102 resultados para RESTINGA


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Cleistes macrantha (Barb. Rodr.) Schltr. distribui-se amplamente em regiões de Mata Atlântica do sul e sudeste brasileiros, onde ocorre em áreas perturbadas e em restinga. Aspectos da biologia floral de C. macrantha foram investigados na região de Intervales, no interior do Estado de São Paulo. Esta espécie oferece néctar como recompensa e é polinizada principalmente por espécies de abelhas do gênero Bombus. O néctar é secretado antes da antese, não havendo secreção após a abertura das flores. Beija-flores do gênero Phaethornis também podem atuar como polinizadores. No entanto, é necessária uma prévia visita de Bombus spp. para que possa ocorrer a deposição de pólen no bico dos beija-flores. Abelhas Bombus são responsáveis pela realização da maioria das polinizações cruzadas. Os beija-flores realizam principalmente autopolinização. Tratamentos preliminares revelam que C. macrantha é auto-compatível, mas dependente de um agente polinizador. Apesar da autocompatibilidade, fatores ecológicos favorecem a polinização cruzada para a espécie. Este estudo faz, ainda, uma comparação da biologia floral de C. macrantha com o que é conhecido sobre os gêneros pertencentes ao clado norte-americano-asiático em Pogoniinae.

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A comunidade de plantas visitadas por abelhas foi estudada em um fragmento de 8,2 ha na Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas de Abaeté, Salvador, Bahia (12º56’ S e 38º21’ W). Entre janeiro e dezembro de 1996, três vezes ao mês, as plantas floridas eram amostradas, registrando-se para cada espécie o período de floração, hábito e características florais como: cor, forma, sexualidade, simetria, deiscência das anteras e recurso oferecido ao visitante. O tipo de vegetação local é a restinga, composta principalmente por arbustos e subarbustos. Foram observadas 97 espécies vegetais e a família Fabaceae foi a mais rica em número de espécies. Das espécies observadas, 66 foram visitadas por abelhas, sendo que 12 delas foram predominantemente visitadas (79,4% do total de indivíduos). Waltheria cinerescens St. Hilaire e Byrsonima microphylla A. Juss. foram as espécies mais abundantes. Os recursos florais estiveram disponíveis ao longo de todo o ano, havendo maior produção de flores nos meses de menor precipitação. A maioria das flores esteve aberta durante todo o dia. Predominaram flores actinomorfas (63%), monóclinas (89%), pequenas, tubulares e reunidas em inflorescências, cujas cores mais freqüentes são lilás (32%) e creme (31%). A maioria era melitófila (85%), significando que as abelhas são, provavelmente, os principais responsáveis pela reprodução sexual das espécies vegetais nessas dunas.

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Laticíferos ocorrem em todos os representantes de Apocynaceae e são considerados não articulados ramificados pela maioria dos autores; entretanto, laticíferos articulados têm sido descritos para algumas espécies da família. O presente trabalho tem por objetivo descrever a ontogênese, estrutura, distribuição e o tipo dos laticíferos em órgãos vegetativos de Fischeria stellata (Vell.) E.Fourn., Gonioanthela axillaris (Vell.) Fontella & E.A. Schwarz, Matelea denticulata (Vahl) Fontella & E.A. Schwarz e Oxypetalum banksii Schult. e reavaliar os laticíferos de Asclepias curassavica L. de mata atlântica, comparando os resultados aos de espécies de cerrado. Os laticíferos das cinco espécies são articulados anastomosados, cujas paredes transversais ou oblíquas são dissolvidas rápida e integralmente. Os laticíferos ramificam-se através de anastomose lateral e formam um sistema contínuo por todos os órgãos da planta adulta. Eles são observados em todos os tecidos primários do caule e da folha, excetuando-se a epiderme, e no tecido vascular secundário, exceto no xilema secundário de A. curassavica. A ontogênese destes laticíferos pode explicar a divergência entre os nossos dados e aqueles publicados para a grande maioria das espécies desta família. Os resultados obtidos evidenciam que a ontogênese, estrutura e distribuição dos laticíferos das espécies de Asclepiadeae de floresta de restinga, floresta ombrófila densa de terras baixas e cerrado são semelhantes. A continuidade do sistema laticífero articulado anastomosado permite um maior afluxo de látex ao local injuriado, pois o conteúdo das regiões interconectadas é liberado simultaneamente, coagulando e selando os ferimentos rapidamente, além de impedir a entrada de microorganismos.

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A polinização, o sistema reprodutivo e a fenologia da floração de Byrsonima gardnerana A. Juss foram estudados em uma área de Caatinga situada no Parque Nacional do Catimbau, Agreste de Pernambuco. Byrsonima gardnerana é uma espécie arbustiva com flores hermafroditas e zigomorfas, que mudam de cor em decorrência da polinização. O recurso floral primário é o óleo. O padrão de floração é anual, durando 4-5 meses, ao longo da estação seca. A espécie é auto-incompatível, apresenta alta viabilidade polínica e elevada razão pólen/óvulo. Foram observadas 11 espécies de abelhas visitando as flores de B. gardnerana, nove delas atuando como polinizadoras (sete espécies de Centris) e duas como pilhadoras de pólen. As espécies de Centris foram as mais freqüentes e efetivas, coletando óleo e pólen, neste caso vibrando as anteras, sempre contatando as estruturas reprodutivas das flores. Flores de B. gardnerana constituem, portanto, importante fonte de alimento para as abelhas especializadas nativas, cuja necessidade dos óleos florais na composição da dieta de suas larvas garante constantes visitas.

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This paper reports on the extrafloral nectary (EFN) of Hibiscus pernambucensis, a native shrub species occurring in mangrove and restinga along Brazil's coastline. EFNs occur as furrows with a protuberant border on the abaxial surface veins of the leaf blade. Each nectary consists of numerous secretory multicellular trichomes, epidermal cells in palisade-like arrangements and non-vascularized parenchyma tissue. Nectar secretion is prolonged, since secretion starts in very young leaves and remains up to completely expanded leaves. Reduced sugars, lipids, and proteins were histochemically detected in all the nectary cells; phenolic substances were detected in the vacuoles of the epidermal palisade cells and in some secretory trichome cells. The secretory cells that constitute the body of trichomes have large nuclei, dense cytoplasm with numerous mitochondria, dictyosomes, scattered lipid droplets and plastids with different inclusions: protein, lipid droplets or starch grains; vacuoles with different sizes have membranous material, phenolic and lipophilic substances. The palisade cells show thick periclinal walls, reduced cytoplasm with voluminous lipid drops and developed vacuoles. The nectary parenchyma cells contain abundant plasmodesmata and cytoplasm with scattered lipid droplets, mitochondria, plastids with starch grains and endoplasmic reticulum. Mucilage idioblasts are common in the inner nectary parenchyma. Protoderm and ground meristem participate in the formation of EFN. Our data indicate that all nectary regions are involved in nectar production and secretion, constituting a functional unit. Longevity of the extrafloral nectaries is likely associated with the presence of mucilage idioblasts, which increases the capacity of the nectary parenchyma to store water.

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We studied the community and habitat occupation of epiphytes to understand how these plants cope with a supposedly stressful habitat: i) how general epiphytes occupy tree trunks, ii) how epiphytic bromeliads, occupy their supportive trees, iii) how CAM bromeliads are spatially distributed. The study was done in the dry forest of Jacarepiá, State of Rio de Janeiro. Data collection on epiphytes, phorophytes, and trees was based on the point-center quarter method. The photosynthetic pathway of the bromeliad species was determined using isotope ratio mass spectrometry. The presence of Gesneriaceae, Araceae, and Cactaceae indicates that some humidity is present in the area allowing the presence of supposedly less-specialized epiphytes. There was no correlation between epiphyte abundance and phorophyte diameter, and phorophytes had larger sizes than trees that do not host epiphytes. There was correlation between tree diameter and bromeliad abundance, and lack of correlation between diameter and bromeliad richness. Only one species was typical of the understorey and one was typical of the canopy, while intermediate heights were occupied by different species. The only C3 bromeliad species (Vriesea procera (Mart. ex Schult.f.) Wittm.) was significantly more exposed than the other species. If CAM occurrence is related to water economy, the fact that a C3 species is subjected to more exposed conditions is remarkable. Further comments are presented on the proportion between CAM bromeliad species and abundance in dry forest. Regarding life forms, holoepiphytes, as opposed to hemiepiphytes, showed not to be restricted by the phorophyte's diameter suggesting a more successful establishment of this life form.

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Diversos ecossistemas são encontrados ao longo da área litorânea do Estado do Rio de Janeiro onde se desenvolvem atividades apícolas visando à produção de própolis, entretanto, poucos são os trabalhos que tratam da análise palinológica da própolis dessa região. Foram analisadas vinte e quatro amostras de própolis coletadas ao longo do ano de 1997 e procedentes de três apiários localizados em áreas distintas da vertente atlântica na zona oeste do município do Rio de Janeiro. As análises palinológicas foram realizadas a partir da remoção da cera e resina com etanol e, pelo uso da acetólise, contando-se 500 grãos de pólen por amostra. Em todas as amostras houve a predominância do tipo polínico Eucalyptus em conjunto com Mimosa caesalpiniaefolia, além de Mimosa scabrella que, no entanto, foi observado com valores mais baixos. Cecropia esteve presente na maioria das amostras, mas seus percentuais variaram muito. Anacardiaceae (quatro tipos polínicos), Asteraceae, Citrus, Cocos e Poaceae também ocorreram na maioria das amostras, mas sempre com baixos valores. As formações vegetais originais da região (mata atlântica e restinga) foram representadas por alguns tipos polínicos com percentuais abaixo de 3% (Astronium, Casearia, Celtis, Mansoa/Sparattosperma, Myrcia, Schinus e Tabebuia). As análises estatísticas refletiram a correlação entre as espécies de plantas reconhecidas através de seus grãos de pólen e as áreas de estudo. A análise palinológica da própolis marrom demonstrou principalmente a semelhança dos espectros polínicos nessas três áreas, evidenciando a vegetação alterada (de áreas degradadas e cultivo).

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O Parque Nacional Serra de Itabaiana destaca-se pela diversidade fitofisionômica, dentre estas, uma conhecida localmente por Areias Brancas, uma vegetação aberta que varia de arbustiva-herbácea a arbustiva-arbórea e classificada por alguns autores como restinga ou cerrado, a depender do porte. Com intuito caracterizar e classificar esta fitofisionomia foram selecionadas duas áreas amostrais de Areias Brancas no Parque Nacional Serra de Itabaiana e construída uma listagem de acordo com o material depositado no Herbário ASE e de coletas adicionais. Para o estudo fitossociológico foi utilizado o método dos quadrantes errantes, amostrando todos os indivíduos com circunferência do tronco (> 15 cm) a altura do peito (1,30 m). Foi verificada nas Areias Brancas do Parque, a ocorrência de 193 espécies, distribuídas em 143 gêneros e 60 famílias, sendo, em sua maioria, representadas por espécies herbáceas e arbustivas. Destaca-se o alto número de espécies encontradas nas Areias Brancas quando comparado com estudos realizados em todo Parque Nacional. Há similaridade florística significativa entre as áreas amostradas, porém estruturalmente as duas áreas devem ser consideradas como diferentes fisionomias sucessionais pelas variações de densidade, altura e dominância. Mesmo possuindo espécies vegetais em comum, as Areias Brancas do Parque Nacional não podem ser classificadas como restinga ou cerrado por não possuir características de origem comuns a estas formações. As Areias Brancas devem ser consideradas como um refúgio ecológico, uma vegetação azonal derivada de condições especiais da formação do substrato.

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We examined plant population structure and interspecific associations for juveniles and adults of four woody species (Andira legalis (Vell.) Toledo, Clusia hilariana Schltdl., Protium icicariba (DC.) Marchand and Vernonia crotonoides Sch. Bip. ex Baker) in a patchy vegetation on a sandy coastal plain (restinga) in SE - Brazil. We found 101 vegetation patches in a 0.5 ha grid and these were divided into two distinct size classes, with large patches (> 20 m²) containing the majority of adult individuals of the species studied. The most abundant species, P. icicariba (465 individuals) and C. hilariana (312), had actively regenerating populations, whereas A. legalis (20) and V. crotonoides (338) showed evidence of intermittent regeneration. The regeneration niches of the four species differed as did their investment in vegetative reproduction: for instance, 81% of C. hilariana seedlings were found growing inside tank-bromeliads contrasting with only 3% of P. icicariba in this habitat. Additionally, 28% of regenerants of C. hilariana originated vegetatively, contrasting with only 6% for P. icicariba. All significant associations between species found in the study were positive. There was a positive association between adults of C. hilariana and P. icicariba, as well as between adults of C. hilariana and juveniles of both. This suggests that P. icicariba is successfully establishing under the canopy of C. hilariana and highlights the role of C. hilariana in generating vegetation cover that will be later dominated by other woody plant species, as an important process for maintenance of plant diversity in this restinga vegetation.

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O levantamento das espécies pertencentes aos gêneros de grandes parmélias do litoral Centro-Sul do Estado de São Paulo revelou a ocorrência de onze espécies de Parmotrema sensu stricto (talos foliosos de lobos arredondados em geral com mais de 0,5 cm de largura com margens inferiores não rizinadas) contendo ácido protocetrárico como principal constituinte químico medular. São apresentados uma chave de identificação, descrições, comentários e ilustrações.

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O levantamento das espécies pertencentes aos gêneros de grandes parmélias do litoral centro-sul do Estado de São Paulo revelou a ocorrência de oito espécies de Parmotrema A. Massal. sensu stricto (talos foliosos de lobos arredondados em geral com mais de 0,5 cm larg. com margens inferiores não rizinadas) contendo ácido alectorônico como constituinte químico medular. São apresentados uma chave de identificação, descrições, comentários e ilustrações baseados em material brasileiro.

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The Cactaceae have morphological and physiological adaptations associated with their life histories that are reflected in different modes of reproduction and multiplication. The reproductive phenology, preferential reproductive mode, and the sexual and asexual multiplication of Opuntia monacantha were investigated between 2003 and 2006 in two restinga (sandy coastal) environment in Southern Brazil to determine the adaptive values of its reproduction modes. Flowering was annual and occurred continuous for approximately 100 days between the months of September and January, with a few flowers opening per day per individual (but many in the whole population). Facultative xenogamy was identified as the preferential sexual system, with the highest levels of fruit and seed formation following natural pollination. The seeds are recalcitrant and have high germinative capacities under laboratory conditions. Seedling recruitment and establishment in the field was extremely reduced. The skins of the fruits and the cladodes have high capacities for regeneration and clonal multiplication because of their areolas.