133 resultados para Bypass Gástrico
Resumo:
AbstractBackground:Risk scores for cardiac surgery cannot continue to be neglected.Objective:To assess the performance of “Age, Creatinine and Ejection Fraction Score” (ACEF Score) to predict mortality in patients submitted to elective coronary artery bypass graft and/or heart valve surgery, and to compare it to other scores.Methods:A prospective cohort study was carried out with the database of a Brazilian tertiary care center. A total of 2,565 patients submitted to elective surgeries between May 2007 and July 2009 were assessed. For a more detailed analysis, the ACEF Score performance was compared to the InsCor’s and EuroSCORE’s performance through correlation, calibration and discrimination tests.Results:Patients were stratified into mild, moderate and severe for all models. Calibration was inadequate for ACEF Score (p = 0.046) and adequate for InsCor (p = 0.460) and EuroSCORE (p = 0.750). As for discrimination, the area under the ROC curve was questionable for the ACEF Score (0.625) and adequate for InsCor (0.744) and EuroSCORE (0.763).Conclusion:Although simple to use and practical, the ACEF Score, unlike InsCor and EuroSCORE, was not accurate for predicting mortality in patients submitted to elective coronary artery bypass graft and/or heart valve surgery in a Brazilian tertiary care center. (Arq Bras Cardiol. 2015; [online].ahead print, PP.0-0)
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Abstract Background: The revascularization strategy of the left main disease is determinant for clinical outcomes. Objective: We sought to 1) validate and compare the performance of the SYNTAX Score 1 and 2 for predicting major cardiovascular events at 4 years in patients who underwent unprotected left main angioplasty and 2) evaluate the long-term outcome according to the SYNTAX score 2-recommended revascularization strategy. Methods: We retrospectively studied 132 patients from a single-centre registry who underwent unprotected left main angioplasty between March 1999 and December 2010. Discrimination and calibration of both models were assessed by ROC curve analysis, calibration curves and the Hosmer-Lemeshow test. Results: Total event rate was 26.5% at 4 years.The AUC for the SYNTAX Score 1 and SYNTAX Score 2 for percutaneous coronary intervention, was 0.61 (95% CI: 0.49-0.73) and 0.67 (95% CI: 0.57-0.78), respectively. Despite a good overall adjustment for both models, the SYNTAX Score 2 tended to underpredict risk. In the 47 patients (36%) who should have undergone surgery according to the SYNTAX Score 2, event rate was numerically higher (30% vs. 25%; p=0.54), and for those with a higher difference between the two SYNTAX Score 2 scores (Percutaneous coronary intervention vs. Coronary artery by-pass graft risk estimation greater than 5.7%), event rate was almost double (40% vs. 22%; p=0.2). Conclusion: The SYNTAX Score 2 may allow a better and individualized risk stratification of patients who need revascularization of an unprotected left main coronary artery. Prospective studies are needed for further validation.
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Em revisão de conhecimentos sobre doenças hereditárias foi verificada em várias dessas heredopatias (anemia de hemátias em alvo, icterícia hemolítica heredo-familiar. anemia ovalocítica, anemia perniciosa de BIERMER, trombopatia constitucional, distrofia miotônica compreendendo a doença de TNOMSEN e paramiotonia -, doença de FRIEDREICH, doença de CHARCOT-MARIE, epilepsia, keratosis follicularis ou doença de DARIER. braquidactilia, e câncer gástrico) a existência de indivíduos de comportamento semelhante ao siclêmico na anemia drepanocítica. Tais indivíduos são identificáveis por apresentarem precocemente algum dos sinais clínicos da doença. Provas especiais para cada entidade mórbida são necessárias para essa identificação.Essas verificações indicam a possibilidade de se identificarem os portadores de caráter patogênico hereditário na fase de latência (indivíduos aparentemente sãos" ou "carrier") e que a existência de tais indivíduos é uma das características das doenças hereditárias, talvez excetuadas, as deformidades congênitas. Sugerem também que se deve relacionar o fenômeno de salteamento de gerações (skipping) na incidência das heredopatias com êsses portadores. E' sugerido o recenseamento e exames periódicos dêsses indivíduos no sentido da aquisição de dados sôbre os fatores responsáveis pela passagem da condição de "latente" para a de doente. Possivelmente, êsses conhecimentos forneceriam as bases de eventual profilaxia das doenças acima mencionadas. Na anemia perniciosa a hepatoterapia, como aconselha ASKEY, deve ser aplicada aos acloridricos, como medida preventiva.
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The high rate of natural Trypanosoma cruzi infection found in opossums does not always correlate with appreciable densities of local triatomid populations. One alternative method which might bypass the invertebrate vector is direct transmission from mother to offspring. This possibility was investigated in five T. cruzi infected females and their litters (24 young). The influence of maternal antibodies transferred via lactation, on the course of experimental infection, was also examined. Our results show that neonatal transmission is probably not responsible for the high rate of natural T. cruzi infection among opossums. In addition antibodies of maternal origin confer a partial protection to the young. This was demonstrated by the finding of a double prepatency period and 4,5 fold lower levels of circulating parasites, in experimentally infected pouch young from infected as compared to control uninfected mothes. On the other hand, the duration of patent parasitemia was twice as long as that observed in the control group.
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As múltiplas características distintas do leite materno e do leite de vaca fazem com que o esvaziamento gástrico seja mais rápido após ingestão do primeiro. Esta rapidez do esvaziamento gástrico pode estar associada ao esvaziamento da vesícula biliar, também mais rápido. O objetivo do trabalho foi determinar se há diferença na velocidade de esvaziamento da vesícula biliar, por método ultra-sonográfico, após ingestão de leite materno e leite de vaca. Estudamos 47 crianças menores de dois anos, 22 após uma refeição com leite materno e 25 após uma refeição com leite de vaca. A vesícula biliar foi medida após um período de quatro a seis horas de jejum e uma hora após uma refeição (leite materno ou leite de vaca), e a contração da vesícula biliar foi avaliada, em porcentagem, pela diferença de volume da vesícula biliar entre as duas medidas e expressa em porcentagem do volume inicial. As medianas das porcentagens do volume inicial para as crianças alimentadas com leite materno e leite de vaca foram, respectivamente, 92,25% e 53,8%, diferença estatisticamente significativa. Portanto, a contração da vesícula biliar após uma refeição com leite de vaca é muito mais lenta do que aquela após uma refeição com leite materno.
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Este trabalho é uma seleção interessante de imagens dinâmicas do esôfago e de curvas de atividade/tempo, variando da motilidade normal até o extremo oposto, a acalásia em estado avançado. A técnica é a usual: quatro horas de jejum, com restrição de fumo, álcool e cafeína; incidência anterior; imagens de 0,5 segundo durante dois minutos, região da boca ao fundo gástrico, seguida de imagem plana de 20 segundos da mesma região (tempo de trânsito normal: < 10 segundos). A coletânea é baseada em vinte anos de experiência empregando uma sistematização com vários parâmetros de análise que permite discriminar pacientes com tempo total de trânsito normal.
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OBJETIVO: Analisar a eficiência da angioplastia primária infra-inguinal como método de salvamento de membros em pacientes portadores de lesões tróficas por isquemia crítica. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados 36 pacientes submetidos a angioplastias primárias sem stent. Todos os pacientes apresentavam isquemia crítica com lesão trófica - grau III, categoria 5 de Rutherford -, sendo 17 lesões na artéria femoral superficial, 16 na artéria poplítea e 51 em artérias da perna, totalizando 84 angioplastias. Foram analisadas também as prevalências em relação a sexo, membro afetado, idade e principais comorbidades, sendo tecidas considerações técnicas sobre os procedimentos, assim como os materiais utilizados. RESULTADOS: Considerou-se sucesso quando a lesão trófica que motivou a angioplastia cicatrizou, ou o nível de amputação limitou-se a artelhos ou ao antepé, sem ter havido necessidade de procedimento cirúrgico de reconstituição do fluxo sanguíneo (bypass), independentemente de tempo, drogas associadas e números de desbridamentos realizados. CONCLUSÃO: As angioplastias no segmento femoropoplíteo e infrapoplíteo são procedimentos de elevado sucesso técnico, baixa morbidade e mortalidade, constituindo-se procedimento eficaz em pacientes com isquemia crítica de membro inferior.
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OBJETIVO: Descrever os achados tomográficos do tumor estromal gastrintestinal de origem gástrica. MATERIAIS E MÉTODOS: No período de janeiro de 1999 a dezembro de 2006, foram selecionados 14 pacientes com diagnóstico histopatológico e imuno-histoquímico de tumor estromal gastrintestinal gástrico que apresentavam tomografia computadorizada realizada anteriormente ao tratamento. As variáveis tomográficas analisadas foram: topografia da lesão, dimensões, homogeneidade, contornos, limites, morfologia, padrão e intensidade do realce pelo meio de contraste venoso, padrão de crescimento, invasão de órgãos adjacentes, presença de ulceração, fístula, calcificações, infiltração da gordura mesentérica, linfonodomegalias e metástases a distância. RESULTADOS: Os tumores foram localizados no corpo (57,1%) ou fundo gástrico (42,9%), com dimensões variando entre 6,0 e 23,0 cm (média de 11,5 cm). O crescimento foi predominantemente extraluminal (57,1%) ou intra/extraluminal (35,7%). O realce pelo contraste venoso foi discreto em 50% dos casos, moderado em 50% e heterogêneo em 64,3%. Foram ainda observadas hipodensidade central em 64,3% dos casos, invasão de órgãos adjacentes em 42,9% e metástases hepáticas em 7,2%. CONCLUSÃO: No presente estudo, a maioria dos tumores localizava-se no corpo gástrico, com tamanho médio de 11,5 cm, apresentando área hipodensa central, realce heterogêneo pelo meio de contraste e crescimento predominantemente extraluminal.
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Os autores realizaram estudo da afluência da veia esplênica utilizando 38 moldes de duodeno, estômago, pâncreas e baço, por meio da técnica de repleção e corrosão, com vinilite corado com azul da Prússia. Os afluentes encontrados foram: ramos pancreáticos em todas as peças, variando de 7 a 22 ramos, com média de 14,52 ± 3,53; a veia gástrica esquerda, em 36,84% das peças; a veia mesentérica inferior em 44,74% das peças; ramo gástrico (gástrica posterior), proveniente do fundo gástrico, em 57,89% das peças, e ramos pancreáticos, provenientes da cauda do pâncreas e desembocando em ramos segmentares da veia esplênica, em 65,79% das peças. Os ramos pancreáticos variaram em número de um a quatro, com média de 1,64 ± 0,95. Os autores concluem que o conhecimento dos afluentes da veia esplênica seria importante na realização das derivações esplenorrenais distais, quando associadas à desconexão esplenopancreática.
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Carbon dioxide gas (CO2) is generally considered a safe alternative contrast media for digital subtraction angiography in patients with renal insufficiency ar hypersensitivity to iodinated contrast material. In this article we report one case in wich this technique was used successfully in a 48 years old man with elevated levels of creatinine and blood urea nitrogen suffering from a trofic isquemic lesion in lhe right toe. The method was used preoperatively after an inconclusive duplex scan of lhe limb. No complications related to the method of imaging were found and the patient submitted to a bypass grafting revascularization procedure.
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Os autores analisaram retrospectivamente as reconstruções após faringolaringectomias totais e faringolaringo-esofagectomias totais realizadas num período de 18 anos, com o objetivo de comparar os resultados imediatos e tardios das diversas técnicas empregadas. Foram revistos 69 casos submetidos a reconstruções totais de faringe realizadas no Hospital A.C.Camargo, de 1980 a 1997. Hipofaringe e laringe eram os locais da neoplasia em 57 pacientes (82,6%), o esôfago cervical, em sete (10,1 %), e outras localizações em cinco (7,2%). Em 62,4% dos casos, o tumor encontrava-se em estádio avançado, e em 18,8% os pacientes apresentavam recidivas de tumores previamente tratados. As cirurgias consistiram em faringolaringoesofagectomia total e transposição de tubo gástrico (gastric pull-up) em 14 pacientes (20,3%), e com interposição de cólon em cinco (7,3%); e de faringolaringectomia total com reconstrução a partir da rotação de retalho do músculo peitoral maior tubulizado em 16 pacientes (23,2%), com retalho do músculo peitoral maior suturado à fáscia pre-vertebralis em 29 (42,0%) e com outras reconstruções em cinco (7,2%). Das técnicas de reconstrução em faringolaringoesofagectomia, o gastric pull-up apresentou índices menores de complicações e mortalidade pós-operatória. Quando comparamos as reconstruções em faringolaringectomia total, os casos reconstruídos com retalho miocutâneo suturado à fáscia pre-vertebralis apresentaram índices menores de fístula e estenose. No entanto, essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Diante destes resultados, nossa conduta em faringolaringectomias totais, quando não é possível a reconstrução da faringe com sutura primária, é realizar a rotação do retalho do músculo peitoral maior suturado à fáscia pre-vertebralis. Quando é necessária a faringolaringoesofagectomia, realizamos reconstrução com gastric pull-up.
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Com o objetivo de avaliar a influência de bloqueadores H2 no processo de cicatrização de lesões gástricas suturadas foram estudadas vinte cobaias machos. Após anestesia geral, laparotomia, gastrotomia de 0,5cm de extensão na parede anterior do corpo gástrico e gastrorrafia, os animais foram separados em dois grupos (GI e GII) com dez cobaias cada. As do GI receberam injeções de 0,1ml de água destilada e as do GIl 0,75mg de ranitidina, por via intramuscular, de 12/12 horas, iniciadas imediatamente após a operação e mantidas até as datas de sacrifício, realizado em número igual de cobaias, no segundo e no décimo dias de pós-operatório (PO). As peças operatórias ressecadas foram avaliadas detalhadamente. À macroscopia observou-se deiscência de sutura gástrica em um animal do GI no décimo dia de PO. A face mucosa de todas as peças apresentava enantema na linha de sutura no segundo dia de PO, porém, no décimo dia de PO o aspecto era normal, com pequena cicatriz branca no local. À microscopia, no segundo dia de PO, observou-se processo inflamatório agudo grave em ambos os grupos. No décimo dia de PO evidenciou-se inflamação moderada no GI e leve no Gil. À morfometria não houve diferença significante entre os grupos, em relação ao número de células inflamatórias, mas a densidade volumétrica de fibroblastos e de fibras colágenas foi significativamente maior no GII no décimo dia de PO. Concluiu-se que o tratamento de cobaias com bloqueadores H2 não provocou retardo da cicatrização de feridas gástricas suturadas.
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A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma patologia freqüente, acometendo cerca de 10% da população geral. Esta incidência tem se elevado nos últimos anos. Tradicionalmente, sua abordagem terapêutica inicial é clínica, porém, o número de indicações cirúrgicas tem aumentado principalmente às custas das vantagens da videolaparoscopia. Durante o período de janeiro de 1993 a março de 1998, 112 pacientes foram submetidos a fundoplicatura e hiatoplastia por videolaparoscopia para o tratamento da DRGE, sendo 62 (55,3%) do sexo masculino e 50 (44,7%) do sexo feminino. A idade variou de 20 a 90 anos, com média de 40 anos. As indicações cirúrgicas foram doença refratária ao tratamento clínico (76,9%), seguido por esôfago de Barrett (16,1 %), estenose esofágica (3,5%), hemorragia digestiva alta por úlcera esofágica (2,6%) e hérnia hiatal paraesofágica (0,9%). Para o procedimento cirúrgico foram utilizados cinco trocartes. A hiatoplastia foi realizada com pontos em "X". Na fundoplicatura, após a passagem do fundo gástrico por trás do esôfago abdominal, inicialmente se realiza um ponto tomando as duas extremidades do fundo gástrico, porém sem fixar esta sutura ao esôfago. A partir daí, mais quatro pontos são realizados, sendo dois acima e dois abaixo deste ponto inicial, de maneira a envolver o esôfago, de modo parcial (2700). O tempo médio de cirurgia foi de 80 minutos e o de internação, de 1,8 dias. Ocorreram duas conversões (1,7%). Não houve mortalidade, e as complicações assinaladas foram pneumotórax (0,9%), enfisema subcutâneo (0,9%), disfagia transitória (26%) e disfagia persistente (3,5%). A fundoplicatura mista laparoscópica tem se mostrado um procedimento seguro e eficaz para o tratamento definitivo da DRGE com baixo número de complicações, reunindo as vantagens clássicas da cirurgia laparoscópica: curto período de internação, rápida recuperação e bons resultados estéticos; e às de uma técnica simplificada, visando facilitar as duas etapas mais complicadas da cirurgia: hiatoplastia e fundoplicatura.
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Objetivando melhor compreender a fisiopatologia da esquistossomose grave em adultos e crianças, avaliaram-se diferenças histopatológicas do fígado e do padrão de endoscopia digestiva entre esses pacientes. Vinte e um adultos e igual número de crianças foram incluídos no estudo. Todos foram submetidos a esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda. Os achados histopatológicos foram avaliados em secções de biópsia hepática. Utilizou-se videoendoscópio para endoscopia digestiva. Nos adultos foram encontradas: 1 - fibrose de Symmers, grau I, em um paciente; grau II, em sete; e grau III, em treze; 2 - atividade inflamatória mínima em cinco; leve, em sete; moderada, em seis; e intensa, em um; ausência de atividade inflamatória, em dois; 3 - mínima granulomatose, em quatro pacientes; moderada, em dois; ausência de granulomas, em quinze; 4 - pigmento esquistossomótico mínimo, em quatro pacientes; moderada, em um; ausência, em dezesseis. Nas crianças, foram encontradas: 1 - fibrose de Symmers, grau I, em um paciente; grau II, em quatro e grau III, em dezesseis; 2 - atividade inflamatória mínima, em sete pacientes; leve, em quatorze; 3 - mínima granulomatose, em seis pacientes; leve, em cinco; moderada, em dois; ausência, em oito; 4 - pigmento esquistossomótico mínimo, em seis pacientes; leve, em três; moderada, em seis; ausência, em seis. Na endoscopia digestiva alta encontrou-se nos adultos: oito (38%) com varizes de médio calibre e treze (62%), de grosso calibre. Oito pacientes (38%) tiveram varizes de fórnix gástrico e cinco (24%), da cárdia. Gastropatia da hipertensão porta foi diagnosticada em dezesseis pacientes (76%). Com relação às crianças, quatro (19%) apresentaram varizes de fino calibre, oito (38%) de médio; e nove (43%) de grosso calibre. Três (14%) tiveram varizes gástricas, sendo duas no fórnix e uma no cárdia. Nove (43%) das crianças apresentavam gastropatia de hipertensão porta. Os achados evidenciaram uma histopatologia hepática similar nos dois grupos; entretanto, as repercussões hemodinâmicas da hipertensão porta foram mais importantes nos adultos, sem, no entanto, alcançar significação estatística.
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OBJETIVO: A hipertensão portal esquistossomótica com antecedente de hemorragia digestiva foi tratada com esplenectomia + ligadura da veia gástrica esquerda (LVGE) + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória. Quando da existência de varizes de fundo gástrico, realizamos a abertura do fundo gástrico e sutura obliterante destas varizes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a recidiva de hemorragia digestiva, repercussões laboratoriais e mortalidade do tratamento cirúrgico/endoscópico. MÉTODOS: Entre 1992 e 1998, foram operados no HC-UFPE 131 pacientes. O seguimento médio foi de 30 meses, em 111 pacientes, que foram solicitados a retornar ao ambulatório do HC-UFPE para a realização de controle clínico e laboratorial. RESULTADOS: A recidiva hemorrágica foi de 14,4% (16/111) e uma mortalidade de 5,4% (6/111). A recidiva de hemorragia digestiva alta foi exteriorizada através de hematemese em oito pacientes e oito por melena. Dos seis pacientes que foram a óbito, três apresentavam diagnóstico de linfoma, hepatocarcinoma e infarto agudo do miocárdio, respectivamente. Dois pacientes foram a óbito no pós-operatório imediato (sepse e coagulação intravascular disseminada). O sexto paciente foi a óbito por recidiva da hemorragia digestiva alta. Em nove pacientes, 13,2%, foi diagnosticada trombose da veia porta. Os dados laboratoriais, hematológicos e de função hepática também foram analisados. CONCLUSÕES: Os autores concluíram que o tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica, através da esplenectomia + LVGE + desvascularização da grande curvatura do estômago + esclerose endoscópica pós-operatória determina resultados compatíveis com a literatura em relação à recidiva de sangramento, mas preserva a funcionalidade hepática.