97 resultados para Brasil Historia Governo provisorio 1930-1934
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a relação entre qualidade de vida e fratura vertebral em mulheres com mais de 60 anos em uma cidade do Sul do Brasil. MÉTODOS: Realizado estudo caso-controle com aplicação do questionário WHOQOL-bref em 100 mulheres residentes na cidade Chapecó (SC), com idade superior a 60 anos, na pós-menopausa de raça branca ou caucasoide, sem prejuízo cognitivo importante ou história pessoal doenças que sabidamente afetem o metabolismo ósseo ou neoplasias malignas. A população foi dividida em dois grupos dependendo da existência ou não de fraturas vertebrais na radiografia de coluna. Foram analisadas variáveis relacionadas à historia médica atual e pregressa, hábitos de vida e história familiar de fraturas, e os domínios e facetas que compõe o WHOQOL-bref. RESULTADOS: Observou-se que as mulheres com fratura tinham maior média de idade do que as sem fraturas (p<0,05). Também pareceu haver tendência a pertencerem a classe social mais alta, terem mais anos de estudo, maior renda familiar, e maior frequência de utilização de bebida alcoólica (p>0,05). Na avaliação dos domínios que compõem o WHOQOL-bref, a maior média deste grupo foi no psicológico (..=63,6±13,0), e a menor no meio ambiente (..=58,8±9,3). No grupo sem fratura, a maior média também ocorreu no domínio psicológico (..=67,2±9,3), já a menor ocorreu no das relações sociais (..=57,5±7,7). A análise estatística não mostrou correlação significativa entre as médias das facetas que compõem os domínios entre os grupos com e sem fraturas. CONCLUSÃO: Este estudo sugere não haver prejuízo na qualidade de vida de idosas com fratura vertebral, mas sua relação com o tempo de ocorrência e gravidade das fraturas deve ser melhor avaliada. Ambos grupos tiveram escores mais elevados no domínio psicológico, mostrando que as entrevistadas se apóiam em crenças pessoais, espiritualidade e religião, aceitam sua aparência física mantendo a autoestima e a capacidade de pensar, aprender e concentrar-se, independentemente da existência do agravo. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, e nem entre os domínios no mesmo grupo.
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O presente artigo visa a questionar a ideia muito difundida, mas pouco discutida, de que o Brasil teria experimentado, sob a égide da Constituição de 1891, um período de forte laicização, com uma separação rígida entre Estado e religião nas mais diversas esferas, de modo que o modelo de aproximação entre esses dois domínios (em particular no âmbito da religião católica) adotado pela Constituição seguinte (de 1934) teria sido uma resposta a tal experiência. Assumir essa premissa, como tem feito a doutrina, implicaria reconhecer que um modelo de separação entre Estado e religião já foi efetivamente experimentado e rejeitado na história constitucional brasileira, o que de certa forma poderia legitimar o modelo de aproximação que teria sido adotado em 1934 e mantido, em linhas gerais, até os dias de hoje. Apontar os equívocos dessa leitura, por outro lado, permite compreender que no Brasil sempre houve uma forte aproximação entre Estado e religião, prática que teve como resultado a instituição de uma ideia frágil de laicidade que hoje tem sido duramente questionada.
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The article provides a broad view of Celso Furtado's interpretation of the political development of Brazil, spread over his several writings. Furtado's approach was dominated by his analytical effort to understand the effects of the distinct socioeconomic foundations of the United States and Brazil on the development of their respective structures of power. The persistent influence of the Brazilian colonial patriarchal regime was reflected on the fragility of democracy as a political arrangement throughout most of Brazilian history, including the oligarchic republic before 1930. The mismatch between the industrialization process and the inertia of the political system led to unstable populism and eventually to the attempt of military arbitration in 1964.
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RESUMOO texto analisa os principais efeitos decorrentes da política econômica de defesa do café e do extraordinário esforço de industrialização desencadeado pelo Estado Nacional entre 1929 e 1954. Distingue o desenvolvimentismo do I e II governo Vargas (30-45 e 51-54), contrapondo-o à frustrada tentativa de retorno liberal de Dutra (46-50). Destaca o importante esforço de reconstrução do Estado e da introdução de instrumentos de controle da política econômica nacional, materializados pelo extraordinário trabalho da Assessoria Econômica da Presidência (51-54), criada por Vargas, onde pontificaram nomes de grandes brasileiros como Rômulo de Almeida, Ignácio Angel, Jesus Soares Pereira, Cleanto Paiva Leite e Tomás P. Acioli Borges, verdadeiros artífices de nossos principais projetos e planos de desenvolvimento de então.
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RESUMOAo longo dos últimos 10 anos, o governo brasileiro lançou vários planos para promover a inovação da indústria e reforçar sua competitividade a nível nacional. No entanto, os resultados têm se mostrado pobres devido às distorções criadas por alguns instrumentos herdados da época da substituição de importações, tais como altas tarifas sobre bens intermediários e de máquinas, regras de conteúdo local e proteção antidumping. Este artigo destaca o papel desempenhado por esses instrumentos usando dois exemplos: investigações antidumping e uma regra de conteúdo local peculiar que só existe no Brasil, o chamado Processo Produtivo Básico (PPB).
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RESUMOA Petrobrás foi severamente afetada pela política de preços de combustível do governo. Ao atender a crescente demanda de GLP, diesel e gasolina, cujos preços estavam abaixo de referência internacional, a empresa perdeu R 98.000 milhões dólares em renda, de 2011 a 2014. Em um período de altos investimentos devido a exploração do pré-sal, este perda aumentou a dívida da Petrobrás e deteriorou sua situação financeira. Se o alinhamento com o preço internacional não é politicamente viável, a experiência internacional sugere que se adote um fundo de estabilização como mecanismo de preços. Interferências políticas em sua gestão, no entanto, devem ser evitadas.
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RESUMO O debate acerca de modelos alternativos de crescimento econômico para o Brasil tem revelado a quase unânime posição de que, como evidenciado pelas recentes baixas taxas de crescimento, o modelo de crescimento puxado pelo consumo doméstico teria se esgotado. Neste artigo, procuro examinar o significado mais amplo do experimento de crescimento liderado pelo consumo de massas e a validade empírica de alguns dos tradeoffs citados no debate, como entre consumo e investimento e investimento do governo e consumo do governo, e sugerir que se levem em consideração, como unidade de avaliação do experimento, as brechas de consumo necessário, discricionário e de bens públicos da população brasileira. As brechas sugerem um ainda importante espaço para redistribuição e avanço na provisão de bens públicos sociais. O potencial dos serviços públicos sociais de contribuir para o crescimento econômico com equilíbrio social e sustentabilidade ambiental emerge da análise como a aposta que ainda não foi feita.