234 resultados para Doenças Cardiovasculares, prevenção
Resumo:
OBJETIVO: Tem sido sugerido que os indicadores da obesidade centralizada, representados pela relao entre as medidas das circunferncias da cintura e do quadril e pela medida da circunferncia da cintura, expressam distrbios metablicos diferentes. Assim, realizou-se estudo para verificar o potencial diagnstico da relao circunferncia cintura/circunferncia do quadril com fatores sociais, comportamentais e biolgicos, determinantes da obesidade centralizada. MTODOS: Em uma amostra da populao do Municpio de So Paulo, SP, composta por 1.042 pessoas, foram utilizados dois modelos de anlise hierrquica de regresso mltipla para se avaliar as relaes entre os indicadores e os fatores determinantes da obesidade centralizada. Foram realizados trs inquritos (clnico, bioqumico e laboratorial e comportamental), utilizando questionrio padronizado. Para avaliao, foram utilizados os instrumentos: presso arterial, medidas antropomtricas, medida de cintura e medida do quadril. RESULTADOS: A medida de circunferncia da cintura e do quadril (RCQ) mostrou associao significativa com a baixa estatura e foi fortemente relacionada ao nvel socioeconmico, no ocorrendo o mesmo com a CC. A RCQ e a medida de circunferncia da cintura (CC) foram fortemente associadas idade, sexo e sedentarismo. As mulheres tm maior risco de apresentaram obesidade centralizada: OR=5,04 e 7,27, para a RCQ e CC, respectivamente. No que se refere aos distrbios metablicos, a RCQ associou-se significativamente com as alteraes indicativas da sndrome metablica: hipertenso e baixos nveis de HDL-colesterol. A CC associou-se significativamente com a hipertenso isolada. Ambos os indicadores associaram-se intensamente com a presena concomitante de duas ou mais alteraes ligadas sndrome metablica. A CC associou-se hipercolesterolemia, o que no ocorreu com a RCQ. CONCLUSES: A RCQ relacionou-se melhor com os fatores socioeconmicos, risco de desnutrio pregressa e com as alteraes indicativas da sndrome metablica do que a CC, mais associada aos fatores de risco para doenças cardiovasculares aterosclerticas.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre exposio diria poluio do ar e funo respiratria de escolares. MTODOS: Estudo de painel com uma amostra aleatria de 118 escolares (seis a 15 anos de idade) da rede pblica do Rio de Janeiro (RJ), residentes at 2 km do local do estudo. Dados sobre caractersticas das crianas foram obtidos por questionrio, incluindo o International Study of Asthma and Allergies in Childhood. Exames dirios de pico de fluxo foram realizados para medir a funo respiratria. Dados dirios dos nveis de PM10, SO2, O3, NO2 e CO, temperatura e umidade foram fornecidos por um monitor mvel. As medidas repetidas de funo respiratria foram associadas aos nveis dos poluentes por meio de modelo multinvel ajustado por tendncia temporal, temperatura, umidade do ar, exposio domiciliar ao fumo, ser asmtico, altura, sexo, peso e idade das crianas. RESULTADOS: O pico de fluxo expiratrio mdio foi 243,5 l/m (dp=58,9). A menor mdia do pico de fluxo expiratrio foi 124 l/m e a maior 450 l/m. Para o aumento de 10 g/m de PM10 houve uma diminuio de 0,34 l/min na mdia do pico de fluxo no terceiro dia. Para o aumento de 10 g/m de NO2 houve uma diminuio entre 0,23 l/min a 0,28 l/min na mdia do pico de fluxo aps a exposio. Os efeitos do CO e do SO2 no pico de fluxo dos escolares no foram estatisticamente significativos. O O3 apresentou um resultado protetor: o aumento de 10 g/m de O3 estaria associado, um dia depois da exposio, a aumento de 0,2 l/min na mdia da funo respiratria. CONCLUSES: Mesmo dentro de nveis aceitveis na maior parte do perodo, a poluio atmosfrica, principalmente o PM10 e o NO2, esteve associada diminuio da funo respiratria de crianas residentes no Rio de Janeiro.
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OBJETIVO: Realizar adaptao cultural para verso brasileira do questionrio de atividade fsica no tempo de lazer e avaliar a validade de contedo, praticabilidade, aceitabilidade e confiabilidade.MTODOS: Foram realizadas as etapas de traduo, sntese, retrotraduo, avaliao por comit de especialistas e pr-teste, seguidos pela avaliao da praticabilidade, aceitabilidade e confiabilidade (teste-reteste). Os juzes avaliaram as equivalncias semntico-idiomtica, conceitual, cultural e metablica. A verso adaptada foi submetida ao pr-teste (n = 20) e teste-reteste (n = 80) em indivduos saudveis e pacientes com doenças cardiovasculares, em Limeira, SP, entre 2010 e 2011. A proporo de concordncia do comit de juzes foi quantificada por meio do ndice de Validade de Contedo. A confiabilidade foi avaliada segundo critrio de estabilidade, com intervalo de 15 dias entre as aplicaes, a praticabilidade pelo tempo gasto na entrevista e a aceitabilidade pelo percentual de itens no respondidos e proporo de pacientes que responderam a todos os itens.RESULTADOS: A verso traduzida do questionrio apresentou equivalncias semntico-idiomtica, conceitual, cultural e metablica adequadas, com substituio de algumas atividades fsicas mais adequadas para a populao brasileira. A anlise da praticabilidade evidenciou curto tempo de aplicao do instrumento (mdia de 3,0 min). Quanto aceitabilidade, todos os pacientes responderam a 100% dos itens. A anlise do teste-reteste sugeriu estabilidade temporal do instrumento (ndice de Correlao Intraclasse = 0,84).CONCLUSES: A verso brasileira do questionrio apresentou propriedades de medida satisfatrias. Recomenda-se sua aplicao a populaes diversas em estudos futuros, a fim de disponibilizar propriedades de medida robustas.
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OBJETIVO: O artigo descreve as estratgias do Estudo Longitudinal de Sade do Adulto (ELSA-Brasil) para a manuteno da adeso dos participantes ao longo do tempo e seu seguimento adequado. Isto fundamental para garantir a validade interna de estudos longitudinais e identificar, investigar e classificar os desfechos incidentes de interesse.MTODOS: A metodologia de seguimento da coorte combina contatos telefnicos anuais com re-exames e entrevistas a cada trs ou quatro anos. O objetivo identificar desfechos incidentes de natureza transitria, reversveis ou no; desfechos finais, de natureza irreversvel; bem como complicaes relacionadas evoluo das doenças cardiovasculares e diabetes, principais doenças estudadas.RESULTADOS: As entrevistas telefnicas visam monitorar a sade dos participantes e identificar possveis eventos ocorridos, como internaes hospitalares, exames ou procedimentos especializados definidos previamente. O participante tambm incentivado a comunicar a ocorrncia de algum evento de sade ao Centro de Pesquisa. A partir da identificao de um potencial evento, iniciado um processo de investigao, que inclui acesso a pronturios mdicos para verificao de datas e informaes detalhadas sobre aquele evento. Os documentos obtidos so analisados sem identificao do paciente, profissional ou servio de sade e classificados por um comit de especialistas mdicos. A classificao de desfechos incidentes adotada baseia-se em critrios internacionais consagrados, garantindo comparabilidade e reduzindo o erro de classificao deles. Alm dessas estratgias, a ocorrncia de desfechos poder ser investigada por meio do relacionamento de dados com bases secundrias do Ministrio da Sade, como as de mortalidade e internaes.CONCLUSES: A correta identificao de desfechos permitir estimar sua incidncia na coorte e investigar o efeito das exposies estudadas no ELSA-Brasil em sua linha de base e nas ondas posteriores.
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Em rea endmica da doena de Chagas foi realizado estudo da freqncia e da etiologia da morte sbita. Constatou-se que a proporo destes casos na rea estudada equipara-se observada em outros centros do pas, onde estudos similares foram feitos; entretanto, relativamente baixa quando comparada com a de outros pases. Quanto s causas da subitaneidade do bito, verificou-se que a etiologia mais freqente representada pelis doenças cardiovasculares, sendo a doena de Chagas a principal responsvel em indivduos de mais de 15 anos de idade.
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No perodo de 1994 a 2000, durante a construo e enchimento da represa Yacyret, foram estudadas em Ituzaing e Posadas variveis infecciosas (diarrias e infeces respiratrias), clnico-cirrgicas (doenças cardiovasculares e politraumatismos) e ambientais (pluviais, temperatura e umidade). As diarrias, em Ituzaing, tiveram um aumento 6,5%, 78,3% e 13%, respectivamente em 1995, 1996 e 1997 e nos anos seguintes os valores foram similares aos de 1994 e em Posadas mostraram uma tendncia ascendente. As infeces respiratrias, em Ituzaing em 1995, aumentaram 143% e nos perodos subseqentes voltaram aos limites de 1994 e, em Posadas tiveram valores ascendentes. No Hospital de Ituzaing, em 1995, as doenças incrementaram 97,6%, mostraram decrscimo em 1996 e atingiram 127% em 2000; os politraumatismos aumentaram 107% em 1995, declinaram 38% em 1996 nos anos seguintes apresentaram tendncia ascendente atingindo 33% em 2000. O impacto das variveis ambientais foi maior em Ituzaing do que em Posadas. O aumento das doenças relacionou-se com a temperatura mxima, mas no com a umidade.
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Para caracterizar o perfil clnico e demogrfico dos portadores da forma digestiva da doena de Chagas atualmente atendidos no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto, foram revistos 377 pronturios de pacientes com resultado positivo para reao sorolgica para a doena de Chagas atendidos entre janeiro de 2002 a maro de 2003. A idade mediana dos pacientes era de 67 anos e 210 (56%) eram mulheres. Megaesfago e/ou megaclon chagsicos estavam presentes em 135 pacientes, dos quais, 59% apresentavam cardiopatia. Para 49% dos pacientes com doena digestiva, havia prescrio de pelo menos dois medicamentos para tratamento de doena cardiovascular. Em 66 pacientes, foram detectadas comorbidades crnicas. A populao de portadores da forma digestiva da doena de Chagas do HCFMRP majoritariamente geritrica e apresenta freqncia elevada de doenças cardiovasculares, o que sugere risco elevado das modalidades de tratamento cirrgico do megaesfago e megaclon.
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OBJETIVO: Um progressivo nmero de evidncias surge associando o uso de antipsicticos atpicos a dislipidemias, situao pouco atentada por considervel nmero de psiquiatras e preditora importante de doenças cardiovasculares (DCVs) e de morbimortalidade. O propsito deste estudo revisar a associao entre o uso de antipsicticos atpicos e o desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia. MTODOS: A pesquisa bibliogrfica utilizou os bancos de dados MEDLINE e Scientific Electronic Library Online (SciELO), com os descritores: schizophrenia, dyslipidemia, hyperlipidemia e lipids, para identificar artigos originais publicados no perodo de 1997 a setembro de 2006. RESULTADOS: Os artigos foram agrupados segundo cada agente teraputico, de acordo com o seu impacto sobre o perfil lipdico. CONCLUSO: Observa-se maior risco de desenvolvimento de dislipidemias em pacientes com esquizofrenia em uso de alguns antipsicticos atpicos. Intervenes comportamentais e farmacolgicas devem ser associadas nos indivduos com esquizofrenia em tratamento antipsictico e que desenvolvem dislipidemias.
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OBJETIVO: Realizar reviso bibliogrfica de artigos que abordam a relao entre hipertenso arterial e fatores emocionais, levando em considerao a relevncia do tema. MTODOS: Fez-se busca ativa na Biblioteca Virtual em Sade, na base de dados MedLine (1997-2008), utilizando palavras da lngua portuguesa. Os descritores de assunto escolhidos foram "hipertenso" e "doena cardaca coronria". Em seguida, refinou-se a busca com os termos "hostilidade", "raiva", "ansiedade", "comportamento impulsivo" e "personalidade impulsiva". No foram selecionados artigos que tratavam exclusivamente de doenças cardiovasculares e fatores psicolgicos ou que associavam hipertenso e doenças cardiovasculares com depresso e doena de Alzheimer. RESULTADOS E DISCUSSO: H inconsistncia nos achados que relacionam os fatores emocionais com a hipertenso arterial e cardiopatias. Foram encontrados tanto estudos que demonstram relao positiva da raiva, hostilidade, ansiedade, impulsividade e estresse com hipertenso e doenças cardiovasculares quanto estudos que retratam relaes negativas. CONCLUSO: O que se pode inferir das relaes pesquisadas que o risco de desenvolvimento da hipertenso arterial e a reatividade cardiovascular parecem ser influenciados por fatores emocionais como impulsividade, hostilidade, estressores, ansiedade e raiva. No entanto, mais estudos so necessrios para melhor elucidar essas relaes.
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OBJETIVO: Analisar o perfil de humor e fatores associados em participantes de um programa de reabilitao cardiopulmonar e metablica. MTODO: Cento e quarenta e quatro pacientes responderam a um questionrio de caracterizao e Escala de Humor de Brunel (BRUMS). O questionrio de caracterizao foi constitudo de perguntas sobre dados pessoais e clnicos, enquanto o BRUMS avaliou o humor por meio de seis fatores: tenso, depresso, raiva, vigor, fadiga e confuso. Os dados foram tratados com estatstica descritiva e inferencial (α = 0,05). RESULTADOS: De maneira geral, os pacientes com doenças cardiovasculares e metablicas apresentaram boa sade mental, com nveis elevados de vigor, associados moderada tenso, depresso, raiva, fadiga e confuso. Os participantes idosos apresentaram menor tenso, raiva, fadiga e confuso do que os adultos, enquanto os participantes com dislipidemia tinham maior tenso. Aqueles com insuficincia cardaca eram mais tensos e fadigados. Quem fuma apresentou menor vigor e maior tenso, depresso e raiva. CONCLUSO: Pacientes com doenças cardiovasculares participantes de um programa de reabilitao apresentaram boa sade mental na avaliao realizada, e os participantes adultos, com dislipidemia, insuficincia cardaca e que fumam tinham humor mais deprimido.
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RESUMO Objetivo Avaliar a prevalncia de transtornos ansiosos e fatores associados em uma amostra populacional de idosos do Sul de Santa Catarina. Mtodos Estudo transversal com base em dados populacionais, que avaliou 1.021 indivduos idosos entre 60 e 79 anos. Foram realizadas entrevistas domiciliares para aferio de variveis sobre transtornos ansiosos, por meio do questionrio MINI, dados sociodemogrficos, hipertenso arterial sistmica (HAS), infarto agudo do miocrdio (IAM) e dosagem de colesterol. Resultados As prevalncias entre os transtornos ansiosos foram de 22,0% para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG); 14,8% para fobia social (FS); 10,5% para transtorno do pnico (TP); e 8,5% para o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Alm disso, 40,5% dos indivduos apresentaram pelo menos um transtorno de ansiedade. A distribuio dos transtornos foi semelhante nos dois gneros; TAG foi mais prevalente nos indivduos de menor escolaridade; TOC foi mais presente em indivduos casados ou em unio estvel. Em relao s variveis clnicas, HAS foi associada presena de TOC; FS foi associada com IAM; TOC e FS foram associados com HDL > 40 mg/dL. Concluso Os dados demonstram que os quadros de ansiedade so muito frequentes em idosos da comunidade, se sobrepem de forma significativa e esto associados a algumas variveis clnicas cardiovasculares.
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OBJETIVO: Obter um perfil dos fatores de risco coronrio em uma amostra populacional peditrica da cidade de Bento Gonalves, RS, no perodo de maio/90 a junho/91. MTODOS: Foram estudados 1501 escolares de 6 a 16 anos incompletos, visando a deteco dos nveis sricos de colesterol total, lipoprotenas, triglicerdeos, bem como a avaliao da presso arterial e da histria familiar de doena cardiovascular isqumica e obesidade. RESULTADOS: Foram detectadas 420 (27,98%) crianas com hipercolesterolemia, sendo que 75 (5%) apresentavam hipertenso arterial sistlica e 48 (3,20%) hipertenso arterial diastlica. A histria familiar foi importante quando positiva, porm, sua ausncia no excluia a presena de fatores de risco para a aterosclerose. A hipertrigliceridemia foi encontrada em 136 (9,06%) escolares e a LDL-colesterol elevada em 155 (10,33%), mostrando forte associao com hipercolesterolemia. Apresentaram ndice de massa corporal acima de percentil 95, no mostrando uma maior prevalncia de hipercolesterolemia, 111 crianas. CONCLUSO: Os fatores de risco para a aterosclerose esto presentes na infncia e deveriam ser pesquisados independentemente do nvel socioeconmico, da histria familiar, da idade e do sexo, devendo o pediatra ser um dos responsveis por esta investigao.
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OBJETIVO: Avaliar aspectos epidemiolgicos, clnicos e teraputicos de idosos com doenças cardiovasculares (DCV), no Brasil. MTODOS: Idosos com DCV, atendidos em 36 servios de Cardiologia e Geriatria do Brasil, foram investigados atravs de questionrio aplicado aos que tinham consulta marcada para o perodo analisado (um ms). RESULTADOS: Estudados 2196 idosos de 65 a 96 anos, sendo 60% mulheres e analisados os fatores de risco: sedentarismo (74%), presso arterial (PA) elevada (53%), LDL colesterol aumentado (33%), colesterol total aumentado (30%), obesidade (30%), HDL-colesterol diminudo (15%), diabetes (13%) e tabagismo (6%). Observou-se maior prevalncia nas mulheres, com trs ou mais fatores de risco. O principal motivo de consulta foi a PA elevada (48%). Teste ergomtrico e cinecoronariografia, foram mais solicitados para os homens. Os diagnsticos mais comuns foram hipertenso arterial sistmica (HAS) (67%) e insuficincia coronria (ICo) (29%). Os medicamentos mais utilizados foram diurticos (42%). CONCLUSO: Foi observada alta prevalncia de fatores de risco (93%), principalmente nas mulheres; sedentarismo, como fator de risco mais freqente, aumentando de prevalncia com a idade; HAS, como principal motivo de consulta e diagnstico; menor investigao e diagnstico de ICo em mulheres; diurticos, como os frmacos mais freqentemente prescritos; insuficincia cardaca como principal doena associada a internao (31%) e atendimento de emergncia (10%).
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OBJETIVO: Investigar associaes entre distribuio do tecido adiposo e nveis de presso arterial e concentraes de lipdios-lipoprotenas plasmticas, mediante controle de indicadores, quanto quantidade de gordura corporal e prtica da atividade fsica. MTODOS: Estudo de 62 indivduos com idades entre 20 e 45 anos. A distribuio do tecido adiposo foi determinada baseando-se na relao circunferncia de cintura/quadril (CCQ), e como indicador da quantidade de gordura corporal recorreu-se s informaes do ndice de massa corporal (IMC), enquanto o nvel de prtica da atividade fsica foi estabelecido mediante estimativas do consumo mximo de oxignio (VO2max). As associaes entre CCQ e nveis de presso arterial e de lipdios-lipoprotenas plasmticas, com os efeitos do IMC e do VO2max controlados estatisticamente, foram estabelecidas pelo coeficiente de correlao parcial. RESULTADOS: Aps correo pelo IMC verificou-se significativa correlao parcial entre a distribuio centrpeta do tecido adiposo e os nveis de presso arterial, LDL-C e triglicerdios plasmticos. Entretanto, controlando-se o VO2max, no foram constatadas associaes significativas entre CCQ e qualquer varivel sangnea e presso arterial.CONCLUSO: A distribuio centrpeta do tecido adiposo, independente da quantidade de gordura corporal, foi relacionada com concentraes de lipdios-lipoprotenas plasmticas e nveis de presso arterial em ambos os sexos. A prtica da atividade fsica parece ser um importante modulador dessa associao, enfatizando seu papel no controle dos fatores de risco predisponentes s doenças cardiovasculares.
Prevalncia, reconhecimento e controle da hipertenso arterial sistmica no estado do Rio Grande do Sul
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OBJETIVO: Descrever a prevalncia dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, em particular, a hipertenso arterial sistmica na populao adulta do RS, seu nvel de reconhecimento e controle, alm dos fatores associados. MTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostragem aleatria por conglomerado, em 918 adultos >20 anos, realizada de 1999-2000, tendo hipertenso arterial sistmica definida como presso arterial >140/90 ou uso atual de anti-hipertensivos. RESULTADOS: A prevalncia de hipertenso arterial sistmica foi de 33,7% (n=309), sendo que 49,2% desconheciam ser hipertensos; 10,4% tinham conhecimento de ser hipertensos, mas no seguiam o tratamento; 30,1% seguiam o tratamento, mas no apresentavam controle adequado e 10,4% seguiam tratamento anti-hipertensivo com bom controle. Aps anlise multivariada, as caractersticas associadas significativamente com a presena de hipertenso arterial sistmica foram: idade (OR=1,06), obesidade (OR=3,03) e baixa escolaridade (OR=1,82); as mesmas caractersticas foram associadas falta de reconhecimento da hipertenso: idade (OR=1,05), obesidade (OR=2,46) e baixa escolaridade (OR=2,17). CONCLUSO: A prevalncia de hipertenso arterial sistmica no RS manteve-se em nveis constantes nas ltimas dcadas, e seu grau de reconhecimento apresentou discreta melhora. Entretanto, o nvel de controle da hipertenso arterial sistmica no apresentou crescimento. Este estudo permitiu definir um grupo-alvo - pessoas de maior idade, obesas e de baixa escolaridade - tanto para campanhas diagnsticas, como para a obteno de maior controle de nveis pressricos.