573 resultados para Plantas cultivadas – Fisiologia
Resumo:
A tangerineira é uma das espécies de Citrus mais importantes, comercialmente. No entanto, é elevada a quantidade de patógenos que afetam a cultura, destacando-se o fungo Colletotrichum gloeosporioides, causador da antracnose. A antracnose pode resultar em grandes prejuízos econômicos, ocasionando perdas de produção e qualidade dos frutos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de cultivares de tangerineira à antracnose em diferentes sistemas de irrigação. Foi estudada a incidência da antracnose em três cultivares de tangerineira, sob três sistemas de cultivo. Utilizaram-se as cultivares 'Murcote', 'Ponkan' e 'Cravo', enxertadas sobre porta-enxerto de limão Cravo e os sistemas de irrigação por microaspersão e por gotejamento. Uma testemunha de sequeiro foi incluída. Os resultados mostraram que as plantas cultivadas sob irrigação são mais resistentes à antracnose que aquelas sob regime de sequeiro, sendo que a cultivar Ponkan apresentou maior resistência genética á antracnose. Verificou-se também que existe correlação positiva entre a incidência baseada no percentual de plantas afetadas e a incidência com base no número de ramos afetados por planta.
Resumo:
O gênero Orius Wolff é composto por espécies de percevejos predadores, principalmente de tripes, encontradas em muitos ecossistemas naturais e manejados. Entretanto, as interações que podem ocorrer entre esses predadores e suas presas no mesmo "habitat" não são bem conhecidas entre as espécies das regiões tropicais. Este estudo teve como objetivo registrar a interação de espécies de Orius e de tripes coletadas na mesma planta, ou seja, presentes no mesmo "habitat". As coletas foram feitas em várias plantas cultivadas, no campo e em casas de vegetação e em plantas invasoras. A forma e o grau de associação entre as espécies foram determinados, utilizando-se o coeficiente de Spearman (R), calculado com dados de presença/ausência das espécies (Orius e tripes) no mesmo "habitat". Orius insidiosus (Say) foi encontrado associado positivamente aos tripes Frankliniella sp., Neohydatothrips sp. e Haplothrips gowdeyi (Franklin) e negativamente associado a Frankliniella schultzei (Trybom) e Caliothrips phaseoli (Hood). Orius thyestes Herring e Orius sp1 ocorreram simultaneamente em 10 espécies de tripes sem, contudo, apresentar associação significativa, enquanto Orius perpunctatus (Reuter) esteve associado positivamente às espécies Frankliniella sp. e Neohydatothrips sp. e, negativamente, a Frankliniella gemina (Moulton).
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a regeneração in vitro de plantas de urucum (Bixa orellana L.) a partir de diferentes tipos de explantes. Para definir o meio de cultura adequado para indução de brotações, diferentes concentrações e, ou, combinações da auxina AIA e das citocininas BAP e ZEA foram testadas. As melhores respostas de regeneração para segmentos de hipocótilo, nós cotiledonares e hipocótilos invertidos foram observadas em meios suplementados de ZEA (2,28 µM) e AIA (0,30 µM), ZEA (4,56 µM) e ZEA (4,56 µM), respectivamente. O meio de enraizamento mais eficaz foi o MS, com a metade de sua concentração salina e 5 µM de AIB. Análises citológicas, realizadas antes da aclimatação, confirmaram a estabilidade cromossômica das plantas cultivadas in vitro, não sendo detectado variação com relação ao número de cromossomos metafásicos (2n = 14).
Resumo:
Em plantas cultivadas em substrato não esterilizado, inoculado ou não com fungos micorrízicos arbusculares, analisou-se, através de dois experimentos em separado, o efeito de quatro intensidades de luz (70%, 50%, 30% e 4% da luz solar incidente) e de dois regimes hídricos (saturado e insaturado) sobre o crescimento e micorrização de plântulas de Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb. (ipê-roxo; Bignoniaceae). As variáveis analisadas foram área foliar, massa seca à altura do caule, taxas de crescimento, densidade estomática, teor de prolina e intensidade de colonização micorrízica. As plântulas apresentaram diferenças morfológicas, fisiológicas e na intensidade de colonização micorrízica, em função dos tratamentos aplicados. Essas diferenças foram no sentido de minimizar os possíveis estresses causados por intensidade luminosa e disponibilidade hídrica desfavoráveis. Os resultados permitiram o relato de que os ajustamentos morfológicos e fisiológicos apresentados pela espécie podem conferir a ela vantagens no estabelecimento de plântulas em clareiras e ambientes mais secos e, também, na sobrevivência em ambientes mais sombreados.
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RESUMO Visando à otimização do uso da água na produção de alimentos, este artigo teve como objetivo avaliar o desempenho da TDR e de um acionador automático para irrigação na produção da alface em solos com diferentes doses de um polímero hidrofílico. Em casa de vegetação, foram realizados dois ensaios em vasos de 3 litros cultivados com alface. O primeiro foi realizado na primavera de 2011, utilizando 2 texturas de solo (arenosa e argilosa) e a presença/ausência do hidrogel. O segundo ensaio foi realizado no outono de 2012, utilizando 4 doses de hidrogel (0; 8; 16 e 24 g por vaso) no solo de textura arenosa. Aos 38 (2011) e 44 (2012) dias após o transplantio (DAT) das mudas, foram realizadas as colheitas e a avaliação das plantas cultivadas. O hidrogel não representou uma fonte de erros para o funcionamento da TDR, e o dispositivo acionador automático para irrigação respondeu adequadamente à presença do hidrogel nos solos com diferentes texturas. Em geral, foi verificada maior eficiência do uso da água nas plantas desenvolvidas na presença do hidrogel. As plantas cultivadas em solo com 16 g por vaso de hidrogel destacaram-se em massa seca e fresca da parte aérea.
Resumo:
O capim-macho (Ischaemum rugosum Salisb.) é uma das invasoras mais importantes na cultura do arroz no Estado do Maranhão. O objetivo deste trabalho foi estudar em casa de vegetação, o crescimento de Ischaemum rugosum sob três níveis de sombreamento (70, 60 e 10%). As plantas foram coletadas aos 7, 14, 35, 42, 56, 70, 91, 112 e 133 dias após emergência (DAE). Em cada coleta, determinou-se a área foliar (Af) e matéria seca das folhas, colmos e raízes. O acúmulo de matéria seca das folhas, colmos e raízes foram menores nas plantas cultivadas sob o maior nível de sombreamento. A biomassa das raízes aumentou com a diminuição do nível de sombreamento. Tanto a área foliar como a taxa de crescimento relativo (Rw) foram maiores nas plantas cultivadas sob alto sombreamento (60 e 70%). No entanto, a taxa assimilatória líquida (EA) foi maior no tratamento sob baixo sombreamento (10%). A luminosidade influenciou a partição de assimilados na planta, sob baixo sombreamento, as raízes foram os drenos preferenciais durante a fase vegetativa, e os colmos na reprodutiva. No maior sombreamento, os colmos e as folhas foram os drenos preferenciais. Folhas mais espessas foram observadas no tratamento sob menor sombreamento.
Resumo:
Porophyllum ruderale (Asteraceae) é uma erva ruderal e aromática conhecida popularmente como couve-cravinho. Na medicina popular, é utilizada como cicatrizante e antiinflamatória, antifúngica, antibacteriana, calmante, no combate à hipertensão arterial, no tratamento de leishmaniose, no tratamento de edemas e traumatismos, no tratamento de picada de cobra, doenças reumáticas e dores em geral. A atividade cicatrizante tem sido relacionada à presença de teores variáveis de compostos fenólicos do tipo taninos. Os objetivos do trabalho foram caracterizar as estruturas secretoras quanto à histolocalização dos compostos fenólicos e lipídicos e descrever a anatomia da raiz, do caule e da folha de couve-cravinho. De cinco plantas cultivadas, em fase de prefloração, foram coletadas a raiz, o caule e a folha, os quais foram fixados em FAA 50 ou em sulfato ferroso em formalina neutra tamponada (para observação de compostos fenólicos) e submetidos ao teste com Sudan III, visando a observação de compostos lipídicos. O laminário foi obtido utilizando-se metodologia tradicional. As raízes são tetrarcas, desenvolvem estrutura secundária e apresentam ductos secretores, os quais estavam presentes no córtex. O caule possui epiderme unisseriada recoberta por cutícula relativamente espessa; o parênquima cortical é intercalado com o colênquima subepidérmico; a medula é parenquimática; e os feixes são colaterais. Nos caules, os ductos também estavam presentes, porém somente nos jovens a reação para compostos fenólicos foi positiva. Nas folhas, o contorno das células epidérmicas é sinuoso e a epiderme é unisseriada e recoberta por cutícula delgada. São evidentes duas a três camadas de colênquima subepidérmico, e imerso no parênquima fundamental está o feixe colateral. No limbo foliar, foram observados ductos delimitados por várias camadas de células epiteliais, cujo conteúdo reagiu positivamente, indicando a presença de compostos lipídicos e fenólicos. Conclui-se que os ductos do caule e do limbo foliar são provavelmente as estruturas responsáveis pela secreção de tanino e que apenas os ductos do limbo foliar são responsáveis pela secreção de compostos lipídicos.
Resumo:
Objetivou-se, neste trabalho, avaliar os efeitos da umidade do solo sobre a capacidade de Canavalia ensiformis e Stizolobium aterrimum em remediar solos contaminados com os herbicidas tebuthiuron e trifloxysulfuron-sodium. O trabalho foi realizado em duas etapas, sendo na primeira avaliado o crescimento de C. ensiformis e S. aterrimum em solo com diferentes níveis de umidade, contaminados ou não com herbicidas. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre os herbicidas tebuthiuron, trifloxysulfuron-sodium e ausência de herbicida, associados a quatro teores de água do solo (0,287, 0,358, 0,431 e 0,575 kg kg-1), dispostos em esquema fatorial 3 x 4, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, para cada espécie remediadora. Após o preparo do substrato e enchimento dos vasos, aplicou-se à superfície do solo o herbicida trifloxysulfuron-sodium ou tebuthiuron. Um dia após essa aplicação, procedeu-se à semeadura das espécies remediadoras. Nessa mesma época, utilizaram-se, como testemunha, vasos sem planta remediadora, porém com os mesmos níveis de umidade e com aplicação do herbicida mantido nas mesmas condições daqueles com plantas remediadoras, as quais foram colhidas 60 dias após semeadura. Nessa ocasião, foram avaliadas a altura e a massa seca da parte aérea (MSPA) dessas espécies. Todo o material colhido foi triturado e incorporado ao solo dos seus respectivos vasos. Na segunda etapa, avaliou-se a capacidade remediadora de C. ensiformis e S. aterrimum. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre quatro níveis de umidade e cinco tipos de cultivo prévio: cultivo de C. ensiformis e S. aterrimum na presença e ausência do herbicida e um tratamento sem cultivo prévio e com aplicação do herbicida, dispostos em esquema fatorial 4 x 5, sob delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, para cada herbicida avaliado. Amostras de 0,5 kg de solo foram retiradas dos vasos (6 L) utilizados na primeira etapa e colocadas em vasos de 0,5 L. Em seguida, cultivaram-se as espécies indicadoras de resíduo dos herbicidas no solo: sorgo (Sorghum bicolor) para o trifloxysulfuron-sodium e soja (Glycine max) para o tebuthiuron. Estas plantas foram colhidas 20 dias após a semeadura, época em que se avaliaram a altura, a MSPA e o grau de intoxicação delas pelos herbicidas. Canavalia ensiformis não sobreviveu até a época de avaliação (60 DAS) em solo contaminado pelo tebuthiuron, independentemente do nível de umidade mantido no solo. S. aterrimum sobreviveu quando cultivada em solo com teor de água entre 0,287 e 0,358 kg kg-1 e, quando comparada a C. ensiformis, foi mais eficiente na descontaminação do solo com residual do tebuthiuron. Nos solos contaminados com trifloxysulfuron-sodium ou com tebuthiuron, com o cultivo prévio das espécies remediadoras, o crescimento do sorgo e da soja foi melhor se comparado ao daquelas plantas cultivadas no solo onde não foi feito o cultivo das espécies remediadoras. De maneira geral, a variação da umidade não interferiu no processo de remediação, sendo os efeitos observados no desenvolvimento das espécies remediadoras. O melhor desenvolvimento de C. ensiformis e S. aterrimum foi observado em solo com teor de água mantido em torno de 0,431 kg kg-1; contudo, nesse teor de água, o tebuthiuron é mais facilmente disponibilizado para a solução do solo.
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Características morfológicas de plantas cultivadas que confiram maior habilidade competitiva podem integrar medidas de manejo cultural de plantas daninhas e, com isso, reduzir o uso de herbicidas. O objetivo deste trabalho foi investigar se o crescimento inicial por plantas de cultivares de aveia se associa ao seu potencial competitivo com plantas infestantes. Para isso, foi conduzido um experimento a campo na Universidade Federal de Pelotas, em Capão do Leão-RS, durante a estação de crescimento de 2006. Compararam-se os cultivares de aveia: ALBASUL, CFT 1, UPFA 22 e URS 22, os quais foram testados sob três condições de competição (ausência de plantas concorrentes, presença de trigo ou de linho, como competidores). O delineamento experimental utilizado foi completamente casualizado, com quatro repetições. Avaliaram-se diversas características morfológicas em plantas de aveia no início do ciclo de desenvolvimento e outras características agronômicas no final do ciclo da aveia e de seus competidores. Os cultivares de aveia responderam diferentemente à presença de plantas competidoras. O cultivar UPFA 22, em geral, apresentou maiores valores para características morfológicas de planta associadas com habilidade competitiva, enquanto o cultivar URS 22, ao contrário, mostrou deficiências em características vantajosas à competição. Os cultivares UPFA 22 e CFT 1 demonstraram elevada capacidade de competir com as espécies concorrentes. Características morfológicas em plantas de cultivares de aveia no início do ciclo de desenvolvimento, de modo geral, não mostraram habilidade competitiva até o final do ciclo.
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Objetivou-se com este trabalho desenvolver técnicas para reduzir, no solo, a persistência de herbicidas utilizados em pastagens, visando implantar o sistema de integração lavoura-pecuária e culturas subsequentes. Para isso, foram realizados experimentos em condições de campo e casa de vegetação. No primeiro, avaliou-se a tolerância das culturas de milho e do sorgo aos herbicidas picloram + 2,4-D e 2,4-D, aplicados nas doses comerciais recomendadas pelo fabricante. No segundo experimento, realizado em casa de vegetação, avaliou-se o efeito residual desses herbicidas em diferentes condições de manejo da área. Para isso, foram avaliados nove tratamentos, sendo nas parcelas avaliados os tipos de cultivo (solo sem cultivo, cultivado com milho e cultivado com sorgo) e, nas subparcelas, as condições de manejo (plantas daninhas controladas por capinas manuais, controladas com 2,4-D e controladas com a mistura picloram + 2,4-D). O experimento em condições de campo foi realizado no município de Viçosa-MG, na época quente e úmida, em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, em um Argissolo franco-argilo-arenoso de média fertilidade. Para realização do segundo experimento, utilizaram-se amostras de solo coletadas em todas as subparcelas do primeiro experimento aos 1, 42, 125 e 170 dias após a aplicação dos herbicidas (DAA). Neste trabalho, avaliou-se a persistência no solo dos herbicidas nos diferentes tratamentos, objetivando identificar a capacidade remediadora do solo pelas culturas de milho e sorgo, em comparação com o solo nu. Verificou-se que plantas de milho tiveram seu crescimento afetado pelos herbicidas, acumulando-se menores quantidades de matéria seca quando cultivadas em solos com resíduos da mistura picloram + 2,4-D, enquanto as de sorgo mostraram-se tolerantes. O efeito residual dos herbicidas no solo não foi influenciado pelas culturas de milho e sorgo, em relação ao solo sem cobertura vegetal. Não se observou intoxicação nas plantas indicadoras cultivadas em amostras de solo coletadas nas áreas tratadas com o 2,4-D na avaliação realizada a partir dos 42 DAA. Todavia, nas plantas cultivadas em amostras de solo coletadas nas parcelas que receberam a mistura picloram + 2,4-D, apenas a partir dos 150 DAA não se observaram mais sintomas de intoxicação das plantas indicadoras pelo picloram.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de ametryn e trifloxysulfuronsodium, em aplicações isoladas ou em mistura, sobre as características associadas à eficiência do uso da água em genótipos de cana-de-açúcar. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em parcelas subdivididas. As parcelas foram compostas pelos herbicidas ametryn e trifloxysulfuron-sodium e pela mistura formulada de ametryn + trifloxysulfuron-sodium, aplicados aos 65 dias após o plantio, além de uma testemunha sem presença de plantas daninhas; e as subparcelas, pelos genótipos RB72454, RB835486, RB855113, RB867515, RB947520 e SP80-1816. Decorridos 15 dias da aplicação dos herbicidas, foram realizadas as avaliações de condutância estomática de vapores de água (Gs), gradiente entre temperatura da folha e do ar (ΔT) e taxa de transpiração (E), sendo calculada ainda a eficiência do uso da água (WUE). Foi determinada também a matéria seca da parte aérea das plantas. O genótipo RB855113 foi o que apresentou maiores danos à eficiência do uso da água e transpiração, sendo, por isso, considerado o mais sensível aos herbicidas ametryn e trifloxysulfuron-sodium, enquanto os genótipos SP80-1816 e RB867515 estiveram entre os mais tolerantes. Condutância estomática, temperatura da folha, transpiração e eficiência de uso da água são características eficientes para identificar danos de herbicidas a plantas cultivadas, principalmente aqueles com efeito sobre a taxa fotossintética. Os genótipos de cana-de-açúcar avaliados diferiram quanto à sensibilidade aos herbicidas aplicados; as variedades SP80-1816 e RB867515 destacaram-se como as menos afetadas pelo ametryn e trifloxysulfuron-sodium, isolados ou em mistura, enquanto RB855113 foi a mais sensível.
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O aumento da população das plantas daninhas eleva a habilidade competitiva dessas com as plantas cultivadas, podendo causar interferência nos aspectos fisiológicos das culturas. Objetivou-se com o trabalho avaliar a interferência de populações de Brachiaria brizantha nas características relacionadas a atividade fotossintética e o uso eficiente da água das cultivares de cana-de-açúcar RB72454, RB867515 e SP80-1816. Foi conduzido um experimento a campo, onde os tratamentos foram constituídos por 12 populações de plantas de B. brizantha que emergiram juntamente com a cultura. Aos 120 dias após a emergência da cana-de-açúcar foram realizadas as avaliações da concentração de CO2 subestomático (Ci - µmol mol-1), a atividade fotossintética (A - µmol m-2 s-1), a condutância estomática (Gs - mol m-1 s-1), a taxa de transpiração (E), a eficiência do uso da água (EUA) e a massa seca da parte aérea (SDM - g por planta) da cultura. Todas as variáveis fisiológicas e a massa seca da cultivar RB72454 foram afetadas pelo aumento da densidade das plantas de B. brizantha, bem como a transpiração da cultivar RB867515. A cultivar RB72454 apresenta menor habilidade competitiva com as plantas daninhas e a atividade fotossintética é limitada por fatores que reduzem o influxo de CO2 para o interior da folha.
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RESUMOO potencial de cobertura vegetal do solo por plantas cultivadas é um parâmetro importante para a seleção de espécies forrageiras adaptadas a uma determinada região. Contudo, uma das restrições de uso dessa variável está associada à adoção da técnica de estimativa, uma vez que existem diferentes formas de cálculo. Diante disso, objetivou-se comparar as frações de cobertura do solo cultivado com Urochloa ruziziensis e Urochloa spp., utilizando-se três técnicas de medida: avaliação visual, avaliação por intercepto ou transecto e avaliação por imagens fotográficas. Para isso, foram conduzidos seis ensaios em campo, em delineamento de blocos casualizados. Os ensaios 1, 2 e 3 foram formados pela espécie Urochloa ruziziensis e compostos por três tratamentos, representados pelas três técnicas de medida (visual, por intercepto ou transecto e por imagens fotográficas), com oito repetições. Os ensaios 4, 5 e 6 tiveram arranjo fatorial 2 x 3, sendo o fator A formado por duas espécies de capim-braquiária (Urochloa ruziziensis e Urochloa spp. cv. Mulato II) e o fator B pelas três técnicas de medida (visual, por transecto e por imagens fotográficas), com quatro repetições. As medidas das frações de cobertura do solo foram tomadas aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura. Constatou-se que, quanto maior a uniformidade da cobertura do solo pelas plantas forrageiras, mais próximos são os valores das frações de cobertura vegetal obtidas pelas três técnicas de estimativa. As técnicas de estimativa visual e por transecto da fração de cobertura do solo foram consideradas semelhantes, já a eficiência da medida pela técnica com imagens fotográficas depende da calibração individual de cada imagem.
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Hypnea musciformis (Wulfen) Lamourox (Hypneaceae, Gigartinales) é uma fonte importante para o Brasil de um agente ficocolóide geleificante (carragenano) usado na indústria. O objetivo deste estudo foi o de investigar a influência da temperatura (20 e 25 ºC), do enriquecimento água do mar com a solução de Provasoli e aeração sobre o desenvolvimento desta espécie in vitro. Os talos de H. musciformis foram coletados na Prainha, Arraial do Cabo (RJ) em duas diferentes épocas do ano de 2000 (abril e julho). No laboratório, fragmentos apicais pesando 0,2 g (15 mm de comprimento) foram excisados do talo e preparados para as incubações em diferentes combinações de fatores. Em ordem decrescente, a análise de variância multifatorial mostrou que os fatores de maior influência sobre o crescimento dos fragmentos apicais dos talos de H. musciformis foram: enriquecimento, aeração, a temperatura e o período do ano. Todos os fragmentos tiveram aumento de biomassa mostrando plasticidade fenotípica durante o período experimental. Os melhores resultados foram obtidos em culturas com meio de enriquecimento, com aeração e a 25 ºC (biomassa de 17 g e taxa específica de crescimento de 20,79 %.dia-1). Por outro lado, H. musciformis não respondeu bem em culturas não enriquecidas, ausência de aeração e a 25 ºC (biomassa de 0,7 e taxa de crescimento de 0,07 %.dia-1). As plantas cultivadas nas duas épocas do ano não demonstraram diferenças significativas. Concluí-se que a partir dos fragmentos apicais de H. musciformis cultivados, obteve-se bons resultados que fornecerão uma base para futuras aplicações.
Resumo:
Hyptis suaveolens (L.) Poit. é uma planta da família Lamiaceae, considerada uma espécie tipicamente invasora. Entretanto, é produtora de óleo essencial, ao qual várias atividades biológicas são atribuídas. Informações sobre o desenvolvimento reprodutivo nesta espécie seriam úteis à elucidação de mecanismos adaptativos relacionados à indução floral em espécies invasoras, e ao incremento na produção de óleo essencial, devido sua preponderância nas flores. Assim, aqui caracterizamos alguns aspectos do desenvolvimento reprodutivo em Hyptis suaveolens. Plantas de H. suaveolens foram submetidas a dois tratamentos fotoperiódicos (fotoperíodo natural de Alfenas e fotoperíodo mínimo de 16 h) para amostragem de ápices aéreos vegetativos e florais em cinco datas. Nestes materiais botânicos foram realizadas análises anatômicas, ensaios de hibridização in situ para detecção dos transcritos de um ortólogo putativo de LEAFY e microscopia eletrônica de varredura. Hyptis suaveolens é uma planta de dias curtos, com fotoperíodo crítico em torno de 13 h. A atividade meristemática vegetativa ou floral pôde ser evidenciada pela densidade celular. O ortólogo putativo de LEAFY em H. suaveolens exibiu o padrão de expressão clássico descrito em Antirrhinum e Arabidopsis, mas também foi expresso em ápices vegetativos de plantas cultivadas sob fotoperíodo natural, independente da época de amostragem. Entretanto, não foi expresso em meristemas vegetativos de plantas cultivadas em fotoperíodo mínimo de 16 h. Estes resultados sugerem uma expressão basal de LEAFY em meristemas vegetativos de H. suaveolens, que é fortemente reduzida sob fotoperíodo mínimo de 16 h ou incrementada em fotoperíodos inferiores a 13 h, atingindo níveis satisfatórios à determinação floral.