300 resultados para Filtros de interferência variável
Resumo:
Um experimento foi conduzido em São João da Boa Vista-SP, com o objetivo de determinar o período anterior à interferência (PAI) e o período total de prevenção à interferência (PTPI) das plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar. A cana foi plantada em abril de 1995, na época de plantio caracterizada por maior deficiência hídrica. A comunidade infestante presente foi variada, sendo Brachiaria decumbens e Panicum maximum as espécies mais importantes. Essa comunidade tendeu a apresentar acúmulo crescente de matéria seca durante todo o período de avaliação e reduziu em até 40% a produtividade de colmos da cana-de-açúcar. A cultura conviveu com a comunidade infestante até 74 dias após o plantio, sem sofrer redução significativa na produtividade (PAI). O período mínimo de controle para garantir a produtividade foi de 127 DAP (PTPI). Dessa forma, o controle das plantas daninhas foi crítico no período compreendido entre 74 e 127 dias após o plantio.
Resumo:
Plantas de milho podem apresentar variações fenotípicas conforme o ambiente a que estão sujeitas durante seu crescimento. O objetivo deste trabalho foi verificar se as alterações em caracteres fenológicos de plantas de milho, causadas pela presença de plantas daninhas, poderiam indicar o início da interferência e também o momento de início do seu controle. Os tratamentos referem-se a períodos de convivência do milho com as plantas daninhas - 0 a 7, 0 a 14, 0 a 21, 0 a 28, 0 a 35, 0 a 42, 0 a 49 e 0 a 56 dias após a emergência (DAE) do milho - e as testemunhas com e sem convivência durante todo o ciclo. A altura de plantas, o diâmetro do colmo e o número de folhas foram avaliados a cada sete dias, até 56 DAE e no pendoamento (75 DAE). Avaliou-se também o rendimento de grãos de milho. O início da interferência das plantas daninhas nas três variáveis avaliadas e no rendimento de grãos foi simultâneo, a partir de 28 DAE. Os efeitos da interferência foram irreversíveis, não havendo recuperação das plantas após a retirada do estresse causado pela presença das plantas daninhas; portanto, o uso de caracteres fenológicos na indicação do início de controle não se mostrou apropriado.
Resumo:
O potencial competitivo das plantas pelos recursos de crescimento do meio é afetado por suas características morfofisiológicas. Ainda não há consenso sobre qual característica da planta de arroz irrigado é mais importante na determinação da sua capacidade competitiva com as plantas daninhas. Este trabalho teve como objetivo identificar características da planta de arroz irrigado por inundação que mais contribuam na competitividade da cultura. Nesse sentido, conduziu-se um experimento em campo no ano agrícola 2000/01, em Cachoeirinha-RS, com oito genótipos de arroz, cultivados na presença ou ausência do cultivar de arroz EEA 406, simulando infestação de arroz-vermelho. Foram avaliadas características das plantas de arroz na condição de ausência de competição e, por ocasião da colheita, determinou-se a redução de rendimento de grãos para cada genótipo, decorrente da competição com as plantas daninhas. Por meio de análise de regressão linear múltipla e correlação linear simples, determinou-se que a habilidade dos cultivares em sombrear o solo aos 60 dias após semeadura (DAS) foi a variável mais relacionada com o potencial competitivo, e que essa característica esteve especialmente associada com o acúmulo de massa aérea pelas plantas de arroz aos 15 DAS.
Resumo:
As plantas jovens de café são muito sensíveis à interferência das plantas daninhas, devido à forte competição por nutrientes que se estabelece entre essas plantas. Este trabalho teve como objetivo, portanto, avaliar os efeitos da interferência de sete espécies de plantas daninhas no conteúdo relativo (CR) de macro e micronutrientes, na massa seca da parte aérea de plantas de café. Aos 30 dias após o transplantio das mudas de café, em vasos contendo 12 L de substrato, fez-se o transplantio e/ou a semeadura das espécies daninhas, em seis densidades (0, 1, 2, 3, 4 e 5 plantas por vaso). Os períodos de convivência, desde o transplantio ou emergência das plantas daninhas até a colheita das plantas, foram de 77 dias - Bidens pilosa, 180 dias - Commelina diffusa, 82 dias - Leonurus sibiricus, 68 dias - Nicandra physaloides, 148 dias - Richardia brasiliensis e 133 dias - Sida rhombifolia. B. pilosa, C. diffusa, L. sibiricus e R. brasiliensis, mesmo em baixas densidades, acarretaram decréscimos consideráveis no conteúdo relativo de nutrientes de plantas de café. B. pilosa foi a planta daninha que extraiu a maior quantidade de nutrientes, enquanto N. physaloides e S. rhombifolia foram as espécies que causaram menor interferência ao cafeeiro. O grau de interferência variou com a espécie e com a densidade das plantas daninhas.
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O trabalho foi realizado com o objetivo de estudar os efeitos de períodos de convivência (0, 14, 28, 42, 56, 70, 84 e 98 dias após o transplantio) de uma comunidade de plantas daninhas sobre a produtividade de quatro cultivares de cebola (Mercedes, Granex 33, Superex e Serrana), em sistema de transplantio de mudas. O experimento foi instalado em Jaboticabal-SP, de abril a outubro de 2000, utilizando delineamento experimental de blocos ao acaso, quatro repetições, em esquema fatorial 4 x 8. As principais populações de plantas daninhas no final dos períodos de convivência foram de Coronopus didymus, Amaranthus hybridus e Cyperus rotundus. Os cultivares Mercedes (2,90 kgm-2) e Granex 33 (2,64 kgm-2) foram os mais produtivos, independentemente da interferência das plantas daninhas. A convivência com as plantas daninhas durante os primeiros 98 dias reduziu a produtividade da cebola em 95% e o peso médio de bulbos em 91%. O período anterior à interferência (PAI) foi de 42 dias, não havendo diferença entre os cultivares de cebola.
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Dentre as principais espécies daninhas que infestam as lavouras de soja do sul do Brasil, destacam-se Euphorbia heterophylla (leiteira) e, mais recentemente, Ipomoea ramosissima (corda-de-viola). Objetivou-se avaliar a habilidade competitiva relativa entre espécies daninhas e soja e quantificar a interferência de infestações mistas de leiteira e corda-de-viola quando em convivência com plantas de soja. Foram conduzidos dois experimentos, comparando associações de leiteira ou corda-de-viola com soja, utilizando-se cinco proporções de plantas de leiteira e soja ou corda-de-viola e soja (0:8; 2:6; 4:4; 6:2; 8:0). Em um terceiro experimento, mantiveram-se constantes quatro plantas de soja por vaso e utilizaram-se cinco proporções de plantas de leiteira e corda-de-viola (0:8; 2:6; 4:4; 6:2; 8:0), estabelecidas em duas épocas de emergência das plantas daninhas em relação à soja. Verificou-se que a redução na biomassa da soja é mais intensa quando em presença de corda-de-viola do que de leiteira e, principalmente, em situações nas quais a planta daninha se estabelece antes que a cultura. Quando em infestação mista, corda-de-viola é mais competitiva do que leiteira.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de cultivares de arroz irrigado e de épocas de adubação nitrogenada durante o ciclo da cultura sobre a habilidade competitiva do cereal em relação ao cultivar EEA 406, usado como simulador da planta daninha arrozvermelho. Para isso, conduziu-se experimento em campo, na estação de crescimento 2001/02. Os tratamentos, dispostos em esquema fatorial, constaram de cultivares de arroz (BRS-38 Ligeirinho, IRGA 417 e BR-IRGA 409), épocas de aplicação do nitrogênio (N) (100% do N na semeadura, 50% do N na semeadura mais 50% no início da diferenciação da panícula (IDP), 100% no IDP e testemunha sem o adubo) e populações do cultivar simulador do arroz-vermelho. Para relacionar as perdas de produtividade de grãos de arroz com populações do cultivar simulador, utilizou-se o modelo de regressão da hipérbole retangular, ajustado de modo independente para os fatores estudados. Verificou-se que a época de aplicação do N influenciou na habilidade competitiva dos cultivares de arroz. Cultivares de ciclo muito curto e curto apresentaram maior habilidade competitiva com o cultivar simulador, quando a adubação foi realizada na semeadura, enquanto o cultivar de ciclo médio se beneficiou do fracionamento da adubação na semeadura e no IDP.
Resumo:
Conduziu-se experimento na Fazenda Boa Terra (Quarto Centenário, PR), com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes períodos de convivência de Euphorbia heterophylla com a soja, cv. BRS-133, cultivada com baixa densidade de semeadura. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, avaliando-se 11 períodos de convivência da soja com plantas daninhas e testemunhas duplas. Os períodos de convivência consistiram em manter a cultura na presença de plantas daninhas por 5, 12, 19, 26, 33, 40, 47, 54, 61 e 68 dias após a emergência e pelo ciclo todo. Quando da primeira capina, foram determinadas as densidades e a matéria seca de E. heterophylla. Estande e produtividade foram as variáveis que expressaram os maiores prejuízos em função do aumento do período de interferência das plantas daninhas. Utilizando-se testemunhas duplas, o período anterior à interferência (PAI) foi de 11 dias após a emergência, o que indica a necessidade de controle precoce das plantas daninhas. Entre 11 e 68 DAE, a interferência imposta pelas plantas daninhas promoveu queda diária de 6,45 kg ha-1 na produtividade da soja, e durante todo o ciclo o percentual de perda estimado foi de 38%.
Resumo:
Dois experimentos foram conduzidos na Embrapa Soja, Londrina-PR, com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes períodos de interferência de plantas daninhas sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura do girassol. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os períodos de interferência consistiram em manter a cultura na presença e na ausência das espécies daninhas por 7, 14, 21, 28, 42, 49, 56, 70, 84 e 118 dias após a emergência (DAE) da cultura (total do ciclo). A comunidade infestante existente na área experimental era composta, principalmente, de picão-preto (Bidens subalternans) e plantas voluntárias de trigo. Foram determinados a densidade e o peso da matéria seca das plantas daninhas, o rendimento de óleo e a produtividade da cultura. A presença da comunidade infestante proporcionou perdas diárias de 1,1 e 2,5 kg ha-1 para o rendimento de óleo e a produtividade, respectivamente. Na ausência das espécies daninhas, até 30 DAE, houve ganho diário de 6,5 kg ha-1 de rendimento de óleo e de 14,4 kg ha-1 de produtividade de grãos. A convivência do girassol com as plantas daninhas até 21 DAE não causou efeito sobre o rendimento de óleo e a produtividade da cultura, correspondendo ao período anterior à interferência (PAI). O período total de prevenção da interferência (PTPI) foi de 30 DAE e o período crítico de prevenção da interferência (PCPI), dos 21 aos 30 dias após a emergência da cultura do girassol.
Resumo:
As perdas de produtividade das culturas em decorrência da competição de plantas concorrentes geralmente aumentam quanto mais semelhantes forem suas características morfofisiológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da competição de cultivares de soja, simulando espécies daninhas dicotiledôneas, sobre cultivares de soja portadores de características diferenciais de planta. Para isso, conduziu-se um experimento em campo, em Eldorado do Sul-RS. Os fatores e tratamentos comparados foram: três condições de competição (ausência de plantas de soja concorrentes e presença de plantas concorrentes do cultivar de soja BRS 205 ou Cobb); e quatro cultivares reagentes de soja à competição (IAS 5, BR-16, CD 205 e Fepagro RS-10). Avaliaram-se variáveis relacionadas à produtividade dos cultivares e outras correlatas. Características dissimilares em plantas de cultivares de soja, como estatura e ciclo, resultaram em habilidade competitiva diferenciada com plantas concorrentes. O cultivar de soja CD 205, de estatura elevada e ciclo tardio, mostrou alta habilidade competitiva; IAS 5, de baixa estatura e ciclo precoce, apresentou baixa tolerância à competição, enquanto BR-16 e Fepagro RS-10 são intermediários. Cultivares com elevada habilidade competitiva, além de tolerarem a competição, preservando o potencial de produtividade, também suprimem a produção de grãos das plantas concorrentes.
Resumo:
A mandioquinha-salsa é normalmente cultivada em espaçamentos largos e a emergência das plantas e o crescimento inicial são lentos, favorecendo o surgimento de plantas daninhas e onerando o custo de produção. Este trabalho teve como objetivo determinar os períodos de interferência de plantas daninhas - período crítico de prevenção da interferência (PCPI), período anterior à interferência (PAI) e período total de prevenção da interferência (PTPI) - na cultura da mandioquinha-salsa, clone 'Amarelo de Carandaí', cultivada no espaçamento de 1,0 x 0,4 m, no período de maio de 2001 a abril de 2002. Os tratamentos foram constituídos por dois grupos de controle: em um manteve-se a cultura na ausência das plantas daninhas em períodos iniciais após o plantio das mudas e, em outro, a cultura foi mantida na presença das plantas daninhas em períodos iniciais após o plantio. Os períodos estudados foram: 0, 21, 42, 63, 84, 105, 126, 147, 168, 189, 210 e 315 dias após o plantio (DAP), totalizando 24 tratamentos, que foram dispostos em blocos casualizados, com quatro repetições. O PCPI de plantas daninhas na cultura da mandioquinha-salsa, considerando as perdas de raízes comerciais de 5% como aceitáveis, localizou-se entre o 58º e o 120º DAP. A interferência das plantas daninhas reduziu em 98% a produtividade de raízes comerciais quando a cultura conviveu com as plantas daninhas por todo o ciclo. O PAI foi de 58 dias; o PTPI, de 120 dias; e o PCPI, de 58 a 120 dias.
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Admite-se a hipótese de que aspectos econômicos como o custo de controle e o valor monetário dos grãos devem ser utilizados como critério para determinar o período aceitável de interferência das plantas daninhas antes de se decidir pelo seu controle. O período inicial assim obtido foi denominado Período Anterior ao Dano no Rendimento Econômico (PADRE). Desenvolveu-se um modelo matemático utilizando-se os aspectos econômicos citados, parametrizou-se o modelo com base em resultados da literatura e foram feitas diversas simulações. Os resultados permitiram confirmar a hipótese de que o custo do controle das plantas daninhas e o preço dos grãos da cultura podem ser utilizados como bons indicadores dos períodos de interferência. O PADRE diminui com o incremento do preço da cultura, ou com a redução do custo de controle, ou com o aumento do potencial produtivo da cultura, indicando que, nessas condições, o controle precoce das plantas daninhas é economicamente justificável. O trabalho aponta algumas limitações encontradas na literatura científica e soluções para se obter o PADRE e os demais períodos de interferência.
Resumo:
A presente pesquisa teve por objetivo avaliar os períodos de interferência de Commelina benghalensis sobre o crescimento inicial de mudas de Coffea arabica, sob condições de inverno e verão. Para isso, mudas de café e, posteriormente, de trapoeraba foram transplantadas para caixas de cimento-amianto com capacidade de 70 L, utilizando solo como substrato. Os períodos de convivência ou controle foram de 0-15, 0-30, 0-45, 0-60, 075 e 0-90 dias após o plantio do cafeeiro, totalizando 12 tratamentos, dispostos em blocos casualizados, em quatro repetições. Ao término de cada período, avaliaram-se algumas características de crescimento das plantas. As características do cafeeiro mais afetadas pela trapoeraba foram a área foliar e a biomassa seca de folhas das mudas de café, sendo essas as únicas características que apresentaram reduções significativas no verão. No inverno, o número de folhas e a biomassa seca do caule também tiveram reduções significativas. Os períodos críticos de prevenção da interferência foram de 15 a 88 e 22 a 38 dias após o plantio das mudas de café, para condições de inverno e verão, respectivamente.
Resumo:
Características morfofisiológicas diferenciais de plantas podem influenciar as relações de competição entre cultura e plantas daninhas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência das características de plantas de quatro cultivares de soja sob competição ou não com outros dois cultivares de soja, simulando espécies daninhas dicotiledôneas, durante a fase vegetativa de crescimento. Para isso, conduziram-se dois experimentos: um em vasos, visando fornecer subsídios quanto ao crescimento inicial das plantas de soja; e outro em campo, a fim de acompanhar características de crescimento das plantas. Em campo, foram comparados os seguintes fatores e tratamentos: três condições de competição (ausência de plantas concorrentes; presença de plantas dos cultivares de soja BRS 205 ou Cobb); e quatro cultivares reagentes de soja à competição (IAS 5, BR-16, CD 205 e Fepagro RS-10). Cultivares de soja apresentaram variações na velocidade de emergência e de crescimento inicial de plantas. A presença de plantas concorrentes, independentemente das características próprias, afetou a ramificação da soja. Os cultivares Fepagro RS-10 e BR-16 apresentaram rápido crescimento durante a fase inicial de desenvolvimento; CD 205, ao contrário, mostrou lento crescimento nesta fase. Cultivares de soja de ciclo precoce cobriram com mais rapidez o solo durante os primeiros 45 dias do que os tardios.
Resumo:
As plantas daninhas acarretam reduções no rendimento das culturas agrícolas. Os modelos matemáticos de estimativa de perda de rendimento na cultura devido à interferência dessas plantas podem ser instrumentos úteis à tomada de decisão de manejo. Se for possível prever as perdas de rendimento, será possível decidir se é viável ou não a aplicação de uma medida de controle. Há na literatura vários modelos matemáticos empíricos de regressão lineares, não-lineares e polinomiais usados para estimar as perdas de rendimento devido às plantas daninhas. O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma análise dos modelos matemáticos presentes na literatura utilizados para estimar as perdas de rendimento que as plantas daninhas acarretam à cultura, considerando o ajuste matemático às observações e a descrição biológica do comportamento dessas perdas.