98 resultados para Art. 40 Decreto 2150 1995
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a tendência da mortalidade por insuficiência cardÃaca (IC) em Salvador - Bahia, no perÃodo de 1979-1995. MÉTODOS: A IC foi definida pelas notações da 9ª Revisão do Código Internacional de Doenças (CID9) 428.0, 428.1 e 428.9. Dados de óbitos por IC e populacionais (região metropolitana de Salvador) foram obtidos por meio da Secretaria de Saúde da Bahia e do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. As taxas de mortalidade (/100.000) foram totais ou por gênero e idade, e brutas ou ajustadas por idade (padronização direta). RESULTADOS: As taxas de mortalidade por IC sofreram redução progressiva no perÃodo de tempo avaliado, para ambos os gêneros, especialmente até o ano de 1992. A partir daà e até 1995, ocorreu uma aparente estabilização das curvas. A taxa de mortalidade bruta passou de 25,0/10(5), em 1979, para 16,4/10(5) habitantes, em 1995 (queda de 34,4%). A redução foi de 34,0% (23,3/10(5), em 1979, para 15,4/10(5) habitantes, em 1995) para o sexo masculino e de 35,2% (26,7/10(5), em 1979, para 17,3/10(5) habitantes, em 1995), para o sexo feminino. A mesma tendência ocorreu nas diversas faixas etárias, inclusive para a população > 40 anos, de maior risco para IC. Após o ajuste por idade (população padrão de 1979), observa-se que as reduções relativas nas taxas foram ainda maiores. CONCLUSÃO: A mortalidade por IC, em Salvador-Bahia, declinou de 1979 a 1992, estabilizando-se a partir de então até 1995.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a efetividade do Balão Intra-Aórtico (BIAo) profilático em cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) eletiva, para prevenir o infarto trans ou pós-operatório e para reduzir a mortalidade intra-hospitalar nos pacientes com baixa fração de ejeção ventricular esquerda. MÉTODOS: Em modelo de estudo de coorte, foram analisados 239 pacientes com fração de ejeção do ventrÃculo esquerdo inferior ou igual a 40%, submetidos à CRM eletiva com circulação extracorpórea (CEC), no perÃodo compreendido entre março de 1995 a fevereiro de 2001. RESULTADOS: Destes, 58 pacientes receberam BIAo pré-operatório e os demais foram operados sem assistência circulatória (grupo controle). Os dois grupos de pacientes tinham caracterÃsticas semelhantes quanto a fatores associados aos desfechos em questão. Ocorreram 5 (8,6%) óbitos no grupo com BIAo e 21 (11,6%), no grupo controle (diferença não-signifÃcativa). Ocorreram 2 (3,4%) infartos no grupo com BIAo e 28 (15,5%), no grupo controle BIAo (p < 0,05), risco relativo de 0,22 com intervalo de confiança de 95% de 0,05 a 0,85. CONCLUSÃO: O BIAo, em uso pré-operatório, pode reduzir de forma significativa o risco de infarto agudo do miocárdio (IAM) trans ou pós-operatório, em pacientes com função sistólica diminuÃda, sem incremento de complicações vasculares. Nesta mesma situação, o BIAo não diminui de forma significativa a mortalidade. Estudos randomizados devem ser conduzidos para se ter conclusões mais precisas.
Resumo:
OBJETIVO: Em pacientes submetidos a transplante cardÃaco (TxC) descreve-se redução da elevação da pressão arterial durante o teste ergométrico (TE). Este fenômeno, cuja origem é desconhecida, ocorre em freqüência e intensidade variáveis. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre o incremento da pressão arterial sistólica (deltaPAS) e aspectos clÃnicos, bem como as variáveis aferidas no TE e ecocardiograma sob estresse pela dobutamina (EED), em pacientes na fase tardia após TxC. MÉTODOS: Quarenta e cinco homens, 49,04±10,19 anos, 40,91±27,46 meses pós-TxC submeteram-se a avaliação clÃnica, TE e EED . Avaliou-se o Ãndice de contratilidade segmentar e a fração de ejeção de ventrÃculo esquerdo. Consideraram-se anormais deltaPAS<35mmHg no TE (SBC,1995). RESULTADOS: Não houve correlação significativa entre deltaPAS e o tempo de evolução do transplante, tempo de isquemia do enxerto, antecedentes de rejeição, dose de diltiazem, consumo de oxigênio estimado, fração de ejeção e Ãndice de contratilidade segmentar. O deltaPAS foi normal em 17 casos (Grupo I) e anormal em 28 pacientes (Grupo II). Não houve diferenças significativas entre os pacientes de ambos os grupos em relação aos aspectos clÃnicos e aos resultados do TE e EED. CONCLUSÃO: Ao contrário de outras populações, os autores não detectaram correlações entre deltaPAS e o quadro clÃnico e a função ventricular esquerda em pacientes com TxC. Os fatores associados à redução do deltaPAS no TE pós-TxC permanecem desconhecidos.
Resumo:
Fundamento: O enxerto de artéria radial (AR) foi o segundo enxerto arterial a ser introduzido na prática clínica para revascularização miocárdica. A técnica de esqueletização da artéria torácica interna esquerda (ATIE) pode, de fato, alterar a capacidade de fluxo do enxerto com potenciais vantagens, o que leva à suposição de que o comportamento da AR, como enxerto coronariano, seja semelhante ao da ATIE esqueletizada. Objetivo: Este estudo avaliou enxertos aortocoronários "livres" de AR, quer esqueletizados, quer com tecidos adjacentes. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo randomizado comparando 40 pacientes distribuídos em dois grupos. No grupo I, foram utilizadas artérias radiais esqueletizadas (20 pacientes), e no grupo II, artérias radiais com tecidos adjacentes (20 pacientes). Após o procedimento cirúrgico, os pacientes foram submetidos a medidas da velocidade de fluxo. Resultados: As principais variáveis cirúrgicas foram: diâmetro interno, comprimento e fluxo sanguíneo livre da AR. Os diâmetros médios dos enxertos de AR calculados através de angiografia quantitativa no pós-operatório imediato foram semelhantes, assim como as variáveis de medidas de velocidade de fluxo. Por outro lado, a cinecoronariografia mostrou a presença de oclusão em um enxerto de AR e estenose em cinco enxertos de AR no GII, enquanto que apenas um caso de estenose em um enxerto de AR no GI (p = 0,045). Conclusão: Os resultados mostram que tanto as características morfológicas e anatomopatológicas quanto o desempenho hemodinâmico dos enxertos livres de artéria radial, quer preparados de forma esqueletizada ou com tecidos adjacentes, são semelhantes. Entretanto, pode-se observar um maior número de lesões não obstrutivas quando a AR é preparada com tecidos adjacentes.