105 resultados para Política ambiental, legislação, análise comparativa, Brasil, Estados Unidos
Resumo:
OBJETIVO: análise comparativa dos resultados obtidos em mulheres portadoras de endometriose plvica avanada e mulheres com ligadura tubria, submetidas a injeo intracitoplasmtica de espermatozide (ICSI). MTODOS: noventa e trs mulheres com diagnstico de infertilidade, com ciclo menstrual normal, no submetidas a qualquer tratamento hormonal e cirrgico durante o ltimo ano, ndice de massa corporal igual a 20-25, portadoras de ovrios sem a presena de cistos ou tumores participaram deste estudo e foram divididas em dois grupos: tubrio (TUB), 39 mulheres com ligadura tubria, e endometriose (EDT), 54 mulheres com EDT-III e EDT-IV, submetidas a induo ovulatria com FSH-r e ICSI. Os dados clnicos e laboratoriais foram comparados. Testes chi2, Fisher, t pareado, t de Student e Mann-Whitney foram empregados. RESULTADOS: nveis mais baixos de estradiol (2243,1 vs 1666,3; p=0,001) e nmero menor de folculos por paciente (16,9 vs 13,9; p=0,001) foram recuperados no grupo EDT, apesar da utilizao de maior nmero de unidades de FSH-r (1775,6 vs 1998,6; p=0,007, para TUB e EDT, respectivamente). No houve diferena quanto taxa de recuperao ovocitria (69 vs 73,5%; p=0,071) assim como nas taxas de fertilizao normal (83,7 vs 81,7%; p=0,563 respectivamente para TUB e EDT. No entanto, menor nmero de pr-embries timos foi obtido no grupo EDT (36,4 vs 24,8%, respectivamente para TUB e EDT; p=0,005). As taxas de gestao total (41,0 vs 42,6%; p=0,950) e de implantao (13,9% x 14,5%; p=0,905) no foram significativamente diferentes quando TUB e EDT foram comparados. CONCLUSES: os ovrios das mulheres do grupo EDT parecem ser menos responsivos induo da ovulao com FSH-r. A endometriose parece comprometer o nmero mdio de folculos e de pr-embries timos sem prejudicar as taxas de recuperao ovocitria e fertilizao. No entanto, uma vez formados, os pr-embries do grupo EDT exibem chances de implantao e gestao semelhantes quelas do grupo TUB.
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OBJETIVO: comparar a tcnica da inciso em duplo crculo (DC) com as tcnicas de inciso periareolar (PA) e transareolomamilar (TAM), na correo da ginecomastia. MTODOS: foram revisados os pronturios de 34 pacientes com ginecomastia submetidos correo cirrgica no Hospital das Clnicas de Goinia de 1999 a 2004. Os pacientes foram divididos em trs grupos, de acordo com a tcnica cirrgica utilizada. Comparamos as variveis numricas paramtricas usando o teste de Tukey. Para as variveis nominais, foi utilizado o teste do chi2, ou o teste exato de Fisher, quando necessrio. Considerou-se significante o p<0,05. RESULTADOS: a mdia de idade dos pacientes foi de 27,9 (+12,5) anos. Foram operadas 43 mamas: 34 unilaterais (79,1%) e nove (20,9%) bilaterais; 19 (44,2%) pelo DC; 14 (32,6%) com inciso PA; 10 (23,3%) com inciso TAM. A mdia do tempo de utilizao de dreno foi de cinco dias para o DC e um dia para as demais (p<0,01). Foram utilizados drenos de suco 19 vezes (100%) para o DC e duas vezes (22%) na transareolomamilar. Nas outras, utilizaram-se drenos de Penrose (p<0,01). O tempo cirrgico foi significativamente maior para o DC (73 minutos) que para a PA (45 minutos) e a TAM (48 minutos). O DC foi utilizado principalmente em ginecomastias mais volumosas (p=0,04). Quanto s complicaes foram observados: trs casos de hematomas com a TAM (33,3%) e um hematoma (5,3%) com o DC (p<0,01); houve um caso de infeco com a TAM (11,1%); duas necroses parciais do mamilo com a DC (10,5%); quatro (21,1%) cicatrizes alargadas e trs (15,8%) cicatrizes hipertrficas com o DC (p=0,04); uma inverso do mamilo com o TAM (2,4%). CONCLUSES: a tcnica do DC uma boa opo para correo de ginecomastias volumosas, embora exija maior tempo cirrgico e apresente mais cicatrizes alargadas.
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O objetivo do estudo foi realizar uma análise embriolgica dos roedores histricomorfos (paca, cutia, pre e capivara), a fim de comparar com a de outros roedores e com a morfognese humana um padro embriolgico. Utilizaram-se 8 espcimes de roedores sendo, 2 embries para cada espcie coletada, ambas em inicio de gestao. Estes foram retirados dos teros gestantes atravs de ovariosalpingohisterectomia parcial, seguido de fixao em soluo de paraformaldedo 4%. Para as mensuraes de Crow-Rump, adotou-se como referncia a crista nucal numa extremidade e da ltima vrtebra sacral na extremidade oposta. De forma geral, os embries analisados mostraram as seguintes caractersticas morfolgicas: diviso dos arcos branquiais, o no fechamento do neurporo cranial em alguns embries estudados, a curvatura cranial acentuada e os somitos delimitados e individualizados. O broto dos membros apresentava-se em desenvolvimento em formato de remo, alm da impresso cardaca e fgado. Na regio caudal, visualizou-se a curvatura crnio-caudal, a vescula ptica com e sem pigmentao da retina, a abertura do tubo neural na regio do quarto ventrculo enceflico, a fosseta nasal e a formao das vesculas enceflicas. Conclumos que desenvolvimento embriolgico dos roedores histricomorfos pode ser comparado morfognese de ratos, cobaios, coelhos e humanos nos diferentes estgios de desenvolvimento, tomando apenas o cuidado com as particularidades de cada espcie, alm da implementao de tecnologias reprodutivas, especialmente a de embries, a qual requer o conhecimento do desenvolvimento pr-implantao referente s fases de desenvolvimento.
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A possvel existncia de interdependncia na nutrio de territrios atriais e ventriculares tem sido objeto de preocupao por partes dos cardiologistas, especialmente no que tange a vascularizao do n sinoatrial e sua dependncia apenas de uma artria coronria ou de ambas e de sua relao com o predomnio destes vasos na vascularizao ventricular. Assim, este estudo objetiva avaliar a relao da irrigao do n sinoatrial e a origem e a predominncia das artrias coronrias na vascularizao dos ventrculos, para tanto utilizou-se 30 coraes de gatos sem raa definida adultos, machos e fmeas, sem sinais de afeco cardaca. Os coraes foram injetados pela aorta torcica com Neoprene Latex 450, corados com pigmento vermelho e dissecados posteriormente. Verificou-se que quando ocorria predomnio da vascularizao ventricular do tipo esquerda (63,34%) a irrigao do n sinoatrial ficou predominantemente na dependncia do ramo proximal atrial direito (78,9%) ou com menor freqncia pelo ramo proximal atrial esquerdo (21,1%). Na vascularizao ventricular do tipo equilibrada (33,34%), a irrigao do sinoatrial ficou na dependncia mais freqentemente do ramo proximal atrial direito (80%), ou com menor freqncia a nutrio do n se deu pelo ramo proximal atrial esquerdo (20%). Em um caso isolado, ocorreu a vascularizao ventricular do tipo direita (3,34%), a nutrio do sinoatrial, ficou na dependncia exclusiva do ramo intermdio atrial direito. Estes resultados indicam que nesta espcie no existe relao entre a irrigao do n sinoatrial e o tipo de vascularizao ventricular, independentemente do sexo.
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Utilizamos nesta pesquisa 40 coraes de ces adultos, machos e fmeas, de idades variadas, que no portavam nenhuma afeco cardaca. Os coraes tiveram as artrias coronrias injetadas, separadamente, com Neoprene Ltex 450, corado com pigmento vermelho, e posteriormente dissecados. Em todas estas preparaes verificamos que na vascularizao dos ventrculos predominava a artria coronria esquerda que fornecia os ramos interventriculares paraconal e subsinuoso. J, a regio ocupada pelo n sinoatrial ficava mais frequentemente (17 vezes, 42,5%) na dependncia do ramo proximal atrial esquerdo ou de colateral deste vaso, oriundo do ramo circunflexo esquerdo, ou deste vaso associado ao ramo distal atrial direito (8 vezes, 20%), procedente do ramo circunflexo direito. Com menor frequncia (14 vezes, 30%), a rea tomada pelo n sinoatrial, encontramos apenas colaterais do ramo circunflexo direito, mais exatamente somente o ramo distal atrial direito (10 vezes, 25%), apenas o ramo proximal atrial direito (3 vezes, 7,5%) ou ainda exclusivamente o ramo intermdio atrial direito (1 vez, 2,5%). Em um nico caso (1 vez, 2,5%) no territrio do n sinoatrial observamos apenas colateral do ramo circunflexo esquerdo, isto o ramo distal atrial esquerdo. A análise destes resultados permite concluir, que nesta espcie no existe qualquer tipo de relao entre o tipo de vascularizao dos ventrculos e a irrigao do n sinoatrial. Sendo assim, considerar os ramos ventriculares isoladamente no suficiente para um entendimento clnico-cirrgico aplicado, uma vez que os ramos atriais apresentam uma importante contribuio para a vascularizao do n sinoatrial.
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O estudo morfomtrico dos dgitos de bovinos e bubalinos pode colaborar para o entendimento da etiopatogenia das enfermidades podais. Este estudo objetivou descrever as caractersticas morfomtricas dos dgitos de bovinos das raas Curraleira (Bos taurus), Pantaneira (Bos taurus), Nelore (Bos indicus) e de bubalinos (Bubalus bubalis) da raa Murrah e estabelecer possvel relao entre tais medidas e a ocorrncia de enfermidades digitais. Na pesquisa foram utilizados dez animais, saudveis, de cada raa e espcie. Foram avaliados dois membros de cada animal, sendo um torcico e outro plvico, totalizando 80 extremidades distais. As medidas morfomtricas foram obtidas com auxlio de um paqumetro mecnico graduado e os ngulos das pinas conferidos por meio de transferidor metlico. Os principais parmetros digitais avaliados foram o ngulo dorsal do casco (A), comprimento da parede dorsal (B), altura do talo (C), altura da pina (D), comprimento do casco (E), comprimento diagonal do casco (F), largura do dgito lateral (G), largura do dgito medial (H), comprimento do dgito lateral (I) e comprimento do dgito medial (J). Para a comparao de mdias dos resultados obtidos entre as raas foi utilizado o teste de Tukey (p<0,05). A análise multivariada para as representaes grficas das variveis cannicas foi empregada para expressar a similaridade das medidas estudadas entre os grupos, no qual se utilizou o software R. Os resultados revelaram que os bubalinos apresentam as maiores medidas morfomtricas para as variveis B, C, D, E, F, G, H, I e J e apenas na varivel A apresentaram medidas inferiores entre as diferentes raas de bovinos estudadas. Existe similaridade entre as trs raas de bovinos estudadas em relao s variveis, altura da pina (D), largura do dgito lateral (G) e largura do dgito medial (H) as quais se distanciam dos valores encontrados para essas variveis nos bubalinos, Concluiu que a morfometria digital pode influenciar na ocorrncia de enfermidades digitais, mas no age como fator isolado, necessitando da interao com outros fatores estruturais, ambientais e de manejo para a manifestao dessas doenas.
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A resistncia de bitipos de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) causada pela insensibilidade desta enzima aos herbicidas que inibem sua atividade cataltica. A insensibilidade da enzima decorrente de uma alterao estrutural, resultado da substituio de certos aminocidos no stio de ao do herbicida. Esta alterao na enzima pode eventualmente resultar, alm da resistncia ao herbicida, em modificaes na taxa de crescimento da planta, fato este comprovado para os bitipos resistentes aos herbicidas inibidores do fotossistema II, os quais apresentam taxa de crescimento prejudicada pela alterao no stio de ao sofrida pelo herbicida. Esta possvel diminuio na taxa de crescimento da planta resistente tem conseqncias diretas na competitividade do bitipo e, portanto, na sua dinmica dentro da populao, afetando diretamente as estratgias de manejo da resistncia. A presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de comparar a taxa de crescimento de dois bitipos da planta daninha pico-preto (Bidens pilosa), sendo um resistente e um suscetvel aos herbicidas inibidores da ALS. Um experimento foi montado em casa de vegetao, em vasos com capacidade de 5 L, sendo uma planta de cada bitipo por vaso, coletando-se a biomassa seca destas plantas e a rea foliar semanalmente, iniciando-se 14 dias aps o plantio. Os resultados de crescimento da biomassa e rea foliar foram ajustados utilizando-se a funo de Richards (log-logstica). Desta análise, foram derivadas a taxa de crescimento absoluto (TCA), a taxa de crescimento relativo (TCR) e a taxa de assimilao fotossinttica lquida (TAL). O bitipo suscetvel apresentou peso de biomassa seca superior ao resistente nas primeiras fases do crescimento, porm no final do ciclo o bitipo resistente igualou-se em tamanho de rea foliar, pois apresentou, principalmente no incio do ciclo de crescimento, TCA, TCR e TAL maiores que o suscetvel. Dessa forma, concluiu-se que o bitipo de Bidens pilosa resistente aos herbicidas inibidores da ALS apresenta a mesma eficincia de produo de biomassa no final do ciclo. provvel que, quando em competio entre si e com as culturas, possua a mesma competitividade, sendo a dominncia numrica de um bitipo sobre o outro decorrente apenas da presso de seleo causada pelo herbicida.
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Este trabalho teve por objetivo estabelecer as variaes na atividade aleloptica da substncia qumica titonina, em funo da acetilao de sua molcula. Bioensaios de germinao (25 C de temperatura constante e fotoperodo de 12 horas) e de desenvolvimento da radcula e do hipoctilo (25 C de temperatura constante e fotoperodo de 24 horas) foram desenvolvidos. Como planta receptora, utilizou-se a planta daninha Mimosa pudica (malcia). Análise de espectros RMN H e 13C e tcnicas de RMN bidimensionais foram realizadas na molcula acetilada. O processo de acetilao produziu a molcula 3'-acetil-7,4'-dimetoxiflavona, que diferiu da molcula original, identificada como 3'-hidroxi-7,4'-dimetoxiflavona. A estrutura da titonina-Ac foi confirmada pelos espectros de RMN H, 13C, DEPT, COSY e HETCOR. A titonina foi acetilada com anidrido actico em piridina. A análise comparativa da atividade aleloptica das duas substncias revelou que titonina-Ac apresentou maior potencial para inibir tanto a germinao das sementes como o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo da planta daninha malcia. A intensidade dos efeitos alelopticos das duas substncias esteve positivamente associada concentrao. O conjunto das informaes obtidas permite sugerir a possibilidade de se aumentar a atividade aleloptica de uma substncia qumica sem comprometer suas peculiaridades biolgicas desejveis natureza e aos interesses da sociedade.
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A alelopatia um importante mecanismo que influencia a estabilidade de agroecossistemas. A identificao desse carter, em muitos casos, realiza-se via análise dos efeitos de extratos brutos polares. No presente trabalho, caracterizou-se a atividade aleloptica do cip-d'alho (Mansoa standleyi - Bignoniaceae), analisando-se, comparativamente, o extrato hidroalcolico e o leo essencial das folhas da planta, procurando-se estabelecer a necessidade de se considerar, em estudos dessa natureza, a abordagem envolvendo extratos apolares. Realizaram-se bioensaios de germinao e desenvolvimento da radcula e do hipoctilo de malcia (Mimosa pudica), em perodos de dez dias, empregando-se concentraes de 0,5%, 1,0% e 2,0%. Foram identificados, ainda, os principais constituintes qumicos do leo essencial. Os resultados indicaram que tanto o extrato hidroalcolico como o leo essencial apresentaram potencial para inibir a germinao e o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo. O extrato hidroalcolico manifestou maior potencial inibitrio sobre a germinao, enquanto o leo essencial promoveu inibies mais expressivas sobre o desenvolvimento da radcula e do hipoctilo. Os efeitos estiveram positivamente associados concentrao, com efeitos mximos e mnimos obtidos nas concentraes de 2,0% e 0,5%, respectivamente. Compostos sulfurados, como o dissulfeto de dialila (42,15%) e o trissulfeto de dialila (11,25%), isoladamente ou em associao, esto envolvidos nos efeitos alelopticos promovidos pelo leo essencial. Adicionalmente, os resultados obtidos apontam para a necessidade de se considerar a utilizao de extratos apolares quando da análise da atividade aleloptica de uma dada planta, especialmente se no houver informaes sobre a produo de leo essencial pela planta prospectada.
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RESUMOO potencial de cobertura vegetal do solo por plantas cultivadas um parmetro importante para a seleo de espcies forrageiras adaptadas a uma determinada regio. Contudo, uma das restries de uso dessa varivel est associada adoo da tcnica de estimativa, uma vez que existem diferentes formas de clculo. Diante disso, objetivou-se comparar as fraes de cobertura do solo cultivado com Urochloa ruziziensis e Urochloa spp., utilizando-se trs tcnicas de medida: avaliao visual, avaliao por intercepto ou transecto e avaliao por imagens fotogrficas. Para isso, foram conduzidos seis ensaios em campo, em delineamento de blocos casualizados. Os ensaios 1, 2 e 3 foram formados pela espcie Urochloa ruziziensis e compostos por trs tratamentos, representados pelas trs tcnicas de medida (visual, por intercepto ou transecto e por imagens fotogrficas), com oito repeties. Os ensaios 4, 5 e 6 tiveram arranjo fatorial 2 x 3, sendo o fator A formado por duas espcies de capim-braquiria (Urochloa ruziziensis e Urochloa spp. cv. Mulato II) e o fator B pelas trs tcnicas de medida (visual, por transecto e por imagens fotogrficas), com quatro repeties. As medidas das fraes de cobertura do solo foram tomadas aos 30, 60 e 90 dias aps a semeadura. Constatou-se que, quanto maior a uniformidade da cobertura do solo pelas plantas forrageiras, mais prximos so os valores das fraes de cobertura vegetal obtidas pelas trs tcnicas de estimativa. As tcnicas de estimativa visual e por transecto da frao de cobertura do solo foram consideradas semelhantes, j a eficincia da medida pela tcnica com imagens fotogrficas depende da calibrao individual de cada imagem.
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OBJETIVO: O presente estudo foi desenhado pra investigar e comparar biomarcadores do metabolismo de glicose e lipdeos em pacientes no diabticos em dilise peri>toneal e hemodilise. MTODOS: O estudo possui um desenho prospectivo e transversal. Participantes: foram includos todos os pacientes prevalentes em terapia de substituio renal tratados em uma clnica universitria. Intervenes: no houve intervenes. Medida das variveis principais: as amostras de sangue foram coletadas com jejum oral de 8 horas. Os nveis sricos de insulina foram determinados por quimioluminescncia. Resistncia insulnica foi avaliada pelo index QUICKI como se segue: 1/[log(Io) + log(Go)], onde Io a insulina de jejum, e Go a glicemia de jejum. ndice HOMA tambm foi medido: (FPG FPI)/22,5; FPG = glicemia de jejum (mmol/L); FPI = insulina de jejum (mU/mL). Os demais exames bioqumicos foram analisados utilizando mtodos de rotina. RESULTADOS: Foram avaliados 154 pacientes (80 em hemodilise e 74 em dilise peritoneal). Setenta e quatro pacientes diabticos foram excludos. Dos 80 pacientes restantes (55% homens, idade mdia de 52 15 anos), 35 estavam em dilise peritoneal e 45 em hemodilise. A glicemia em jejum dos pacientes em dilise peritoneal em relao hemodilise foi 5,0 0,14 versus 4,58 0,14 mmol/L, p < 0,05; para hemoglobina glicada (HbA1c) de 5,9 0,1 versus 5,5 0,1%, p<0,05; colesterol total de 5,06 0,19 versus 3,39 0,20 mmol/L, p < 0,01; LDL-c de 2,93 0,17 versus 1,60 0,17 mmol/L, p < 0,01; e ndice HOMA de 3,27 versus 1,68, p < 0,05. Todas as variveis foram ajustadas para idade, sexo, tempo em dilise, produto clcio-fsforo, albumina e protena C-reativa. CONCLUSO: Ns observamos um pior perfil no metabolismo de glicose e lipdeos em pacientes em dilise peritoneal (menor sensibilidade insulnica e valores mais elevados de glicemia em jejum, HbA1c, colesterol total e LDL-c) quando comparados a pacientes em hemodilise, potencialmente devido utilizao de glicose nas solues de dilise peritoneal.
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INTRODUO: A presena de hemcias dismrficas na urina um forte indicativo da origem glomerular do sangramento, sendo uma ferramenta importante no diagnstico de glomerulonefrites. Os cilindros hemticos geralmente acompanham as hemcias dismrficas, sendo tambm fortes indicadores de hematria glomerular, embora no sejam encontrados com frequncia no exame parcial de urina. OBJETIVO: Comparar duas tcnicas de concentrao de amostras em uma srie de exames de urina com hematria dismrfica. MATERIAL E MTODOS: Foram selecionadas 249 amostras com hematria dismrfica a partir de 4.277 amostras de urina de rotina. As amostras foram processadas utilizando-se duas tcnicas: a convencional e a de concentrao. O percentual de identificao dos cilindros hemticos foi comparado de acordo com a metodologia utilizada. RESULTADOS: A presena de cilindros hemticos pela tcnica de concentrao foi estatisticamente maior (52,6%) em comparao com a positividade pela metodologia convencional (8,4%) (p < 0,001). DISCUSSO E CONCLUSO: Sugere-se que a tcnica convencional no concentrou suficientemente a amostra de urina e os cilindros hemticos ficaram no sobrenadante, sendo descartados. A utilizao da tcnica de concentrao aumentou a sensibilidade tcnica para a pesquisa dos cilindros hemticos. Portanto, a tcnica de concentrao, associada presena de hemcias dismrficas, mostrou-se til para aumentar a concordncia dos dois parmetros laboratoriais para a deteco da hematria de origem glomerular como auxlio diagnstico das glomerulopatias, importante causa de doena renal crnica.
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INTRODUO: A albumina pr-dilise pode ter sua utilidade questionada na avaliao do estado proteico devido ao efeito dilucional nesse perodo. OBJETIVOS: Avaliar se a albumina srica dosada no perodo ps-dilise (ps-HD) seria um melhor marcador do estado nutricional e do risco de mortalidade, comparada albumina pr-dilise. MTODOS: Investigou-se a correlao entre a albumina pr- e ps-HD e: o ndice de massa corprea (IMC), a adequao da circunferncia muscular do brao (CMB) e da prega tricipital (PCT) ao percentil 50 (P50), protena C-reativa ultrassensvel (hs-PCR), o ngulo de fase (PA), o PNA (equivalente proteico do aparecimento de nitrognio), o ndice de adequao da dilise (Kt/V) e o estado de hidratao (correlao de Pearson). A concordncia no diagnstico do estado nutricional segundo a albumina pr- e ps-HD e o PA foi testada pelo coeficiente Kappa (K) (Bland-Altman). RESULTADOS: Foram includos 58 pacientes em hemodilise (HD) (30 do sexo feminino, com idade mdia de 49 anos). O IMC, o PA e a hs-PCR apresentaram correlao significativa com a albumina pr- e ps-HD, enquanto a adequao da CMB ao P50 e o PNA o fizeram apenas com a albumina ps-HD. A concordncia no diagnstico de desnutrio, segundo o PA < 5 e albumina pr- e ps-HD < 3,2 g/dL foi regular (K = 0,432). Quando o ponto de corte da albumina para desnutrio foi de 3,7 g/dL (desnutrio leve ou risco de desnutrio), os diagnsticos foram concordantes somente no perodo ps-HD (K = 0,544). CONCLUSO: A albumina ps-dilise parece ser um melhor marcador do estado nutricional e de risco de mortalidade nos casos de desnutrio leve ou risco de desnutrio e nas situaes de mdio a baixo risco de mortalidade. O estado de hiper-hidratao pr-dilise pode representar um fator de confuso na interpretao clnica da albumina.