337 resultados para Muros de gravidade
Resumo:
São descritos 3 casos de paracoccidioidomicose com a forma aguda da doença, nos quais formas leveduriformes de Paracoccidioides brasiliensis foram visualizadas ao exame direto de medula óssea, sendo a cultura também positiva em um caso. Salienta-se o acometimento do sistema fagocítico-mononuclear e a ausência de resposta às provas cutâneas de hipersensibilidade tardia a antígenos microbianos e de P. brasiliensis em todos, bem como a gravidade do quadro clínico e lesões ósseas generalizadas em um caso, com 20.260 eosinófilos/mm³ no sangue periférico. Os autores discutem o possível papel do eosinófilo na interação hospedeiro-parasita na paracoccidioidomicose, sugerindo que a ativação de subpopulação TH 2 e o aumento de secreção de IL 5 e de GM-CSF possam estar relacionados à grande eosinofilia presente no caso mais grave
Resumo:
São efetuados comentários sôbre o comportamento da reação de Sabin-Feldman, em relação ao diagnóstico e controle de cura da toxoplasmose baleados fundamentalmente na experiência decorrente da observação, inclusive de caráter evolutivo, de casos da modalidade adquirida, formo, linfoglandular, da infecção. Estão essas considerações apresentadas de acôrdo com diferentes aspectos, a seguir especificados: - introdução; - intensidades de positividade da reação de Sabin-Feldman; - relação entre intensidades de positividade da reação de Sabin-Feldman e gravidade da toxoplasmose; - especificidade da reação de Sabin-Feldman; - sensibilidade da reação de Sabin-Feldman; - distinção entre toxoplasmose-infecção e toxoplasmose-doença por meio da reação de Sabin-Feldman; - ascensão do resultado da reação de Sabin-Feldman e períoio de tempo necessário para confirmação do diagnóstico de toxoplasmose-doença; - oscilações dos resultados da reação de Sabin-Feldman; - comparação de resultados proporcionados pelas reações de Sabin-Feldman e da imuno,fluorescência para o diagnóstico da toxoplasmose; - vantagem da realização concomitante das reações de Sabin-Feldman e de fixação do complemento; - algumas outras observações referentes à reação de Sabin-Feldman; - importância da cuidadosa interpretação dos' resultados da reacão de Sabin-Feldman.
Resumo:
Os autores estudaram amostras de fígado, baço e linfonodos de 45 pacientes portadores da forma hépatoesplênica da esqúistossomose mansônica, utilizando a técnica de imunofluorescência para detecção de antígenos em tecidos. Os casos que dispunham de dados clínicos e laboratoriais mais completos foram divididos em 3 grupos, de acôrdo com a idade, tendo sido tentada uma correlação entre a gravidade da doença e os achados imunológicos no baço e fígado. A correlação se mostrou positiva quanto ao baço e, sobretudo, nos grupos de crianças e adultos jovens. O estudo imunocitológico dos fígados à luz U.V. demonstrou a presença de células fagocitárías fluorescentes nos espaços porta, faixas de fibrose e, mais raramente nos sinusoides. A distribuição e freqüência das células fluorescentes, excetuados os granulomas, mostrou-se irregular e incaracterística. Estudo semelhante no baço demonstrou uniformidade de distribuição das células fluorescentes, predominantemente nos cordões de Billroth e nos sinusoides; menos freqüentemente nas trabéculas. Os folículos linfóides aparecem desprovidos de células fluorescentes. Do exame de numerosos granulomas em fígado e linfonodos, foi realizado um estudo evolutivo desta lesão. Os diversos aspectos imunocitológicos permitiram estabelecer cinco fases neste processo. As células fluorescentes são fagocitárias e reconhecíveis como polimorfonucleares neutrófilos e histiócitos; células redondas pequenas e algumas células alongadas não puderam ser identificadas. O material fluorescente dentro do ôvo ou no interior do citoplasma dos fagócitos aparece na forma de grumos e de finos grânulos com fluorescência verde-maçã brilhante. Os principais aspectos defendidos pelos autores podem ser sumariados como segue: o baço é mais uniformemente representativo do estado imunológico vigente nesta doença; as lesões fibroplásticas do fígado guardam relação direta com reações imunológicas; o infiltrado inflamatório dos espaços porta e das Jaixas de fibrose é especifico, pelo menos em parte; o granuloma esquistossoviótico é um processo reacional específico frente ao material antigênico contido no ôvo; o material antigênico demonstrado pelo método usado na esquistosomose mansônica é particulado (o método não permite demonstrar antígenos solúveis).
Resumo:
Os autores apresentam a sua experiência com um nôvo antibiótico de ação prolongada quando injetável - o Laurilsulfato de Tetraciclina. O medicamento foi usado em 30 pacientes; 16 com diversas entidades infecciosas nos quais a droga foi usada por via intramuscular em 15 dêles, e 14 outros portadores de germes patogênicos (Streptococcus beta haemolyticus) do orofaringe, em que o medicamento foi usado por via oral na tentativa de erradicação desses germes. A medicação injetável foi usada em doses variáveis de 5 a 15mg/kg/dia, em uma ou duas aplicações diárias durante 4 a 14 dias de acôrdo com a gravidade e tipo da infecção. Os portadores de germes no orofaringe (crianças de 6 a 11 anos) foram tratados com o medicamento, por via oral, na dose aproximada de 10 mg/kg/dia durante 10 dias. O medicamento foi bem tolerado, referindo-se apenas dor no local da injeção e um caso de manifestação cutânea (rash) relacionados com o emprêgo da droga. Baseados nestes estudos, os autores concluem que a Lauraciclina apresenta-se com o mesmo espectro de ação das demais tetraciclinas, com a possibilidade de aplicação a intervalos maiores devido à sua ação prolongada.
Resumo:
Um caso de síndrome de Weil de evolução incomum é relatado, no qual o período azotêmico perdurou por cêrca de oito semanas. O curso clínico foi pontilhado por inúmeras e severas complicações, tendo o paciente permanecido internado por mais de cem dias. Não obstante a gravidade que a moléstia assumiu, houve recuperação clinica integral e restituição total da função renal. De passagem, os autores analisam as lesões e o comprometimento funcional dos rins na leptospirose.
Resumo:
Os autores apresentam os resultados obtidos com a rifampicina no tratamento de 31 casos de infecções bacterianas diversas. Foram tratadas 15 crianças, cujas idades variaram de 4 a 11 anos, senão 6 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, e 16 adultos, 7 do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Em 25 casos foi possível isolar o agente bacteriano possivelmente responsável pelo quadro clínico. As doses empregadas para crianças foram de 20 mg/kg ao dia, distribuídos em 2 doses com intervalos de 12 horas; os adultos receberam 450 a 900 mg a intervalos de 12 horas. Os pacientes foram tratados por períodos que variaram de 4 a 15 dias de acôrdo com a gravidade da infecção e a resposta terapêutica. Todos os pacientes foram submetidos, antes, durante e avós o tratamento, a exame clínico completo, hemogramas, provas de função hepática, dosagem de transaminases, exames de urina (elementos anormais e sedímentoscopia), dosagem de uréia, glicose e colesterol sanguíneos e a outros exames visando ao diagnóstico etiológico e evolução de cada caso em particular. Os resultados obtidos com rifampicina no tratamento de 31 casos foram considerados excelentes em 24, muito bons em 5 e bons em 2, em nenhum dos casos tratados se observando intolerância à droga. A rifampicina pode, sem dúvida, na opinião dos autores, ser considerada um antibiótico altamente eficaz para o tratamento de infecções bacterianas por gram-positivos e gram-negatívos.
Resumo:
Os autores chamam a atenção para o aspecto endêmico-epidêmico da infecção na Guanabara e regiões próximas. Assinalam fatos referentes a gravidade da infecção e ao pouco conhecimento das formas anictéricas. Dão ênfase às manifestações digestivas e assinalam a importância de se incluir as leptospiroses no diagnóstico diferencial de àbdome cirúrgico principalmente aqueles com icterícia. Consideram como sinais de prognóstico grave a insuficiência renal aguda com anúria, e presença de hemorragia digestiva, convulsões e/ou choque. Das exteriorizações digestivas o comprometimento hepático e a icterícia são os itens analisados no trabalho. O material estudado consta de 42 casos analisados do ponto de vista funcional e histopatolôgico sendo que o material de autópsia foi obtido de apenas 3 casos e o restante, através de punção-biopsia. O maior grau de icterícia foi alcançado na 2ª e 3ª semanas de doença e o predomínio absoluto é o da fração da bilirrubina direta. Elevações expressivas da fosfatase alcalina e colesterol ao lado de hiperbilirrubinemias severas em tôrno da 2ª e 3ª semana de doença, configuraram em muitos casos um componente obstrutivo importante com correspondência nos achados de histopatologia. Em nenhuma ocasião as transaminases ultrapassaram a 250 u Karmen assim como necrose hepátioa em nenhum espécime histopatolôgico foi importante. 22 pacientes apresentaram cifras de atividade protrombínica interiores a 60% e os casos que receberam vitamina Kl, respostas não foram obtidas. Os principais elementos de eletroforese protéica encontrados em 26 pacientes foram: hipoalbuminemia em todos, alfa 2 elevada sem exceção, beta acima de 0,90 g% em 14 e gama superior a 1,4 em 15. As provas de floculação e turvação se mostraram bastante alteradas em 14. Os principais elementos de patologia encontrados foram localização centrolobular da lesão, dissociação trabecular, colestase, degeneração e regeneração hepatocitárias e proliferação kupfferiana. Estas lesões podem ser encontradas em pacientes com história clínica de mais de 30 dias de evolução. Finalizam discutindo a patogenia da doença e a fisiopatologia das alterações hepáticas no decurso das leptospiroses.
Resumo:
Um grupo de 199 crianças de 1 mês a 1 ano de idade, residentes em Parintins, AM, divididas em casos e controles de DDA, foram comparadas segundo: idade; ocupação do chefe da família; condições de moradia; condições demográficas; participação social da família; nutrição; percepção de suscetibilidade e gravidade da DDA; crenças sobre a causalidade da DDA. Foram aceitas as hipóteses nulas de não-associação entre as variáveis independentes e a presença de DDA, exceto idade. Questiona-se a representatividade da amostra tomada. Propõe-se o prosseguimento dos estudos relativos aos fatores que condicionam a manutenção da DDA como principal causa da mortalidade em nosso meio.
Resumo:
Os autores fizeram um estudo clínico e epidemioiógico, visando estudar a morbidade da esquistossomose mansônica, na cidade de fíiachuelo, Sergipe, área considerada de alta endemicidade. Foi selecionada de maneira sistemática uma amostra da população local, constituída por 850 pessoas. Destas pessoas, foram realizados 835 exames de fezes, pelos métodos de Lutz (Hoffman, Pons e Janner) e/ou Kato. Fez-se também 393 reações intradérmicas com antígeno de verme adulto. Da mesma maneira, realizou-se o exame clínico das pessoas da amostra, visando a determinar a gravidade da doença. Foram localizados os focos onde existiam caramujos transmissores da esquistossomose e deles coletados exemplares nos quais se verificou o índice de infecção. A prevalência global obtida através do exame de fezes foi igual a 50,54%. O estudo da prevalência através da coproscopia mostrou não haver diferença entre os sexos, porém entre as raças ocorreu predominância dos resultados obtidos entre os não brancos sobre os brancos. Quanto i idade, a prevalência foi baixa até os 5 anos de vida, subindo após os 11 anos a níveis elevados, caindo após os 50 anos. O estudo feito através da reação intradérmica permitiu tirar conclusões semelhantes ao feito por coproscopia, exceto na faixa etária que compreendia os maiores de 50 anos, onde quase todo o grupo apresentou reações positivas. Das 850 pessoas da amostra, 422 eram portadores de ovos de S. mansoni nas fezes. Destes, 410 foram examinados clinicamente, sendo 73,17% classificados como tipo I, 24,39% como tipo II e 2,43% como tipo III. Segundo esta classificação clínica não se demonstrou diferença estatisticamente significativa entre os sexos ou entre os grupos raciais, porém a maioria dos portadores de hepatoesplenomegalia (tipo III) tinha mais de 40 anos de idade. Do levantamento malacológico, determinou-se os focos de infecção de onde se coletou 1.208 exemplares de caramujos vetores da esquistossomose mansônica, estando 12 naturalmente infectados. A única espécie encontrada foi a B. glabrata.
Resumo:
Um caso de hepatite de Lábrea nos possibilitou um estudo do comportamento dos fatores da coagulação nessa doença. O objetivo principal foi estudar a coagulação do sangue, visando: 1. conhecer os níveis dos fatores da coagulação na Febre Negra; 2. contribuir para o melhor conhecimento da doença, principalmente no que se refere às manifestações de hemorragia; 3. tentar correlacionar a gravidade do quadro clínico e prognóstico à intensidade das alterações dos fatores da coagulação. Os resultados evidenciaram uma alteração acentuada da crase sangüínea, sugerindo que, além do quadro infeccioso, o paciente desenvolveu, igualmente, uma síndrome de coagulação intravascular disseminada.
Resumo:
Os autores registam dois casos de Mucormicose órbito-rino-cerebral ocorridos no Maranhão em 1980 e início de 1981, em pacientes portadores de cetoacidose diabética, enfatizando a gravidade desta moléstia causada por fungos oportunistas em pacientes que sofrem de distúrbios metabólicos graves.
Resumo:
Ratos inoculados previamente com a cepa Y do Trypanosoma cruzi (n = 15) e ratos-controles de mesma idade e sexo (n = 15) foram submetidos a estudo que consistiu no exame da mucosa gástrica após a exposição in vivo da mesma à solução acidificada de um sal biliar, o taurocolato de sódio (TC). Em 10 animais de cada grupo procedeu-se também à contagem dos neurônios do plexo mientérico do estômago e ao exame histopatológico dos corpos neuronais, feito em microscopia óptica convencional. Escores indicativos da gravidade das lesões produzidas pelo TC foram significativamente maiores (P < 0,002) nos ratos chagásicos que nos controles. A área erosada da mucosa gástrica, em % da área total da região glandular do estômago, foi significativamente maior (P0,10) entre os ratos chagásicos (1683,6 ± 449,7 n = 10) e os controles (1732,8 ± 401,1 n = 10). Não houve diferença qualitativa ao exame histopatológico dos corpos neuronais. Estes resultados indicam que, na doença de Chagas experimental crônica, a mucosa gástrica é mais sensível à ação lesiva do TC, o que sugere redução da citoproteção natural do estômago. Esta anormalidade não deve decorrer de alterações da inervação intrínseca que impliquem redução do número de neurônios intramurais do estômago, mas pode ser o resultado de alterações qualitativas não detectáveis à microscopia óptica.
Resumo:
Os autores relatam o caso de uma criança portadora de Leishmaniose Tegumentar Americana causada por Leishmania braziliensis braziliensis que foi infectada durante a amamentação, desenvolvendo lesão infiltrativa e nodular nos lábios, com posterior disseminação para os seios da face, fossas nasais e pavilhão auricular e cuja evolução clinica pós-terapêutica caracterizou-se por períodos sucessivos de regressão e de reativação da lesão. Enfatizam a gravidade do caso, e as dificuldades terapêuticas com a utilização dos antimoniais pentavalentes, antimoniato-N-metil glucamina (Glucantime) e o stibogluconato de sódio(Pentostam).
Resumo:
No período de 8 anos (1982-1990) foi avaliada a evolução da cardiopatia chagásica crônica (CCC),pelo estudo eletrocardiográfico de repouso, edaparasitemiapeloxenodiagnóstico em 279pacientes, 85 homens e 194mulheres, com idades de 7a 76 anos (média = 42,6 anos), todos do municípios de Virgem da Lapa, Estado de Minas Gerais, Brasil. De acordo com os resultados dos eletrocardiogramas classificamos a evolução da CCC em inalterada (El) - quando não havia mudança no padrão inicial do traçado, progressiva (EP) - quando havia mudança de normal para alterado ou pelo agravamento das alterações € regressiva (ER) - quando havia normalização ou redução da gravidade das alterações. De acordo com os resultados dosxenodiagnósticos (mínimo de 3 e máximo de 8 por paciente), 120 pacientes foram considerados com parasitemia positiva - um ou mais exames positivos e 159 com parasitemia negativa - todos os exames negativos. Os resultados mostraram: a) EI em 172 (61,6%) pacientes, EP em 99 (35,5%) e ER em 8 (2,9%), sem diferença significativa entre o tipo de evolução e o tipo de parasitemia; b)a EP foi crescente com a idade tanto no grupo com parasitemia positiva como no grupo com parasitemia negativa e significativamente maior nos homens emrelação ásmulheres, independentemente do tipode parasitemia. Com estes achados podemos afirmar que o aparecimento ou a progressão da CCC não se mostraram associadas ao tipo de parasitemia, mas sim ao sexo masculino e ao aumento da idade dos pacientes, sugerindo que a parasitemia não está relacionada com o agravamento da cardiopatia chagásica crônica.
Resumo:
A leptospirose humana, uma das principais endemias/epidemias dos centros urbanos no Brasil, vem crescendo de forma dramática nas três últimas décadas, com prevalência após enchentes causadas pelas chuvas de verão. São descritas as recentes modificações de seus padrões clínicos em nossa região, constituídas pelo surgimento de hemoptise/s maciça/s e da síndrome de angústia respiratória do adulto, ou de ambas associadamente. Essas evidentes mudanças situadas nas estruturas respiratórias despontaram como séria ameaça à vida e como mecanismos de morte, passando a representar entre nós, por sua grande freqüência, a principal causa de óbito na leptospirose. A nova face da doença impõe revisão dos conceitos sobre sua gravidade e especulação sobre a patogenia dessas alterações. A evolução fatal dos seis pacientes descritos, dois deles sem icterícia e sem insuficiência renal, mostra a grandeza do desafio.