158 resultados para Adolescentes Uso de álcool Teses
Resumo:
As metodologias de avaliao microbiolgica de desinfetantes so permanentemente questionadas porque os protocolos laboratoriais no representam as condies reais de uso desses produtos. Em 1985, adotou-se no Brasil, a metodologia da Diluio-Uso da AOAC, para a qualificao microbiolgica de desinfetantes qumicos, para fins comerciais. Desta maneira, os desinfetantes domsticos so testados contra amostras padres de Salmonella choleraesuis e Staphylococcus aureus. Pesquisou-se o emprego de Vibrio cholerae devido a sua atual importncia, no Brasil, em termos de Sade Pblica, associada ao estudo da atividade antimicrobiana de desinfetantes. Dezenove produtos desinfetantes de uso domstico encontrados no comrcio foram microbiologicamente avaliados. A metodologia foi a Diluio-Uso com 10 carreadores. Os compostos ativos dos produtos incluam: formaldedo, fenis, cresis, amnio quaternrio, cloro e etanol, sendo que sete, eram de composio associada. Conforme as recomendaes de uso, dezesseis produtos, devem ser utilizados sem diluio. Nestas condies, 9 desinfetantes foram vibriocidas e sete no revelaram tal atividade antibacteriana. Quatro produtos em diluies no esclarecedoras para a desinfeco tambm mostraram-se ineficazes. Os produtos vibriocidas que devem ser utilizados sem diluio, foram reavaliados diludos ao dobro. Estas solues no inativaram V.cholerae, demonstrando microbiologicamente que os seus compostos ativos esto em concentraes limtrofes. O álcool comercial (95,5° GL) a 1:3, a "gua sanitria" (2,8% de cloro ativo) a 1:200, creolina a 1:10 e o "Lysoform" a 1:20 atingiram os padres do teste.
Resumo:
O Ministrio da Sade, considerando a existncia de falhas do ponto de vista quantitativo (cobertura) no registro de nascidos vivos, no Brasil, e a impossibilidade de conhecer a distribuio dos nascidos vivos segundo algumas variveis importantes sob a ptica clnico/epidemiolgica (peso ao nascer, ndice de Apgar, durao da gestao, tipo de parto, paridade, idade e instruo da me), implantou em 1990, no Brasil, o Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos - SINASC- tendo como documento-base a Declarao de Nascido Vivo - DN - com a finalidade de suprir essas lacunas. Com o objetivo de avaliar a cobertura e a fidedignidade das informaes geradas pelo SINASC, foi analisada a distribuio dos nascidos vivos hospitalares segundo caractersticas epidcmiolgicas relativas ao produto de concepo, gravidez, ao parto e me. A populao de estudo compreendeu 15.142 nascidos vivos hospitalares ocorridos em cinco municpios do Estado de So Paulo, Brasil, no perodo de janeiro a julho de 1992. Os resultados permitiram reconhecer excelente cobertura do SINASC (emisso de DN acima de 99,5%) e tima fidedignidade do preenchimento das DNs, para a maioria das variveis, quando comparadas aos documentos hospitalares. Para algumas caractersticas foi observada maior fragilidade (ndice de Apgar, durao da gestao, instruo da me, nmero total de filhos tidos e nome do pai). So apresentadas sugestes para o aperfeioamento do SINASC e recomendados treinamentos/reciclagens do pessoal envolvido no preenchimento das DNs. O estudo confirma o fato de os dados permitirem anlise vlida para o conhecimento de aspectos ligados sade materno-infantil. Do ponto de vista epidemiolgico, o estudo permitiu detectar propores elevadas de parto operatrio (48,4%), mes adolescentes (17,5%) e o valor estimado para o baixo peso ao nascer foi de 8,5%.
Resumo:
INTRODUO: A preocupao suscitada quanto ao consumo de substncias psicoativas pelos adolescentes tem mobilizado grandes esforos em todo o mundo na produo de conhecimento sobre este fenmeno. Decidiu-se estudar as taxas de prevalncia de consumo de substncias psicoativas de uso lcito e ilcito, sua distribuio por idade, sexo e a idade da primeira experincia com essas substncias, entre adolescentes escolares do Municpio de Ribeiro Preto, SP, Brasil. MATERIAL DE MTODO: Um questionrio devidamente adaptado e submetido a um teste de confiabilidade foi auto-aplicado a uma amostra proporcional de 1.025 adolescentes matriculados na oitava srie do primeiro grau e primeiro, segundo e terceiro anos do segundo grau, das escolas pblicas e privadas do municpio estudado. O questionrio continha questes sobre o uso de dez classes de substncias psicoativas, questes demogrficas e informaes de validao, alm de questes de percepo e comportamento intrnseco ao consumo de drogas. RESULTADOS: Da amostra 88,9% consumiram bebidas alcolicas alguma vez na vida; 37,7% utilizaram o tabaco; 31,1% os solventes; 10,5% os medicamentos; 6,8% a maconha; 2,7% a cocana; 1,6% os alucingenos e 0,3% consumiu alguma substncia a base de opicios. As taxas de consumo cresceram com a idade, para todas as substncias; no entanto, o uso de tabaco e de substncias ilcitas mostrou uma desacelerao nos anos que compreendem o final da adolescncia. Verificou-se que os meninos consumiram mais do que as meninas, exceto para os medicamentos, com as meninas consumindo barbitricos, anfetaminas e tranqilizantes em propores semelhantes ou maiores que os meninos. A idade da primeira experincia mostrou que o acesso s substncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. CONCLUSES: As substncias psicoativas, sejam lcitas ou ilcitas, so freqentemente experimentadas na adolescncia, tanto pelos meninos como pelas meninas, muitas vezes em idades bem precoces.
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INTRODUO: A obesidade na adolescncia um fator preditivo da obesidade no adulto. Assim, foram avaliados os fatores associados obesidade e o uso do ndice de massa morporal (IMC). MTODO: Foram avaliados 391 estudantes aferindo-se: consumo de alimentos, hbitos alimentares, caractersticas antropomtricas dos pais e atividade fsica. O IMC foi a varivel dependente utilizada na regresso linear multivariada. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso foi 23,9% para meninos e 7,2% para meninas. Fazer dieta para emagrecer foi 7 vezes mais freqente entre meninas do que entre meninos com sobrepeso. Nos meninos, idade, uso de dieta, omisso de desjejum, horas de televiso/"vdeo-game" e obesidade familiar apresentaram associao positiva e significante com IMC. Nas meninas, associaram-se positivamente: uso de dieta, omisso de desjejum e obesidade familiar e negativamente idade da menarca. A correlao do IMC com medidas antropomtricas foi maior que 0,7. CONCLUSES: Um padro esttico de magreza parece predominar entre meninas e elas o atingem com hbitos e consumo alimentar inadequados.
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OBJETIVO: Comparar a prevalncia de gravidez na adolescncia e analisar variveis sociobiolgicas relacionadas ao binmio me-filho entre duas coortes de mes adolescentes de nascidos vivos em Ribeiro Preto (1978-1979 e 1994). MTODOS: Foram entrevistadas mes adolescentes logo aps o parto, sendo 943 em 1978/79 e 499 em 1994, abrangendo nascidos vivos de parto nico, de famlias residentes em Ribeiro Preto, SP. Foi utilizado o teste do qui-quadrado, com nvel de significncia de 0,05. RESULTADOS: O percentual de mes adolescentes aumentou de 14,1% em 1978/79 para 17,5% em 1994 (p<0,05), devido ao crescimento dos partos entre as jovens de 13 a 17 anos. Observou-se incremento da escolaridade, reduo do hbito de fumar e aumento no nmero de consultas de pr-natal. Elevou-se a proporo de adolescentes sem companheiro, exercendo atividade remunerada e tendo atendimento privado no parto. As taxas de baixo peso ao nascer e da prematuridade no se alteraram no grupo de adolescentes como um todo. Houve maior taxa de cesarianas e uso do frceps no parto das adolescentes. Contudo, mes de 13 a 17 anos tiveram o dobro de filhos prematuros e de baixo peso, maior proporo de solteiras, de baixa escolaridade, e de uso do frceps no parto. CONCLUSES: Muitas caractersticas das mes adolescentes de 13 a 17 anos foram mais desfavorveis do que daquelas com 18 e 19 anos. Estas especificidades no grupo de adolescentes necessitam ser melhor estudadas e compreendidas e levadas em conta no planejamento da oferta de servios de ateno ao pr-natal e ao parto.
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OBJETIVO: Pela simplificao da triagem para obesidade na adolescncia, avaliou-se o desempenho de diferentes pontos de corte para o ndice de Massa Corporal (IMC) em uma coorte populacional nascida em 1982, em Pelotas, no sul do Brasil. MTODOS: Foram estudados 493 adolescentes, com idades de 15 a 16 anos, residentes na zona urbana de Pelotas, RS. A obesidade foi definida pelo percentil 85 de IMC mais o percentil 90 das dobras cutneas tricipital e subescapular, conforme a Organizao Mundial da Sade (OMS). Diversos pontos de corte para sobrepeso tiveram sua sensibilidade e especificidade avaliadas. RESULTADOS: Nos meninos, o IMC > ou = 25 kg/m apresentou sensibilidade superior a 90% e 5% de falso-positivos. O critrio proposto para adolescentes brasileiros apresentou sensibilidade de 100%, mas os falso-positivos chegaram a 23%. Nas meninas, os pontos de corte coincidiram, apresentando sensibilidade superior a 90%, com at 13% de falso-positivos. Pontos de corte mais altos foram testados, porm pouco melhoraram a especificidade, que foi acompanhada de reduo na sensibilidade. CONCLUSES: O IMC > ou = 25 kg/m mostrou o melhor desempenho na deteco de obesidade, parecendo adequado para triagem de adolescentes de ambos os sexos com 15 anos ou mais. Tem a vantagem de ser nico, de fcil determinao e compatvel com o ponto de corte recomendado pela OMS para adultos. Dispensa o uso de valores de IMC especficos para idade, sexo e medida de dobras cutneas, sendo, portanto, recomendvel para uso em servios de sade.
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OBJETIVO: Verificar a ocorrncia e os fatores de risco associados hospitalizao de um grupo de crianas asmticas e realizar diagnstico da assistncia sade desses pacientes. MTODOS: Foram estudados 325 pacientes (crianas e adolescentes) asmticos, registrados em um ambulatrio de referncia, sendo que 202 j haviam sido hospitalizados. O diagnstico da assistncia prestada foi feito por meio de formulrio que abordou caractersticas gerais das hospitalizaes e fatores biolgicos, demogrficos, socioeconmicos e os relacionados asma. Anlises univariada e multivariada foram empregadas para verificar a associao entre variveis independentes e a ocorrncia de hospitalizao. RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 62,2% j haviam sido hospitalizados durante sua molstia, 64,9% iniciaram crises, e 60,9% se internaram no primeiro ano de vida. A maioria (76,0%) apresentava formas clnicas moderadas e graves. Apesar disto, 94,2% no estavam em uso de drogas profilticas, recebendo assistncia apenas durante o episdio agudo. Nenhum dos pacientes se encontrava vinculado ateno primria para controle peridico da doena e profilaxia com corticosterides inalados. Os familiares (97,8%) no dispunham de conhecimentos bsicos necessrios ao manejo da asma. Os principais fatores de risco para hospitalizao foram: a idade de incio dos sintomas antes de 12 meses de idade (OR=3,20, IC95%, 1,55-6,61) ou entre 12 e 24 meses (OR=3,89, IC95%, 1,62-9,36), a escolaridade materna inferior a sete anos de estudos (OR=3,06, IC95%, 1,62-5,76), a gravidade da doena (OR=2,32, IC95%, 1,36-3,96), o nmero de consultas a servios de urgncia igual ou superior a duas vezes por ms (OR=2,19, IC95%, 1,24-3,88) e o diagnstico de encaminhamento de pneumonia de repetio (OR=2,00; IC95%, 1,06-3,80). CONCLUSO: Com vistas reduo dos ndices de hospitalizao, os servios de sade devem se organizar para prestar adequada assistncia a crianas e adolescentes asmticos, especialmente para os menores de dois anos de idade.
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OBJETIVOS: Descrever o perfil de adolescentes quanto ao apoio social e familiar, ao uso de drogas e os conhecimentos, as prticas e atitudes relacionadas Aids e sua preveno. MTODOS: Foram estudados 275 jovens internos, do sexo masculino, de um centro de internao da Fundao Estadual do Bem Estar do Menor (Febem), em So Paulo, SP. A pesquisa foi feita em duas fases: a primeira por meio de entrevistas semi-estruturadas com 20 internos; a segunda, com questionrios para auto-respostas aplicados aos 275 internos, com perguntas fechadas referentes a caractersticas sociodemogrficas, criminalidade, prticas sexuais, uso de drogas, conhecimento, atitudes e prticas relativas Aids. RESULTADOS: Do total estudado, 90% dos jovens internos residiam com suas famlias antes da internao; todos haviam estudado em escolas pblicas, ainda que 61% j houvessem abandonado os estudos; 12% j haviam usado drogas; e 5,5% eram usurios de drogas intravenosas. A maioria (98%) era sexualmente ativa; 35% haviam tido mais de 15 parceiras(os) sexuais ao longo da vida; 8% haviam tido experincias homossexuais (dentro ou fora da Febem); 12% j haviam trocado sexo por benefcios materiais; e 22% j eram pais. Muitos dos adolescentes afirmaram que adquirir o HIV " parte da vida" e que suas vidas apresentam riscos piores, como sobreviver na criminalidade. Acreditam que o preservativo frgil (83%) e atrapalha a relao sexual (58%); 72% j haviam utilizado preservativo, mas apenas 9% o utilizavam sempre. CONCLUSES: Os adolescentes apresentaram um elevado risco de aquisio do HIV. Assim, torna-se necessrio integrar a preveno da Aids em sua problemtica de vida e em temas como racismo, esperana pelo futuro, criminalidade, uso de drogas, direitos fundamentais, includos nestes os referentes ao sexo e reproduo, mostrando existir alternativas a adquirir o HIV ou morrer na criminalidade.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a prevalncia do uso pesado de drogas por estudantes de primeiro e segundo graus em uma amostra de escolas pblicas e particulares, e identificar fatores demogrficos, psicolgicos e socioculturais associados. MTODOS: Trata-se de um estudo transversal com uma tcnica de amostragem do tipo intencional comparando-se escolas pblicas de reas perifricas e centrais e escolas particulares. Foi utilizado um questionrio annimo de autopreenchimento. A amostra foi constituda por 2.287 estudantes de primeiro e segundo graus da cidade de Campinas, SP, no ano de 1998. Considerou-se uso pesado, o uso de drogas em 20 dias ou mais nos 30 dias que antecederam a pesquisa. Para anlise estatstica, utilizou-se a anlise de regresso logstica politmica - modelo logito, visando identificar fatores que influenciem este modo de usar drogas. RESULTADOS: O uso pesado de drogas lcitas e ilcitas foi de: álcool (11,9%), tabaco (11,7%), maconha (4,4%), solventes (1,8%), cocana (1,4%), medicamentos (1,1%), ecstasy (0,7%). O uso pesado foi maior entre os estudantes da escola pblica central, do perodo noturno, que trabalhavam, pertencentes aos nveis socioeconmicos A e B, e cuja educao religiosa na infncia foi pouco intensa. CONCLUSES: Maior disponibilidade de dinheiro e padres especficos de socializao foram identificados como fatores associados ao uso pesado de drogas em estudantes.
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OBJETIVO: Estudar o conhecimento, a atitude e a prtica em relao ao uso prvio de mtodos anticoncepcionais em adolescentes gestantes, bem como algumas de suas caractersticas sociodemogrficas e da sua vida sexual. MTODOS: Estudo observacional, associado a inqurito conhecimento, atitude e prtica. Envolveu 156 adolescentes grvidas com idade menor ou igual a 19 anos, que responderam a questionrio antes da primeira consulta pr-natal, entre outubro de 1999 a agosto de 2000. Foram realizadas anlises univariada e bivariada.Para esta foram utilizados os testes qui-quadrado de Pearson e de Yates e de regresso logstica. RESULTADOS: As adolescentes apresentaram mdia de idade de 16,1 anos. Houve predomnio de primigestas (78,8%). A idade mdia da menarca foi 12,2 anos, sendo 14,5 anos para a primeira relao sexual. Condom (99,4%) e anticoncepcional oral hormonal (98%) foram os mtodos anticoncepcionais mais conhecidos. Cerca de 67,3% no estavam utilizando qualquer mtodo antes de ficar grvida. O principal motivo isolado alegado para o no uso foi o desejo de engravidar (24,5%). As adolescentes mais velhas, as que informaram professar alguma religio e as que pertenciam a uma classe socioeconmica mais alta tinham um maior conhecimento dos mtodos. As adolescentes multparas usaram com maior freqncia contraceptivos antes de ficar grvidas. CONCLUSES: As adolescentes mostraram ter conhecimento adequado sobre os mtodos anticoncepcionais e concordaram com seu uso durante o perodo da adolescncia. A religio, a idade e a classe socioeconmica esto relacionadas ao maior ou mais adequado conhecimento dos mtodos, enquanto a multiparidade a seu maior uso. Cinqenta e quatro por cento de adolescentes usaram algum contraceptivo na primeira relao sexual. Ocorreu um decrscimo de utilizao de contraceptivos, havendo um perodo de tempo curto entre o incio da vida sexual e a gravidez.
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OBJETIVO: Embora existam muitos estudos a respeito dos fatores de risco ao uso de drogas, pouco se sabe sobre as razes que mantm jovens afastados do seu consumo. O objetivo do estudo foi identificar, entre adolescentes de baixo poder aquisitivo, quais os motivos que os impediriam a experimentao e o conseqente uso de drogas psicotrpicas, mesmo quando submetidos a constante oferta. MTODOS: Adotou-se metodologia qualitativa, com amostra intencional selecionada por critrios. Foram entrevistados 62 jovens, com idade entre 16 e 24 anos, de classe social baixa, que nunca experimentaram drogas psicotrpicas ilcitas (32 sujeitos) ou que delas fizeram uso pesado (30 sujeitos). Cada entrevista durou, em mdia, 110 minutos. RESULTADOS: Entre no-usurios, a disponibilidade de informaes e estrutura familiar protetora foram observadas como razes no afastamento dos jovens das drogas. A informao completa sobre as conseqncias do uso de drogas e os laos afetivos entre pais e filhos, garantidos por sentimentos como a cumplicidade e respeito, parecem ser importantes para a negao da droga. A importncia desses fatores como razes do afastamento de jovens das drogas enfatizada quando sua ausncia relatada e criticada entre os usurios de drogas. CONCLUSES: Torna-se necessria a incluso do ponto de vista daqueles que nunca experimentaram drogas e das motivaes que permitiriam tal atitude em programas de preveno para adolescentes de baixa condio socioeconmica.
Resumo:
OBJETIVO: Conhecer a histria de vida da mulher usuria de álcool, inserida em tratamento especializado para dependncia qumica, auto-referida. MTODOS: Pesquisa qualitativa, utilizando como estratgia metodolgica a "histria de vida", realizada no perodo de maio a agosto de 2000. Participaram do estudo 13 mulheres em tratamento em ambulatrio especializado de tratamento e pesquisa em álcool e drogas devido ao consumo alcolico. Optou-se por uma abordagem focalizada/ temtica do momento vivenciado pelas mulheres estudadas. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e gravadas para a Anlise de Contedo. RESULTADOS: As leituras das entrevistas transcritas permitiram identificar as seguintes categorias: 1) Trabalho e lazer antes do uso nocivo e a dependncia ao álcool; 2) Perda do controle sobre a bebida e o surgimento de comprometimentos clnicos, sociais e familiares; 3) Percepo dos prejuzos e a busca de tratamento especializado; 4) Necessidade de voltar a acreditar em si mesma; 5) Acolhimento e respeito ao tratamento especializado e; 6) (Re)aprendendo a viver: lidando com a dependncia. CONCLUSES: A mulher usuria de álcool necessita de ateno especial por parte dos profissionais de sade e familiares, sobretudo no que se refere aos aspectos emocionais, aos comprometimentos clnicos e a promoo da auto-estima. Esse conjunto de atenes possibilitam o resgate da cidadania, objetivando melhor continuidade do processo de recuperao.
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OBJETIVO: Descrever o papel da experincia sexual no contexto informativo e sociocultural, para o risco de transmisso do HIV/Aids em adolescentes. MTODOS: Aplicou-se um questionrio em 1.386 estudantes do ensino mdio de Santa Catarina, em 2000. O instrumento considerou as seguintes variveis: caractersticas pessoais, experincia sexual, contexto de comunicao e conhecimento sobre a Aids, atitudes quanto ao uso do preservativo, condutas arriscadas e protetoras, e sentimentos. A anlise dos dados envolveu descrio estatstica e anlise relacional (qui-quadrado e testes de diferenas de mdias). RESULTADOS: O desconhecimento da transmisso do HIV esteve relacionado aos amigos como fonte principal de informao (p<0,05). O contexto predominante da relao sexual com penetrao foi o namoro (p<0,001). A proteo da Aids esteve associada a trs fatores: namoro, quantidade de parceiros e sexo seguro (p<0,001). A atitude favorvel ao uso do preservativo foi beneficiada pela conversa sobre sexualidade e a inteno de seu uso (p<0,001). Os obstculos foram: ter tido relao sexual recentemente, presena de condutas arriscadas, problemas de conhecimento e dependncia da televiso como fonte de informao (p<0,005). CONCLUSES: A prtica do sexo seguro depende do contexto informacional do adolescente, da sua atitude em relao ao preservativo e do seu medo diante da epidemia. Prope-se rever a estratgia de preveno por meio de multiplicadores, re-valorizar a famlia como interlocuo e utilizar material informativo apropriado sobre Aids para os adolescentes.
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OBJETIVO: Avaliar as caractersticas de desempenho da verso brasileira do questionrio Tolerance, Annoyed, Cut down e Eye-opener (T-ACE), para rastreamento do consumo de álcool na gestao. MTODOS: Estudo observacional, transversal, em amostra seqencial de 450 mulheres no terceiro trimestre de gestao, assistidas em maternidade no municpio de Ribeiro Preto, estado de So Paulo, em 2001. Foram aplicados: questionrio para coleta de dados sociodemogrficos, T-ACE, questionrio para levantamento da histria de consumo de álcool ao longo da gestao e entrevista clnica para identificao de uso nocivo e dependncia ao álcool, segundo critrios diagnsticos da CID-10. Foram feitos testes de concordncia entre diferentes entrevistadores e de confiabilidade teste/re-teste. RESULTADOS: Do total, 100 gestantes (22,1%) foram consideradas positivas pelo T-ACE. Os ndices kappa para concordncia e confiabilidade foram 0,95, com 97% de respostas concordantes. Quando comparado aos parmetros da CID-10 e ao padro de consumo, o T-ACE com ponto de corte igual ou acima de dois pontos, apresentou coeficientes de sensibilidade e especificidade de 100% e 85% e de 97,9% e 86,6% respectivamente. CONCLUSES: A verso brasileira do T-ACE mostrou preencher adequadamente os critrios de desempenho que a qualificam ao papel de instrumento bsico para o rastreamento do consumo de álcool durante a gravidez. Sua utilizao recomendvel nas rotinas e prticas dos servios obsttricos devido tendncia de aumento do consumo alcolico feminino, dificuldades para identificao do abuso de álcool pela gestante e riscos de problemas de desenvolvimento nos filhos.
Resumo:
OBJETIVO: O consumo de álcool um problema de sade pblica. A disponibilidade comercial um importante fator no estmulo ao consumo de álcool por adolescentes. O objetivo do estudo foi verificar com que freqncia menores de 18 anos conseguem comprar bebidas alcolicas em estabelecimentos comerciais. MTODOS: Adolescentes com idades entre 13 e 17 anos tentaram comprar bebidas alcolicas em uma amostra aleatria de estabelecimentos comerciais em Paulnia (N=108) e Diadema (N=426), no Estado de So Paulo. O estudo foi realizado em novembro e dezembro de 2003 em Paulnia e de julho de 2004 a agosto de 2005 em Diadema. Eles foram orientados a no mentir sobre sua idade quando questionados e a dizer que a bebida era para consumo prprio. Os testes estatsticos realizados foram bi-caudais e o nvel de significncia considerado foi de p<0,05. RESULTADOS: Adolescentes abaixo da idade mnima legal conseguiram comprar bebidas alcolicas em uma primeira tentativa em 85,2% dos locais testados em Paulnia e em 82,4% em Diadema. Os adolescentes compraram bebidas alcolicas com a mesma facilidade em todos os estabelecimentos pesquisados. CONCLUSES: Os dados mostraram uma quase unnime facilidade de obteno de bebidas alcolicas, sugerindo a relevncia do problema nestas cidades (e provavelmente no Brasil). Ressalta-se a importncia da adoo de polticas especficas para esta faixa etria, no sentido de reduzir o consumo de álcool.