153 resultados para Comunidad científica
Resumo:
Examina a utilização que fazem revistas de divulgação científica das tecnologias hipermídia. Em uma série de dois estudos, analisamos a argumentação e as condições de legibilidade de um conjunto de textos e hipertextos de seis revistas internacionais e avaliamos a compreensão de um hipertexto de divulgação científica através de um estudo experimental de leitura. Os resultados mostram que as revistas não levam em conta recomendações da pesquisa em ergonomia da hipermídia e que os hipertextos podem induzir mudanças de argumentação. Nosso estudo experimental mostrou efeitos significativos de redução da compreensão e de aumento da percepção carga cognitiva na condição de leitura do hipertexto. Concluimos que a legibilidade das revistas eletrônicas de divulgação científica é, no estado atual da arte, insatisfatória, mas pode ser melhorada, caso as revistas sigam critérios oriundos da pesquisa experimental sobre o tema. Os resultados desta pesquisa podem orientar conceptores de revistas de divulgação científica em suas decisões sobre a elaboração de versões on-line.
Resumo:
Análise bibliométrica de uso da coleção de periódicos, evidenciando o papel fundamental que as bibliotecas da Embrapa desempenham na estrutura organizacional e na estratégia competitiva da empresa. Bibliotecas formam a interface entre a geração e a disseminação do processo de pesquisa, desenvolvimento e inovações ( PD&I).Resultados apontaram que 77,05% dos títulos de periódicos utilizados efetivamente encontram-se no Catálogo de Periódicos da Embrapa (CCPE), dos quais 81,83% pertencem ao Catálogo de Periódicos da Unidade, demonstrando a eficácia do acervo da biblioteca para as atividades de PD&I na Unidade, no período estudado. Dos títulos estrangeiros adquiridos por compra, 20% atingiram um indicador de freqüência de uso no período > 10, merecendo priorização de manuteção de assinaturas e processos de preservação.
Resumo:
As atividades de produção de indicadores quantitativos em ciência, tecnologia e inovação vêm se fortalecendo no país na última década, com o reconhecimento da necessidade, por parte dos governos federal e estaduais e da comunidade científica nacional, de dispor de instrumentos para definição de diretrizes, alocação de investimentos e recursos, formulação de programas e avaliação de atividades relacionadas ao desenvolvimento científico e tecnológico no país. Este trabalho insere-se dentro deste contexto, ao apresentar e analisar os indicadores bibliométricos da produção científica e tecnológica de pesquisadores brasileiros ao longo dos anos 90, computados a partir de uma base bibliográfica internacional e multidisciplinar a Pascal francesa. A análise dos indicadores aqui apresentados mostra que o aumento da produção científica brasileira foi expressivo nos últimos 20 anos, assim como sua internacionalização. Ampliou-se a parceria de pesquisadores brasileiros com de outros países, nos EUA, Europa e também na América do Sul. Embora ainda fortemente concentrada em São Paulo e Rio de Janeiro, a participação da produção científica de pesquisadores de outros estados tem crescido significativamente, especialmente de Minas Gerais.
O fator de impacto do ISI e a avaliação da produção científica: aspectos conceituais e metodológicos
Resumo:
Aborda os conceitos e os métodos relacionados com o uso do fator de impacto (FI) do Institute for Scientific Information para avaliação da produção científica publicada em periódicos. Resgata a história do FI, desde sua formulação inicial até tornar-se objeto de inúmeras investigações sobre as diferenças nos valores do indicador nas várias áreas do conhecimento. Destaca que as variáveis que apresentam a maior influência sobre o FI são a densidade e o ritmo de obsolescência dos periódicos. Trata das abordagens sincrônicas e diacrônicas de medir a obsolescência da literatura, como o índice de citação imediata, a meia-vida das citações e o estudo da idade de referências citadas. Conclui com reflexões sobre o sistema de avaliação científica brasileiro e o papel do SciELO na formulação de indicadores bibliométricos.
Resumo:
Discute as mudanças nos modelos de comunicação formal e informal provocadas pelas tecnologias de informação e comunicação e, em particular, o conceito em formação de colégios virtuais, apresentados muitas vezes como sucedâneos dos colégios invisíveis. Revê o papel reservado à internet no novo cenário, tanto como canal de comunicação quanto como repositório de informações, e apresenta elementos para uma discussão sobre o novo modelo de comunicação científica via rede tendo em vista as discussões sobre acesso gratuito aos periódicos eletrônicos. Conclui atestando o ressurgimento da comunicação científica, suas novas ferramentas e possibilidades interativas ou de interação, como campo complexo de investigação, o qual exige novos estudos com o fim de verificar onde e como se dão as novas confluências.
Resumo:
As redes de pesquisa impulsionam a criação do conhecimento e o processo de inovação resultantes do intercâmbio de informações e, sobretudo, da junção de competências de grupos que unem esforços na busca de metas comuns. Este artigo apresenta breve histórico dos estudos relativos às redes de colaboração científica, sua evolução cronológica e as principais abordagens de estudo. Discute-se particularmente como as análises de redes de pesquisa podem ser revisitadas à luz das possibilidades recentes surgidas com as novas Tecnologias de Informação e de Comunicação (TICs). Para tal, apresentam-se exemplos de sistemas de conhecimento no âmbito da Plataforma Lattes: Egressos, Colaboradores e Redes-GP. Esses sistemas permitem executar, com grandes volumes de dados, análises de redes por meio de algoritmos descritos na literatura, bem como criar novas formas de análise possibilitadas pelas TICs.
Resumo:
A comunicação científica é um processo inerente ao fazer científico, sendo sua importância reconhecida pelos cientistas que, através dos tempos, estabeleceram diversos canais de comunicação. O objetivo deste trabalho é analisar os critérios de editoração e difusão da produção científica na área de geociências publicada em periódicos nacionais e sua visibilidade por meio da indexação em bases de dados. Foram analisados 27 títulos utilizando critérios de editoração, difusão e visibilidade. Conclui-se que os periódicos apresentam qualidade editorial e de conteúdo, mas poucos são indexados em bases de dados. Sugere-se que sejam desenvolvidas bases de dados nacionais para que a produção brasileira tenha maior visibilidade científica.
Resumo:
Tradicionalmente se considera que a ciência da informação surgiu no Brasil em 1970, rompendo com um passado de práticas que não respondiam mais, de modo satisfatório, às demandas bibliográficas de uma comunidade científica em expansão. Após examinar a documentação reunida no arquivo pessoal de Lydia de Queiroz Sambaquy, bibliotecária que idealizou o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD) e o presidiu entre 1954 e 1965, os resultados desta pesquisa histórica sugerem, ao contrário, que as atividades desenvolvidas no IBBD durante aqueles 11 anos caracterizavam já uma abordagem eminentemente "informacional" do trabalho bibliográfico, de acordo com as concepções de Farradane, um dos fundadores da área. Influenciados ao mesmo tempo pela biblioteconomia, pela documentação e pelo então moderníssimo conceito de "informação científica", os serviços prestados pelos bibliotecários do IBBD sob a liderança de Lydia Sambaquy abriram um novo campo de ação profissional, definindo as condições de possibilidade para a futura emergência da ciência da informação.
Resumo:
Trata do problema da aceitação, pela comunidade científica, dos periódicos eletrônicos de acesso aberto. Propõe a questão da legitimação e legitimidade dessas publicações como elemento essencial para sua plena aceitação. Define legitimação e legitimidade com base em alguns autores. Mostra como a crise dos periódicos da década de 1980 detonou o início do processo de aceitação dos periódicos eletrônicos e como agora o movimento pelo acesso aberto vem crescendo e, ao mesmo tempo, enfrentando barreiras do preconceito e interesses. Nota, como grandes empecilhos ao pleno reconhecimento, o processo de avaliação pelos pares, interesses de segmentos da comunidade científica e interesses das editoras comerciais. Conclui notando o fortalecimento do conceito da necessidade da avaliação prévia e amadurecimento nas idéias pioneiras de democratização na publicação do conhecimento científico e avanço na aceitação das idéias. Mas reconhece também o papel das editoras e das elites de cada área como os poderes com maior influência na direção e velocidade do percurso das publicações eletrônicas de acesso livre e sua incorporação ao sistema de comunicação científica como canais legítimos.
Resumo:
Com o objetivo de fomentar discussões a respeito da questão do acesso aberto à informação científica, o trabalho discorre sobre uma "filosofia aberta", a qual se refere ao movimento em direção ao uso de ferramentas, estratégias, metodologias e políticas que denotem um novo modelo de representar o processo de comunicação científica - especialmente no que concerne à publicação -, ao mesmo tempo em que serve de base para interpretá-lo. Esse novo modelo tem como fundamento a preocupação crescente com a disponibilidade, ao maior número possível de interessados, do conhecimento gerado como resultado tanto de pesquisas científicas (conhecimento científico) como da ação do homem na sociedade (herança cultural). O texto centra o foco nas questões relacionadas somente com o acesso aberto ao conhecimento científico. Nesse sentido, discorre sobre três questões: as principais iniciativas internacionais sobre acesso aberto; os novos modelos de negócios para o periódico científico, em resposta a essas iniciativas; e o papel que agências de fomento têm nesse contexto, com vistas a validar esses novos modelos. Introduz na discussão a questão das diferenças disciplinares, determinadas pelos padrões de comunicação das comunidades científicas, no que concerne à geração, disseminação e uso da informação. Conclui com uma análise breve dos impactos que o movimento em favor do acesso aberto provoca sobre os principais atores da comunicação científica, nomeadamente, universidades e seus pesquisadores, editores científicos e agências de fomento.
Resumo:
O acesso à informação científica tem sido um grande desafio para países em desenvolvimento como o Brasil. Com a crise dos periódicos, surgida em função dos altos custos na manutenção das assinaturas das revistas científicas, o acesso à informação científica ficou bastante limitado. Embora essa crise tenha começado em meados dos anos 80, ainda hoje não existe nenhuma solução definitiva. Com as tecnologias da informação e da comunicação, surge a iniciativa de arquivos abertos (Open Archvies Initiative), a qual define um modelo de interoperabilidade entre bibliotecas e repositórios digitais, possibilitando alternativas para a comunicação científica. Ao mesmo tempo, consolida-se o movimento em favor do acesso livre à informação científica em todo o mundo, pelos grandes editores ou publishers, por meio de propostas de ações que possam viabilizar essa iniciativa. Essas são as bases da proposta de um novo modelo para intensificar e consolidar o registro e a disseminação da produção científica brasileira, assim como do acesso à informação científica. Com as experiências obtidas na implantação da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) detém, hoje, a competência técnica para consolidar e implantar essa proposta.
Resumo:
A gestão do conhecimento tem se desenvolvido no ambiente das organizações empresariais e tem suas pesquisas e aplicações voltadas para a perspectiva do conhecimento organizacional. No entanto, existem outros contextos nos quais a gestão do conhecimento pode ser estudada, como, por exemplo, o contexto acadêmico, voltado para a perspectiva do conhecimento científico. Independentemente do contexto em que se inserem, os processos de comunicação constituem uma questão fundamental a ser levada em consideração em estudos sobre gestão do conhecimento. Esta pesquisa se propôs a investigar a relação, em nível conceitual, entre a gestão do conhecimento e os processos de comunicação científica, tendo em vista as peculiaridades do contexto e do conhecimento científico. Mais especificamente, referiu-se a uma proposta teórica de construção de um modelo conceitual de gestão do conhecimento científico no contexto acadêmico, tendo por base os processos de comunicação científica.
Resumo:
Realiza análise da produção brasileira de artigos científicos da área de ciência da informação, a partir 126 artigos do período de 1972 a 2006 que integraram a Base Brasileira sobre Informação para Negócios (Brapin). Caracteriza a produção quanto aos aspectos enfoques e tendências de conteúdo, autoria e freqüência por período de publicações, padronizando os 342 termos descritores de acordo com o tesauro da American Society for Information Science and Technology (Asis). Fundamenta a análise de conteúdo em categorias representativas das principais temáticas do conjunto de textos sobre informação para negócios, constatando que, das 26 revistas da área de biblioteconomia e ciência da informação (BCI) presentes na base Brapin, apenas 13 publicaram artigos científicos sobre o tema, destacando-se o ano de 1997 como o de maior produção. Do conjunto denominado informação para negócios, destaca-se a temática informação tecnológica, com 45% dos artigos, e em relação ao tipo de autoria, predomina o individual.
Resumo:
O objetivo do estudo foi apresentar a utilização da filosofia de arquivos abertos, aliada aos instrumentos de gestão da qualidade, PDCA e 5S, como um dos pilares para a gestão da segurança e saúde no trabalho (SST). O método de pesquisa se constituiu no levantamento bibliográfico, juntamente com uma sessão de entrevistas com 23 profissionais ligados à gestão da SST, que permitiu o delineamento do grau de acesso e a percepção destes sobre a informação científica. A análise qualitativa e quantitativa dos questionários apontou a iniciativa de arquivos abertos, por meio da utilização de repositórios digitais de informações, como um instrumento de apoio à gestão da segurança e saúde no trabalho, bem como identificou a necessidade do desenvolvimento de políticas de incentivo à geração e compartilhamento do capital intelectual entre a comunidade em questão encorajando a construção de um repositório digital na área de SST, visando sobretudo à preservação da integridade física e mental do trabalhador. Constatou-se que a carência de informações disponíveis na área em questão ainda é uma barreira para a gestão do conhecimento organizacional, no sentido de promover o desenvolvimento do trabalho seguro e saudável nas organizações.
Resumo:
Neste artigo realizou-se o estudo das redes de colaboração científica formadas a partir de um grupo de pesquisadores ligados ao Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGGeo/UFRGS), com base na abordagem teórico-metodológica conhecida como análise de redes sociais (ARS), dialogando com conceitos oriundos da Teoria da Prática de Pierre Bourdieu, focando a identificação, caracterização e evolução estrutural das redes de coautoria científica. Três redes foram construídas com base nos dados oriundos dos Cadernos de Indicadores da Capes referentes aos intervalos de 1998-2000, 2001-2003 e 2004-2006. As redes de 1998-2000, 2001-2003 e 2004-2006 apresentaram, respectivamente, 524 atores e 11.296 laços; 576 atores e 14.674 laços; 741 atores e 14.188 laços. Verificou-se que o conjunto dos atores centrais/dominantes nas redes é formado majoritariamente pelos docentes e, em geral, esse conjunto tende a se manter em destaque ao longo dos anos; verificou-se também que há uma reincidência de parcerias na produção do conhecimento científico nas três redes, culminando em uma reprodução social da estrutura da rede de coautoria.