171 resultados para HIV Infections
Resumo:
So apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas cumpridas para a implementao da sorologia anti-HIV no atendimento s gestantes em unidades bsicas de sade. A partir de agosto de 1996, a realizao de testes sorolgicos para deteco do HIV passou a ser ofertada s gestantes atendidas em unidades bsicas de sade de Ribeiro Preto, SP, integrada a um conjunto de atividades rotineiramente executadas no atendimento pr-natal. At o final de 1998, o teste sorolgico foi aplicado em 68,3% das 17.589 mulheres atendidas em pr-natal, resultando numa positividade de 0,76%.
Resumo:
OBJETIVOS: Avaliar a aderncia aos anti-retrovirais e os principais fatores preditivos e os motivos para a m-aderncia. MTODOS: Para avaliar a aderncia aos medicamentos, realizou-se um estudo em uma amostra aleatria de 120 pacientes com infeco por HIV/Aids. A avaliao foi feita por auto-relato e complementada com uso de um dirio e consulta farmcia. Foi realizada anlise univariada, e utilizados o teste de Student e do qui-quadrado. Calculou-se o odds-ratio como medida de absoro. RESULTADOS: Dos 120 pacientes avaliados, 87 (72,5%) eram homens e 33 (27,5%) eram mulheres com idade mdia de 35,5 anos. A maioria era de cor parda, tinha apenas o ensino fundamental, mas estava empregada, com renda de at dois salrios-mnimos. O tempo mdio de uso de anti-retrovirais foi de 12 meses. A principal indicao para incio do tratamento foi a queda na contagem de linfcitos CD4+ a menos de 350 cels./mm. A maioria estava em uso de trs ou mais anti-retrovirais. Foram considerados aderentes 89 pacientes (74%). A principal causa de falhas foram os efeitos colaterais. O nvel de escolaridade, a idade e o tempo de uso de anti-retrovirais foram importantes fatores de predio da aderncia aos anti-retrovirais. CONCLUSES: Admite-se, baseado nas principais causas de falhas e nos fatores de predio de aderncia encontrados, que, para melhorar essa aderncia, necessrio o uso de esquemas com menos efeitos colaterais e um detalhamento minucioso e constante sobre o tratamento.
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OBJETIVO: O aumento de casos de Aids em mulheres no Estado de So Paulo desencadeou uma srie de medidas para reduzir a transmisso materno-infantil do HIV. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de avaliar falhas na implantao dessas medidas, do ponto de vista da cobertura e da qualidade do pr-natal, em servios de referncia que atendem mulheres soropositivas no Estado de So Paulo. MTODOS: Foram entrevistadas, por meio de questionrio estruturado, todas as mulheres soropositivas de trs cidades do Estado de So Paulo (So Paulo, Santos e So Jos do Rio Preto). Todas as mulheres possuam no mnimo 18 anos de idade, tiveram filhos em 1998 e fizeram consulta com infectologista (ela mesma ou seu filho). As mulheres foram avaliadas quanto realizao do pr-natal e ao conhecimento da soropositividade para o HIV antes, durante ou aps a gestao. RESULTADOS: Do total de 116 mulheres, 109 (94%) fizeram pr-natal, 64% procuraram os servios durante o primeiro trimestre, e o nmero de consultas foi de pelo menos trs em 80% dos casos. A idade mdia das mulheres que fizeram pr-natal foi de 29,1 anos, estatisticamente maior do que a das mulheres que no o fizeram (24,3 anos). Sabiam ser soropositivas antes de engravidar 45% das mulheres, 38% souberam durante a gravidez, e 17%, aps o nascimento da criana. O teste para o HIV foi oferecido para 82% das mulheres que no conheciam seu status sorolgico. Destas, apenas 56% receberam explicao sobre a importncia do teste. As unidades bsicas de sade (UBS) foram os locais onde a informao menos ajudou a conhecer o risco para a criana (p=0,037) e a necessidade de tratamento (p=0,0142). CONCLUSES: As principais falhas identificadas foram o no-oferecimento do teste HIV durante a gestao e a inadequada qualidade da informao. O principal local de atendimento para essas pessoas so as UBS. Estas foram as que menos contriburam para a compreenso dos riscos e da necessidade de tratamento.
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OBJETIVO: Estudar questes relativas sexualidade e sade reprodutiva de mulheres HIV-positivas, seu acesso s prticas de preveno, sua aderncia a tratamentos e a possibilidade de fazerem opes conscientes quanto gravidez. MTODOS: Estudo exploratrio realizado, em 1997, em um ambulatrio de um centro de referncia na rea de doenas sexualmente transmissveis e Aids localizado na cidade de So Paulo, Brasil. Foi estudada uma amostra consecutiva, no-probabilstica, constituda de 148 mulheres HIV-positivas. Foram excludas as menores de 18 anos e as fisicamente debilitadas. Os dados foram colhidos por meio de entrevistas estruturadas. Foram aplicados os testes de chi e t-Student. RESULTADOS: A mdia de idade das mulheres pesquisadas foi de 32 anos, sendo que 92 (62,2%) tinham at o primeiro grau de escolaridade, e 12,2% chegaram a cursar uma faculdade. A mediana do nmero de parceiros na vida foi quatro, e metade das entrevistadas manteve vida sexual ativa aps infeco pelo HIV. Do total das mulheres, 76% tinham filhos, e 21% ainda pensavam em t-los. Um maior nmero de filhos, maior nmero de filhos vivos e de filhos que moravam com as mes foram os fatores mais indicados como interferncia negativa na inteno de ter filhos. No foi encontrada associao entre pensar em ter filhos com as variveis como percepo de risco, situao sorolgica do parceiro, uso de contraceptivos e outras. Os mtodos contraceptivos mudaram, sensivelmente, na vigncia da infeco pelo HIV. CONCLUSES: A inteno de ter filhos no se alterou substancialmente nas mulheres em conseqncia da infeco pelo HIV. Mulheres HIV-positivas precisam ter seus direitos reprodutivos e sexuais discutidos e respeitados em todos os servios de ateno sade. A adeso ao medicamento e ao sexo seguro so importantes, mas difceis, requerendo aconselhamento e apoio. So necessrios servios que promovam ambiente de apoio para essas mulheres e seus parceiros, propiciando s pessoas com HIV/Aids condies de conhecer, discutir e realizar opes conscientes no que concerne s decises reprodutivas e sua sexualidade.
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OBJETIVO: Categorizar e descrever as fontes de estresse cotidianas de mulheres portadoras do vrus da imunodeficincia humana (HIV). MTODOS: Foram realizadas entrevistas individuais, por meio de um questionrio semi-estruturado, com uma amostra consecutiva de 150 mulheres portadoras do HIV, de julho a dezembro de 1997, no Centro de Referncia e Tratamento de Doenas Sexualmente Transmissveis e Aids (CRT DST/Aids) (Secretaria de Estado da Sade, SP). As variveis investigadas foram: dados demogrficos, estrutura familiar, percepo de risco, sexualidade, acesso ao sistema de sade, adeso ao tratamento, uso de lcool e drogas, evento significativo e evento estressante, sendo este o foco de discusso do artigo. RESULTADOS: Apenas 14% dos eventos estressantes so diretamente resultados do tratamento ou do adoecimento. Os relatos das fontes de estresse foram distribudos nos seguintes assuntos: familiares (17%); relacionamento com o parceiro (12%); filhos (14%); enfermidade (14%); relacionamento com outras pessoas (9%); problemas financeiros (8%) e profissionais (7%); vivncias de discriminao (7%); outros (4%); e no responderam (8%). CONCLUSES: As fontes de estresse apresentam principalmente um contedo afetivo-relacional, derivadas muitas vezes do estigma associado ao HIV e, na maioria das vezes, a temas comuns a todas as mulheres. Os profissionais de sade deveriam oferecer cuidado integral s mulheres portadoras do HIV.
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OBJETIVO: Analisar a percepo do risco de infeco em mulheres infectadas pelo HIV, antes de elas receberem o resultado positivo para essa patologia. MTODOS: Estudo exploratrio com entrevistas em profundidade em amostra de convenincia constituda de 26 mulheres que freqentavam o ambulatrio de um centro regional de sade em Maring, PR. A entrevista foi semidirigida com um roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre caractersticas sociodemogrficos, conhecimento sobre preveno primria e secundria, percepo de risco antes do teste positivo para HIV, impacto do resultado em suas vidas -- inclusive a sexual -- depois de saberem ser portadoras do vrus. Os resultados foram analisados pela metodologia de anlise de contedo. RESULTADOS: Apesar de ter conscincia de que essa doena pode atingir qualquer um, nenhuma das 26 mulheres estudadas acreditava estar infectada pelo HIV/Aids. Os mecanismos psicolgicos, "negao", "evitao", "onipotncia do pensamento" e "projeo" foram os que puderam ser identificados como aqueles que as mulheres mais utilizaram para lidar com as dificuldades e as ansiedades decorrentes da percepo de risco e das normas e relaes de gneros hegemnicas presentes na cultura brasileira. Verificou-se que, se o uso desses mecanismos alivia a angstia, por outro lado aumenta a vulnerabilidade das mulheres. Elas se sentem incapazes de atuar, e muitas mantm relaes sexuais desprotegidas com os parceiros, expondo-se gravidez indesejada e reinfeco. CONCLUSES: Os programas de preveno do HIV devem considerar tambm aspectos psicolgicos, socioeconmicos e culturais que interferem na vulnerabilidade das mulheres, antes e depois da infeco. Para haver maior alcance de suas aes, os programas devem ir alm da distribuio massiva de informaes e usar abordagens psicoeducativas em pequenos grupos que estimulem a conscientizao das mulheres para alm das informaes biomdicas.
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OBJETIVO: Identificar aspectos da masculinidade relacionados vulnerabilidade dos homens infeco pelo HIV. MTODOS: Pesquisa qualitativa realizada com homens motoristas de nibus e integrantes de uma Comisso Interna de Preveno de Acidentes (Cipa) em uma empresa de transportes coletivos na cidade de So Paulo, SP. Foram gravadas e transcritas dez entrevistas individuais e quatro oficinas de sexo seguro. Seu contedo foi disposto e discutido em blocos temticos relacionados sexualidade, infidelidade, ao preservativo, s doenas sexualmente transmissveis e Aids. RESULTADOS: So aspectos que tornam os homens mais vulnerveis: sentir-se forte, imune a doenas; ser impetuoso, correr riscos; ser incapaz de recusar uma mulher; considerar que o homem tem mais necessidade de sexo do que a mulher e de que esse desejo incontrolvel. A infidelidade masculina considerada natural; a feminina atribuda a deficincias do parceiro. A deciso por usar ou no camisinha feita pelo homem; a mulher s pode solicit-la para evitar gravidez. A no-utilizao da camisinha atribuda a: esttica, alto custo, medo de perder a ereo, perda de sensibilidade no homem e na mulher. Os entrevistados no se consideram vulnerveis ao HIV nem a doenas sexualmente transmissveis (DST) e confundem suas formas de transmisso. CONCLUSES: A idia de que ser homem ser um bom provedor para a famlia e ter responsabilidade pode constituir um aspecto que favorea a preveno, j que pode lev-los a usar camisinha como contraceptivo e para no trazer doenas para casa. importante conhecer e intervir sobre as concepes de masculinidade, no s porque elas podem contribuir para aumento da vulnerabilidade ao HIV, mas tambm porque podem apontar caminhos mais efetivos para a preveno.
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OBJETIVO: Descrever a vulnerabilidade, de caminhoneiros de rota curta, transmisso sexual do HIV e da Aids. MTODOS: Foram entrevistados 279 caminhoneiros com vnculo de trabalho na cidade de Santos, SP, em locais de concentrao na rea porturia e suas proximidades, sindicatos e associaes, recrutados pela amostragem do tipo "bola-de-neve". Foram realizadas entrevistas utilizando perguntas abertas e fechadas sobre questes sociodemogrficas, prticas sexuais, uso de drogas, conhecimento sobre o HIV e a Aids, contato prvio com programas de preveno Aids em Santos, percepo de sua vulnerabilidade ao HIV e Aids. Foi realizada anlise descritiva da amostra, e apresentados relatos para ilustrar algumas situaes de vulnerabilidade. RESULTADOS: Do total de 279 caminhoneiros entrevistados, 93% declararam ter parceira fixa, 40% referiram manter relaes sexuais com parceiras casuais, e 19% referiram manter relaes sexuais com parceiras freqentes. A principal situao de vulnerabilidade ao HIV ocorre devido ao uso inconsistente do preservativo, interligado ao vnculo estabelecido com cada parceira. O tempo fora de casa parece no ser o principal fator para situaes de vulnerabilidade, conforme demonstram estudos com caminhoneiros de rota longa. CONCLUSES: A cultura "machista" e os papis tradicionais masculinos so emblemticos entre os caminhoneiros de rota curta. Certamente necessrio investir mais na preveno nessa categoria profissional. A preveno em locais de trabalho parece promissora, pois permite entender melhor seu universo, propiciando intervenes educativas adequadas a essa categoria profissional.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar os fatores associados interrupo do acompanhamento clnico ambulatorial de pacientes com infeco pelo HIV. MTODOS: Foi realizado um estudo do tipo prospectivo no-concorrente (coorte histrica) no municpio de Belo Horizonte, MG, em um ambulatrio pblico de referncia para atendimento de pacientes com infeco pelo HIV/Aids. Foram revisados registros mdicos para se avaliar os fatores associados interrupo do acompanhamento clnico por pacientes soropositivos para o HIV admitidos no servio entre 1993 e 1995. Os pacientes deveriam ter comparecido a pelo menos uma consulta de retorno no prazo de sete meses. A anlise estatstica incluiu chi2 e Relative Hazard - RH com intervalo de 95% de confiana (IC) estimado pelo Modelo de Regresso de Cox. RESULTADOS: A incidncia acumulada da interrupo do acompanhamento clnico foi de 54,3% entre os 517 pacientes includos no estudo (tempo mdio de acompanhamento =24,6 meses; incidncia pessoa tempo =26,5/100 pessoas-ano). A anlise multivariada mostrou que realizar menos que duas contagens de linfcitos T CD4+ (RH =1.94; IC 95% =1.32-2.84) no realizar medida de carga viral (RH =14.94; IC 95% =5.44-41.04), comparecer a seis retornos ou menos (RH =2.80; IC 95% =1.89-4.14), no mudar de categoria clnica (RH =1.40; IC 95% =1.00-1.93) e no usar anti-retroviral, (RH =1.43; IC 95% =1.06-1.93) estava associado a um maior risco de interromper o acompanhamento clnico no servio estudado. CONCLUSES: Foi alta a taxa de interrupo do acompanhamento clnico aos pacientes estudados, sugerindo que a interrupo do acompanhamento pode ser uma funo que vise a priorizar os pacientes com pior situao clnica, podendo ser um marcador de futura aderncia ao uso de anti-retroviral.
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OBJETIVO: Verificar os fatores associados percepo de risco de infeco pelo HIV por purperas internadas em maternidades filantrpicas. MTODOS: A amostra constou de 384 purperas atendidas em duas maternidades filantrpicas do Municpio de So Paulo. Os dados foram coletados de janeiro a maro de 2000. Todas as purperas foram entrevistadas aps 12 horas de ps-parto, quanto aos aspectos relativos a caractersticas sociodemogrficas, conhecimento sobre infeces sexualmente transmissveis/Aids (DST/Aids) e s questes culturais (variveis independentes) e "se ela se sentia em risco de contrair o HIV" (varivel dependente). A anlise estatstica foi feita pelo teste de associao pelo qui-quadrado e anlise de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: Cerca de 29% das purperas se consideraram em risco de contrair o HIV. Verificou-se que a mulher que se percebe com risco aquela que no est em unio conjugal/consensual, que apresentou DST em algum momento de sua vida e que acredita que o homem casado se diverte fora de casa como o homem solteiro. O estudo possibilitou identificar o comportamento dos sujeitos para a preveno e a manuteno de sua sade. CONCLUSES: Identificou-se assimilao das informaes sobre a epidemia, influenciando na percepo de risco da mulher, mas foi considerada necessria a intensificao de atividades que promovam o envolvimento do casal e do adolescente na preveno de infeco pelo vrus da Aids.
Resumo:
Desde os primeiros anos da epidemia de Aids, grandes diferenas geogrficas na prevalncia de infeco pelo HIV foram registradas entre pases vizinhos e regies vizinhas dentro de um mesmo pas na frica subsaariana. Tais diferenas no podiam ser completamente explicadas por fatores como o comportamento sexual e o uso de preservativos. Um acmulo de dados epidemiolgicos vem mostrando que a circunciso masculina desempenha um efeito protetor contra a aquisio heterossexual do HIV pelo homem na frica subsaariana e provavelmente contribui para as acentuadas diferenas de prevalncia de HIV. Assim, realizou-se uma atualizao dos estudos conduzidos em solo africano sobre a associao entre circunciso masculina e infeco pelo HIV, as origens da prtica da circunciso entre as populaes humanas, os mecanismos pelos quais a presena do prepcio aumentaria a susceptibilidade de aquisio heterossexual do HIV pelo homem, sua associao com outras doenas infecciosas e tambm neoplsicas, o debate sobre a convenincia da adoo de prticas de circunciso como estratgia de controle da epidemia de HIV na frica, a escassa literatura brasileira sobre circunciso masculina e as perspectivas de investigaes futuras.
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OBJETIVO: Atualmente, entre as mulheres, a relao sexual a forma de transmisso que mais tem contribudo para a feminizao da epidemia de HIV/Aids. Na busca constante de se estabelecer padres mais adequados de orientao para sade, investigou-se o uso de medidas contraceptivas, que tambm sirvam de proteo da transmisso do HIV, entre mulheres portadoras de HIV/Aids. MTODOS: Estudo exploratrio desenvolvido em um servio pblico ambulatorial de um hospital universitrio, referncia aos portadores de HIV/Aids da regio centro-sul do Estado de So Paulo, no perodo de cinco meses (2000 a 2001). Foram estudadas 73 mulheres portadoras da infeco pelo HIV, ou com Aids. Os dados foram obtidos por meio de um formulrio que investigava a caracterizao sociodemogrfica, as formas de anticoncepo utilizada e a situao sorolgica do parceiro sexual. Os dados foram analisados descritivamente e os contedos das respostas abertas, agrupados em temas. Foi aplicado o teste exato de Fisher para anlise de algumas variveis, em nvel de 5%. Para a anlise de contedo utilizou-se a proposta de Bardin. RESULTADOS: A maioria das mulheres estava em fase de vida reprodutiva, eram casadas e foram contaminadas quase exclusivamente por meio da relao heterossexual. Entre elas, 35,4% referiam parceiro sexual discordante quanto sorologia anti-HIV, e 13,7% utilizavam formas inadequadas de anticoncepo que tambm no protegiam da transmisso do HIV. CONCLUSES: Os resultados alertam para a necessidade de aes educativas continuadas quanto a experincias sexuais mais seguras entre portadoras de HIV/Aids, para que elas possam discutir com seus parceiros outras formas de exercerem sua sexualidade, sendo capazes de estabelecer opo contraceptiva mais consciente, de maneira a zelar pela sua sade, do parceiro e at do concepto.
Resumo:
OBJETIVO: Validar mtodos de estimativas da gordura corporal (somatria de espessura de dobras cutneas, circunferncia da cintura (CC) e razo cintura-quadril (RCQ)) em portadores do HIV/Aids, tendo como padro ouro a absortometria por dupla emisso de raios-X (Dexa) e a tomografia computadorizada de abdmen (TCA). MTODOS: Foram estudados 15 portadores do HIV/Aids tratados em uma unidade de sade coligada a um hospital pblico universitrio, So Paulo. Foram medidas a gordura subcutnea total (GST) mediante a somatria da espessura de sete dobras (bceps, trceps, subescapular, axilar mdia, supra-ilaca, abdominal e panturrilha medial), a gordura subcutnea central (GSC) (somatria da espessura de quatro dobras) e a gordura subcutnea de membros (GSM) (somatria da espessura de trs dobras). A GST, GSC e GSM foram comparadas com as medidas de gordura obtidas pela Dexa. A CC, a RCQ e a GSC foram comparadas com as medidas de gordura obtidas pela TCA. Na anlise estatstica, utilizou-se o coeficiente de correlao de Pearson (r) e foi utilizado o teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: A gordura medida pela Dexa foi correlacionada com GST, a GSC e GSM, mesmo aps o ajuste pela idade (r>0,80 para todos). A gordura total de abdmen medida pela TCA foi correlacionada com a CC, RCQ e a GSC aps o ajuste pela idade (r>0,80 para todos). CONCLUSES: Os mtodos de estimativa da gordura corporal devem ser escolhidos de acordo com o tipo de gordura a ser avaliada e podem ser utilizados em pesquisas e nos servios de sade como alternativa Dexa e TCA para portadores do HIV/Aids.