111 resultados para Programa mais educação
Resumo:
Neste texto medimos as mudanças das pontuações em matemática e leitura dos alunos brasileiros favorecidos e desfavorecidos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos - Pisa - entre 2000 e 2012 e no Sistema de Avaliação da Educação Básica - Saeb - no período de 1995 a 2013, a fim de extrair algumas conclusões provisórias em relação à variação da efetividade do ensino básico brasileiro (1ª a 8ª/9ª séries). Nossos achados mostram que os ganhos no teste de matemática do Pisa são muito maiores do que no teste de leitura. Os ganhos (ou sua ausência) entre 1999 e 2013 no teste do Saeb são também maiores em matemática que em português. Parte do ganho no teste de matemática do Pisa e a maior parte do ganho no teste de leitura resultam do aumento gradual no tempo que os alunos com a idade de quinze anos passam na escola. Os ganhos no Pisa para os estudantes brasileiros mais favorecidos são menores do que entre aqueles com níveis baixos de recursos acadêmicos familiares, o que também se verifica no teste do Saeb.
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Este artigo é o resultado de um esforço para conceituar inclusão digital, feito pelo Grupo de Estudos em Políticas de Informação e Inclusão Digital (Gepindi), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, do Instituto de Ciência da Informação, da Universidade Federal da Bahia (Posici/ICI/UFBA). O texto discute inclusão digital à luz de outros conceitos encontrados na ciência da informação e em áreas correlatas. No imbricado entrelaçamento desses conceitos complexos, o resultado final pretendido é um marco de compreensão para a vinculação entre ética e cidadania, de um lado, e educação para a informação na Internet ou information literacy education, de outro, com vistas à inclusão social.
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OBJETIVO: Propor um modelo de programa para residência médica em radiologia e diagnóstico por imagem, com programa básico de treinamento teórico e de treinamento em serviço. MATERIAIS E MÉTODOS: O programa foi idealizado a partir de uma análise e revisão da literatura, com base nas recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e da Comissão Nacional de Residência Médica, e tendo como modelo o programa do Conselho Americano de Regulamentação de Educação Médica para Graduados. RESULTADOS: A proposta foi desenvolvida para um programa de duração de três anos, dividido em módulos de subespecialidades ou métodos diagnósticos. Foram descritos os objetivos e especificadas as competências a serem alcançadas pelos médicos residentes. CONCLUSÃO: Mudanças no modelo de ensino-aprendizado se tornaram necessárias face ao crescente acúmulo de informações e o desenvolvimento tecnológico. A organização da aquisição de conhecimentos de forma hierarquizada, com um conteúdo programático básico, permite uma formação adequada do futuro especialista. Espera-se que esta proposta possa contribuir como subsídio para o aprimoramento dos programas de residência médica, permitindo a implementação de um modelo em âmbito nacional.
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OBJETIVO: Avaliar a opinião do interno de Medicina sobre o seu aprendizado e a importância de ter participado do "Programa de aprendizado médico através de visitas domiciliares junto aos agentes comunitários da região de Capuava". MÉTODO: Estudo quali-quantitativo prospectivo, com avaliação feita por meio de questionários de autopreenchimento, relatórios de experiências relevantes, discussões abertas e observação participante. RESULTADOS: Na opinião dos alunos, a contribuição da visita domiciliar ao seu conhecimento foi considerada: ruim (2,8%), regular (14,1%), boa (50,7%) e ótima (32,5%). Houve contribuição das visitas ao componente afetivo em 91,3%, ao cognitivo em 62% e ao psicomotor em 56,3%. O aspecto positivo mais citado foi o fato de essas visitas mostrarem a realidade da população (70,8%); e o mais negativo foi o pequeno tempo de estágio (19,4%). Os internos expressaram suas percepções em relação à comunidade, ao valor do agente comunitário e às falhas do ensino médico tradicional. CONCLUSÕES: Na opinião dos alunos, as visitas domiciliares contribuíram para seu conhecimento da prática médica. Essa contribuição foi mais expressiva no que se refere ao domínio afetivo. As percepções sobre a comunidade podem auxiliar na futura atuação médica.
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A problematização, quando realizada na comunidade, potencializa a interação com a realidade. Um tema que pode ser destacado na prática da atenção primária é o diagnóstico precoce. O objetivo do presente trabalho é relatar uma experiência de problematização com o segundo ano de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. Foi realizado um estudo transversal no período de agosto a setembro de 2004 nos bairros onde está implantado o Programa Saúde da Família (PSF). Utilizou-se o Self Report Questionnaire-20 (SRQ-20) como instrumento de rastreamento dos Transtornos Mentais Comuns (TMC). Também foram obtidas informações sociodemográficas e de co-morbidade. Os resultados foram apresentados à Prefeitura para a definição da intervenção. Realizadas as entrevistas com 184 indivíduos, a prevalência de TMC foi de 35,3%, havendo diferença significante na prevalência segundo idade, co-morbidade, renda per capita, bairro e escolaridade. A estratégia de intervenção proposta dividiu-se em individual e coletiva, consistindo na referência dos possíveis portadores de TMC para consulta, terapia comunitária e trabalho em promoção à saúde. O trabalho realizado se mostrou uma eficaz metodologia de ensino. Os alunos entraram em contato com uma realidade social díspar da sua, que os conduziu a reflexões úteis na sua formação humana e acadêmica.
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É imperativa a formação de um Residente de Medicina de Família e Comunidade (RMFC) que responda às demandas da saúde pública, porém consideramos que ainda não existe uma concordância no programa para sua formação. Realizou-se uma pesquisa teórica para delinear a proposta de programa para a formação do RMFC embasada na revisão da literatura, nas recomendações da Comissão Nacional de Residência Médica e Sociedade de Medicina de Família e Comunidade do Brasil e na opinião dos RMFC da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), copilada pelo autor principal durante cinco anos como preceptor dos RMFC da PUC-PR. O programa inclui atividades práticas, teórico-práticas, investigativas e avaliativas desenvolvidas durante dois anos na Unidade de Saúde e no Hospital Regional, integrando o processo docente ao assistencial mediante a formação em serviço e no trabalho conjunto da faculdade com a Secretaria Municipal de Saúde e população, com uma visão preventivo-curativa e biopsicossocial do processo saúde-enfermidade, em função da problemática do indivíduo, da família e comunidade. Acreditamos que a proposta possa contribuir para o debate deste tema complexo e polêmico, e que, entre os acertos e desacertos dos programas, encontremos um consenso para a formação do médico de família e comunidade que o Brasil necessita.
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Descrevem-se as estratégias empregadas para implementar uma linha de pesquisa em Educação e Saúde nos nove programas de pós-graduação já consolidados na Faculdade de Medicina da UFRGS. A linha está centrada na organização do trabalho pedagógico nos processos de ensinar e de aprender e capacitar docentes para atender às necessidades de formação multiprofissional. A curto prazo, objetiva atender às necessidades das Diretrizes Curriculares no curso de graduação em Medicina; a médio prazo, à titulação e qualificação do corpo docente nestes campos temáticos; a longo prazo, à implementação de um programa de pós-graduação em Educação e Saúde, em nível de mestrado e doutorado. A primeira turma ingressou em agosto de 2004 (seis alunos de mestrado e seis de doutorado), e seus estudos vêm sendo realizados, tanto na teoria como na prática, com base na análise de experiências em Educação e Saúde.
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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ao cumprir as prerrogativas da universidade quanto ao ensino, pesquisa e prestação de serviços à comunidade, tem desenvolvido programas direcionados à graduação e à coletividade, abrangendo diversos aspectos do trauma e das doenças cardiovasculares. Respeitando protocolos internacionais, cursos teórico-práticos são organizados e ministrados por instrutores reconhecidos pela American Heart Association e American College of Surgeons. A comparação entre pré e pós-testes demonstrou resultado melhor quando os alunos eram profissionais da área da saúde, o que foi atribuído a seu melhor preparo em relação à comunidade leiga. Entretanto, como a finalidade era a capacitação de todos, profissionais da saúde ou não, uma reavaliação da metodologia tornou-se necessária, salientando-se como principal preocupação uma duração maior das atividades práticas e maior possibilidade de discussões.
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A democracia deve promover a satisfação de interesses diversos (o bem comum), o que é imprescindível à construção dos consensos, quando possível, entre os distintos atores. A partir de meados da década de 1970, o Brasil passa por importantes transformações político-democráticas, configurando-se em anos de mudanças nos paradigmas da saúde. Com a Constituição de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os gestores, trabalhadores e usuários do sistema se deparam com uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde - modelo de produção social em saúde. Entretanto, para promover o desenvolvimento da real ruptura com o modelo sanitário anterior - flexneriano -, as relações trabalhistas devem superar a precarização do trabalho por meio de medidas como investimentos consistentes nas áreas da gestão de recursos humanos, com a criação de meios de discussão para uma gestão democrática. O presente artigo tem como proposta repensar as relações entre a democracia e a saúde, a partir da análise reflexiva das práticas de gestão do trabalho no Programa de Saúde da Família (PSF), no contexto das reformas políticas. Entende-se que a efetiva consolidação do PSF como reorganizador da Atenção Básica, possibilitará configurar novos arranjos institucionais, capazes de repercutir na cultura sociopolítica do País, e contribuirá para a construção de políticas mais eficazes, justas e solidárias propostas pelo SUS.
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Com a intensa produção e veiculação de informações científicas, tornou-se difícil para o profissional médico manter-se atualizado com os recursos habituais. A necessidade de conhecer e de participar de processos de formação continuada se impõe. Entre outras iniciativas, a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina lançaram o Programa Nacional de Educação Continuada a Distância para médicos, buscando divulgar o conhecimento produzido nos grandes centros para profissionais de áreas mais remotas ou com reduzida disponibilidade de tempo. Tendo como pressu posto que a Sociedade do Conhecimento requer a formação inicial e continuada de profissionais e de cidadãos com um novo conjunto de competências para atuar com eficiência e responsabilidade, esses programas devem ser desenvolvidos com base em abordagens pedagógicas que efetivamente valorizem, além dos conteúdos de ensino, a disposição para a pesquisa, a autonomia na busca da informação, o espírito colaborativo e a postura ética, entre outras. No intuito de contribuir para essa reflexão, este texto tem por objetivos retomar o processo de formalização da educação médica continuada a distância no Brasil em termos didático-pedagógicos e analisar perspectivas dessas ações educativas.
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Relata-se a experiência do Grupo de Avaliação de Programa, instituído pelo curso de Medicina da UFSCar por este considerar a avaliação uma atividade permanente e constituinte do processo de ensino-aprendizagem. O grupo tem por finalidade acompanhar o processo de implementação do curso, tornando visíveis avanços e dificuldades, visando à promoção de ações para melhorar processos, produtos e resultados do currículo. Assim, a avaliação constitui um poderoso instrumento de gestão acadêmica. Neste caso, a avaliação de programa é composta prioritariamente pela avaliação sistemática e sistematizada das unidades educacionais e do desempenho de professores e preceptores do curso. Todos os instrumentos aplicados aos estudantes, professores e preceptores são analisados pelo grupo, que produz relatórios de avaliação e, em alguns casos, pesquisas de avaliação que se ancoram na triangulação de métodos.
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Competência, para fins de organização de currículos na área de saúde, deve ser concebida como a capacidade de mobilizar, articular e colocar em prática conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho efetivo das atividades requeridas no contexto do trabalho. Currículos orientados por competência devem alinhar metodologias de ensino-aprendizagem, práticas pedagógicas, diferentes contextos e cenários de aprendizagem, métodos de avaliação e atividades de pesquisa com esse princípio de organização curricular. Caracteristicamente, são centrados na busca ativa pelo conhecimento, interdisciplinaridade, integração teórico-prática e interação ensino-sociedade, trazendo o desenvolvimento da identidade profissional para o centro das atividades de aprendizado. Sua construção envolve, inicialmente, a identificação e definição das competências necessárias à boa prática profissional. Em seguida, a definição de seus componentes e os níveis de desempenho. Posteriormente, deve ser elaborado um programa de avaliação que esteja prioritariamente a serviço do aprendizado (avaliação formativa) e que seja voltado para a detecção de conhecimentos, habilidades e atitudes assimilados pelos estudantes e não para sua classificação dentro de um grupo normativo.
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Se realizó un estudio analítico, longitudinal y prospectivo; se aplicó un cuestionario y lista de cotejo determinando el nivel de conocimientos y aplicación previos sobre el parto y el partograma a 72 internos de medicina que rotaron por el servicio de Gineco-Obstetricia del Hospital Nacional Dos de Mayo de Lima-Perú, entre enero a diciembre del 2006, posteriormente se aplicó el mismo instrumento a la mitad y al final del estudio. Para el análisis estadístico se utilizó la prueba de análisis de varianza (ANOVA), los cálculos se realizaron con un nivel de confianza de 95%. Se encontró un aumento significativo en el nivel de conocimiento sobre el parto, el partograma y la aplicación en la elaboración del partograma (p<0.001). La importancia de este estudio radica en que la mayoría de los médicos peruanos iniciarán su práctica profesional en servicios de atención primaria alejados de los centros de atención de mayor complejidad, donde tendrán que realizar la atención de parto. Así mismo este programa les ayudará a reconocer el momento indicado para realizar una referencia a un servicio de salud de mayor complejidad.
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Este artigo descreve os principais achados de um inquérito realizado no Estado do Ceará, Brasil, com o objetivo de avaliar a aceitabilidade de um curso baseado em Educação à Distância entre os profissionais que atuam no Programa Saúde da Família - uma nova estratégia para prover Atenção Primária à Saúde para a população brasileira. Foram enviados 255 questionários aos potenciais sujeitos, com uma taxa de resposta de 81,9%. Os achados mostraram que, em geral, os respondentes têm percepções e atitudes positivas em relação à EAD e estão motivados em participar num curso baseado nessa estratégia. Propõe-se uma lista de recomendações para ajudar os planejadores do curso.
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CONTEXTO: Em 2004, foi proposta uma reestruturação de cursos de pós-graduação lato sensu em Medicina do Trabalho, com aumento da carga horária prática. A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP introduziu o Programa de Estágio Monitorado (PEM) em complemento às 680 horas-aula. Objetivos: Descrever o programa, a percepção da Coordenação sobre o mesmo e analisar a atualrelação dos ex-alunos com a especialidade. MATERIAL E MÉTODO: (a) Discussão não estruturada entre os coordenadores e entrevista com empresas parceiras; (b) Aplicação de questionário a 46 ex-alunos,-abordando aspectos socioprofissionais. RESULTADOS: O PEM tem carga horária de 1.240 horas, é voluntário e baseado numa bimonitorização das atividades do aluno, com a apresentação de relatórios semanais para discussão clínica. Notou-se aumento do interesse no curso teórico-prático e carência de programas de desenvolvimento profissional nos locais de estágio. Da amostra, 67,3% exercem jornada semanal em Medicina do Trabalho superior a 20 horas. DISCUSSÃO: O programa cumpre diretrizes e parece contribuir para a fixação à especialidade. Questiona-se a omissão do mercado de trabalho em cobrar formação mais sólida e se recomenda discutir a regulamentação do exercício da especialidade.