repetições. Ambas cultivares apresentaram maior produção sobre 'IAC 572', porém com prejuízo para a qualidade das bagas que apresentaram menor relação sólidos solúveis/acidez, menor teor de antocianinas e de compostos fenólicos e maior acidez. A absorção de potássio foi mais dependente do porta-enxerto em 'Niágara Rosada'; a maior absorção foi com os porta-enxertos 'IAC 766' e 'Traviú'. Videiras enxertadas sobre '196-17' apresentaram o menor teor de potássio nas bagas. 'Niágara Rosada' apresentou produção de 9 kg por planta e elevada relação sólidos solúveis/acidez sobre 'RR 101-14', '420 A' e 'Gravesac'. Entretanto, 'Gravesac' proporcionou maior concentração de antocianinas. 'Folha de Figo' enxertada em '196-17' apresentou elevado teor de sólidos solúveis, antocianinas e fenólicos nas cascas e menor teor de acidez e fenólicos nas sementes, além de produção de 5 kg por planta, estatisticamente semelhante aos porta-enxertos mais produtivos.
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O objetivo deste trabalho foi determinar as características da secagem de bagaço de uva fermentado em secador com ar aquecido, avaliar a capacidade descritiva de conhecidos modelos matemáticos de secagem em camada delgada, e obter os valores de difusividade efetiva e a energia de ativação. Os experimentos de secagem foram conduzidos a 50, 60, 70, 80 e 90ºC, com a velocidade do ar de secagem de 1,0 m s-1. Foram comparados dez diferentes modelos matemáticos de secagem em camada delgada, de acordo com os valores do coeficiente de determinação (R²), qui-quadrado (χ²), raiz do quadrado médio residual (RQMR) e erro médio relativo (P), estimados pelas curvas de secagem. Os efeitos da temperatura de secagem nos coeficientes e nas constantes foram preditos pelos modelos de regressão. O modelo de Page modificado foi selecionado para representar o comportamento da secagem em camada delgada de bagaço de uva. Os valores médios da difusividade efetiva variaram de 1,0091 x 10-9 m² s-1 a 3,0421 x 10-9 m² s-1 nas temperaturas avaliadas. A dependência da difusividade efetiva pela temperatura foi descrita pela equação de Arrhenius, com o valor de energia de ativação de 24,512 kJ mol-1.
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O objetivo deste trabalho foi determinar as características químicas do óleo essencial de alecrim e o seu efeito na produtividade, no controle da mancha da folha e do míldio, e na indução de resistência em videira 'Isabel'. O experimento foi realizado em vinhedo comercial, em dois ciclos consecutivos. Os tratamentos consistiram das doses do óleo essencial: 0, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 µL L-1, além dos tratamentos Tween 80%, calda bordalesa, acibenzolar-S-metil e mancozebe. Foram avaliados a severidade da mancha da folha e do míldio, a atividade das enzimas quitinase e catalase, a massa e o número de cachos e as características químicas das uvas. Houve efeito quadrático das doses do óleo essencial de alecrim, para severidade da mancha da folha e do míldio da videira, nos dois ciclos, com resultados semelhantes aos dos tratamentos com calda bordalesa, acibenzolar-S-metil e mancozeb. Também houve aumento no número e na massa dos cachos, bem como na produtividade. O óleo essencial não interferiu nas características químicas das uvas. Observaram-se aumento na atividade da enzima quitinase e redução na atividade da catalase nas folhas. O óleo essencial nas doses de 500, 1.000 e 2.000 μL L-1 é uma alternativa para o controle de doenças da videira 'Isabel'.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros biológicos e determinar a tabela de vida de fertilidade de Neopamera bilobata (Hemiptera: Rhyparochromidae) em morangueiro. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, RS, em câmara climatizada (a 23±1°C, 70±10% UR e fotófase de 12 horas). Utilizaram-se folíolos, flores, frutos verdes e maduros de morangueiro 'Aromas' como alimento para os percevejos. O desenvolvimento das fases imaturas e os parâmetros biológicos dos adultos foram monitorados diariamente. O percevejo N. bilobata não completou o ciclo biológico em folíolos e flores de morangueiro. Em frutos maduros e verdes, o tempo de desenvolvimento da ninfa ao adulto foi de 32,8±9,12 e 36,7±6,80 dias, com viabilidade de 27,3 e 51%, respectivamente. O período de oviposição foi de 34,7±21,2 dias, com 319,1±262,7 ovos em frutos maduros, e de 43,9±18,3 dias, com 318,2±144,7 ovos em frutos verdes. Neopamera bilobata completa seu ciclo biológico na cultura do morangueiro. Frutos verdes de morangueiro são mais adequados ao desenvolvimento deste inseto do que frutos maduros.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da técnica de confusão sexual, com o feromônio sexual sintético composto (Z)-11-hexadecenal (Z11-16: Ald) a 1,8% e (Z)-13-octadecenal (Z13-18: Ald) a 1,8%, no controle da população de traça-dos-cachos, Cryptoblabes gnidiella (Lepidoptera: Pyralidae), em cultivares de videiras (Vitis vinifera) destinadas à produção de vinhos. Os experimentos foram realizados em duas localidades na região do Vale do São Francisco, em áreas comerciais de produção de uva para processamento, com as cultivares Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Tempranillo e Chenin Blanc. Os tratamentos avaliados foram os seguintes: confusão sexual com uso de liberadores Splat ("specialized pheromone and lure application technology"), aplicados com pistola manual a 500 pontos por hectare (2 g por ponto); e testemunha sem aplicação. O efeito da técnica sobre os adultos de C. gnidiella foi avaliado com uso de armadilha tipo Delta, iscada em um septo com 2 g de feromônio sintético da mesma formulação. Os danos nos cachos foram avaliados à colheita. O uso da técnica de confusão sexual reduziu a captura de adultos de C. gnidiella em mais de 59% na 'Tempranillo', 68% na 'Chenin Blanc', 80% na 'Cabernet Sauvignon' e 97% na 'Petit Verdot'. À época da colheita, os danos nos frutos foram reduzidos de 65 a 100% nas áreas tratadas. O feromônio sexual sintético é eficaz para reduzir o acasalamento de C. gnidiella em vinhedos, com o uso da técnica de confusão sexual.
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O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da aplicação pré-colheita de cálcio na aparência (secamento do engaço, danos mecânicos e podridões), teor de fenólicos e enzimas oxidativas (polifenoloxidase e peroxidase) em uva. Os cachos de uva 'Itália' de um cultivo comercial em Petrolina, Pernambuco, Brasil, foram marcados e imersos por 10 segundos, em soluções de Ca a 0 e 1,5%, na forma de cloreto de cálcio, aos 57 dias após o início da formação dos frutos (quando as bagas começaram a mudar de cor e amolecer). Após a colheita, os frutos foram armazenados a 3,5±0,2°C e 93±6% UR e avaliados aos 0; 14; 28; 42; 56 e 70 dias. Houve um incremento no secamento do engaço, no aparecimento de sintomas de danos mecânicos e de podridões nas bagas com o tempo de armazenamento. A aplicação de cálcio reduziu a atividade de polifenoloxidase e, conseqüentemente, os sintomas de danos mecânicos, resultando numa melhor aparência. A vida útil das uvas foi de aproximadamente 56 dias, quando sintomas de senescência, podridões e o nível dos sintomas de danos mecânicos começaram a aumentar de forma significativa.
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Com o objetivo de avaliar os efeitos de thidiazuron e de ácido giberélico nas características dos cachos de uvas 'Rubi', foi conduzido um experimento, utilizando-se de thidiazuron a 5 e 10 mg.L-1 e ácido giberélico a 20mg.L-1, combinados ou não. As aplicações dos produtos foram realizadas aos 14; 21 ou 28 dias após o pleno florescimento, por meio de imersão dos cachos. Todos os tratamentos com reguladores de crescimento aumentaram a massa dos cachos. A massa dos bagos e dos engaços foi identicamente influenciada pela aplicação dos produtos, porém menos evidente, quando as aplicações foram realizadas aos 28 dias após o pleno florescimento. As aplicações de thidiazuron a 5mg.L-1, aos 14 ou 21 dias após o florescimento, não diferiram das aplicações de ácido giberélico para as variáveis estudadas. Não houve diferenças significativas para as variáveis teor de sólidos solúveis totais, acidez titulável, porém os tratamentos com thidiazuron retardaram a maturação em até 7 dias.
Resumo:
A região Noroeste do Estado de São Paulo apresenta inverno com temperaturas amenas que permite a produção de uvas entre junho e outubro, fora do período de colheita das regiões vitícolas tradicionais. Nestas condições, a brotação da videira é deficiente e desuniforme, o que exige a quebra de dormência com compostos químicos. Neste contexto, um experimento foi conduzido em vinhedo comercial da cultivar Centennial Seedless (Vitis vinifera L.) em que foi estudado o efeito da cianamida hidrogenada em diferentes épocas de aplicação. As videiras foram podadas em 3 datas diferentes (23-03, 05-04 e 20-04-2002), e as seguintes doses de cianamida hidrogenada (H2CN2) foram utilizadas: 0; 0,75; 1,5; 2,25; 3,0 e 3,75%. As variáveis avaliadas foram as seguintes: porcentagem de brotação, porcentagem de ramos após desbrota, número de cachos, massa dos cachos e produção total. Independentemente da dose de cianamida hidrogenada, as videiras podadas mais cedo apresentaram menor porcentagem de brotação. Aplicações de cinamida hidrogenada apresentaram efeito quadrático sobre a porcentagem de brotação e o número de cachos. Além disso, verificou-se efeito quadrádico das aplicações de cianamida hidrogenada para porcentagem de ramos desenvolvidos, massa dos cachos e produção total, na poda realizada em 20 de abril. Para a poda realizada em 05 de abril, observou-se aumento linear para estas variáveis. A dose de cianamida hidrogenada estimada para a maior porcentagem de brotação foi de 2,89%.
Resumo:
Com o objetivo de introduzir, avaliar e selecionar variedades de uva sem sementes, adaptadas às condições tropicais semi-áridas e oferecer novas alternativas aos viticultores do Vale do São Francisco, implantou-se, em 1994, uma coleção com dezenove variedades de uvas sem sementes no Campo Experimental de Bebedouro, da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina - PE. Foram avaliadas treze variedades ao longo dos anos de 1997 e 1998, correspondendo a cinco ciclos de produção. As variedades utilizadas foram Vênus, Arizul, Beauty Seedless, Thompson Seedless, Marroo Seedless, Canner, CG 39915, Pasiga, Saturn, Emperatriz, A1581, Paulistinha e Loose Perlette, enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 572 ('Campinas'). Foram avaliados aspectos relacionados ao desenvolvimento vegetativo e produtivo das plantas e características e composição química dos frutos. Todas as variedades apresentaram cachos com tamanho pequeno. As variedades Vênus e Marroo Seedless destacaram-se em relação ao diâmetro de bagas, apresentando, respectivamente, 17,83 e 18,26 mm, sem a necessidade de aplicação de reguladores de crescimento. O teor de sólidos solúveis totais foi elevado na maioria das variedades, enquanto a acidez total titulável foi reduzida, resultando em relações SST/ATT satisfatórias. As variedades Vênus e Marroo Seedless foram as mais produtivas, com produtividades anuais de 24 t/ha e 20 t/ha, respectivamente.