147 resultados para Confinamento - Animais


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O controle biológico é um método desenvolvido para diminuir uma população de parasitas pela utilização de antagonista natural. A administração de fungos nematófagos aos animais domésticos é considerada uma promissora alternativa na profilaxia das helmintíases gastrintestinais parasitárias. Os fungos nematófagos desenvolvem estruturas em forma de armadilhas, responsáveis pela captura e destruição dos estágios infectantes dos nematóides. Os fungos dos gêneros Arthrobotrys, Duddingtonia e Monacrosporium têm demonstrado eficácia em experimentos laboratoriais e no campo no controle de parasitos de bovinos, eqüinos, ovinos e suínos. Diversas formulações fúngicas têm sido avaliadas, no entanto, ainda não há nenhum produto comercial disponível. A associação dos grupos de pesquisa e o envolvimento das indústrias poderão colaborar para o sucesso na implementação desta forma de controle.

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A análise fenotípica de 246 amostras do gênero Listeria isolados de animais portadores e doentes, provenientes de três regiões do país, colecionadas no período de 1971 a 2000, permitiu caracterizar as espécies e sorovares prevalentes. Dentre os animais predominaram os espécimes fecais de bovinos normais (217 amostras, 88,2%), em contraposição aos 29 isolados (11,7%) de Listeria de animais doentes, apresentando comprometimento do sistema nervoso central (15 amostras, 6,0%) e outras localizações sistêmicas (14 amostras, 5,6%). Quanto às espécies e sorovares, predominaram L. innocua 6a e não tipável (140 amsotras, 56,9%) e L.monocytogenes 4a (37 amostras, 15,0) e 4b (22 amostras, 8,9%) principalmente nas fezes de bovinos hígidos e nos animais doentes, L. monocytogenes sorovares 4b (14 amostras, 5,6%) com destaque nos ruminantes e 1a (8 amostras, 3,2%) incidindo nas outras espécies animais (roedores e canídeos) e tendo localizações prevalentes em áreas distintas ao sistema nervoso central.

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Com o presente trabalho avaliou-se o uso de dose reduzida da vacina produzida com a amostra 19 de Brucella abortus, em rebanho adulto negativo para a enfermidade, por meio de técnicas de diagnóstico sorológico preconizadas pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal e por um ensaio indireto de imunoadsorção enzimática (ELISA ID). A prova de fixação de complemento detectou 46,77% de positivos, o antígeno acidificado tamponado 67,74%, o 2-mercaptoetanol com soroaglutinação lenta 87,09% e o ELISA ID 100%. A dose reduzida interferiu no diagnóstico sorológico. Nenhuma das técnicas apresentou especificidade adequada para uso em rebanho nestas condições, até 3 meses após a vacinação.

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Por meio de revisão da literatura pertinente foram coligidos e são apresentados os principais dados relativos à intoxicação por selênio em animais domésticos. Foram abordados e discutidos os aspectos epidemiológicos, clínicos, anátomo e histopatológicos e patogenéticos atribuídos a Alkali Disease, Blind Staggers, intoxicação aguda e poliomielomalácia simétrica focal dos suínos. O trabalho tem como objetivo esclarecer pontos obscuros relativos à intoxicação por selênio, bem como alertar para os riscos que a suplementação com esse elemento pode representar.

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Com o objetivo de se avaliar a freqüência de caprinos leiteiros soropositivos para Neospora caninum, no estado de São Paulo, e se verificarem possíveis associações com idade, sexo e problemas reprodutivos, nos capris, e, também, presença de cães, nas propriedades, foram obtidos soros de 923 caprinos de ambos os sexos e idade acima de 3 meses. Os animais eram provenientes de 17 propriedades de diferentes municípios. Para o diagnóstico, foi utilizado o teste de aglutinação para Neospora (NATe"25), e, em todos os capris, aplicou-se um inquérito a partir do qual se obtiveram informações epidemiológicas e de esfera reprodutiva. Todos os resultados estatísticos foram discutidos no nível de 5% de significância. Assim, chegou-se à conclusão de que a freqüência percentual de positividade para N. caninum foi de 19,77%, e, em apenas uma propriedade, não houve registro de animal soropositivo, o que revela difusão do agente, no Estado. Não foram verificadas diferenças significativas entre freqüências de positividade quanto ao sexo, idade ou problemas reprodutivos. Porém, ressalta-se que a presença de cães, nos capris, foi associada a uma maior freqüência de caprinos soropositivos a N. caninum. A representação geográfica da distribuição de caprinos soropositivos para o protozoário, em mapa coroplético em hachuras, pode implicar em um ganho considerável para estudos da epidemiologia geográfica, na elaboração de um planejamento de controle da enfermidade.

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O uso terapêutico de antibióticos ionóforos em medicina veterinária difundiu-se muito nos últimos anos, com conseqüente aumento no risco de intoxicação em animais. Antibióticos ionóforos são usados como coccidiostáticos e como aditivo em alimentos para animais, com o propósito de estimular o desenvolvimento e o ganho de peso. Os ionóforos mais utilizados na alimentação de animais são a monensina, lasalocida, nasarina e salinomicina. Há uma grande variação na susceptibilidade dos efeitos tóxicos dos ionóforos de acordo com a espécie animal. A intoxicação pode ocorrer quando dosagens elevadas de ionóforos são adicionadas aos alimentos, ou quando ionóforos são incluídos inadvertidamente ou acidentalmente em dosagens não corretas para determinada espécie animal. Casos de intoxicação têm sido descritos em bovinos, ovinos, suínos, eqüinos, cães e aves. Para os eqüinos os ionóforos são extremamente tóxicos. São considerados seguros quando usados nas espécies-alvo, dentro das dosagens recomendadas pelo fabricante.

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Foram caracterizados os sorotipos, o perfil de sensibilidade microbiana e os achados clínico-epidemiológicos em 53 linhagens do gênero Salmonella isoladas de 41 cães, nove equinos e três bovinos, acometidos por diferentes manifestações clínicas entre 1997 e 2007. Salmonella Typhimurium (45,3%), Salmonella enterica (22,6%), Salmonella Enteritidis (7,5%), Salmonella enterica subsp enterica 4,5,12i (5,7%), Salmonella Newport (5,7%), Salmonella Dublin (3,8%), Salmonella Agona (3,8%), Salmonella Glostrup (3,8%), Salmonella Saintpaul (1,8%) foram os sorotipos encontrados. Ciprofloxacina (100,0%), norfloxacina (100,0%) e gentamicina (100,0%) foram os antimicrobianos mais efetivos, enquanto a maior resistência das linhagens foi observada para ceftiofur (28,5%) e florfenicol (7,0%). As linhagens foram isoladas de animais com enterite, infecção do trato urinário, septicemia, piometra, pneumonia e conjuntivite. Ressalta-se para o predomínio do sorovar Typhimurium nas diferentes manifestações da salmonelose nos animais. Destaca-se, também, a identificação de sorotipos nos animais que também são observados em casos de salmonelose em humanos

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Foi realizado estudo experimental de intoxicação por Brachiaria decumbens em ovinos confinados que receberam apenas esta forrageira como alimento. Os animais foram avaliados em três períodos do ano, com duração de 60 dias cada. As análises incluíram exame clínico e amostras de sangue para mensuração da atividade sérica das enzimas gama glutamiltransferase e aspartato aminotransferase com o objetivo de avaliar sua importância e utilidade no diagnóstico de fotossensibilização hepatógena causada pela planta. Foram descritos ainda, achados de necropsia e histopatológicos. Dos vinte e quatro animais confinados, cinco morreram no primeiro período (fevereiro a abril), quatro no segundo (junho a agosto) e dois no terceiro (outubro a dezembro), tendo como principais sinais clínicos anorexia, icterícia, fotofobia, dermatite leve, além de desidratação e apatia. Nos achados de necropsia foram constatados icterícia generalizada, vesícula biliar repleta e distendida, padrão lobular hepático evidente e, em dois casos, opacidade de córnea. As alterações microscópicas foram mais significativas no fígado com bilestase, tumefação e vacuolização de hepatócitos, sinusóides com macrófagos, proliferação de ductos e dúctulos biliares com infiltração linfocítica, que variaram na sua severidade conforme o tempo decorrido da ingestão da planta, além de imagens negativas de cristais no citoplasma de macrófagos presentes nos sinusóides hepáticos e no espaço periportal e cristais refringentes oticamente ativos, ocluindo a luz de ductos biliares. Os achados foram característicos de fotossensibilização hepatógena por B. decumbens, principalmente pela presença de fotofobia, mesmo quando os animais não apresentaram fotodermatite. O aumento da atividade sérica da gama glutamiltransferase teve alta correlação com a morte dos animais. O surgimento da elevação da atividade sérica de gama glutamiltransferase foi, em média, 11 dias antes da constatação dos sinais clínicos, validando sua importância no diagnóstico e na prevenção. A aspartato aminotransferase teve resultados inconsistentes. Treze animais não apresentaram sinais clínicos, apesar de serem constatadas significativas elevações nos níveis séricos das enzimas em questão, sugerindo a existência de indivíduos tolerantes/resistentes dentro do intervalo estabelecido. O modelo experimental foi adequado na caracterização da intoxicação de ovinos por B. decumbens, oferecendo subsídios para estimar preventivamente o risco de morte de ovinos intoxicados pela planta, além de ser útil para a realização de novos estudos da intoxicação por B. decumbens.

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A pesquisa de animais persistentemente infectados (PI) pelo vírus da diarréia viral bovina (BVDV) foi realizada em 26 rebanhos bovinos, não vacinados contra o BVDV, localizados nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, Brasil. Utilizando uma estratégia de amostragem, de cada rebanho foram obtidas cinco amostras de sangue de bezerros, entre 6 e 12 meses de idade, e os soros sanguíneos foram submetidos ao teste de virusneutralização (VN) para o BVDV-1 e o BVDV-2. Os rebanhos que apresentaram pelo menos três das cinco amostras reagentes a um dos genótipos do BVDV, e com títulos de anticorpos superiores a 128, foram selecionados para a pesquisa de animais PI. Em três rebanhos que apresentaram tal condição, foram colhidas amostras pareadas de sangue de todos os bovinos do rebanho, com intervalo de 30 dias entre as colheitas, e o soro sanguíneo foi submetido ao teste de VN para o BVDV-1 e o BVDV-2. Nas amostras não reagentes a pelo menos um dos genótipos do BVDV e naquelas provenientes de bovinos com menos de seis meses de idade, realizou-se a pesquisa do BVDV pela reação em cadeia da polimerase precedida pela transcrição reversa (RT-PCR). Dos rebanhos analisados, foram detectados dois animais PI a partir de amostras obtidas nas colheitas pareadas provenientes de um rebanho localizado no Estado de Minas Gerais.

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Objetivou-se identificar os ectoparasitos de animais silvestres recepcionados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres, São Luís, Maranhão. Os ectopararasitos identificados foram: piolhos Acidoproctus sp., Trinoton sp., Ciconiphilus sp, Austromenopon sp., Quadraceps sp., Saemundssonia sp. e Trichodectes canis; carrapato Amblyomma rotundatum e Rhipicephalus sanguineus; pulgas Ctenocephalides felis e larvas de Cochliomyia hominivorax. Os resultados apresentados documentam a infestação de mamíferos, répteis e aves silvestres por ectoparasitos.

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Um estudo virológico e sorológico seccional (E1) e outro longitudinal (E2) foram realizados em granjas com (G2 e G3) e sem (G1) a síndrome de refugagem multissitêmica (SRM) no Brasil. Foram coletadas amostras de sangue, soro, swabs nasal e retal de animais de cada categoria do ciclo produtivo: porcas, leitões maternidade, creche, recria e terminação. Em E1, nas granjas G1a e G2, foram amostrados 40 animais de cada categoria. Em E2, nas granjas G1b e G3, 35 leitões na maternidade foram identificados e amostrados ao longo do ciclo produtivo. O soro foi avaliado para presença de anticorpos contra circovírus suíno tipo 2 (CVS2) e sangue e swabs para presença do ácido nucléico viral. Em E1, a categoria porcas possuía altas taxas de animais virêmicos e soropositivos, com porcentagem de porcas com títulos altos superior a G2. Em G1a a queda de imunidade passiva ocorreu entre o final da fase de creche e início da recria com aumento da eliminação viral em swabs e subsequente soroconversão. Em G2 a queda ocorreu entre a fase final da maternidade e início da creche, com diminuição da eliminação viral. Em E2, a queda da imunidade materna ocorreu entre a 1ª e 2ª coleta em G1b; e em G3, entre a 2ª e 3ª coleta. Em ambas as granjas, a queda de imunidade passiva coincidiu com o aumento da viremia e eliminação viral e a soroconversão ocorreu entre a 3ª e 4ª coleta em ambas as granjas com aumento da média de título de anticorpos e declínio da viremia. Viremia e eliminação viral foram detectadas em todas as coletas realizadas; 42% dos animais amostrados em E2 foram virêmicos em todas as coletas e todas as amostras de tecido coletadas no abate foram positivas para o CVS2. Este estudo confirma a persistência da viremia mesmo em presença de altos títulos de anticorpos e que o perfil sorológico em um rebanho com e sem a presença da síndrome pode ser diferente, principalmente em relação à duração da imunidade passiva.

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Soro e rim de 75 suínos mestiços sem raça definida, criados em sistema extensivo e abatidos em Timon (MA) e Teresina (Piauí), Brasil, duas cidades separadas pelo Rio Parnaíba e 75 suínos mestiços de um sistema de criação em confinamento, filhos de Landrace, Large White e/ou Duroc foram utilizados neste estudo. Das 150 amostras analisadas pela prova de Soroaglutinação Microscópica (SAM), sete foram reagentes e o sorovar Icterohaemorrhagiae (42,86%) foi o mais frequente. Uma comparação entre os dois sistemas para examinar uma predisposição para infecção para Leptospira spp. mostrou que a suscetibilidade foi maior nos animais criados extensivamente do que naqueles criados em confinamento (teste χ2, p<0,05). A presença de infiltrado inflamatório foi significantemente maior nos animais soropositivos comparados aos soronegativos (p<0,05, Teste U de Mann-Whitney). A análise morfométrica mostrou Leptospira spp. e o antígeno de leptospira apenas nos animais soropositivos (p<0,05, teste de U de Mann-Whitney). Apoptose em células epiteliais tubulares foi significantemente mais evidente nos animais infectados comparados aos não infectados (p<0,05, Teste U de Mann-Whitney). Uma eventual associação de antígeno de Leptospira e células epiteliais em apoptose sugere um provável mecanismo de lesão renal na leptospirose suína.

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Neste trabalho são descritos os sinais clínicos, patologia clínica e patologia de 24 bovinos com leucose bovina enzoótica atendidos na Clínica de Bovinos de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Esses casos representaram 0,5% de 4.758 bovinos atendidos entre os anos de 2000 e 2010. A doença afetou 22 (91,7%) fêmeas e dois machos. Vinte e um animais (87,5%) eram de raças leiteras (seis Holandês, 13 Girolando, um Jersey e um Pardo Suíça) e três (12,5%) eram da raça Nelore. Vinte e três animais (95,8%) tinham idade entre 3 e 8 anos e um era mais jovem. Todos eram criados em regime de confinamento ou semi-confinamento. Clinicamente todos os animais apresentaram aumento dos linfonodos superficias. Outros sinais frequentes foram hiporexia, diminuição da produção de leite, emagrecimento progressivo, escore corporal baixo, desidratação, hipomotilidade dos pré-estômagos e fezes alteradas e em pouca quantidade. Com menor frequência foram observados exoftalmia, dispneia e aumento de volume do útero. No leucograma foi constatada leucocitose média de 34.082/µL, com linfocitose de 21.814/µL e neutrofilia de 10.906/µL. Treze animais foram necropsiados e os demais foram enviados pelos proprietários para o abate. Dos treze animais abatidos todos apresentaram lesões nos linfonodos superficiais, seis nos linfonodos mesentéricos, seis no intestino, três no abomaso, um no coração, um no fígado, um no rúmen, um no útero e um no rim. Diante da importância desta enfermidade e dos prejuízos causados pela mesma é necessário alertar produtores sobre os cuidados a serem tomados durante a aquisição de animais, assim como da necessidade de implantar medidas que evitem a difusão da doença entre as fazendas.

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O monofluoroacetato (MF) ou ácido monofluoroacético é utilizado na Austrália e Nova Zelândia no controle populacional de mamíferos nativos ou exóticos. O uso desse composto é proibido no Brasil, devido ao risco de intoxicação de seres humanos e de animais, uma vez que a substância permanece estável por décadas. No Brasil casos recentes de intoxicação criminosa ou acidental têm sido registrados. MF foi identificado em diversas plantas tóxicas, cuja ingestão determina "morte súbita"; de bovinos na África do Sul, Austrália e no Brasil. O modo de ação dessa substância baseia-se na formação do fluorocitrato, seu metabólito ativo, que bloqueia competitivamente a aconitase e o ciclo de Krebs, o que reduz produção de ATP. As espécies animais têm sido classificadas nas quatro Categorias em função do efeito provocado por MF: (I) no coração, (II) no sistema nervoso central (III) sobre o coração e sistema nervoso central ou (IV) com sintomatologia atípica. Neste trabalho, apresenta-se uma revisão crítica atualizada sobre essa substância. O diagnóstico da intoxicação por MF é realizado pelo histórico de ingestão do tóxico, pelos achados clínicos e confirmado por exame toxicológico. Uma forma peculiar de degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos túbulos uriníferos contorcidos distais tem sido considerada como característica dessa intoxicação em algumas espécies. O tratamento da intoxicação por MF é um desafio, pois ainda não se conhece um agente capaz de reverte-la de maneira eficaz; o desfecho geralmente é fatal

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Realizou-se, em quatro propriedades rurais no Pantanal Matogrossense, em 2009 e 2010, um estudo clínico e epidemiológico da pitiose em bovinos e equinos. A enfermidade ocorreu predominantemente entre os meses de novembro e março, correspondendo ao período chuvoso na região. A incidência média anual foi de 0,22% e 12,5% em bovinos e equinos, respectivamente. Nos bovinos, a distribuição dos casos ocorreu no ápice das cheias e restringiu-se a novilhas de 6 a 18 meses de idade, nas quais as lesões cutâneas estiveram associadas com edemas perilesionais discretos e claudicações, mas curaram espontaneamente, em um período máximo de 90 dias. Nos equinos, a pitiose acometeu animais de ambos os sexos, de três a oito anos de idade e registrou-se um caso de reinfecção. A doença evoluiu com agravos no sítio lesional, com desenvolvimento de extenso tecido de granulação, kunkersem permeio à lesão, acentuada caquexia e mortes, as quais ocorreram entre três e sete meses após o início dos sinais. A mortalidade média foi 5,88% e a letalidade 45,45%. A confirmação do diagnóstico incluiu ELISA-teste, PCR, histopatologia (HE e Grocott) e isolamento de P. insidiosum. Na área endêmica estudada, a enfermidade não causou impacto econômico em bovinos, a despeito da evolução insatisfatória registrada na maioria dos equinos. Nesse estudo, a incidência de pitiose em equinos foi 57,23 vezes a observada em bovinos, com significância estatística. Apesar das mesmas condições ambientais, tal diferença foi provavelmente associada com susceptibilidade, comportamento e manejo das espécies nos campos alagados.