244 resultados para Lucano, Marco Anneo, 39-65
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PURPOSE: To determine the frequency of coronary artery disease, microalbuminuria and the relation to lipid profile disorders, blood pressure and clinical and metabolic features. METHODS: Fifty-five type 2 diabetic patients (32 females, 23 males), aged 59.9±9 years and with known diabetes duration of 11±7.3 years were studied. Coronary artery disease (CAD) was defined as a positive history of myocardial infarction, typical angina, myocardial revascularization or a positive stress testing. Microalbuminuria was defined when two out of three overnight urine samples had a urinary albumin excretion ranging 20 - 200µg/min. RESULTS: CAD was present in 24 patients (43,6%). High blood pressure (HBP) present in 32 patients (58.2%) and was more frequent in CAD group (p=0.05) HBP. Increased the risk of CAD 3.7 times (CI[1.14-12]). Microalbuminuria was present in 25 patients (45.5%) and tended to associate with higher systolic blood pressure (SBP) (p = 0.06), presence of hypertension (p = 0.06) and know diabetes duration (p = 0.08). In the stepwise multiple logistic regression the systolic blood pressure was the only variable that influenced UAE (r = 0.39, r² = 0.14, p = 0.01). The h ypertensive patients had higher cholesterol levels (p = 0.04). CONCLUSION: In our sample the frequency of microalbuminuria, hypertension, hypercholesterolemia and CHD was high. Since diabetes is an independent risk factor for cardiovascular disease, the association of others risk factors suggest the need for an intensive therapeutic intervention in primary and in secundary prevention.
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OBJECTIVE: To describe a surgical procedure utilizing a malleable bovine pericardium ring in mitral valve repair and clinical and echodopplercadiographic results. METHODS: Thirty-two (25 female and 7 male) patients, aged between 9 and 66 (M=36.4±17.2) years, were studied over a 16-month period, with 100% follow-up. In 23 (72%) of the patients, the mitral approach was the only one applied; 9 patients underwent associated operations. The technique applied consisted of measuring the perimeter of the anterior leaflet and implanting, according to this measurement, a flexible bovine pericardium prosthesis for reinforcement and conformation of the posterior mitral annulus, reducing it to the perimeter of the anterior leaflet with adjustment of the valve apparatus. RESULTS: The patient survival ratio was 93.8%, with 2 (6.2%) fatal outcomes, one from unknown causes, the other due to left ventricular failure. Only one reoperation was performed. On echodopplercardiography, 88% of the patients had functional recovery of the mitral valve (50% without and 38% with mild insufficiency and no hemodynamic repercussions). Of four (12%) of the remaining patients, 6% had moderate and 6% had seigre insufficiency. Twenty-eight percent of class II patients and 72% of class III patients passed into classes I (65%), II (32%), and III (3%), according to NYHA classification criteria. CONCLUSION: Being flexible, the bovine pericardium ring fit perfectly into the valve annulus, taking into account its geometry and contractility. Valve repair was shown to be reproducible, demonstrating significant advantages during patient evolution, which did not require anticoagulation measures.
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OBJECTIVE: To assess the intraobserver reliability of the information about the history of diagnosis and treatment of hypertension. METHODS: A multidimensional health questionnaire, which was filled out by the interviewees, was applied twice with an interval of 2 weeks, in July '99, to 192 employees of the University of the State of Rio de Janeiro (UERJ), stratified by sex, age, and educational level. The intraobserver reliability of the answers provided was estimated by the kappa statistic and by the coefficient of intraclass correlation (CICC). RESULTS: The general kappa (k) statistic was 0.75 (95% CI=0.73-0.77). Reliability was higher among females (k=0.88, 95% CI=0.85-0.91) than among males (k=0.62, 95% CI=0.59-0.65).The reliability was higher among individuals 40 years of age or older (k=0.79; 95% CI=0.73-0.84) than those from 18 to 39 years (k=0.52; 95% CI=0.45-0.57). Finally, the kappa statistic was higher among individuals with a university educational level (k=0.86; 95% CI=0.81-0.91) than among those with high school educational level (k=0.61; 95% CI=0.53-0.70) or those with middle school educational level (k=0.68; 95% CI=0.64-0.72). The coefficient of intraclass correlation estimated by the intraobserver agreement in regard to age at the time of the diagnosis of hypertension was 0.74. A perfect agreement between the 2 answers (k=1.00) was observed for 22 interviewees who reported prior prescription of antihypertensive medication. CONCLUSION: In the population studied, estimates of the reliability of the history of medical diagnosis of hypertension and its treatment ranged from substantial to almost perfect reliability.
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OBJECTIVE: To assess the impact of syncope during sustained ventricular tachycardia on total and cardiac mortality in patients with chronic chagasic heart disease. METHODS: We assessed 78 patients with sustained ventricular tachycardia and chronic Chagas' heart disease. The mean age was 53±10 years, 45 were males, and the mean ejection fraction was 49.6±13%. The patients were divided into 2 groups according to the presence (GI=45) or absence (GII=33) of syncope during sustained ventricular tachycardia. RESULTS: After a mean follow-up of 49 months, total mortality was 35% (28 deaths), 22 deaths having a cardiac cause (78.6%). No difference was observed in total (33.3% x 39.4%) and cardiac (26.7% x 30.3%) mortality, or in nonfatal sustained ventricular tachycardia between GI and GII patients (57.6% x 54.4%, respectively). However, the presence of syncope during recurrences was significantly greater in those patients who had had the symptom from the beginning (65.4% x 18.1%, p<0.01). CONCLUSION: Syncope during the presentation of sustained ventricular tachycardia is not associated with an increase in total or cardiac mortality in patients with chronic Chagas' heart disease. However, syncope during the recurrence ventricular tachycardia is greater in patients experiencing syncope in the first episode, of sustained ventricular tachycardia.
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OBJETIVO: Avaliar a existência de associação independente entre a presença de efeito de contraste espontâneo na aorta e eventos isquêmicos encefálicos recentes. MÉTODOS: Estudados com ecocardiograma transesofágico 224 indivíduos com diagnóstico de eventos isquêmicos encefálicos recente 5 e 85 controles que realizaram o exame por diversas doenças cardíacas presentes/suspeitas, sendo pesquisado a presença do efeito de contraste na aorta e de outras potenciais fontes emboligênicas cardíacas associadas. Um questionário sobre os fatores de risco clínicos para eventos isquêmicos encefálicos foi coletado no momento do exame. RESULTADOS: O efeito de contraste na aorta apresentou associação com eventos isquêmicos encefálicos (RC=2,83; IC 95%, 1,65-4,46; P<0,001), na análise bivariada. Na análise multivariada, permaneceu associado a eventos isquêmicos encefálicos recentes (RC=2,05; IC 90%, 1,10-3,85 ; P=0,06). A idade > 60 anos, história de hipertensão arterial sistêmica, história de tabagismo e de dislipidemia foram fatores de risco associados independentemente ao efeito de contraste na aorta. A presença de efeito de contraste espontâneo no átrio esquerdo e a de excrescências de Lambl foram fatores ecocardiográficos associados independentemente ao efeito de contraste na aorta. CONCLUSÃO: O efeito de contraste na aorta esteve associado, de forma independente, aos eventos isquêmicos encefálicos recentes, bem como seus fatores de risco clínicos. Estes resultados vêm reforçar a hipótese de que o fenômeno é um marcador de múltiplos fatores de risco.
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OBJETIVO: Identificar características clínicas, laboratoriais e ecocardiográficas diferenciais em indivíduos com diagnóstico de pericardite secundária e idiopática. MÉTODOS: De janeiro/1999 a dezembro/2001, foram identificados 84 pacientes com diagnóstico clínico e ecocardiográfico de pericardite em clínica de cardiologia. Foram estudados, retrospectivamente, quanto à idade, sexo, características antropométricas, hábitos, pressão arterial casual, causas potenciais, comorbidades, sinais e sintomas, medicação e complicações. Os indivíduos foram divididos em 2 grupos: grupo A constituído de 61 pacientes com causas potenciais conhecidas e grupo B com 23 casos considerados idiopáticos. Os grupos foram comparados, utilizando-se o teste do Qui-quadrado, considerando-se estatisticamente significativas as associações com p < 0,05. RESULTADOS: Os dois grupos foram semelhantes quanto à idade, sexo, medidas antropométricas, hábitos e pressão arterial casual. No grupo B, 23 (100%) casos foram diagnosticados entre os meses de abril e agosto contra 24 (39,4%) no mesmo período no grupo A (p<0,01). No grupo B, 23 (100%) pacientes receberam vacina antiinfluenza previamente contra nenhum no grupo A. Dispnéia (p=0,02) e edema (p=0,01) foram mais freqüentes no grupo A, enquanto fadiga foi mais referida no grupo B (p=0,01). No manejo terapêutico, administrou-se antiinflamatórios não esteróides (AINE) em 5 (8,2%) pacientes do grupo A e em 19 (82,6%) do grupo B (p=0.01). CONCLUSÃO: Os pacientes com pericardite idiopática receberam aplicação prévia de vacina antiinfluenza, apresentaram-se com distribuição sazonal, tiveram menor prevalência de comorbidades, sintomatologia menos exuberante e foram tratados principalmente com AINE.
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OBJETIVO: Determinar as alterações morfofuncionais do ventrículo direito na atresia pulmonar com septo íntegro (APSI) para uma avaliação de candidatos aos diversos procedimentos terapêuticos atualmente disponíveis. MÉTODOS: Submetidos ao estudo cineangiocardiográfico utilizando-se projeções axiais, 31 pacientes com idades variando de 1 a 50 dias (x=9,6), sendo que 28 foram estudados no 1º mês de vida. Na análise estatística foram empregados o X² e calculado o intervalo de confiança de 95% (IC95), o teste de Kruskal-Wallis para a média e desvio padrão e a regressão múltipla. Considerado significativo quando alfa < 0,05. RESULTADOS: Os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com a morfologia angiográfica do ventrículo direito (VD): grupo A - VD tripartide (n=16); grupo B - VD bipartide (n=9) e grupo C - VD unipartide (n=6). O diâmetro da válvula tricúspide foi de 10,28 ± 2,67 mm (A); 7,82 ± 3,41 (B) e 5,27 ± 0,57 (C) (p=0,0005). A atresia pulmonar foi da válvula em todos do grupo A e infundibular em todos do grupo C (p<0,0001). As conexões coronário-cavitárias foram infreqüentes (2/16) no grupo A e em todos do grupo C (p=0,0006), com opacificação retrógrada da aorta (fluxo do VD para a aorta) em 2 pacientes do grupo A e em todos os do grupo C (p=0,0003). Em 3 pacientes (2 do grupo C e 1 do grupo A) observou-se circulação coronariana VD dependente. A regurgitação tricúspide moderada/grave isolada teve tendência de ser mais freqüente no grupo A (p=0,0525). O ângulo que o ductus arteriosus faz com a aorta descendente foi: 104,06 ± 8,98 no grupo A; 79,17 ± 33,08 no grupo B e 39,0 ± 6,52 no grupo C (p=0,0016). A correlação entre o diâmetro da válvula tricúspide e o ângulo entre o ductus arteriosus com a aorta descendente foi 0,6568 (p=0,0002). CONCLUSÃO: Em função da heterogeneidade da morfologia do VD nos pacientes com atresia pulmonar com septo íntegro, torna-se necessário o conhecimento de todas essas informações na seleção de candidatos aos diversos procedimentos terapêuticos.
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OBJETIVO: Avaliar a potencial associação entre a capacidade funcional máxima (VO2max), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e a classe funcional (CF) pela NYHA em pacientes com cardiomiopatia chagásica. MÉTODOS: Foram estudados 104 homens, com idade média de 40.3± 9.0 anos (variação: de 18 a 65), com diagnóstico estabelecido de cardiomiopatia chagásica. A FEVE e VO2max foram classificadas em três categorias: FEVE <0.30, 0.30< FEVE <0.50, e FEVE > 0.50 e VO2max <10, 10
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OBJETIVO: Analisar a movimentação parietal regional do ventrículo esquerdo (VE) em pacientes com endomiocardiofibrose (EMF). MÉTODOS: Estudados 88 pacientes, 59 do sexo feminino, com idade média de 39±13 anos (variação de 9 a 65) com evidência ecocardiográfica e angiográfica de EMF do VE. A intensidade da deposição de tecido fibroso na cineventriculografia contrastada foi classificada como discreta, moderada ou importante. A fração de ejeção global do ventrículo esquerdo (FEVE) foi determinada pelo método área-comprimento por meio da ventriculografia. O movimento foi medido em 100 cordas eqüidistantes e perpendiculares à linha média desenhada no meio dos contornos diastólico e sistólico finais e normalizadas para o tamanho cardíaco. Analisaram-se cinco segmentos do VE: A - apical; AL - ântero-lateral; AB - ântero-basal; IA - ínfero-apical; IB - ínfero-basal. A anormalidade foi expressa em unidades de desvio padrão do movimento médio em uma população de referência normal, composta por 103 pacientes com VE normal, conforme dados de clínica, eletrocardiograma e padrões angiográficos. RESULTADOS: A FEVE média foi de 0,47±0,12. O envolvimento de tecido fibroso do VE foi discreto em 12 pacientes, moderado em 40 e importante em 36. As regiões com pior movimentação parietal foram A (-1,4±1,6 desvio-padrão/cordas) e IA (-1,6±1,8 desvio-padrão/cordas) comparadas com AB (-0,3±1,9 desvio-padrão /cordas), AL (-0,5±1,8 desvio-padrão/cordas) e IB (-0,9±1,3 desvio-padrão/cordas). Não se observou relação entre a intensidade de envolvimento do tecido fibroso e a manutenção parietal regional. CONCLUSÃO : Existe alteração da movimentação parietal regional na EMF e é independente da intensidade de deposição de tecido fibroso avaliada qualitativamente. O envolvimento não uniforme do VE deve ser levado em conta no planejamento cirúrgico dessa doença.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados imediatos e avaliar o desempenho clínico e hemodinâmico das biopróteses sem suporte de pericárdio bovino (stentless) em posição aórtica. MÉTODOS: Foram operados 20 pacientes com indicação de troca valvar aórtica por bioprótese, sendo 11 homens, 16 com estenose aórtica; a média de idade foi 66,3 ± 8,8 anos. A técnica operatória utilizada foi o implante subcoronariano. Cinco pacientes receberam procedimentos associados. No pós-operatório, a morbidade-mortalidade e o desempenho hemodinâmico foram avaliados por meio de ecocardiograma transtorácico. RESULTADOS: Os tempos médios de circulação extracorpórea e anóxia foram, respectivamente, 136,5 ± 24,41 min e 105,2 ± 21,62 min. A mortalidade hospitalar foi 5% (um paciente). A permanência na UTI foi, em média, 3,65 ± 3,23 dias. A média dos gradientes transvalvares no pós-operatório foi 25,39 ± 7,82 mmHg. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo no pré-operatório era 67 ± 13,49% e, no pós-operatório, foi 63,24 ± 16,06% (p = 0,45). Onze pacientes não apresentaram nenhum grau de refluxo valvar, 8 apresentaram refluxo leve, e um, refluxo leve a moderado. CONCLUSÃO: As próteses stentless podem ser utilizadas no tratamento cirúrgico das valvopatias aórticas, com morbidade e mortalidade na fase hospitalar semelhante à descrita na literatura para procedimentos semelhantes, e apresentam desempenho hemodinâmico satisfatório.
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OBJETIVO: Analisar aspectos clínico-laboratoriais da presença de doença coronariana em pacientes portadores de estenose aórtica e analisar a influência de fatores de risco para o desenvolvimento de coronariopatia obstrutiva. MÉTODOS: Estudamos 65 pacientes portadores de estenose aórtica severa com indicação de cirurgia, com idade entre 51 a 85 anos, entre os quais havia 40 mulheres. Da realização da cinecoronariografia resultaram dois grupos: 26(40%) com coronariopatia obstrutiva e 39(60%) sem lesões em artérias coronárias. Foram analisados os antecedentes pessoais para doença coronariana (hábito de fumar, dislipidemia, diabetes mellitus, hipertensão arterial, antecedentes familiares, sedentarismo e alcoolismo), eletrocardiograma, ecocardiograma com Doppler e exames laboratoriais (glicemia, colesterol total e frações, triglicérides, Apo A1 e B, fibrinogênio, lipoproteina(a) e taxa fracional de remoção de triglicérides e colesterol nos dois grupos. RESULTADOS: Na análise da idade, o grupo com coronariopatia obstrutiva apresentou faixa etária mais elevada com significância estatística (p<0,0001). A identificação de sinais de isquemia em parede anterior no eletrocardiograma apresentou relação significante com obstrução em artéria interventricular anterior (p<0,002). A análise univariada mostrou diferença significante entre os grupos em relação às médias das variáveis gradiente aórtico (p= 0,041), HDL (p=0,042) e fibrinogênio (p=0,047). O grupo com doença coronariana apresentou média do gradiente e HDL menor que os sem coronariopatia obstrutiva. Na variável fibrinogênio, o grupo sem doença coronariana apresentou média com níveis menores comparados aos dos portadores de coronariopatia. A análise multivariada pelo método da regressão logística mostrou como variável independente para coronariopatia os níveis de fibrinogênio ( p<0,039). CONCLUSÃO: O fibrinogênio foi fator de risco independente para a associação de coronariopatia obstrutiva com estenose aórtica.
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OBJETIVO: Testar os valores diagnóstico e prognóstico imediatos da proteína C-reativa (PCR) nos pacientes admitidos na sala de emergência (SE) com dor torácica (DT) e sem elevação do segmento ST no eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: De janeiro de 2002 a dezembro de 2003, 980 pacientes consecutivos foram atendidos com DT suspeita de síndrome coronariana aguda na SE (idade = 64,9 ± 14,3 anos, homens = 55%, diabéticos = 18%, ECG normal = 84%). Dosou-se a PCR na admissão, a creatinofosfoquinase MB fração massa (CKMB) e a troponina I seriadas, além de se registrar ECG seriados. As medidas da PCR foram padronizadas (PCR-p) pelo valor do limite superior da normalidade (LSN) do teste utilizado (3,0 mg/L para a PCR de alta sensibilidade-PCR-AS e 0,1 mg/dl para PCR titulada-PCR-t). RESULTADOS: Foi diagnosticado infarto agudo do miocárdio (IAM) em 125 pacientes, e seus valores para a PCR-p foram 1,31 ± 2,90 (mediana = 0,47) versus 0,79 ± 1,39 (0,30) nos sem IAM (p = 0,031). A PCR-p > 1,0 apresentou sensibilidade de 30%, especificidade de 80,4%, valores preditivos positivo e negativo de 6,1% e de 96,7%, para o diagnóstico de IAM. Houve quarenta eventos cardíacos intra-hospitalares (óbitos = dezesseis, revascularizações de urgência = 22, IAM = dois). No 1º quartil da PCR-p (< 0,10) registraram-se três eventos, enquanto no 4º quartil (> 0,93) ocorreram quinze eventos (p = 0,003). Na regressão logística foram preditores independentes para eventos cardíacos a insuficiência ventricular esquerda, o sexo masculino e a PCR-p > 0,32, com razão de chances de 7,6, 2,8 e 2,2, respectivamente. CONCLUSÃO: Nos pacientes atendidos com DT na SE, a PCR-p: 1) Não foi um bom marcador de IAM, apesar de um valor normal praticamente afastar esse diagnóstico; 2) Um valor superior a um terço do seu limite superior da normalidade (LSN) (>1 mg/L da PCR-AS ou >0,33 mg/dl da PCR-t) foi preditor de eventos cardíacos adversos intra-hospitalares.
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OBJETIVO: Avaliar o prognóstico clínico dos doentes coronários submetidos a revascularização percutânea com implantação de stents revestidos com fármacos na descendente anterior proximal. MÉTODOS: Cento e setenta doentes consecutivos, com idade média de 65 anos, 49 (29%) mulheres, receberam implante de pelo menos um stent revestido com fármaco, no nosso centro. O número total de stents revestidos com fármaco implantados foi 189, dos quais 115 (61%) de sirolimus (CYPHER®) e 74 (39%) de paclitaxel (TAXUS®). Em 100 (60%) dos casos, estava presente doença coronário multivaso. Em 61 (36%) dos doentes tratou-se outro segmento coronário para além da descendente anterior proximal. Efetuou-se um seguimento clínico durante um tempo médio de 11 ± 5 meses e controle angiográfico entre os seis e os nove meses. Obteve-se um endpoint final composto por morte, infarto agudo do miocárdio e pela necessidade de reintervenção sobre a descendente anterior. Analisou-se secundariamente a ocorrência de reestenose, a necessidade de reintervenção sobre o segmento proximal da descendente anterior e a trombose de stent. RESULTADOS: O procedimento teve êxito angiográfico imediato em todos os doentes. Registraram-se duas mortes, dois infartos agudos do miocárdio, e duas reintervenções coronárias percutâneas por trombose de stent no período intra-hospitalar. Aos seis meses de seguimento, observou-se mais uma morte cardíaca e identificaram-se três infartos do miocárdio; houve necessidade de três novos procedimentos de revascularização. Até ao final do seguimento, verificaram-se mais três mortes, três infartos do miocárdio e oito revascularizações da descendente anterior, duas delas por cirurgia. A sobrevivência livre de eventos cardíacos adversos maior foi de 91%. A mortalidade cardíaca foi de 3%. A reestenose binária no segmento proximal da descendente anterior foi de 4,1%. A sobrevivência livre de revascularização do vaso alvo foi de 94%. Não se observaram casos de trombose tardia de stent. CONCLUSÃO: A revascularização percutânea da descendente anterior proximal com a implantação de stents revestidos com fármacos constitui uma estratégia terapêutica segura e muito eficaz em curto e longo prazos.